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GRUPO SER EDUCACIONAL UNIVERSIDADE UNINASSAU CURSO NUTRIÇÃO DISCIPLINA: PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA PROFESSOR (A) EXECUTOR (A): CAMILA LIMA CHAGAS TUTOR (A): DAYANA DA SILVA DANTAS MENESES ALUNO (A): ANA PAULA DA SILVA CARDOSO ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA Segundo a Resolução RDC nº 63, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde, de 6/7/2000,define nutrição enteral como: “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”. As indicações para uso da TNE ocorrem quando o paciente estiver desnutrido ou em risco nutricional, com disfagia ou risco iminente de broncoaspiração, ou ainda, quando a ingestão dietética não for suficiente para suprir 60% das necessidades nutricionais diárias. Dessa forma, a TNE pode ser indicada em indivíduos em situações diversas. Na prática clínica, é observado o uso dessa terapia em quadros de coma, desnutrição, disfagia significativa, anorexia nervosa, depressão grave, doenças neurológicas, acidente vascular cerebral, neoplasias, traumas, cirurgias, queimaduras, atresia do esôfago, gastroparesia, doenças inflamatórias intestinais, obstrução parcial e fístulas no trato digestório, e nos casos de desmame da nutrição parenteral. Além disso, é possível que a TNE seja indicada concomitantemente com dieta por via oral ou com a TNP. Apesar de existir diversas condições que requeiram a TNE, esta pode ser contraindicada em algumas situações, como: vômitos incoercíveis, diarreia crônica, íleo paralítico intestinal, obstrução intestinal completa, fístula jejunais e de alto débito, sangramento intestinal e isquemia gastrointestinal. Ademais, há contraindicação da TNE nos casos onde há expectativa de utilizar essa terapia em período muito curto, sendo inferior a 7 dias para pacientes desnutridos e 9 dias para bem nutridos. A terapia nutricional enteral pode levar a ocorrência da síndrome da realimentação o que pode ser evitado através da progressão gradual da quantidade de alimento administrado, o monitoramento constantemente dos sinais de intolerância ou complicações. Outro ponto importante é que a terapia nutricional deve ser feita de forma individualizada e ajustada ao quadro clínico do paciente. Para garantir que não exista diferença entre o volume energético prescrito e administrado, é importante considerar as necessidades nutricionais individuais do paciente e avaliar frequentemente a evolução clínica para ajustar a terapia nutricional, além de seguir rigorosamente as instruções de administração. REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS Resolução-RDC n° 36, de 25 de julho de 2013. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, Seção 1, Pág. 36. Raymond JL, Ireton-Jones CS. Administração de Alimentos e Nutrientes: Métodos de Terapia Nutricional. In: Mahan LK, EscottStump S, Raymond JL. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13 ed. Elsevier Ltd; 2012. p. 306–24. Rocha MHM, Alves CC, Catalani LA, Waitzberg DL. Indicações e Técnicas de Ministração em Nutrição Enteral. In: Waitzberg DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 5 ed. São Paulo: Atheneu; 2017. p. 897–906. Vasconcelos MIL. Nutrição Enteral. In: Nutrição clínica no adulto: guias de medicina ambulatorial e hospitalar. São Paulo: Manole; 2014. p. 527–61.
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