Prévia do material em texto
IANI SOARES LUZ XIII – MED Doença de Addison / Insuficiência suprarrenal (IS) - Deficiência de hormônios produzidos pelas suprarrenais. - Classificação: • IS primária ou doença de Addison (DA): Doença do córtex suprarrenal, levando à deficiência de cortisol, de aldosterona e de androgênios. • IS secundária: Deficiência de ACTH, a qual pode ocorrer por comprometimento hipofisário ou hipotalâmico, com redução da secreção do CRH, levando à deficiência de glicocorticoides (GCs) (cortisol). Epidemiologia - IS primária/DA: Condição rara, com prevalência de 4 a 11 casos por 100.000 e incidência de 0,8 casos por 100.000 habitantes, com pico de incidência na 4ª década de vida, sendo as mulheres mais frequentemente afetadas do que os homens. - IS secundária: Sua prevalência é de 15 a 28 casos por 100.000, com pico na 6ª década de vida. Etiologia - Insuficiência suprarrenal (IS) primária: • Autoimune: Responsável por mais de 80% dos casos de IS primária; ◦ Pode apresentar-se de forma isolada, em 40% dos casos, ou ocorrer como parte de uma síndrome poliglandular autoimune tipo 1 ou tipo 2. • Doenças infecciosas (tuberculose, paracoccidioidomicose, histoplasmose, AIDS): 2ª causa mais comum, estando associada, principalmente, à tuberculose e a doenças micóticas sistêmicas; • Medicamentos: ◦ Inibem a síntese do cortisol e de GCs sintéticos: Etomidato, cetoconazol, fluconazol, itraconazol, metirapona, mitotano; ◦ Aumentam o metabolismo do cortisol e de GCs sintéticos: Fenitoína, barbitúricos, rifampicina,mitotano. • Infarto suprarrenal: Pode ser causado por hemorragia ou trombose de veia suprarrenal; • Hemorragia suprarrenal: Pode ser causada por meningococemia (síndrome de Waterhouse- Friderichsen), sepse por outros agentes infecciosos, síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, trauma, coagulação intravascular disseminada e uso de anticoagulantes orais; IANI SOARES LUZ XIII – MED • Metástases suprarrenais: Sobretudo, decorrentes de carcinoma de pulmão e de mama; • Genéticas: Adrenoleucodistrofia ligada ao X (sexo masculino), hiperplasia suprarrenal congênita (etiologia mais comum de IS no período neonatal). - Insuficiência suprarrenal (IS) secundária: • Uso exógeno de glicocorticoides em doses suprafisiológicas: Principal causa. Leva à supressão do eixo hipotálamo- hipófise-suprarrenal, com redução da secreção de ACTH e CRH e subsequente atrofia suprarrenal; ◦ Uso de mais de 30 mg/dia de hidrocortisona por VO (equivalente a mais de 7,5 mg de prednisona ou 0,75 mg de dexametasona) por mais de 3 semanas. • Tumores da região selar: Adenomas hipofisários, crânio faringeoma, metástases, tumores de terceiro ventrículo; • Isquêmicas: Apoplexia hipofisária, síndrome de Sheehan, trombose vascular; • Pós-cirúrgicas: Hipofisectomia, lesão de haste hipofisária, correção de aneurisma; • Irradiação da hipófise; • Hipofisite linfocítica autoimune: Afeta principalmente mulheres durante ou após a gestação, devendo ser pensada no diagnóstico diferencial com necrose hipofisária pós-parto (síndrome de Sheehan); - • Trauma craniano; • Infiltrativas: Sarcoidose, histiocitose X, hemocromatose; • Anorexia nervosa; • Porfiria intermitente aguda; • Deficiência isolada de ACTH: Idiopática, mutações no gene do TPIT, outras mutações gênicas (PCSK 1, POMC), associada à síndrome de Prader-Willi; • Hipopituitarismo por mutações gênicas: HESX1, LHX4, SOX3, PROP1. Fisiopatologia IS primária/DA - Ocorre um primeiro estágio onde se detecta comprometimento mineralocorticoide inicial verificado pelo aumento da atividade plasmática de renina (APR) e níveis normais ou reduzidos de aldosterona. - Posteriormente, observa-se um estado de menor reserva do setor glicocorticoide avaliado pela diminuição dos níveis de cortisol frente a estímulo com ACTH. IANI SOARES LUZ XIII – MED - Com a progressão da lesão suprarrenal, o paciente passa a apresentar elevações do ACTH basal por redução do efeito do cortisol na alça de retroalimentação. Nesta situação, o paciente é susceptível à falência adrenocortical aguda ou crise suprarrenal durante estresse que demande maior nível de cortisol endógeno. - Finalmente, ocorre redução dos níveis basais de cortisol associado a aumento importante dos níveis plasmáticos de ACTH, juntamente com sintomas de insuficiência suprarrenal. - Desfecho: Déficit hormonal basal de cortisol, níveis elevados de ACTH e APR elevada com aldosterona baixa e manifestações clínicas de hipocortisolismo. - A deficiência mineralocorticoide ocorre apenas na IS primária, causando desidratação e hipovolemia. IS secundária - Decorre de uma falência hipofisária em secretar oACTH, que pode ser causada por doença hipofisária ou hipotalâmica. • Caso seja hipotalâmica, ocorre redução da secreção do CRH pelo hipotálamo. - Como o sistema renina-angiotensina- aldosterona está preservado, a secreção de mineralocorticoide é normal e não se observa hipercalemia. • Contudo os pacientes apresentam hiponatremia devido a aumento da liberação de ADH secundário ao déficit de cortisol. ◦ Na apresentação é frequente a hiponatremia ser mais pronunciada que em pacientes com IS primaria, o que é justificado pelo diagnóstico mais tardio da forma secundária. – Assim como na IS primária, a produção de andrógenos e precursores androgênicos suprarrenais (como DHEA e DHEAS) está prejudicada. IANI SOARES LUZ XIII – MED Manifestações clínicas - A sintomatologia dependerá da extensão da doença, do comprometimento da produção de mineralocorticoides (MCs), bem como da exposição a fatores estressantes agudos. • É necessário que haja perda de mais de 90% do córtex das suprarrenais para manifestação do quadro clínico. - Sinais: • Hiperpigmentação de pele e mucosas ; ◦ Ocorre apenas na IS primária/DA , sendo, portanto, o achado clínico que mais diferencia a IS primária da secundária; ◦ A estimulação aumentada dos receptores da melanocortina tipo 1 pelo ACTH, bem como a secreção aumentada do hormônio estimulante do melanócito (α-MSH), produto de clivagem da pro-opiomelanocortina (POMC; polipeptídeo precursor do ACTH). • Febre; • Hipotensão e hipotensão postural; • Azotemia; • Hiponatremia, hipercalemia e acidose metabólica; ◦ Ocorrem na DA por deficiência de MCs. ◦ Mesmo nos quadros de IS secundária, nos quais a produção de aldosterona está preservada, pode haver hiponatremia devido à redução da depuração de água livre causada pelo hipocortisolismo, bem como pelo aumento da secreção de ADH. • Anemia (normocítica e normocrômica), linfocitose, eosinofilia; • Elevação do TSH; • Hipercalcemia; • Hipoglicemia; ◦ Hipoglicemia grave é um achado mais comum na infância e pode ocorrer nos adultos após período de jejum prolongado, febre, infecção, náuseas e vômitos, abuso de álcool, ou quando há deficiência concomitante de GH. • Perda de pelos pubianos e axilares (em mulheres), ausência de pubarca em crianças; • Calcificação auricular. - Sintomas: - Astenia; fadiga; indisposição; anorexia; emagrecimento; sintomas gastrintestinais; artralgias; mialgias; avidez por sal; redução de libido (em mulheres); xerodermia (em mulheres). A IS pode se apresentar como forma crônica, com início insidioso, ou agudamente, como crise suprarrenal. - Os sintomas de IS crônica costumam ser vagos, podendo incluir: fraqueza,emagrecimento, anorexia, náuseas, vômitos, diarreia ou constipação e dor abdominal. • Achados de doenças autoimunes associadas, como vitiligo, podem estar presentes. - • Amenorreia pode ocorrer pela perda de peso, pela doença crônica de base ou IANI SOARES LUZ XIII – MED mesmo devido à falência ovariana primária (ooforite autoimune) associada. • A redução de secreção de andrógenos suprarrenais é clinicamente mais aparente nas mulheres, resultando em perda de pelos pubianos e axilares, redução de libido e xerodermia. • Sintomas psiquiátricos em quadros de longa evolução podem ocorrer, incluindo síndrome cerebral orgânica, depressão, alteração da memória e psicose. - A crise suprarrenal ocorre quando o paciente se expõe a fatores estressantes (infecção, cirurgia, trauma, desidratação) sem ter tido diagnóstico e tratamento prévio de IS ou sem concomitante aumento da dose habitual do tratamento com GC. • Manifesta-se com quadro grave de hipotensão com evolução para choque, associado a outros achados inespecíficos, como anorexia, náuseas, vômitos, dor e distensão abdominal (por vezes, simulando abdome agudo), alteração do sensório, febre, cianose ou palidez. • Pode ser precipitada também quando a IS crônica se associa a hipertireoidismo ou a hipotireoidismo com início de reposição isolada de hormônio tireoidiano, o que leva a aumento da depuração do cortisol. É situação incomum na IS secundária. • O diagnóstico de crise suprarrenal deve ser sempre considerado em pacientes com instabilidade hemodinâmica refratária a volume, dor abdominal ou em flancos inexplicada, hipoglicemia ou coma. Diferenciação dos sinais/sintomas crônicos IS primária/D A IS secundári a Deficiência de GCs + + Deficiência de Mcs + - Hipercalemia + - ACTH elevado + - Hiperpigmentaçã o + - Deficiência de androgênios + + OBS: Divisão das manifestações clínicas de acordo com a deficiência hormonal: • Deficiência de glicocorticoides: Astenia; mal-estar; anorexia; perda de peso; distúrbios gastrintestinais; hipotensão, hipoglicemia. • Deficiência de mineralocorticoides: Avidez por sal; hipovolemia; hipotensão; hiponatremia; hipercalemia; acidose metabólica leve. • Deficiência de androgênios suprarrenais: Redução da libido e da pilificação axilar e pubiana (somente em mulheres). Diagnóstico Insuficiência suprarrenal crônica - Clínico: Reconhecer os sinais e sintomas (depleção de volume, hipotensão, hiponatremia, hipercalemia, febre, dor abdominal, hiperpigmentação e, especialmente em crianças, hipoglicemia). IANI SOARES LUZ XIII – MED • Investigar para DA os pacientes com certas doenças autoimunes (tireoidite de Hashimoto e DM1) e infecciosas (TB, AIDS, citomegalovirose, PCM e histoplasmose). - Laboratorial: • Dosagem do cortisol sérico (CS) basal: CS coletado entre 8 e 9 h, deve ser o 1º exame a ser solicitado; ◦ Interpretação: Níveis < 5 μg/dL são indicativos de IS e valores ≥ 18 μg/dL virtualmente excluem esse diagnóstico. • Dosagem de ACTH plasmático: ◦ DA: Na presença de níveis reduzidos de CS (< 5 μg/dL), valor de ACTH plasmático acima de 2x o limite superior da normalidade (< 46 pg/mL) é altamente indicativo de DA. ▪ Na DA, os níveis de ACTH plasmático quase sempre excedem 100 pg/mL e podem alcançar 4.000 pg/mL ou mais. ◦ IS secundária: Valores de ACTH são baixos (geralmente < 10 pg/mL ou no limite inferior da normalidade [entre 10 e 20 pg/mL]). • Teste de estimulação rápida com ACTH: Após coleta de amostra para o CS, administram-se por via intravenosa 250 μg (0,25 mg) de um peptídeo sintético correspondente aos primeiros 24 aminoácidos do ACTH endógeno e dosa-se novamente o CS após 30 e 60 minutos. ◦ Pico de cortisol > 18 μg/dL: Exclui IS primária e franca e IS secundária com atrofia suprarrenal. Não descarta, contudo, a possibilidade de uma deficiência leve ou recente (até 4 semanas) de ACTH; ◦ Pico de cortisol < 18 μg/dL: Confirma o diagnóstico de IS, mas não discrimina se o problema é suprarrenal ou hipotalâmico- hipofisário, dilema este facilmente resolvido pela dosagem de ACTH plasmático. • Teste de hipoglicemia induzida por insulina ou teste da tolerância à insulina (ITT): Indicado para pacientes com suspeita de IS secundária franca ou parcial (baixa reserva hipofisária) quando o teste de estimulação rápida com ACTH não possibilitar uma definição diagnóstica. ◦ Consiste na dosagem do CS basal 30 e 60 minutos após a administração IV de insulina regular (0,05 U/kg). Esse teste baseia-se na capacidade de a hipoglicemia induzir uma resposta de estresse do SNC e aumentar a liberação do CRH e, consequentemente, a secreção de ACTH e cortisol. ◦ Interpretação: A resposta normal do CS é um pico > 18 μg/dL. Sua detecção descarta IS e baixa reserva hipofisária; contudo, é necessário que a glicemia caia para menos de 40 mg/dL para que o teste possa ser interpretado corretamente. ◦ Complicações: Hipoglicemia grave (principal). ◦ Contraindicações: Idosos, doença cardiovascular ou cerebrovascular IANI SOARES LUZ XIII – MED ou doenças que cursem com convulsões. • Teste do glucagon: Trata-se de um teste seguro, caso o ITT esteja contraindicado. Infelizmente, náuseas são um efeito colateral comum do glucagon. ◦ Administra-se 1 mg de glucagon (1,5 mg no obeso) por via subcutânea, e o cortisol é dosado com 0, 90, 120, 150, 180 e 240 minutos. ◦ Interpretação: Os mesmos esperados com o ITT. Entretanto, trata-se de um estímulo menos potente e mais sujeito a produzir resultados equívocos. • Dosagem de atividade plasmática de renina (APR) e aldosterona: Indicada para averiguar a presença de deficiência de mineralocorticoide. ◦ IS primária: APR está elevada, em quase todos os pacientes não tratados com IS primária, associada a níveis séricos de aldosterona baixos ou normais. ◦ IS secundária: O sistema renina- angiotensina-aldosterona está íntegro. Investigação da etiologia da insuficiência suprarrenal - Dosagem dos anticorpos antiadrenais: Anticorpos anticórtex adrenal (ACA) são observados em 60 a 80% dos casos de DA autoimune, somente excepcionalmente sendo encontrados, em títulos baixos, em outras formas de IS primária. - ECG: A hipercalemia é responsável pelo surgimento de ondas T em tenda, ondas P baixas, complexos QRS largos e, em casos extremos, assistolia atrial, bloqueio intraventricular e, por fim, assistolia ventricular. Outras anormalidades, como ondas T achatadas ou invertidas, baixa voltagem do QRS e intervalo Q-Tc prolongado, devem-se ao hipocortisolismo per se. - São reversíveis com a reposição de glicocorticoide - Achados radiológicos: A TC e a RM podem ser úteis no diagnóstico diferencial de IS primária. • Doença de Addison: Suprarrenais pequenas e atrofiadas (adrenalite autoimune); aumento de volume das suprarrenais (tuberculose, paracoccidioidomicose ou outras doenças granulomatosas; infiltração neoplásica ou hemorragia), calcificações suprarrenais (tuberculose, IANI SOARES LUZ XIII – MED outras doenças invasivas, hemorragia) diminuição da área cardíaca (microcardia); aumento de volume da sela túrcica e da hipófise; • Insuficiência suprarrenal secundária: Lesões primárias ou metastáticas em hipófise, hipotálamo ou eminência média. Tratamento Crise suprarrenal - O objetivo inicial da terapia é reverter ahipotensão e corrigir a desidratação, a hipoglicemia e os distúrbios eletrolíticos. - Corrigir depleção de volume: Grandes volumes de soluçãofisiológica a 0,9% e solução glicosada a 10% devem ser infundidos tão rapidamente quanto possível. - Reposição de glicocorticoides: Administrar hidrocortisona, 100 mg IV inicialmente, seguidos de 200 mg em infusão contínua IV ou 50 mg de 6/6 h IV durante 24 h. Se possível, reduzir a dose em 50% no 2º dia de tratamento. Quando o paciente estiver tolerando alimentos VO, passar a administrar o glicocorticoide VO e, se necessário, adicionar fludrocortisona (0,1 mg VO). IS crônica - Reposição de glicocorticoides: No nosso meio, a prednisona e a prednisolona são os produtos mais utilizados, na dose usual de 5 mg logo cedo pela manhã e 2,5 mg no início da tarde (alguns pacientes requerem apenas a dose matinal). • Em muitos países, prefere-se a hidrocortisona, por ser natural e ter atividade mineralocorticoide inerente; no Brasil, ela é apenas produzida em farmácias de manipulação. ◦ A dose recomendada pelas diretrizes da Endocrine Society é de 15 a 25 mg/dia, em 2 a 3 tomadas diárias, sendo a maior dose ao acordar e a última e menor dose 4 a 6 horas antes de dormir, a fim de mimetizar o ritmo circadiano e evitar altos níveis noturnos de glicocorticoides, os quais podem comprometer o sono e a sensibilidade à insulina. • Glicocorticoides de ação prolongada, como a dexametasona, devem ser evitados, visto que implicam risco maior para o desenvolvimento da síndrome de Cushing exógena. OBS: Em casos de DA, a dosagem de ACTH plasmático para guiar a dose de reposição glicocorticoide não é recomendada, uma vez que pacientes recebendo doses apropriadas de reposição frequentemente apresentam níveis elevados de ACTH. Portanto, sua utilização para ajuste da reposição glicocorticoide pode levar ao tratamento excessivo. Reposição de mineralocorticoide: Fludrocortisona está primariamente indicada para pacientes com DA (nunca, ou raramente, é necessária na IS secundária). A dose necessária varia de paciente para paciente, em geral, 0,05 a 0,2 mg VO pela manhã (inicia-se com 0,1 mg/dia e reajusta-se em 0,05 mg/dia). IANI SOARES LUZ XIII – MED • Dietas hiperssódicas podem reduzir a necessidade de MC, assim como climas quentes e úmidos exigem aumento de até 50% da dose pela perda de sal no suor. • Os pacientes devem ser orientados a não restringir a ingestão de sal. • Pacientes em uso de prednisolona necessitam de doses maiores de fludrocortisona em comparação com aqueles em uso de hidrocortizona, uma vez que a prednisolona tem menor atividade mineralocorticoide. • Monitorização da dose deve ser feita por pesquisa de hipotensão postural, sódio e potássios séricos e atividade plasmática de renina (tendo-se como alvo o limite superior da normalidade). Reposição de deidroepiandrosterona: Reposição de DHEA (25 a 50 mg/dia em dose VO única pela manhã) pode ser considerada em mulheres com IS que se apresentem, antes da menopausa, com libido reduzida ou ausente, depressão, ansiedade e níveis reduzidos de energia, a despeito de uma adequada reposição glico e mineralocorticoide. • Caso não haja melhora dos sintomas após 6 meses, o tratamento deverá ser descontinuado. • O monitoramento da reposição com DHEA deve ser feito por meio da dosagem do sulfato de DHEA (SDHEA) pela manhã, antes da ingestão do medicamento. - Educação do paciente: • Necessidade de tomar o(s) medicamento(s) prescrito(s) constantemente e, sobretudo, ao ajuste da dose do glicocorticoide em situações de estresse. • Levem sempre consigo um bracelete, ou cartão de identificação, com nome, telefone de contato, nome e telefone do médico, diagnóstico e fármaco(s) utilizado(s), a fim de agilizar seu tratamento, caso sejam atendidos em serviços de urgência. Tatuagens também têm sido usadas por alguns pacientes.