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RELEVÂNCIA DA GESTÃO LABORATORIAL NAS ANÁLISES CLÍNICAS

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IANNY DOS SANTOS PEREIRA
ATIVIDADE AVALIATIVA PARA A DISCIPLINA: SEGURANÇA DO PACIENTE E MONTAGEM DO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
QUIXADÁ
2022
IMPLEMENTAÇÃO LABORATORIAL
	
Para a montagem e implementação de um laboratório de análises clínicas se faz necessário um planejamento detalhado a fim de perceber a viabilidade e retorno financeiro do mesmo. Para garantir o sucesso do empreendimento deve-se conhecer as variáveis que influenciam no funcionamento do laboratório desde sua abertura. Como por exemplo, uma análise de mercado, localização, legislação e documentações, equipamentos, exames a serem oferecidos, biossegurança, leis, normas técnicas, entre outros. O plano de negócio deve envolver tudo isso. A análise de mercado permitirá avaliar a demanda e concorrência, na localização se faz necessário observar fatores tais como a facilidade de acesso e locomoção, perfil do consumidor local, densidade populacional, concorrência, visibilidade, proximidade com consultórios médicos, clínicas e hospitais, e segurança. Existe também toda uma documentação que deve ser providenciada como alvará de funcionamento, alvará sanitário, registro no conselho de classe, CNES, entre outros, que tornam interessante o auxílio de um advogado. As normas técnicas são publicadas ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esse documento traz regras e diretrizes para atividades ou seus resultados. Seu objetivo é obter um ótimo grau de ordenação em um dado contexto. E existem normas técnicas que falam sobre serviços em saúde, tratando sobre resíduos, controle de qualidade, equipamentos, esterilização e outros pontos. Para planejar a estrutura do laboratório é pertinente se basear na RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002, que trata das regras para uma estrutura que garanta um bom atendimento ao cliente, bem como segurança, iluminação e ergonomia. Uma boa estrutura em um laboratório de análises clínicas também envolve uma boa equipe (RESOLUÇÃO-RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011), bons equipamentos (RESOLUÇÃO Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005) e matéria-prima de qualidade. É importante também que se tenha um plano adequado para o descarte e manejo dos resíduos gerados por um laboratório (RESOLUÇÃO RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004). Ainda há outros pontos de grande importância como as finanças que envolve o custo do laboratório, capital de giro, lucro e também a divulgação do laboratório e captação de clientes.
RELEVÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
A biossegurança dentro de um laboratório de análises clínicas se refere a estratégias que garantam a proteção primordialmente do profissional, da amostra, meio ambiente, pacientes e também pessoas que convivemos. Tem como objetivo frear uma linha de contaminação e amenização de riscos, sejam eles físicos, químicos e ergonômicos. Existem normas e técnicas para todas as áreas de um laboratório desde a limpeza e desinfecção correta de bancadas até a forma correta de lidar com as amostras e pacientes. Um exemplo de estratégia é a troca de luvas entre um paciente e outro, que garante a proteção do profissional e demais pacientes. Existem quatro níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção. O nível de biossegurança de um experimento será determinado segundo o organismo de maior classe de risco envolvido no experimento. O nível de Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais. O nível de Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório). O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Destaca-se a importância da utilização correta de EPIs e EPCs, pois é a melhor maneira de minimizar contaminações e riscos. Máscara, touca, luvas, calça comprida íntegra, sapato fechado, jaleco, são itens básicos que devem ser utilizados. Seguir essas normas básicas podem fazer toda a diferença, assim como o não uso aumenta a exposição direta aos riscos.

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