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Principais Indicadores de Saúde Bucal
Tópicos em Saúde Bucal Coletiva II
Mestranda: Ana Paiva Leite
1
A saúde bucal é parte integrante e indissociável da saúde geral, sendo essencial ao bem-estar das pessoas e comunidades e fator determinante para a qualidade de vida (OMS, 2003)
Para o enfrentamento dos desafios por parte dos gestores em saúde pública quanto à resolução das necessidades em saúde bucal são necessários: 
 instrumentos;
 capacidade e informação para avaliar e monitorar as necessidades;
 escolher estratégias de intervenção;
 determinar políticas apropriadas a cada situação e melhorar o desempenho do sistema de saúde bucal (OMS, 2012)
Metas Globais de Saúde Bucal da OMS/FDI (Federação Dentária Internacional) para o ano 2000 indicavam a necessidade de os países desenvolverem sistemas de informação em saúde bucal, incluindo indicadores epidemiológicos (FDI, 1982; Hobdell et al., 2003).
(Rouquayrol, Silva, 2018)
2
O que são indicadores?
 Dado Indicador Informação Conhecimento 
 
 Divulgado
Para influenciar a tomada de decisão em saúde e produzir uma ação (Brownson, 1999; Etches, 2006).
(Rouquayrol, Silva, 2018)
3
Diferença entre índice e indicador:
Índices: utilizado para referir-se a todos os descritores da vida e da saúde;
termos numéricos que trazem a noção de grandezas existentes e incidentes;
índices absolutos são o resultado de medidas básicas, estimativas e projeções sobre a vida e a saúde, quantificando variáveis de ocorrências e prevalências.
Indicadores: designam os índices ajuizados pela sociedade e especialmente selecionados pelo observador para auxiliar a tomada de decisão;
índice eleito para alertar qual o momento, a hora, o tempo e o lugar para que se desencadeie uma ação; 
índice crítico capaz de orientar a tomada de decisão em prol das evidências ou providências.
Enquanto o índice ajuda na descrição, o indicador ajuda na tomada de decisão para a ação. 
(Rouquayrol, Silva, 2018)
4
Cárie Dentária
O termo cárie dentária é usado para descrever os sinais e sintomas de uma dissolução química da estrutura dentária causada por eventos metabólicos ocorrendo no biofilme que cobre a área afetada (Fejerskov, 2011).
Sua ocorrência causa de dor, perda dentária, problemas na escola e absenteísmo no trabalho. 
A distribuição atual da cárie é desigual e associada aos diferentes perfis dos países, relacionando-se à estrutura da sociedade, condições e estilos de vida e à existência de sistemas preventivos de saúde bucal (Petersen, Ogawa, 2016).
5
Como mensurar a cárie dentária na população?
1847 - 1º estudo biométrico relativo à cárie dentária: Tomes fazia a contagem de dentes extraídos, comparando os resultados entre idade e sexo;
1888 - Ottofy realizou levantamento na faixa etária de 5 a 15 anos, utilizando as categorias "dente sadio" e "dente doente" como unidades de estudo. 
1899 - Koerner introduziu as unidades "cariado", "perdido" e "obturado", propondo a análise dente-a-dente.
1937 - Klein e Palmer realizaram um levantamento com crianças indígenas nos Estados Unidos e utilizaram a denominação DMF (Decayed, Missing and Filled), traduzida para CPO (OLIVEIRA et al., 1998).
(Antunes, Peres, 2013)
6
Índice CPO
“Cariados", "perdidos" e "obturados“;
D indica que a unidade de medida é o dente, e o S de superfície;
A idade de 12 anos é referência internacional para o cálculo do índice; 
Ceo – número de dentes decíduos cariados, extraídos por cárie e obturados. 
(Antunes, Peres, 2013)
7
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Antunes, Peres, 2013)
8
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Antunes, Peres, 2013)
9
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Antunes, Peres, 2013)
10
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Antunes, Peres, 2013)
11
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Brasil, 2022)
12
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Antunes, Peres, 2013)
13
Critérios para avaliação e diagnóstico da condição cárie dentária - CPO
(Antunes, Peres, 2013)
14
Como calcular o Índice CPO?
Todos os dentes examinados devem obrigatoriamente receber um código;
Somatória dos componentes C, P e O nos dentes permanentes; 
Média do CPO-D = Somatória CPO-D de todos indivíduos examinados/número total de pessoas examinadas.
A OMS recomenda como ideal:
(OMS, 1999)
15
Recomendações OMS
Como os índices de cáries expressam a experiência presente e passada de cárie, seus valores são influenciados pela idade das pessoas nas quais a medida é tomada. 
OMS recomenda avaliar a distribuição das doenças bucais nos seguintes grupos etários de referência:
 5 anos: para a medida da prevalência de cárie na dentição decídua;
 12 anos: prevalência de cárie na dentição permanente de crianças;
 15 anos: para adolescentes; 
 35 a 44 anos: grupo etário padrão para vigilância de saúde bucal em adultos; 
 65 a 74 anos: avaliar efeitos das doenças bucais ao longo da vida.
(OMS, 1999)
16
Limitações
Seus valores não têm relação com o número de dentes sob-risco; 
Valores de CPO-D relativos a segmentos de população com fácil acesso e alta utilização de assistência odontológica podem superestimar a experiência real de cárie;
Atribui pesos iguais à condições diferentes;
 A presença de dentes hígidos não é considerada, uma dimensão de saúde e não de doença. 
Foram sugeridos novos índices aferindo o número de dentes funcionais, contabilizando dentes hígidos e restaurados saudáveis (índice FS-T), ou contabilizando hígidos, restaurados e cariados com pesos diferentes (índice T-Health). 
(Antunes, Peres, 2013)
17
Índice CPO Brasil
Índice CPO aos 12 anos por região – Brasil, 2003/2010
(Fontes: Projeto SB Brasil 2003 – Resultados principais e Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Projeto SB Brasil 2010.)
(Rouquayrol, Silva, 2018)
18
Índice CPO Brasil
(Rouquayrol, Silva, 2018)
Médias de dentes afetados pela cárie segundo a faixa etária – Brasil,
2003/2010. 
(Fontes: Projeto SB Brasil 2003 – Resultados principais e Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Projeto SB Brasil 2010.)
19
Doenças Periodontais
Alterações que afetam a gengiva e as estruturas de suporte quecircundam o dente: o osso alveolar, o cemento e o ligamento periodontal (Wolf & Rateitschak, 2006).
 Fator etiológico primário: biofilme dental bacteriano -> alteração crônica com estágios de destruição dos tecidos periodontais e períodos de estabilidade ou remissão desses ciclos destrutivos; 
Uma das doenças mais prevalentes, sendo mais incidente a partir da fase adulta e também a grande causadora de perdas dentárias nessa faixa etária (Page e Schroeder, 1982; Tew et al., 1989).
(Rouquayrol, Silva, 2018)
20
Doenças Periodontais
Por ser uma das alterações mais comuns da cavidade oral, o diagnóstico, o tratamento e o controle da doença periodontal são de suma importância na área de saúde bucal coletiva. 
Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS);
Índice de Controle da Placa (ICP);
Índice de Sangramento Após Sondagem (Gingival Index);
Índice de Perda de Inserção (IPI);
Índice Periodontal Comunitário de Necessidades de Tratamento (CPITN);
Índice Periodontal Comunitário, o CPI (do inglês Community Periodontal Index).
(Rouquayrol, Silva, 2018)
21
Índice Periodontal Comunitário (CPI)
Indicado pela OMS a partir de 1997 para ser empregado nos levantamentos;
A sonda utilizada tem extremidade esférica com 0,5 mm de diâmetro, com faixa escura que compreende as medidas de 3,5 a 5,5 mm e anéis circulares a 8,5 e 11,5 mm da ponta esférica;
 As arcadas são divididas em sextantes e os dentes indicados para exame são os seguintes: 
(Antunes, Peres, 2013)
22
Índice Periodontal Comunitário (CPI)
Permite avaliar a condição periodontal quanto:
à presença de sangramento gengival;
ao cálculo dentário;
 à bolsa periodontal;
 Terão seus códigos registrados separadamente, possibilitando a observação da prevalência de cada condição para cada sextante. 
Não são feitos registros de bolsas periodontais em participantes com 12 anos; 
(Antunes, Peres, 2013)
23
Índice Periodontal Comunitário (CPI)
(Brasil, 2022)
24
Índice Periodontal Comunitário (CPI)
(Brasil, 2022)
25
Índice Periodontal Comunitário (CPI)
(Brasil, 2022)
26
Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP)
Avalia o acúmulo da doença periodontal destrutiva ao longo da vida;
A medida do PIP é registrada a partir da distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) até o fundo do sulco gengival ou da bolsa periodontal;
A coleta dos dados de perda de inserção é realizada com a mesma sonda utilizada no CPI e os dentes índices também são os mesmos;
(Antunes, Peres, 2013)
27
Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP)
(Brasil, 2022)
28
(Brasil, 2011)
29
Oclusão Dentária 
Angle definiu oclusão como: relações normais entre os planos inclinados oclusais dos dentes quando os maxilares estão cerrados. 
A má oclusão foi definida por Moyers como: desvios de crescimento e desenvolvimento do complexo bucofacial e desvios de posições dentais que podem originar as deformidades dentofaciais. 
Simões definiu o termo "oclusopatia" como envolvendo problemas de crescimento e desenvolvimento que afetam os músculos e os ossos maxilares no período da infância e da adolescência;
podem produzir alterações estéticas nos dentes ou na face e alterações funcionais envolvendo a mastigação, a fonação e a oclusão dos dentes...
(Antunes, Peres, 2013)
30
Oclusão Dentária 
O conhecimento dos problemas oclusais tem como objetivo:
 identificar os indivíduos de acordo com a prioridade das suas necessidades;
 proporcionar o planejamento e a obtenção de recursos para o tratamento ortodôntico. 
Um bom índice:
 requer validade e aplicabilidade clínica; 
 objetivo e produzir informações quantitativas que possam ser analisadas; 
 fácil e rápido aprendizado sem treinamento especializado; 
 passível de aplicação em populações diferentes, 
 ser aceitável tanto para os profissionais como para o público em geral.
(Antunes, Peres, 2013)
31
Classificação Oclusopatia
Um dos mais antigos sistemas de classificação dos problemas oclusais foi criado por Edward H. Angle;
Utilizado até os tempos atuais por ser considerado de fácil execução;
Utiliza como referência sinais clínicos na dentição permanente, baseando-se na inter-relação entre os molares permanentes superiores e inferiores. 
(Antunes, Peres, 2013)
32
Classificação Oclusopatia
1989 - Brook e Shaw propuseram um índice para avaliar a necessidade de tratamento ortodôntico, o Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico - INTO (Index of Orthodontic Treatment Need - IOTN)
INTO é formado por dois componentes distintos:
Componente de Saúde Dental (Dental Health Component - DHC): todas as características oclusais julgadas como interferentes na longevidade e funcionamento satisfatório da oclusão foram classificadas em uma escala apropriada, dividias em 5 categorias através de um gradiente de problemas funcionais. Apenas a situação mais grave é utilizada para classificar o indivíduo. 
Grau 1 – normalidade
Grau 2 – irregularidades pequenas
Grau 3 – desvios maiores que normalmente não exigem tratamento por razões funcionais
Grau 4 – desvios maiores, com envolvimento funcional
Grau 5 – problemas graves (Brook; Shaw; 1989; Shaw et al., 1991)
(Antunes, Peres, 2013)
33
Componente Estético (Aesthetic Component – AC): 
 Refletir a necessidade sociopsicológica do tratamento ortodôntico demonstrada pelo paciente ou avaliada pelo profissional;
 Escala de avaliação da atratividade estética dentária composta por 10 fotografias coloridas;
 As imagens são apresentadas em uma sequência decrescente de atratividade;
(Antunes, Peres, 2013)
34
Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico - INTO 
De forma a aumentar não só o rigor e a precisão da avaliação pelo índice, mas também facilitar a comparação dos 2 componentes, recorreu-se à classificação proposta por Lunn et al (Lunn, 1993).
O DHC e o AC são combinados e distribuídos em 3 níveis:
(Lunn, Richmond, Mitropoulos, 1993)
35
Índice de Estética Dental - IED (Dental
Aesthetic Index - DAI)
1989 - Desenvolvido por Cons e colaboradores, para avaliação de oclusopatias na dentição permanente.
Princípio básico: combinação de medidas as quais, em conjunto, expressam o estado oclusal do indivíduo e a necessidade de tratamento ortodôntico, devido à composição do índice que considera o comprometimento estético além da oclusão.
10 medidas obtidas, avaliadas considerando três dimensões: (1) dentição, (2) espaço e (3) oclusão; 
Avaliação da oclusão dentária em indivíduos de 12 anos e de 15 a 19 anos,
Além da inspeção visual, a sonda CPI será utilizada nos exames. 
(Antunes, Peres, 2013; Brasil, 2011)
36
Índice de Estética Dental - IED (Dental
Aesthetic Index - DAI)
(Antunes, Peres, 2013)
37
Índice de Estética Dental - IED (DentalAesthetic Index - DAI)
(Antunes, Peres, 2013)
38
Índice de Estética Dental - IED (Dental
Aesthetic Index - DAI)
(Brasil, 2011)
39
Fluorose Dentária
“A fluorose dentária origina-se da exposição do germe dentário, durante o seu processo de formação, a altas concentrações do íon flúor. Como consequência, tem-se defeitos de mineralização do esmalte, com severidade diretamente associada à quantidade ingerida. O aspecto clínico é de manchas opacas no esmalte, em dentes homólogos, até regiões amareladas ou castanhas em casos de alterações mais graves” (Denbesten, 1999; Fejerskov, 1994).
Outros fatores interferem na severidade da doença: 
baixo peso corporal;
taxa de crescimento esquelético e períodos de remodelamento ósseo; 
estado nutricional;
alterações da atividade renal e da homeostase do cálcio.
(Denbesten, 1999) 
40
Fluorose Dentária
Faixas etárias da 1º e 2º infância consideradas as de maior risco à ingestão do flúor sistêmico e seus efeitos maléficos: período que sucede a transição entre as fases de secreção e maturação do esmalte (Fejerskov, 1994). 
O flúor adicionado à água de abastecimento tem reduzido à prevalência da cárie, mas alguns autores citam que este tem contribuído para o aumento da fluorose (Kalamantiano e Narvai, 2005);
O flúor, após ser ingerido, é absorvido pela mucosa do estômago e do intestino delgado, 50% é eliminado pela urina e os outros 50% aderem-se ao cálcio dos dentes e dos ossos (Camargo, 2003), 
O acesso ao dentifrício fluoretado tornou-se mais comum, com isso houve um aumento à ingestão do produto. Portanto, a água de abastecimento, a utilização em excesso de géis dentais contendo flúor associados ao excesso de outras formas de aplicação ou ingestão de flúor, podem levar ao desenvolvimento da fluorose (Oliveira R. C.,2006). 
41
Fluorose Dentária
Leve: alterações estéticas, pigmentação branca no esmalte dentário;
Moderada e severa: manchas amarelas ou marrons, defeitos estruturais no esmalte, repercussões estéticas, morfológicas e funcionais. 
(Moysés et al., 2002 )
42
Fluorose Dentária
Diversos fatores endógenos e exógenos podem produzir alteração na estrutura celular do elemento dental, capazes de formar anomalias, como:
Fluorose dental: qualquer parte do dente, período pré-eruptivo, pode assemelhar-se a riscas de giz, características difusas, cor branca opaco, marrom.
Hipoplasia: terço médio, incisal e ponta de cúspide, pré-eruptivo, localizada, superfície lisa, branca-opaca, amarelo-creme, falta total ou parcial da superfície de esmalte;
Mancha branca lesão inicial de cárie: área de estagnação do biofilme dentário provocada por má higiene oral, pós-eruptivo, localizada, opacidade mais acentuada que a de fluorose.
Amelogênese imperfeita: esmalte fino e com sulcos e fossas, áspero, descolorido e com menor consistência, manchamento branco a amarelo-amarronzado ou vermelho-amarronzado e tendência a descolar-se em lascas (Rabelo, Solis, 2018).
(Brito et al, 2020;)
43
Índices de Fluorose
O desenvolvimento de um sistema de classificação para manifestações clínicas da fluorose dentária surgiu da necessidade de investigar os efeitos tóxicos do uso de flúor no esmalte dos dentes em desenvolvimento.
Índice de Dean;
Índice Thylstrup e Fejerskov (TF);
Índice de Fluorose na Superfície Dentária (TSIF);
Índice de Risco de Fluorose (FRI).
(Antunes, Peres, 2013)
44
Índices de Dean
1934 - Dean, observando a ocorrência de fluorose dentária nos EUA, utilizou uma classificação com 6 categorias (normal, questionável, muito leve, leve, moderada, severa), dependendo das alterações estéticas e morfológicas provocadas pelo consumo de flúor nos dois dentes mais afetados. 
Assegurar: registro das características visíveis da fluorose dentária em uma população e os verdadeiros efeitos biológicos do flúor no esmalte dos dentes em desenvolvimento. 
 A avaliação leva em conta os dois dentes mais afetados,
 Se os dois dentes mais afetados não estiverem comprometidos de modo semelhante, o valor do menos afetado será registrado.
(Antunes, Peres, 2013)
45
Índices de Dean
(Antunes, Peres, 2013; Fluoridatron Forum Report, 2002)
46
Índices de Dean – SB Brasil 2010
(Brasil, 2011)
47
Índice Thylstrup e Fejerskov (TF)
Classifica as características dentais em 10 categorias, de O a 9;
Reflete o estadiamento de gravidade da fluorose;
 
Recomenda-se o exame apenas das superfícies vestibulares, considerando-se que todas as superfícies dentais estariam similarmente afetadas.
(Antunes, Peres, 2013)
48
Índice de Fluorose na Superfície Dentária (TSIF);
Classificação em 8 categorias de acordo com os aspectos estéticos. 
Um valor é dado a cada superfície vestibular e lingual de dentes anteriores não restaurados,
E um valor individual às superfícies vestibular, oclusal e lingual de dentes posteriores. 
(Antunes, Peres, 2013)
49
Limitações 
A diversidade de índices propostos para medir a fluorose;
Necessidade de uma calibração rigorosa de examinadores;
Falta de um método padronizado e menos subjetivo,
Apontadas como causas de dificuldades na comparação entre estudos e avaliação de tendências na prevalência de fluorose.
Novas pesquisas têm sido desenvolvidas com o propósito de estabelecer novas metodologias e protocolos para levantamentos epidemiológicos procurando aprimorar o diagnóstico com o uso de fotografias (Cochran et al., 2004; Soto-Rojas et al., 2008).
(Antunes, Peres, 2013)
50
Traumatismo Dentário
Qualquer injúria ao dente, às estruturas de suporte e aos tecidos moles adjacentes, com origem térmica, química ou física, cuja magnitude supera a resistência encontrada nos tecidos ósseos e dentários de acordo com a intensidade, tipo e duração do impacto (Andreasen, Andreasen, Andersson, 2013; Kramer, Feldens, 2013).
Representa um problema de saúde pública entre crianças e adolescentes devido à sua alta prevalência, com taxas variando entre 10,6% a 58,6% (Soriano et al., 2007; Marcenes, Zabot, Traebert, 2001). 
Wong et al. relataram o alto custo das despesas diretas com o tratamento, ou indiretas com perda de dias de trabalho e absenteísmo escolar. 
Além dos custos do tratamento inicial das lesões traumáticas dentárias, existem ainda os gastos com o controle pós-tratamento (Glendor et al., 2001);
(Antunes, Peres, 2013)
51
Epidemiologia - Traumatismo Dentário
Incidência na dentição decídua: maiores porcentagens são descritas para a faixa etária crianças de 2 a 3 anos de idade (Kramer, 2013).
Dentição permanente: maior incidência para os meninos entre 9 e 10 anos, quando as brincadeiras e atividades esportivas são frequentes (Andreasen, Andreasen, Andersson, 2013).
Início dos anos 90 - Andreasen e Andreasen afirmaram que o traumatismo dentário no futuro, provavelmente, excederia a cárie dentária e as doenças periodontais (Andreasen, Andreasen, 1990),
Vários estudos realizados em diferentes populações relataram que 7-50% da população infantil tem sofrido pelo menos uma lesão buco-dentária até a idadede 15 anos (Kahabuka, Plasschaert, 2001). 
52
Epidemiologia - Traumatismo Dentário
Fatores etiológicos: 
atividades pertinentes à infância;
práticas esportivas;
queda de bicicleta;
acidentes automobilísticos;
agressões;
fatores individuais: overjet acentuado, incapacidade do lábio superior em recobrir os dentes anteriores e protrusão do incisivo central superior (Prata et al, 2013).
53
Índice de Traumatismo Dentário
Ellis & Davey: amplamente utilizada em levantamentos epidemiológicos, mas os pesquisadores limitaram-se aos critérios de diagnóstico das fraturas coronárias. Se utilizada na íntegra, esta classificação não é apropriada para a pesquisa populacional. 
Andreasen e Andreasen: exame e diagnóstico clínico das lesões traumáticas, incluindo tecidos mineralizados dos dentes, polpa e periodonto, além de osso, gengiva e mucosa. 
permite coletar informações de diagnóstico completas no momento do primeiro exame do paciente com traumatismo, possibilitando realizar o plano de tratamento adequado e estabelecer o prognóstico, 
não se aplica a estudos epidemiológicos.
Garcia-Godoy e colaboradores: para exame clínico e epidemiológico. Lesões como fratura de cemento, fratura radicular, concussão, luxação, deslocamento lateral, intrusão e extrusão necessitam de dados radiográficos;
não se aplica a estudos epidemiológicos. 
(Antunes, Peres, 2013)
54
SB Brasil - Traumatismo Dentário
SB Brasil 2003 - Dentes que apresentavam lesões traumáticas eram codificados com código “T” do CPO: nítida perda de informação;
Dois aspectos: nos casos em que há uma lesão de cárie associada, perde-se a informação do trauma;
a informação é simplificada, podendo uma pequena fratura ser codificada do mesmo modo que uma perda de estrutura dentária de maiores proporções. 
SB Brasil 2010 - julgou-se importante que o traumatismo dentário fosse avaliado como uma medida específica na idade de 12 anos:
SB Brasil 2010 e 2020: 
Índice de O’Brien, o qual adota critérios que indicam sinais clínicos da extensão da fratura coronária e avulsão dentária (O’BRIEN, 1994),
Avaliação dos incisivos superiores e inferiores permanentes. 
(Brasil, 2004; Brasil, 2011; Brasil, 2022)
55
Índice O’Brien- Traumatismo Dentário
(Brasil, 2022)
56
Índice O’Brien- Traumatismo Dentário
(Brasil, 2022)
57
SB Brasil 2010 - Traumatismo Dentário
(Brasil, 2011)
58
Perda Dentária
Não deve ser encarada corno doença, em sentido estrito, mas como um agravo à saúde;
Resultante de fatores interligados entre si que pertencem a três grandes dimensões: 
o nível de gravidade das doenças bucais; 
o modelo de prática odontológica hegemônico, tanto do ponto de vista do acesso aos serviços quanto do conjunto de tecnologias disponíveis; 
características culturais das populações.
(Antunes, Peres, 2013)
59
Perda Dentária – Modos de Mensuração
Medida que reflete de modo bastante consistente a sua gravidade é, literalmente, o número de dentes perdidos. 
Como é um dos componentes do Índice CPO-D, a avaliação deste componente em termos médios e também a sua proporção em relação ao CPO total tem utilidade na avaliação da mutilação dentária.
O componente "P“ possui algumas limitações: 
expressa apenas os dentes que foram extraídos por cárie;
análise desse componente isoladamente ignora aqueles que foram ou não repostos artificialmente. 
(Antunes, Peres, 2013)
60
Perda Dentária – Modos de Mensuração
Avaliação do Uso e da Necessidade de Prótese Dentária: permite a comparação histórica do edentulismo/perda dentária de forma padronizada;
Os índices de uso e necessidade de prótese dentária não são excludentes, pois é possível que o indivíduo use e também necessite de uma prótese total ou parcial. 
Atende às necessidades de planejamento específicas da especialidade de prótese dentária. 
(Antunes, Peres, 2013; Brasil, 2022)
61
Perda Dentária – Modos de Mensuração
 
A avaliação da necessidade de prótese dentária removível deverá levar em conta a avaliação da qualidade da prótese;
Os critérios para avaliar se uma prótese que está em uso é inadequada são baseados no Índice de Qualidade de Prótese (Gil; Nakamae, 2000 apud Kruschewsky, 2009)
(Brasil, 2022)
62
Perda Dentária e Uso/Necessidade de Prótese - Brasil 
(Antunes, Peres, 2013)
63
Câncer de Boca
Entre as neoplasias malignas, o câncer de boca representa uma das formas mais fáceis de detecção, tratamento e controle, e as chances de sucesso aumentam de acordo com a precocidade do diagnóstico das primeiras lesões (Angelim-Dias et al., 2006; Torres-Pereira et al., 2012).
Tem apresentado incidência crescente: 
pela maior exposição aos fatores que podem estar associados à sua gênese;
aumento da expectativa de vida, que tem influenciado a maior incidência de doenças crônico-degenerativas;
sistemas de vigilância em saúde mais sensíveis a essas mudanças e que têm diagnosticado essa forma de câncer com mais frequência nos sistemas de saúde. 
(Rouquayrol, Silva, 2018)
64
Epidemiologia - Câncer de Boca
Não foi avaliado SB Brasil de 2003 nem em 2010;
Base de dados: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e os Registros Hospitalares de Câncer (RHC);
Algumas formas de câncer (boca, esôfago, estômago, fígado e útero) são mais incidentes em países pobres, com forte relação com fatores sociais e econômicos e não apenas clínicos e individuais;
Fumo, deficiências nutricionais, fatores biológicos (como HPV, herpes “6”), radiações ionizantes ou solares, fatores mecânicos, má higiene oral, álcool e fatores genéticos estão fortemente associados à gênese do câncer, atuando de modo isolado ou conjunto (Boffetta e Hashibe, 2006; Garcia-Garcia & Bascones, 2009; Rapidis et al., 2009). 
(Rouquayrol, Silva, 2018)
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Epidemiologia - Câncer de Boca
Registro de 377.713 novos casos (lábios e cavidade oral) em todo o mundo em 2020 (264.211 homens e 113.502 mulheres), com taxa de mortalidade de até 50% (Global Cancer Observatory, 2022); 
Número de casos novos no Brasil para cada ano do triênio 2020-2022, será de:
11.200 casos em homens e de 4.010 em mulheres. 
Risco estimado de 10,70 casos novos a cada 100 mil homens, ocupando a quinta posição.
(INCA, 2020)
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Erosão Dentária
Resultado físico de uma perda patológica, crônica, localizada e assintomática dos tecidos dentais duros pelo ataque químico da superfície do dente por ácido, sem o envolvimento de bactérias (Imfeld, 1996). 
De acordo com Imfeld (1996), a classificação pode ser baseada na etiologia, sendo dividida em:
erosão extrínseca: resulta de ácidos exógenos;
erosão intrínseca: resulta de ácidos endógenos;
erosão idiopática: quando o diagnóstico não se faz possível por meio de exames clínicos ou da anamnese.
(Imfeld, 1996)
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Erosão Dentária
Inúmeros índices têmsido propostos para mensurar o desgaste dentário e mais especificamente a erosão dentária. 
A existência de vários índices pode estar relacionada à dificuldade na identificação do processo erosivo baseado apenas em uma única causa, principalmente, pela presença concomitante de outros desgastes.
1979 - Índice de Eccles e Jenkins: classifica a erosão dentária de acordo com a gravidade, avalia a localização e o grau de envolvimento da superfície de esmalte e dentina; 
1984 –Tooth Wear Index – TWI, proposto por Smith e Knight. Desenvolvido para medir desgaste dentário em adultos, onde diversas condições de desgaste podem se sobrepor;
1991 - Índice de Lussi e colaboradores: avaliar as faces vestibular, lingual e oclusal de todos os dentes, com exceção dos terceiros molares.
1993 – Índice O'Brien: avalia a profundidade das lesões e a área da superfície dentária envolvida. 
2008 - Índice BEWE (Basic Erosive Wear Examination): sintetiza todos os critérios de diagnóstico dos demais índices e preconiza a soma dos escores mais altos para determinar o nível de risco, o qual corresponde aos procedimentos clínicos indicados para o manejo do caso.
(Rouquayrol, Silva, 2018)
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Epidemiologia - Erosão Dentária
Foi relatado que a prevalência mundial de erosão dentária em crianças e adolescentes foi de 30,4% (Silverio et al., 2015);
Durante os Jogos Olímpicos de Londres em 2012, Needleman et al. (2013) realizaram uma pesquisa com objetivo de avaliar níveis de má saúde bucal entre os atletas: foram abordados 278 atletas de 25 esportes diferentes, observou-se que a erosão dentária foi diagnosticada em 45% dos atletas;
Needleman et al. (2016) avaliaram 8 equipes do Reino Unido, das quais 5 equipes eram da Premier League, 2 da Championship e 1 da League One: 37% participantes tiveram cárie dentária ativa e 53% erosão dentária;
Em um estudo com 294 escolares da cidade de Campina Grande-PB apresentou 78,2% da amostra com lesões erosivas (Santana et al., 2018);
Em 2021, um estudo realizado em São Paulo avaliou 202 crianças, sendo que 89,7% tiveram a erosão dentária associada com o diagnóstico positivo para doença do refluxo gastroesofágico (Silva, 2021).
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Referências
ANTUNES, J.L.F.; PERES, M.A. Epidemiologia da saúde bucal. 2. ed. São Paulo : Santos, 2013.
BASTONE, E. B.; FREER, T. J.; MCNAMARA, J. R. Epidemiology of dental trauma: a review of the literature. Australian dental journal, v. 45, n. 1, p. 2–9, 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003: resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal: resultados principais. Brasília, (DF): Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. SB Brasil 2020: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal : projeto técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamentode Saúde da Família. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022
FEJERSKOV, O; KIDD, E. Cárie Dentária: A Doença e Seu Tratamento Clínico. 8. ed. São Paulo: Santos, 2011.
IMFELD, T. Dental erosion. Definition, classification and links. European journal of oral sciences, v. 104, n. 2, p. 151–155, 1996.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA - Estimativa dos casos novos. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil>. Acesso em: 16 set. 2022.
NEEDLEMAN, I. et al. Oral health and elite sport performance. British journal of sports medicine, v. 49, n. 1, p. 3–6, 2015.
NEEDLEMAN, I. et al. Poor oral health including active caries in 187 UK professional male football players: clinical dental examination performed by dentists. British journal of sports medicine, v. 50, n. 1, p. 41–44, 2016.
ROUQUAYROL, M. Z; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
SANTANA, N. M. S. et al. Prevalência de erosão dentária e fatores associados em uma população de escolares. Revista de odontologia da UNESP, v. 47, n. 3, p. 155–160, 2018.
SILVERIO, L. L. M. et al. Prevalência mundial da erosão dentaria em dentes permanentes em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática e meta-regressão. Journal of Orofacial Investigation, v. 2, n. 2, p. 7, 2015.
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