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Gestão de Custos no Agronegócio Allan Menegaz Ana Carolina Disarz Jean Carlos Berria Luana Machado Natacha Kucmanski Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim Introdução à contabilidade de custos Dentro da abrangente literatura teórica sobre a contabilidade de custos existem vários conceitos que se diferenciam segundo a sua natureza, o enfoque ou as características postas em evidência. Uma contabilidade de custos desenvolve-se com o propósito de atingir finalidades específicas, que podem tratar do fornecimento de dados de custos para a medição de lucros, determinação da rentabilidade e avaliação de patrimônio, identificar métodos e procedimentos para o controle das operações e atividades da empresa e prover informações sobre custos. A prática da contabilidade de custos utiliza da identificação, o registro, a acumulação e a organização dos diversos elementos relativos às atividades operacionais de um negócio e auxilia a administração no processo de tomada de decisões e planejamento. Ela tem a função de fornecer a administração de uma organização dados que representem o total de recursos utilizados até o produto final. A contabilidade de custos nas empresas rurais Muito pouco utilizada pelos produtores brasileiros a contabilidade rural é uma ferramenta gerencial que é vista como uma técnica complexa em sua execução e que apresenta um baixo retorno prático. Outro aspecto também visualizado é de que quase sempre é utilizada para atender finalidades fiscais e não gerenciais. A apuração de custos no agronegócio apresenta uma de suas maiores dificuldades de implantação e desenvolvimento devido à necessidade de rigor no controle de seus elementos para então obter uma correta apropriação dos custos de cada produto. Sua Importância e objetivos Os sistemas de custos são provedores de informações para que a gerência possa tomar as decisões mais viáveis, permitindo a identificação de gastos que estejam reduzindo a lucratividade. Devem garantir o fluxo contínuo de informações, verificando a situação atual e comparando com o planejamento. Leone (2000) afirma que a contabilidade de custos , quando acumula os custos e os organiza em informações relevantes, pretende atingis três objetivos principais, são eles: a determinação de lucro; o controle das operações; a tomada de decisões. Classificação dos custos Atualmente existem várias formas de classificação de custos. Apresentam inúmeras variações devido aos distintos enfoques dos autores. A Classificação proposta por Marion (2000) utiliza os conceitos sobre custos rurais por adequação, apresentando três tipos: Quanto a natureza Referente a tudo que foi utilizado no processo de produção: a) Materiais ou insumos – Materiais brutos ou já trabalhados e anteriormente produzidos que são necessários para se obter outro produto. Ex.: fertilizantes, sementes, rações etc. b) Mão-de-obra direta – Salários, encargos sociais e benefícios do pessoal empregado diretamente na produção. Ex.: tratorista, tratador, safrista etc. c) Mão-de-obra indireta – Idem, do pessoal empregado indiretamente na produção. Ex.: técnico agrícola, engenheiro agrônomo etc. d) Manutenção de máquinas e equipamentos – Gastos com peças e serviços de reparos de tratores e outras máquinas e equipamentos de propriedade rural, utilizados na produção. e) Depreciação de máquinas e equipamentos – Parcela que corresponde à taxa de depreciação pelo uso das máquinas e equipamentos. f) Combustíveis e lubrificantes – Utilizados pelas máquinas de produção agropecuária. Quanto a identificação com o produto Referente a maior ou menor facilidade de identificar os custos dos produtos, através de uma medição precisa dos insumos utilizados, da relevância do seu valor ou da apropriação dos gastos, que são: Diretos: São identificados com precisão no produto acabado, através da um sistema de medição. Ex.: horas de mão-de-obra, quilos de sementes ou rações, gastos com funcionamento e manutenção de tratores etc. Indiretos: São aqueles necessários à produção, geralmente de mais de um produto. Ex.: salários dos técnicos da chefia, materiais e produtos de alimentação, higiene e limpeza (pessoal e instalações). Quanto a variação quantitativa Referente ao fato de os custos permanecerem inalterados ou variarem em relação às quantidades produzidas. Ou seja, os custos podem variar proporcionalmente ao volume produzido ou podem permanecer constantes, independente do volume: Custos variáveis: apresentam variações em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio. Ex.: mão-de-obra direta, materiais diretos (fertilizantes, sementes, rações), hóras-máquina etc. Custos fixos: permanecem inalterados em termos físicos e de valor, independente do volume de produção e dentro de um intervalo de tempo relevante. Ex.: depreciação de instalações, benfeitorias e máquinas agrícolas, seguro de bens, salários de técnicos rurais e chefias etc. Estruturação dos custos no agronegócio Custo Global São os custos como um todo, diferenciados apenas pelas despesas efetivas: Todos os desembolsos monetários. O consumo dos produtos da própria produção. As reparações e depreciações. Prestação de trabalho não remunerado (empresário e membros da família). Custo Parcial O custo parcial é o recurso necessário ao qual se recorre quando se precisa de uma orientação mais segura com relação ao custo global. Para determinar os custos parciais é necessário primeiramente distinguir o ramo da exploração agrária, que podem ser: Produção Vegetal Produção Animal Produção Agroindustrial Atividades complementares ou auxiliadoras da produção. Desafios da contabilidade de custos no agronegócio Várias objeções tem acontecido com relação a adoção da contabilidade nas empresas rurais. Que são divididos em dois grupos: A extensão das operações rurais e sua complexidade não permitem uma contabilização perfeita dos fatos das empresas rurais. A ignorância em que vive o homem do campo. Agro Slaviero Indústria de Doces e Compotas
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