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Reflexão III

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO - IE
PEDAGOGIA - DIURNO
Atividades de Docência II
Hillary Gozzer - 132696
O texto "Criança, Infância e Currículo para a Educação Infantil: Alguns
Pressupostos" discute a importância de compreender a infância como uma
construção histórica e social. Ele aborda a evolução das concepções de infância ao
longo do tempo, destacando a transição da visão de crianças como seres puros e
angelicais para a ideia de que são "miniadultos". Além disso, o texto ressalta a
influência de fatores econômicos, sociais, geográficos, históricos e culturais na
formação da infância.
A discussão sobre a educação infantil destaca a necessidade de considerar as
orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI)
no Brasil. As DCNEI enfatizam a importância de uma abordagem pedagógica que
valorize o cuidado e a educação como indissociáveis na educação infantil. Além
disso, promovem a ideia de que o currículo nessa etapa deve ser baseado na
brincadeira e nas interações como eixos norteadores.
A interação é um aspecto fundamental na vida da criança, pois é por meio dela que
ela se relaciona com o mundo, com as outras pessoas e com as diferentes
situações que vivencia. É por meio da interação que a criança aprende a se
comunicar, a expressar suas ideias e sentimentos, a estabelecer vínculos afetivos e
a desenvolver habilidades sociais. Além disso, a interação também é essencial para
a construção do conhecimento, pois é por meio da troca de experiências e do
diálogo com os outros que a criança amplia seu repertório e enriquece sua bagagem
cultural.
O brincar, por sua vez, é uma atividade fundamental na infância, pois é por meio
dela que a criança explora o mundo, experimenta papéis, vivencia situações
imaginárias, constrói sua identidade e desenvolve sua criatividade. O brincar
proporciona à criança a liberdade de expressão, o prazer de inventar, o
desenvolvimento da imaginação e o exercício de sua autonomia. Além disso, brincar
também é uma forma de aprendizado, pois é por meio das brincadeiras que a
criança desenvolve habilidades cognitivas, como a resolução de problemas, o
raciocínio lógico e a capacidade de planejamento.
No entanto, é importante ressaltar que a interação e o brincar não devem ser vistos
apenas como atividades isoladas, mas sim como uma forma de integração entre
cuidar e educar. Ou seja, é fundamental que as instituições de educação infantil
acolham as crianças de forma cuidadosa, garantindo sua segurança e bem-estar, ao
mesmo tempo em que promovam experiências educativas que estimulem sua
curiosidade, ludicidade e expressividade. Cuidar e educar devem ser
compreendidos como práticas indissociáveis, que permeiam todas as ações
desenvolvidas na educação infantil.
O texto também aborda a relevância do espaço físico nas instituições de educação
infantil. Ele destaca que o ambiente externo desempenha um papel crucial no
desenvolvimento das crianças e na promoção de interações significativas. Os
autores defendem a ideia de que o espaço deve ser projetado para estimular a
autonomia das crianças e oferecer oportunidades de aprendizado por meio da
exploração e da interação com a natureza.
É de suma importância proporcionar às crianças ambientes desafiadores e
acolhedores, onde elas possam escolher suas próprias atividades e interagir
livremente. Também destaca a necessidade de equilibrar a quantidade, qualidade e
diversidade de materiais e brinquedos disponíveis para evitar conflitos e promover
interações sociais saudáveis.
Por fim, refletir sobre a relação entre criança, infância e currículo para a educação
infantil nos permite compreender a importância da interação e do brincar na
formação das crianças, bem como a necessidade de uma concepção curricular que
contemple a indissociabilidade entre cuidar e educar.

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