Prévia do material em texto
Processo penal 30.05.23 RESP e R.E. - 1029 ss, do CPC. - Interpostos contra decisões de segunda instância: decisões do TJ e TRF. - Hipóteses · RESP: art. 105, III, CF/88 · RE: art. 102, III, CF/88 - Prazo: 15 dias (e apesar de estarem previstos no CPC, deve-se seguir a regra de contagem de prazo do processo penal, ou seja, serão dias corridos). Hipóteses RE (art. 102, III) · Decisão que contrariar dispositivo da Constituição Federal. · Decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. · Decisão que julgar válida lei ou ato de governo local contestada em face da constituição. · Decisão que julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Ou seja, toda decisão que violar a constituição federal. Hipóteses do RESP (art. 105, III) · Decisão que contrariar tratado ou lei federal · Decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; · Decisão que der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Em negrito os mais utilizados no processo penal. Forma de interposição Petição recursal. A peça de interposição direcionada para o presidente do TJ ou TRF. As razões são direcionadas ao STJ ou STF. Prequestionamento Tanto o STJ como o STF exigem o prequestionamento como requisito de admissibilidade do recurso. Repercussão geral o RE ainda exige outro pressuposto, a repercussão geral (deve-se demonstrar que o recurso tem repercussão social, não é de interesse apenas interpartes) – art. 1035 e §1º do CPC. Como demonstrar a repercussão geral? A petição de interposição segue a mesma regra. Na peça de razões deve-se abrir um tópico, antes das preliminares, intitulado “repercussão geral”. No processo penal é bem mais fácil que no processo civil, pois quando se atinge a liberdade do acusado, geralmente se atinge também o interesse coletivo. REVISÃO CRIMINAL - Art. 621 ao 631, CPP - Nada mais é do que uma ação rescisória - Forma de interposição: inicial - Hipóteses: art. 621 e 626 Hipóteses · Sentença condenatória contrária ao texto da lei ou evidência dos autos · Sentença condenatória se basear em depoimentos, exames ou documentos falsos. · Quando após a sentença se descobrir novas provas de inocência ou de diminuição da pena. Todas são hipóteses que beneficiam o réu. Somente a defesa pode entrar com revisão criminal. A revisão criminal pode ser ajuizada a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, mesmo se o réu estiver morto. Nota: não faça pedido de indenização na revisão criminal: juiz criminal não sabe quantificar dano material e dano moral. Legitimidade: réu (mas caso ele morra, ascendente, descendente, cônjuge ou irmão). A revisão criminal é pra quem condenou, exceto se a condenação ocorrer em primeira instância, cuja competência será do TJ ou TRF. Cuidado: quem condenou é diferente de quem mantêm a condenação. Se o juízo da primeira instância absolve e o TJ condenou (obviamente a condenação foi do TJ, então a competência para a revisão criminal é do TJ); se o juiz da primeira instância condenou e o tribunal manteve a condenação, quem condenou terá sido o juiz de primeira instância. HABEAS CORPUS Também é uma ação como a revisão criminal, não é recurso. Logo a forma de interposição dele é através de petição inicial. Visa soltar o acusado ou mantê-lo livre. Existem duas espécies de habeas corpus: liberatória e preventivo. · Liberatório: o sujeito já está preso ou já existe decisão determinando a prisão dele. · Preventivo: é quando o sujeito pode ser preso no futuro, mas ainda não há nenhuma decisão determinando a prisão dele. No HC liberatório, o pedido é de concessão de alvará de soltura. Se o HC for preventivo o pedido será de salvo-conduto (que significa, ninguém pode me conduzir, ninguém pode me levar preso, pois tenho decisão que resguarda mina liberdade). Os pedidos devem ser certos objetivos. O HC preventivo é direcionado especificamente para o que se pede, não pode ser pra outras situações (ninguém está autorizado a cometer crimes por ser beneficiado com ordem de habeas corpus). O HC não tem forma específica, qualquer um pode fazer. Porém no STJ e STF somente advogado pode fazer.