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Asma

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Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
1 
Asma
O GINA tem como objetivos: aumentar a sensibilização entre profissionais da 
saúde, autoridades de saúde e comunidade; melhorar a prevenção e tratamento; 
disseminação e implementação das recomendações; promover a colaboração 
internacional para investigação da asma. 
➔ EPIDEMIOLOGIA 
1) Doença crônica comum e potencialmente grave; 
2) Afeta 300 milhões de pessoas no mundo de todas as faixas etárias (1 a 18% da 
população); 
3) Problema grave de saúde mundial; 
4) Prevalência crescente em países em desenvolvimento; 
5) Gera gastos para sistema de saúde e para a sociedade; 
DEFINIÇÃO: Doença heterogênea definido por inflamação crônica nas vias 
aéreas, em que o paciente apresenta história de sintomas respiratórios como 
chiado, falta de ar, aperto no peito e tosse, variando de intensidade ao longo do 
tempo; além disso, possui limitação variável ao fluxo expiratório. 
➔ FENÓTIPOS DA ASMA 
1) ASMA ALÉRGICA: início na infância, história pregressa e familiar de alergia. 
Escarro induzido: inflamação EOSINOFÍLICA, com resposta ao corticoide 
inalatório. 
2) ASMA NÃO ALÉRGICA: ocorre mais no adulto. Escarro: NEUTROFÍLICA ou 
EOSINOFÍLICA ou PAUCIGRANULOCÍTICO. Tem resposta menor ao uso de 
corticoide inalatório. 
3) ASMA DE INÍCIO TARDIO: adulto entre 40 a 50 anos de idade, prevalente 
no sexo feminino, não é alérgica e muitas vezes necessitam de doses mais 
elevadas de corticoides inalatórios ou são relativamente refratários a este 
tratamento. 
4) ASMA COM LIMITAÇÃO FIXA AO FLUXO AÉREO: longa data, há 
remodelamento da Via Aérea; pacientes que não tratam a asma, que visitam 
PS várias vezes, vai evoluir com uma obstrução no fluxo aéreo de forma mais 
definitiva, ou seja, a Espirometria pós broncodilatador tem uma resposta 
menor. 
5) ASMA COM OBESIDADE: sintomas respiratórios importantes com 
inflamação EOSINOFÍLICA. A obesidade está relacionada com quadro 
inflamatório sistêmico. Portanto, obesidade pode dar dislipidemia, doença 
coronariana, pode inflamar o pulmão e desenvolver sintomas respiratórios do 
tipo tosse, chiado do peito e falta de ar. 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
2 
➔ FISIOPATOLOGIA DA ASMA 
Indivíduos que tem contato com o alérgeno vão sensibilizar células eosinofílicas, 
liberando mediadores químicos. Com isso, o paciente vai começar a ter maior 
produção de muco. Se a inflamação não for tratada, o individuo pode evoluir para 
quadro de fibrose, hiperplasia e hipertrofia do músculo luso. Assim, haverá hiper-
reatividade e hiperresponsividade brônquica. O paciente começa a ter sintomas 
como tosse e chiado no peito, além de que podem apresentar também edema nas 
vias aéreas. 
• DESCAMAÇÃO EPITELIAL 
O paciente asmático tem destruição 
do epitélio, consequentemente os 
cílios não funcionam; sendo assim, 
haverá maior quantidade de muco. 
Além disso, essa descamação do 
epitélio faz com que haja exposição 
de terminações nervosas. 
 
 
• EVOLUÇÃO DINÂMICA DA ASMA 
 
1) BRONCOCONSTRIÇÃO leva a presença de mais sintomas, como tosse, 
chiado e dispneia. 
2) INFLAMAÇÃO CRÔNICA DE VIA AÉREA caso não tratada, o paciente terá 
períodos de exacerbação. 
3) REMODELAMENTO DE VIA AÉREA ocorre quando não se trata a 
inflamação crônica, evoluindo para uma broncoconstrição fixa que se traduz 
na espirometria por uma obstrução fixa do fluxo aéreo, que não vai ser tão 
expansiva após uso de broncodilatador. 
 
 
 
 
 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
3 
➔ DIAGNÓSTICO: O diagnóstico de Asma é feito analisando diversos 
fatores, como: 
 
• HISTÓRIA CLÍNICA 
 
1) Tosse, chiado no peito e dispneia: Tosse noturna ou matinal 
(acompanhada de vômitos). 
2) Frequência, duração, intensidade das crises: paciente relata que já teve 
vários episódios desse durante a vida. 
3) Fatores desencadeantes: infecções respiratórias (principalmente virais), 
Esforço físico (exercícios, choro ou riso), Alérgenos (pó, pelo de gato); 
4) História pessoal e familiar: principalmente pai, mãe ou irmão; 
5) Comorbidades: rinite alérgica, dermatite atópica, alergia alimentar, 
DRGE, SAHOS; 
6) Identificar se o paciente já foi ao OS por conta de crise ou ataque de 
asma; 
 
• EXAMES 
 
1) Raio-X de tórax / TC de tórax; 
2) TECP (teste de exercício 
cardiopulmonar); 
3) Testes de função pulmonar 
4) Peak-flow; 
5) Espirometria; 
6) Teste de broncoprovocação; 
 
• TOSSE: normalmente seca, de predomínio noturno ou matinal; piora com 
contato/exposição a alérgenos; “asma variante tosse” significa que o 
paciente pode ter como único sintoma da asma a tosse. 
 
• CHIEIRA TORÁCICA: geralmente, é o achado mais comum no exame 
físico; encontrar chiado no peito significa que o paciente esteja 
apresentando uma broncoconstrição associada ou não a presença de 
secreção; reflete piora da obstrução; é mais audível na expiração do que na 
inspiração; nem tudo que chia é asma (DPOC, corpo estranho, ICC); alivia 
com uso de broncodilatadores. 
 
• DISPNEIA: agravada em horas, dias ou semanas; dificuldade na realização 
de exercícios físicos; pode ser induzida pelo exercício; fator prognostico -> 
falta de ar mais descompensada ou obstruída. 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
4 
• FATORES DESENCADEANTES: os principais fatores que desencadeiam 
os episódios de asma são a infecção respiratória por vírus; controle 
inadequado da inflamação e fatores ambientais, como a poluição 
atmosférica, poeira doméstica; pelo e saliva de animais; insetos; tabagismo 
direto ou indireto; pólens; mofo; exercício; ar frio. 
 
• HISTÓRIA PESSOAL E FAMILIAR: analisar frequência, duração, 
intensidade das crises; a idade de início das crises; contato a alérgenos; boa 
resposta ao uso de broncodilatadores; tabagismo; história de asma e atopia 
na família; “bebê chiador”; 
 
• COMORBIDADES: rinite alérgica; dermatite atópica; urticaria; alergia 
alimentar; DRGE; SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono); 
Obesidade; 
 
➔ PROPEDÊUTICA DA ASMA 
 
 
 
 
 
 
 
• INSPEÇÃO ESTÁTICA: normal (casos leves); tórax em peito de pombo 
ou tonel (paciente com asma há muitos anos); dispneia/taquipneia; 
tempo expiratório prolongado; insuficiência respiratória; 
• INSPEÇÃO DINÂMICA: normal; uso de musculatura acessoria; cianose 
central; taquicardia; queda de SpO2; sudorese; sonolência/confusão 
mental; 
• PERCUSSÃO PULMONAR: normal ou hipersonoridade; 
• PALPAÇÃO: expansibilidade normal ou reduzida; FTV normal ou 
reduzida; 
• AUSCULTA PULMONAR: sibilos expiratórios; diminuição global do MV; 
Tórax silencioso (por conta do broncoespasmo); 
• RAIO-X DE TÓRAX: geralmente normal, as alterações so costumam ser 
visíveis na fase mais avançada da doença (hiperinsuflação pulmonar; 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
5 
retificação do diafragma; verticalização da sombra cardíaca; aumento do 
diâmetro AP; aumento dos espaços intercostais); útil na exclusão de outras 
patologias como neoplasia, tuberculose, doença intersticial pulmonar, 
insuficiência cardíaca; 
• TC DE TÓRAX: possui maior sensibilidade e especificidade que Raio-X; 
não é necessário de rotina; identificação do espessamento brônquico, 
bronquiectasias (dilatação brônquica), aprisionamento aéreo (ar não saiu 
todo do pulmão), impactação mucóide; achados podem se correlacionar 
com a gravidadeda doença e maior risco de exacerbações. 
 
➔ FUNÇÃO PULMONAR 
O teste de função pulmonar avalia: 
1) A variabilidade do pico de fluxo expiratório; 
2) Variabilidade da função pulmonar; 
3) Reversibilidade ao broncodilatador; 
4) Teste de broncoprovocação (é um tipo de espirometria só que com 
medicamentos que irão gerar constrição nos bronquíolos); 
5) Teste de provocação ao exercício; 
O teste de função pulmonar é útil como indicador de risco futuro. 
6) Teste de alergia: Prick teste (avalia asma alérgica); 
7) Oxido nítrico exalado: é uma substância que geralmente quem tem asma 
eosinofilica está aumentado, porém ainda não é tao útil para diagnostico 
de asma; 
8) Análise de escarro induzido; 
9) Hemograma: geralmente, eosinófilo > 3% sugerem algum grau de 
eosinofilia; 
DEFINIÇÃO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE): é o pico máximo de fluxo 
expiratório atingido em uma expiração forçada (ponto da curva expiratória na 
qual a velocidade da expiração foi maior). 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
6 
O diagnóstico de asma através do PFE é feito quando a variabilidade é > 20% 
relação ao pré-broncodilatador ou melhora de 60 L/min, sugerindo paciente com 
asma. 
Em CRISES DE ASMA, após 1 hora deve avaliar o PFE; quando PFE > 70% = Boa 
Resposta Alta; quando PFe de 70 a 35% = Permanecer sob tratamento no OS; 
quando PFE < 35% = Internar, pois se mesmo após a medicação o pulmão não 
está respondendo, significa que o pulmão está fechado. 
 
• AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE CLÍNICA (PFE) 
1) Movimente o indicador para a base da escala numerada; 
2) Fique de pé ou sentado com cabeça reta; 
3) Realize uma inspiração profunda enchendo os pulmões de ar; 
4) Coloque o bocal na boca e feche os lábios em volta; 
5) Sopre o mais rápido e forte que puder de uma só vez; 
6) Repita 3 vezes e anote o maior valor das 3 manobras; 
RESUMO = o PFE serve para dar diagnóstico de paciente com asma 
ocupacional e para avaliar pacientes que estão no PS em crise de asma para 
saber se esse individuo está respondendo ou não ao tratamento. 
• DIAGNÓSTICO DE ASMA POR ESPIROMETRIA 
Pacientes com fibrose pulmonar 
(pulmão perde capacidade de 
elasticidade) a curva fluxo-
volume é igual a curva normal, 
só que de menor amplitude. 
Já pacientes com DPOC e ASMA 
(obstrução do fluxo aéreo) terá 
uma saída de ar mais lenta e 
devagar, ampliando a expiração 
após o pico na curva. 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
7 
• RESPOSTA APÓS USO DO BRONCODILATADOR 
Normalmente, há resposta quando o indivíduo tem uma melhora na 
capacidade respiratória, quando VEF1 aumenta 200mL e 7% do valor 
previsto. 
 
 
CVF pode ter aumento a partir de 350mL. 
CV considera uma resposta ao broncodilatador com aumento maior que 400mL. 
CI aumenta maior que 300mL. 
Obs.: Nem todos os pacientes com Asma respondem ao broncodilatador no 
momento do teste. 
• TESTE EXERCÍCIO CARDIOPULMONAR 
Asma induzida pelo exercício físico pode ser identificada através do teste 
exercício cardiopulmonar. O médico deve ter entendimento fisiopatológico dos 
mecanismos de dispneia ao esforço, avaliando a ocorrência de broncoespasmo 
induzido pelo exercício (BIE). Ex.: bicicleta ergométrica + monitorização + 
espirometria. 
• TESTE DE BRONCOPROVOCAÇÃO 
São usadas as substâncias metacolina ou histamina. 
Faz a espirometria, só que ao invés de usa uma medicação broncodilatadora, usa-
se medicação broncoconstritora. 
A espirometria pode dar normal, por isso pode ser feito esse teste de 
broncoprovocação, pois seria uma contraprova, além de ajudar a dar o 
diagnostico de asma em pacientes que tem teste broncodilatador normal. 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
8 
 
OBS.: Pacientes com sintomas respiratórios típicos de asma (tosse, chiado no 
peito e dispneia) -> Deve ser feito perguntas aos pacientes com sintomas, como: 
Quando você usa broncodilatador há melhora?; Já teve crise de falta de ar antes?; 
Seu pai tem asma?; Você é alérgica? -> Se a resposta for SIM, deve realizar 
ESPIROMETRIA -> Se o resultado da espirometria confirmar o diagnostico de 
asma, deve-se iniciar o tratamento adequado; Caso o paciente NÃO tenha 
sintomas típicos de asma, deve-se solicitar exames e pensar em diagnósticos 
diferenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
9 
 
 
• DIAGNÓSTICO DE ASMA 
Pode ser feito através do PFE, Espirometria e Medida da Hiperresponsividade 
Brônquica, avaliando em conjunto com a história clínica do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ TRATAMENTO DA ASMA 
- OBJETIVOS: 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO FARMACOLÓGICO = aconselhamento quanto a parar de fumar ou evitar 
exposição; encorajar atividade física; reduzir peso para obesos; evitar alérgenos 
intradomiciliar, “outdoor” e ocupacionais; vacinação (anti-influenza e anti-
pneumocócica); termoplastia brônquica (poucos estudos); diminuição de estresse 
(relaxamento e técnica respiratória); imunoterapia; evitar alimentos (só quando 
confirmar alergia); questionar sobre AINES/AAS; educação em asma/plano de 
ação. 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
10 
EDUCAÇÃO EM ASMA: identificar seus fatores desencadeantes e saber como 
evitá-los -> usar corretamente os remédios adequados com a técnica e a dose 
correta -> saber quando a sua asma está saindo de controle -> conhecer os efeitos 
colaterais dos medicamentos usados e saber como minimizá-los. 
Deve-se tirar dúvidas do paciente sobre o que é asma, medicamentos, instruir o 
que fazer quando tiver em crise etc. 
- CICLO DE TRATAMENTO DA ASMA BASEADO NO CONTROLE DA 
DOENÇA: 
1) AVALIAR: diagnostico; controle de sintomas e fatores de risco (incluindo 
função pulmonar); técnica inalatória e aderência; preferência do paciente. 
2) AJUSTAR TRATAMENTO: medicações de Asma; estratégia não farmacológica; 
tratar fatores de risco modificáveis. 
3) REVER A RESPOSTA: sintomas; exacerbações; efeitos adversos; satisfação do 
paciente; função pulmonar; 
PLANOS DE AÇÃO: as orientações dadas ao paciente e o que ele deve fazer em 
cada zona. 
ZONA VERDE = onde deve estar todos os dias (ponto de controle); sintomas 
mínimos de asma; ser capaz de realizar todas as atividades diárias. Uso mínimo 
de beta2 de alívio (2-3 vezes na semana e nunca mais que uma vez ao dia); sono 
não interrompido por sintomas de asma. Neste caso, continuar medicamento 
preventivo na dose usual e evitar ter contato com coisas que causem sintomas. 
ZONA AMARELA = significa que sua asma está saindo fora do controle; deve agir 
rapidamente para retornar para a zona verde. Nessa zona, os pacientes costumam 
apresentar cansaço fácil; tosse seca e persistente, geralmente a noite; chiado no 
peito e sensação de aperto no peito; aparecimento dos sinais de alerta; começar a 
usar o beta2 de alívio com maior frequência que a usual; sono interrompido por 
sintomas de asma. Neste caso, deve aumentar a dose do seu medicamento 
preventivo. 
ZONA VERMELHA = paciente em crise de asma; resposta pequena ou ausenta ao 
broncodilatador (você usa o BD e já não obtém alívio ou a sua duração é inferior a 
2 horas). Neste caso, tomar prednisona por via oral e entrar em comunicação com 
seu médico ou ir até o PS. 
 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi11 
• INTERVENÇÕES FARMACOLÓGICAS 
Uso diário para atingir e manter o controle de asma persistente; as mais eficazes 
são as que atuam no processo inflamatório de base. 
1) CORTICOIDES INALATÓRIOS 
Primeira linha de tratamento para asma persistente; 
Devem ser introduzidos quando o paciente apresentar 
controle inadequado da asma; 
Reduzem a frequência e gravidade das crises; 
Reduzem as taxas de internação; 
Os CI são divididos em doses baixas, medias e altas. 
• INIBIDOR DE RECEPTOR DE LEUCOTRIENOS 
MONTELUCASTE (SINGULAIR) = geralmente, usado em crianças acima de 5 
anos, principalmente usado em tratamento para asma induzido por anti-
inflamatório e asma induzido por exercício; Utilizado em pacientes com rinite 
alérgica; Alternativa para tratamento de asma persistente leve, que promove 
bronco proteção e reduz a inflamação das vias aéreas. 
• BRONCODILATADOR DE AÇÃO PROLONGADA (LABA) 
FORMOTEROL + SALMETEROL! 
NUNCA devem ser usados isoladamente; devem ser associados aos 
corticosteroides inalados (asma parcialmente controlada; asma não controlada; 
asma moderada e grave); 
• METILXANTINAS 
Ação broncodilatadora e anti-inflamatória leve. 
É uma alternativa para asma leve persistente. 
Pode ser associado aos corticosteroides inalados em maiores de 5 anos; 
A monitorização dos níveis séricos, ao usar esse medicamento, é essencial. 
 
 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
12 
• IMUNOMODULADORES (OMALIZUMABE) 
Anticorpo monoclonal que previne a ligação da IgE aos receptores de alta 
afinidade, ou seja, inibem ação do eosinófilo (interleucina 5 e 12). 
Indicado como alternativa para crianças acima de 6 anos com asma grave e de 
difícil controle. 
Cuidados com anafilaxia (até 2 horas após administração); 
Nova forma de tratamento da asma, porém de alto valor. 
DEFINIÇÃO DE ASMA GRAVE = paciente que usa todos os medicamentos e 
mesmo assim continua internado. 
• MANEJO EM LONGO PRAZO 
1) Classificação do grau de controle: os sintomas caracterizam o controle 
da doença; fazer seguimento. 
- Você está tendo sintomas diurnos mais do que 2 vezes por semana; 
- Você está acordando a noite por conta da asma; 
- Você está usando LABA mais do que 2 vezes por semana; 
- A falta de ar está atrapalhando a fazer atividade diária; 
BEM CONTROLADO = não tem nenhuma resposta afirmativa; 
PARCIALMENTE CONTROLADO = se tiver de 1 a 2 respostas positivas; 
NÃO CONTROLADO = se tiver 3 ou 4 respostas negativas; 
2) Classificação da gravidade: a gravidade é determinada pela quantidade 
de medicamentos; início do tratamento. 
 Pacientes apresentam sintomas diurnos; 
Pacientes apresentam sintomas 
noturnos; 
Espirometria ou PFE; 
Está ou não exacerbado; 
 
 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
13 
ASMA INTERMITENTE = casos de pacientes que no período de 1 ano teve 1 ou 2 
crises de asma -> único que está autorizado a NÃO dar corticoide inalatório para 
ele e tratar somente as crises; educação em asma. 
• GINA 
Paciente LEVE é tratado com baixas doses de corticoide inalatório; 
ETAPA 1-2: pacientes leves -> baixas doses de CI e formoterol se necessário 
para poder aliviar sintomas para pacientes com quadros leves; 
ETAPA 3: pacientes moderados -> baixas doses de corticoide inalatório + LABA 
(formoterol) obrigatório; 
ETAPA 4: aumento das doses de CI + LABA (formoterol); 
ETAPA 5: asma grave -> altas doses de CI + LABA (formoterol) + LAMA 
(anticolinérgico só pode ser associado a partir da etapa 5) e a avaliação de 
fenótipos para ver se vai entrar com imunoglobulina; 
 
• RISCO FUTURO (FATORES MODIFICÁVEIS) 
1) Sintomas não controlados; 
2) Uso de beta2 (salbutamol) com mais de 2 tubos por mês; 
3) Uso inadequado de corticoide inalatório, uso de forma incorreta ou má 
adesão; 
4) Comorbidade como obesidade e DRGE; 
5) Fatores psicológicos e sociais; 
6) Exposição a cigarros e poeiras; 
 
• RISCO FUTURO (EXACERBAÇÕES) 
1) Intubações previas = asma grave; 
2) Exacerbações no último ano; 
 
• RISCO FUTURO (EVENTOS ADVERSOS) 
Sistêmico é usado corticoide oral com muita frequência ou CI em alta dose em 
uso prolongado. 
 
 
 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
14 
EFEITOS COLATERAIS DO CORTICOIDE = glaucoma, catarata, osteoporose, 
fragilidade capilar e paciente quando faz a inalação do CI pode ter irritação na 
garganta, rouquidão, disfonia, candidíase orofaríngea, hematomas, risco de 
pneumonia, redução de cortisol basal e densidade mineral óssea. 
• ESPIROMETRIA 
Identifica risco de exacerbação -> quando VEF1 < 60%; 
Poucos sintomas, má percepção. 
Fator de risco para exacerbação, independente dos sintomas; 
• HEMOGRAMA 
Ao solicitar o hemograma, podemos analisar o valor dos eosinófilos do sangue 
para identificar a gravidade da asma. 
Eosinófilos no sangue se associa com gravidade da asma -> 3% ou 400 celulas; 
• MEDICAÇÕES 
CONTROLADORAS = manutenção; redução da inflamação VA; controle dos 
sintomas; redução do risco futuro (exacerbações); melhora na função pulmonar e 
qualidade de vida; 
ALIVIADORA = resgate e broncoespasmo induzido por esforço; 
ADD ON = asma grave, sintomas persistentes e/ou exacerbações apesar do 
tratamento otimizado; ou seja, vai adicionar remédio ou aumentar a dose; 
Avaliar 2-3 meses: Step up or down ou urgência; 
STEP UP = sintomas não controlados, exacerbações ou risco, mas checar 
diagnostico, técnica inalatória, aderência, exposição ambiental e confirmar 
sintomas; 
STEP DOWN = sintomas controlados por 3 meses + diminuição do fator de risco 
para exacerbações, 25 a 50% CI a cada 3 meses (sem infecções respiratórias, sem 
viagens ou gravidez); não suspender CI em adultos ou adolescentes; 
• QUANDO ENCAMINHAR PARA O ESPECIALISTA? 
1) Dificuldade para confirmar diagnostico; 
2) Suspeita de asma ocupacional; 
3) Asma persistente não controlada ou exacerbações frequentes; 
Medicina Interna 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
15 
4) Fator de risco para morte relacionada a asma: asma quase 
fatal/UTI/INTUBAÇÃO/ANAFILAXIA ou ALERGIA ALIMENTAR 
CONFIRMADA; 
5) Efeitos colaterais das medicações; 
6) Complicações ou subtipos: doença respiratória exacerbada com AAS, 
Aspergilose Broncopulmonar; 
CRISE DE ASMA = episódios caracterizados por aumento progressivo dos 
sintomas, como dispneia, tosse, sibilos, aperto torácico e progressiva diminuição 
da função pulmonar ou manifestação inicial; 
Terminologia: episódios ou ataque de asma aguda grave ou “flare up”; 
Exposição a agentes externos, IVAS viral, pólen ou poluição e/ou diminuição da 
aderência com medicação de controle; 
Diagnostico = diminuição do VEF1 ou PFM, as vezes com sintomas ausentes; 
Auto manejo = plano de ação escrito; 
• CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE NA CRISE DE ASMA 
CRISES LEVES = despertares noturnos por sintomas de asma; sintomas com 
necessidade de medicação de resgate; redução do PFE menor que 20%; sem sinais 
de gravidade; pacientes sem fator de risco para asma quase fatal; 
As crises leves devem ser tratadas em ambiente de UBS ou consultório; pacientes 
selecionados devem ser feitos plano de ação domiciliar; 
TRATAMENTO DA CRISE LEVE = beta-2-agonista de curta duração (SABA) de 2 
a 4 jatos de aerossol dosimetrado (ou nebulização) de 20 em 20 minutos na 
primeira hora; caso haja melhora, liberar para casa com corticoide oral de 5 a 7 
dias, manter beta-2-agonista de curta duração conforme necessidade, aumentar o 
tratamento controle (aumentar a dose do CI, iniciar ou manter beta-2-agonista de 
ação prolongada),reforçar as medidas educativas, acompanhamento médico. 
Se não melhorar, dar mais salbutamol, CI ou corticoide oral e reavaliar de 2 a 3 
horas esse paciente; 
Se esse paciente com 4 a 6 horas não melhorar -> internar. 
PACIENTE INTERNADO: corticoide sistêmico (hidrocortisona, 
metilprednisolona e prednisona); beta-2-agonista de curta duração + ipratrópio; 
oxigenoterapia (manter SatO2 > 95%); 
 
Medicina Interna 
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• INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO UTI 
1) Parada cardiorrespiratória; 
2) Manutenção ou intensificação da hipoxemia; 
3) Hipercapnia; 
4) Acidose; 
5) Exaustão, respiração paradoxal; alteração da consciência (sonolência, 
confusão mental); 
6) Persistência do PFE < 30%; 
• TRATAMENTO NA EMERGÊNCIA 
1) Oxigênio; 
2) Corticoide sistêmico (acelerar resolução e prevenir recaída. VO tao efetivo 
quanto EV (melhor quando dispneia e vômito); 
3) Adrenalina (em casos de anafilaxia e angioedema); 
• EXISTE DIFERENÇA DO CORTICOIDE ORAL E CORTICOIDE VENOSO? 
NÃO! O corticoide demora em média de 8 a 12 horas para começar a fazer efeito. 
Geralmente utiliza corticoide sistêmico quando o paciente tem dificuldade pra 
deglutir ou apresenta náuseas e vômitos.

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