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Experimentos qualitativo e quantitativo: Nem sempre o caminho mais curto é o mais rápido; Determinação da constante elástica de uma mola Pedro Angelo Maciel, NºUSP: 13689931 ; Guilherme Maceno Sales, N°USP: 13729111 Instituto de Física - Universidade de São Paulo R. do Matão 1371, Cidade Universitária. Relatório de Mecânica (Diurno); Grupo 21. PARTE 1: Nem sempre o caminho mais curto é o mais rápido: Objetivos: O experimento visa compreender o movimento em uma rampa de três cilindros de massas iguais de 124g, mas de construções diferentes, analisar quais as grandezas físicas envolvidas no experimento, e como elas influenciam o movimento dos cilindros. Descrição Experimental: Os cilindros são postos em uma rampa, feita de madeira, com um certo grau de inclinação com a horizontal, de modo a estarem na mesma altura. Para caírem ao mesmo tempo, uma trava foi utilizada. Depois de liberados, os cilindros rolam, e descrevem uma trajetória oblíqua, delimitada pelas dimensões da rampa, e param em um suporte. Com esse arranjo, é possível observar a diferença do tempo de queda entre os cilindros. Análise Teórica: Após o início do movimento, os cilindros sofrem uma força de atrito devido à superfície da rampa e do material dos próprios cilindros. Essa força é dada por 𝐹𝑎𝑡 = µ. 𝑁 Sendo N a força normal aplicada à rampa, e o coeficiente de atritoµ dinâmico. Como a força normal dos cilindros é praticamente a mesma, espera-se que que a seja a mesma para os três corpos, assim, não oferecendo diferenças𝐹𝑎𝑡 significativas no resultado do experimento. Durante o movimento, os cilindros sofrem um torque, causando uma rotação em torno de seus eixos, cujo módulo é dado por 𝑇 = 𝐼. α 𝐼 = ∑ 𝑚. 𝑟² Sendo a inércia rotacional do corpo, e a aceleração angular, e r a𝐼 α distância de um ponto de massa do eixo de rotação. Como já dito anteriormente, a massa dos objetos é praticamente igual. Mas suas distribuições de massa em torno dos eixos de rotação não são. Um dos cilindros possui um interior “vazado”, o que altera a sua inércia rotacional, e consequentemente, uma aceleração angular diferente. Resultados: Foi observado que o cilindro vazado teve um tempo de queda maior em comparação aos outros. Isso se deve à sua distribuição de massa mais distante do seu eixo de rotação. A inércia rotacional pode ser entendida, em analogia a movimentos de translação, como semelhante à massa, que oferece resistência à aceleração. O aumento de inércia rotacional provoca uma diminuição de aceleração angular, conferindo uma menor velocidade ao corpo. Para o funcionamento do experimento, foi essencial que os corpos tivessem uma mesma forma e dimensões iguais. Se fossem diferentes, isso daria a eles inércia rotacionais diferentes, mesmo que fossem feitos de um mesmo material, impossibilitando a análise da influência da distribuição de massa no corpo no experimento. PARTE 2: Determinação da constante elástica de uma mola. Objetivo: O experimento visa determinar a constante elástica para uma mola a partir de um sistema formado por um suporte de massas, massas diferentes e o suporte para os acontecimentos com conceitos da mecânica de força e . Descrição Experimental: O sistema teve em sua essência um suporte e cinco placas metálicas de massas diferentes, sendo essas massas, em gramas, de: 21,6; 19,0; 24,2; 24,7 e 40,3. E o suporte de massas, também em gramas: 11,3. Já o suporte do sistema, marcado com uma fita métrica, tem aproximadamente 32 centímetros. Consequentemente, o suporte de massas é colocado na mola, que por sua vez se estende e gera uma posição diferente para o momento inicial do sistema, porém para melhores resultados este momento inicial será demarcado quando a mola já estiver com a massa do suporte enganchada em sua ponta. Logo, espera-se a partir disso, determinar a constante elástica para a mola variando as cinco massas e as diferentes posições entre elas. Análise Teórica: Visto que o suporte para a massa está submetido a uma tração (elástica), podemos representar a partir do diagrama de corpo livre, em que a força peso está atuando para baixo desse suporte, enquanto a tração o mantém em equilíbrio estático. Logo, a partir da relação estática entre a força peso e a tração existe uma condição de linearização que possa ser interpretada graficamente em um gráfico de Força (N) vs Distância (m), em que essa distância é a variação entre (𝑋 𝑛 − 𝑋 0 ) para cada massa .(𝑛) Resultados obtidos: Com isso, foi esquematizado em uma tabela as relações da variação da posição com cada massa. Massas (g) Posições (cm) Posições Relativas (m) Força Peso (N) 19,0 X1 65,7 (X1-Xo) 0,03 0,19 21,6 X2 66,3 (X2-Xo) 0,04 0,21 24,2 X3 67,1 (X3-Xo) 0,05 0,24 24,7 X4 67,5 (X4-Xo) 0,05 0,24 40,3 X5 69,2 (X5-Xo) 0,07 0,39 Xo (cm) 62,4 g (m/s^2) 9,8 Tabela 1: Posições e Força Peso. E consequentemente, o gráfico com a reta de tendência para a Força peso em função da distância: Gráfico 1: força peso em função da distância. Análise de dados e discussão: Logo, verifica-se o comportamento proporcional entre o aumento da força peso com o aumento da massa, visto que cada vez mais a variação da distância aumenta. Com isso, temos a partir da equação obtida pelo diagrama de corpo livre, essa relação entre Peso e Tração: (1)𝑃 − 𝑇 = 0 ⇒ 𝑇 = 𝑃 ⇒ 𝑘𝑥 = 𝑚𝑔 ⇒ 𝑘 = 𝑚𝑔𝑥 . Empiricamente, podemos estimar o valor para a constante elástica, em Nm, a partir da equação (1). Entretanto, a partir do ajuste de reta, o coeficiente angular também estaria nas dimensões físicas dessa constante. Daí, tem-se a equação dessa mesma reta, no formato linear: . (2)𝑌 = 𝐴𝑋 + 𝐵 Portanto, assim como visto em Gráfico 1 e a equação (2): 𝑌 = 5, 87𝑋 − 0, 025. Onde o coeficiente angular (k em Nm), seria aproximadamente 5,9 Nm com apenas dois algarismos. Também, a partir da equação (1) estimando o valor para k: (Nm).𝑘 = 𝑚𝑔𝑥 = 𝑚𝑔 (𝑥 𝑛 −𝑥 0 ) = 0,19 0,033 ≈ 5, 7 Conclusão: O experimento consistiu em variar a força peso de um suporte de massas a partir da troca de placas metálicas com o intuito de obter um resultado conveniente para a constante elástica da mola helicoidal pendurada no topo do suporte do sistema. Consequentemente fez-se necessário o estudo gráfico da força peso em função da variação da distância, onde a partir do ajuste de reta dos pontos, tem-se a equação linear descrita pela força. Logo, tanto empiricamente quanto experimentalmente os resultados obtidos estiveram próximos de 5,7 e 5,9 (Nm).
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