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Estudo radiográfico da coluna vertebral

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A estrutura a ser estudada deve estar próximo do “filme”, pois se não pode dar uma interferência, aumentar o tamanho, projetar sombras quando um osso está sob o outro (radiopaco), etc.
Estudo radiográfico da coluna vertebral
Mamíferos tem 7 vertebras cervicais C + vertebras torácicas T (com diferença de quantidade dependendo da espécie) + vertebras lombares (quantidade variável) L + sacro + vertebras coccígenas.
Tamanhos e formatos diferentes, com discos intervertebrais 
Esqueleto axial: atlas, axis, completo cervical, completo toracico, completo lombar, sacro, coccígenas.
Vertebras cervicais:
· C1 atlas
· C2 axis
· C7 (maior que) C6
· Posicionamento LL (latero lateral) e VD (ventro dorsal) - membros tracionados caudalmente.
Vertebras torácicas:
· Corpos vertebrais mais curtos
· Espaço intervertebral entre T10-T11 mais estreitos
· Posicionamento LL de escolha
Disco vertebral sadio é sempre radioluscente – só o espaço “preto”
· Se tiver tamanho diferentes entre eles, pode ser que tenha extravasado pra cima ou pro lado
· Se estiver radiopaco (branco), o disco pode estar mineralizado
· Ricos em água
· Anel fibroso fibrocartilagem
· Núcleo pulposo material gelatinoso
· Ligamento dorsal longitudinal estabilidade 
· Absorvem impacto
· Proporcionam flexibilidade
· C1-C2 e vertebras sacrais exceções – não possuem disco
Contraste
· Mielografia introdução do meio de contraste no espaço subaracnóideo.
· Radiografia simples precedente
· Indicada para qualquer alteração que cause compressão medular (colunas de contraste ventral e dorsal)
· Anestesia geral
· 24 a 48h evitar (pela formação da barreira hematoencefálica e medular, o contraste não chega até a lesão, então depois dos sinais clínicos, fazer exame em até 48h)
· Meios de contraste (positivo) Iopamidol (0,3 mL/kg) 
· Compostos iodados não iônicos 
· Solúveis em água
· Baixa neurotoxicidade 
· Excretados pelos rins em 48h
Todo meio de contraste químico pode geral reações linha de emergência perto do paciente para controlar possíveis reações (como convulsão) – exemplo: Diazepam
· Administração:
· Cisterna magna (espaço entre osso do crânio e o atlas)
· Vertebras lombares L5 – L6
· Líquido cefalorraquidiano, quando agulha é inserida na cisterna magna, flui da agulha para fora, antes de aplicar o contraste deixar sair um pouco, depois deixar “fluir” pra dentro por infusão lenta. (pra não modificar a pressão do local)
· Infusão do contraste lentamente 2 minutos 
· Principais alterações radiográficas 
· Desvio da coluna de contraste (disco pode estar pressionando e o desviando)
· Preenchimento inapropriado do contraste
· Fluxo interrompido do contraste 
Alterações em vertebras
· Anomalias vertebrais congênitas:
· Vertebras em bloco
· Caracteriza-se pela união de dois ou mais corpos vertebrais, influenciando na flexibilidade vertebral e predispondo à doenças degenerativas 
· Raças prédispostas: branquicefálicas e Teckel
· Geralmente são achados radiográficos, sem significado clinico – não interfere na vida do animal, porém em animais idosos pode afetar 
· Pode-se verificar alterações em cães jovens – anomalia congênita
· Hemivertebras
· Caracteriza-se pelo desenvolvimento incompleto do corpo vertebral, ocorrendo ou não um desenvolvimento compensatório das vertabras adjacentes. As vertebras cometidas assumem formato de borboleta ou cunha (gancho)
· Predisposição: branquicefálicas 
· Ocorre com mais frequência em vertebras torácicas
· Casos graves pode acarretar em afecções neurológicas
· Diferenciar de lesão por compactação
· Alteração na curvatura vertebral
· Cifose dorsal – radio LL
· Lordose ventral – radio LL
· Escoliose lateral – radio VD
· Vertebras de transição 
· C7 – T1
· T13 – L1
· L7 – S1
· Apresentam características em comum dos dois tipos de vertebras (assume o formato da vertebra seguinte)
· Termos: 
· Lombarização
· Sacralização 
· Toracorização
· Anomalias vertebrais degenerativas:
· Doença do disco intervertebral (hérnia de disco)
· Caracteriza-se pela alteração do tipo I ou II do disco intervertebral, levando ou não a alterações neurológicas 
· Hansen tipo I extrusão – o disco racha e o material extravasa, sobre, afetando a medula e nervos ao redor
· Núcleo pulposo se torna calcuficado enfraquecimento do anel fibroso extrusão do núcleo pulposo compressão medular
· Geralmente animais de meia vida à idosos
· Raro em felinos
· Sinais dependem da localização e gravidade da compressão
· Acomete geralmente discos da região toracolombar
· Hansen tipo II protusão – disco é pressionado, não racha, mas extravasa
· Degeneração do anel fibroso proeminência discal sem ruptura do anel compressão medular
· Ocorre compressão progressiva
· Sinais clínicos crescentes
· Animais idosos 6 anos
· Tipo III formato de bala, o disco protui (sobe e desce), lesiona a medula ou nervo e volta ao lugar
· Alterações radiográficas tipo I e II
· Calcificação de disco intervertebral 
· Opacificação dos forames intervertebrais 
· Espondilose (bico de papagaio)
· Caracteriza-se pela formação de osteófitos (ossos novos) na região ventrocranial ou ventrocaudal dos corpos vertebrais. Podem surgir também em região dorsocaudal ou dorsocranial dos corpos vertebrais
· Instabilidade
· Anquilose deformante (funde o lado de uma vertebra com a outra)
· Vertebras torácicas e lombares
· Sinais radiográficos
· Inicio: pequenas proeminências ósseas em forma de gancho
· Avançado: formação de pontes ósseas entre uma ou mais vertebras
· Síndrome de Woobler – espondilomielopatia cervical 
· Pre dispostos: dobermann, dogue alemão
· Normalmente em região cervical 
· Sistema nervoso central cresce “atrasado”, porque o animal cresce antes do sistema nervoso estar completo, então, quando está crescendo, as vertebras podem machucar o SNC
· Multifatorial: síndrome crescimento, nutrição, fatores mecânicos e genéticos
· Estenose do canal vertebral, instabilidade vertebral, Hansen tipo II, hipertrofia do ligamento amarelo e longitudinal dorsal, hipertrofia do anel fibroso e produção de osteófitos
· Compressão medular:
· Dobermann: hipertrofia do anel fibroso
· Dogue alemão: instabilidade articular 
· Síndrome da cauda equina 
· Lesões nos nervos da cauda equina – animal fica com a “cauda” caída e sente dor ao movimentar
· Estenose lombosacra
· Cães de grande porte (pastor alemão com pre disposição)
· Compressão dos ramos nervosos da medula em região lombosacra
· Hansen tipo I e II
· Hipertrofia ligamentares
· Instabilidade articular
· Alterações do canal vertebral 
· Incontinência urinária/fecal
· Sinais neurológicos membros pélvicos (ataxia)
· Alterações radiográficas:
· Deformidade do canal vertebral
· Calcificação de disco intervertebral
· Osteófitos e esclerose (deposição mineral nas extremidade – radiopaco) das extremidades vertebrais
· Deslocamento e lixação das vertebras (degrau – sacro / subluxação)
· Compressão dorsal/ventral
· Discoespondilite
· Infecção e inflamação do disco intervertebral, seguido de osteomielite das vertebras adjacentes – sistema imune baixo
· Staphylococcus spp. (principal agente de infecção)
· Via hematógena imunossupressão/traumas/iatrogênico
· Capacidade de disseminação para articulações e demais ossos (por ser hematogena)
· Região lombosacra mais acometidas
· Compressão medular
· Raro em gatos
· Sinais radiográficos:	
· Diminuição do espaço intervertebral
· Destruição óssea das extremidades dos corpos vertebrais
· Estreitamento de espaço articular
Fraturas vertebrais
· Coluna cervical C1 e C2 (rigidez articular)
· Trauma no processo odontóide e do axis
· Coluna torácica compressivas/cominutivas T13
· Mielografia desvio da coluna de contraste (hematoma)
· Coluna lombar podem não causar sinais graves
· Consolidação diferenciar de alterações congênita/infecciosas/neoplásicas
· Coluna sacral e coccígeas comum em atropelamentos
· Levam a relaxamento da cauda e do esfíncter anal
· Processos espinhosos sinais ausentes (pode ocorrer em cavalos durante a montaria)
Subluxação e luxação vertebral
· Sem fratura, mas deslocamento articular· Luxações mais evidentes
· Subluxação difícil visualização 
· Espações intervertrebrais diminuídos
· Leve interrupção na linha de continuidade vertebral
Neoplasias
· Podem ocorrer nas vertebras
· Osteosarcoma, osteocondroma
· Proliferação e reabsorção óssea
· Presença de fratura patológica
· Podem ocorrer em medula espinhal
· Linfoma – gatos, plasmocitoma, meningioma, linfocitoma
· Intramedular ou extramedular

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