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Propriedades da droga ideal: ● Efetividade: efeito terapêutico no paciente ● Segurança: benefícios maiores que os riscos ● Seletividade: para isso é preciso fazer uso de uma baixa dose, para que o fármaco se ligue somente ao seu receptor mais seletivo ● Reversibilidade ● Fácil administração: via oral facilita a administração ● Mínimas interações: Precisa ser em jejum? tem algum medicamento que interfira ? tem alguma alimentação que interfira ? ● Isenta de reação adversa: não há seletividade plena; podem ser minimizadas por outros fármacos. Doses ● Dose: quantidade que vai ser administrada, sendo efetiva e segura. Deve ficar por segurança entre a dose mínima e a dose máxima. ● Dose letal: quantidade capaz de levar a morte; leva o organismo a morte generalizada ● DL50: dose letal capaz de matar 50% dos animais testes ● Fator interespécie: como são testado em animais, a dose letal para o humano pode ser maior ou menor ● Uma DL50 mais baixa que dizer que a substância é mais tóxica que uma DL50 mais alta ● Dose máxima: maior quantidade capaz de produzir efeitos terapêuticos sem promover efeitos tóxicos ● Dose mínima: Quantidade mínima necessária para produzir o efeito terapêutico ● Latência: tempo necessário para inicio do efeito terapêutico ● Qualquer dose acima da dose máxima é uma dose tóxica ● Nem toda reação adversa é maléfica ● Intervalos pequenos entre a mínima e a máxima dose quer dizer que o fármaco é mais tóxico ● Janela terapêutica: intervalo entre a dose mínima e a dose máxima ● Índice terapêutico: divisão entre a dose tóxica e a dose terapêutica mínima ● Dose de manutenção: quantidade necessária para manter a concentração do fármaco na corrente sanguínea acima da dose mínima ● Dose de ataque Os 5 certos para a administração dos medicamentos Aula 3: Princípio geral do fármaco ● O fármaco tem um alvo (ou seja não interage com a célula toda) ● A resposta farmacológica advém da da alteração da função célula (seja ela sendo ampliada (mimética) ou diminuída (inibição). ● A célula pode possuir vários alvos, mas o fármaco é específico para alguns. ● A função da célula já existe, mas pode ser alterada pelo fármaco ● Ex: os receptores da polarização sao ativados ● A ligação ocorre tipo chave e fechadura (a afinidade se dá pelas duas partes: atração química) ● Afinidade: determina se vai haver um encaixe especifico ou nao ● O fármaco só ativa a resposta farmacológica se conseguir agir com o receptor para ativá-lo ● A maior parte dos alvos são proteínas (macromoléculas), logo o fármaco age em sítios de ligação específicos ● O alvo pode possuir vários sítios ● Nunca dois fármacos diferentes podem agir no mesmo sítio ao mesmo tempo ● Principais alvos proteicos: receptores, enzimas (proteínas que promove reações químicas de maneira acelerada), transportadores (para o interior ou o exterior da célula) e canais iônicos (permitem a passagem) ● A resposta depende exclusivamente do receptor ● Nenhum fármaco é totalmente seletivo. ● Ex: adrenalina (ligante) → interage com o receptor beta → causando o aumento da forca e frequência cardíaca ● Aumento da seletividade do ligante pode diminuir os efeitos adversos ● A afinidade entre o fármaco e o receptor gera um complexo fármaco-receptor ● Afinidade: ● Ativação: e a mudança do estado do receptor e se refere a eficácia intrínseca do fármaco (na maioria dos fármacos e de inativo para ativo). ● Eficácia Intrínseca: capacidade ● Resposta farmacológica intrínseca: Somente se ligar nao e sinal de efeito, é preciso também que o fármaco seja capaz de alterar o estado celular daquela célula ● Efeito terapêutico: já não se trata somente de uma célula isoladamente. é preciso um somatório de efeitos intrínsecos para que se veja um efeito terapeutico. ● Selecao e especificidade depende da afinidade ● a seletividade tambe depede da quantidade de susbstancia no corpo. um farmaco nao e seletivo somente para um receptor (em altas doses, o farmaco ocupa os receptores de maior afinidade e apo isso omeca a fazer ligacao com outros receptores) ● Uma substancia mais seletiva tem chances menores de efeitos adversos, assim como doses mais baixas AGONISTA X ANTAGONISTA ● os dois tem afinidade pelo mesmo sítio receptor ● Só o agonista tem a capacidade de alterar o estado do receptor assim somente ele pode provocar a resposta intrínseca ● Antagonista tem sempre resposta intrínseca igual a 0. ● O efeito intrínseco do agonista e variável ● Para cada receptor existente no nosso corpo existe um ligante endógeno (agonista endógeno) ● Eficácia intrínseca: capaz de promover alteração celular e causar efeito ● Potência: quantidade de moléculas necessárias para promover a resposta. o fármaco mais potente precisa de uma concentração menor para causar o mesmo efeito terapêutico. ● Agonista total ou pleno: qualquer receptor que ele se ligar ele consegue ativar, mas nem sempre ele vai conseguir se ligar a todos ● Agonista parcial: o número de receptores ocupados é sempre superior ao número de receptores ativados, a resposta intrínseca vai ser submáxima. ● Agonista inverso: Capaz de alterar o estado do receptor, mas promove uma resposta contrária a de um outro agonista que seria capaz de ativar aquele receptor. ○ A condição para a existência de um agonista inverso é a existência de um receptor reserva. O antagonista inverso tem afinidade pelo receptor de reserva ○ O receptor de reserva mesmo desocupado tem uma mínima ativação (resposta intrínseca basal), desde que já tenha sido ativado antes por um agonista. Ele não volta para sua conformação original (inativo) ○ Os agonistas inversos têm afinidade pelos receptores de reserva e então ele faz com que a resposta que era mínima cesse de vez. ○ Enquanto o agonista inverso estiver ligado, o receptor reserva fica inativo ○ A eficácia intrínseca no receptor reserva ligado ao agonista inverso e negativa ● Antagonista: Qualquer molécula capaz de inibir a ação de outra. Inibe a ação de um agonista. O bloqueio de outra molécula independe da existência de um receptor. O antagonista pode envolver ou não um receptor ○ Antagonista com recetor ■ Competitivo: agonista e antagonista competem pelo mesmo sítio de ligação. ● Reversível: agonista e antagonista competem pelo mesmo sítio de ligação. Na competição, esse antagonista ganha, podendo também ser desfeita (a ligação é fraca e se desfaz quando o agonista está em maior concentração) ● Não reversível: Na competição, esse antagonista ganha, mas nesse caso não pode ser desfeita (a ligação é forte e não se desfaz). Não é possível desfazer. Para ter a ação do agonista novamente somente com a expressão e novos receptores. ■ Não competitivo (alostérico): O agonista e o antagonista se ligam ao mesmo receptor, mas em sítios diferentes. Nesse caso, quando o antagonista se liga ao seu sítio de ligação ele acaba modificando a estrutura de ligação do agonista, impedindo a sua ligação. ○ Antagonista sem receptor ■ Químico: O agonista e antagonista interagem quimicamente de forma direta; impedindo a ação do agonista. (anticorpos ligam-se ao antígeno, oponizando-o; substâncias quelantes que reduzem a toxicidade dos metais). ■ Fisiológico: Diminui ou bloqueia uma ação fisiológica causada pelo agonista, sem envolver o mesmo receptor. ■ Farmacocinético: O antagonista reduz efetivamente a concentração do fármaco ativo em seu local de ação. (pode atuar na absorção, distribuição, metabolização e excreção) ● A etapa de metabolização para a maioria dos fármacos é uma inativação. Quanto menor o tempo de metabolização menor o tempo de ação do fármaco. (fenobarbital diminui o tempo de metabolização da warfarina). ● Dessensibilização/ taquifilaxia/ refratariedade: Todas as substâncias podem induzir. Com o tempo, a substância perde a capacidade de ativar o receptor. O corpo começa a ter uma tolerância logo é preciso aumentar a dose para ter o mesmo efeito anterior. (acontece quando há um uso contínuo). Dessensibilização rápida e tolerância rápida tem maior chance de induzir dependência. ○Alterações estruturais nos receptores ○ Perda de receptores ○ Aumento do metabolismo da substância ○ Exaustão de mediadores: alguns fármacos, para se encaixar perfeitamente no receptor, precisa de um mediador (uma terceira substância endógena). ● Supersensibilização: nem toda substância é capaz de induzir. Quando um indivíduo usa um fármaco de uso contínuo, se em um determinado momento esse fármaco for pausado por um tempo, o efeito quando retornar será muito maior mesmo com uma dose pequena. Induz também os receptores de reserva. ● Supersensibilização de receptores: Quando uma substância é capaz de aumentar a sensibilidade de receptor de outra substância. TIPOS DE MEDICAMENTO: ● Os três têm registro e para isso precisaram testar eficácia, segurança e qualidade. ● Prescrever o nome do fármaco dá ao paciente a chance de escolher pelo preço, marca e etc. Todos os três são originais, a diferença está somente na embalagem. Testes farmacológicos = testes de equivalência farmacêutica (mesmos princípios ativos na mesma dose para ser administrado pela mesma via com a mesma formulação, mesma indicação terapêutica). ● Bioequivalência: mesma velocidade de absorção. Testes em vivo. ● Caso na prescrição do médico esteja com a marca só é possível trocar pelo genérico ou pelo similares intercambiáveis. ○ Referência: Tem marca e é o primeiro que foi lançado no mercado; produto inovador. Não há concorrência. ○ Similar (parecido): Tem marca, e é possível produzir somente após a patente da referência vencer. Não e preciso de estudos de bioequivalência (excipientes diferentes). ○ Similares intercambiáveis: já comprovaram os testes de bioequivalência. ○ Genérico: Não tem marca; há apenas o nome do fármaco, sinalizando que é genérico; tarja amarela; precisa de testes de bioequivalência. FARMACOCINÉTICA: ● O fármaco, que tem características semelhantes à membrana plasmática pode passar por difusão simples, logo a absorção é facilitada ● A maior parte dos fármacos e lipossolúvel (hidrofóbicas ou lipofílicas) ● O tamanho da molécula (peso molecular) também é importante para a melhor difusão entre a membrana ● Carga ou ausência de carga também é importante para a solubilidade ● Moleculas carregadas ou polares sao soluveis em agua, logo tendem a menor absorcao ● Lipossoluvel > que as outras caracteristicas ● O farmaco deve ser administrado na janela terapeutica (entre a doe minima e a dose maxima) ● A maior parte dos farmacos sao acidos e bases fracas ● O meio com seu ph esecifico pode alterar a absorcao do farmaco ● A absorcao maior oou menor vai depender do ph ● Se um farmaco for uma base acida ele vi ser melhor absorvido no estomago ● Se um farmaco for uma base fraca ele vai ser melhor absorvido no intestino ● Equilibrio quimico: ○ Toda vez que o ph favorecer a forma nao carregada da molecula, aumenta a absorcao ○ Toda vez que o ph favorecer a forma carregada da molecula, diminue a absorcao ○ No equilibrio quimico sempre se encontram as duas formas (carregda e nao carregada) ○ Em um ph acido, uma molecula tambem acida tende a aumentar a sua absorcao, pois o equilibrio e deslocado para a esquerda ■ HA —-> <—- H+ + A- (o aumento de H+ desloca o equilirio para a esquerda, auemntando a concentracao da molecula neutra que permite uma maor absorcao ■ Quando ha um aumento da concentracao da substancia neutra tem uma mlhor absorcao ■ Quando ha um aumneto da substancia carregada diminue absorcao ● Fatores fisicos quimicos sao proprios da molecula ● Propriedade do medicamento ○ Forma famaceutica: ■ Solido: pastilha, comprimido, capsula ■ Semisolido, ■ Liquido (solucao, emulsao e suspensao), xarope, elixir. ■ Gasoso ○ Formacoes liquidas tendem a fazer efeito mais rapido, pois ja estao prontas para a absorcao. ○ Para saber qual vai ser absorvido mais rápido é preciso saber qual a velocidade de dissolução do medicamento. ○ Os medicamentos sólidos passam por mais reações farmacocinéticas para serem absorvidas. ■ 1 etapa: desintegração da fórmula farmacêutica; ■ 2 etapa: liberação do fármaco; ■ 3 etapa: dissolução do fármaco; ■ 4 etapa: absorção ■ Nesses processos podem haver perdas e demoras para a absorção ○ Existem comprimidos de liberação controlada de alt tecnologia, já que a liberação acontece de forma gradual; ○ Coeficiente de dissociacao; ○ Coeficiente de partição: quanto do medicamento tende a se dissolver na água e quanto tende a se dissolver no óleo (determina se a molécula é mais lipofílica ou hidrofílica). Pode ser representado: ■ O/A ■ A/O ○ Fluxo sanguíneo do local de absorção: o acesso a corrente sanguínea é mais fácil; ○ Área de superfície para a absorção: A maioria dos fármacos mesmo sendo ácidos tendem a ter melhor absorção no intestino; ○ Vias de administração: ■ Vias de acesso rápido: ■ Vias de acesso lento: ○ A absorção de fármacos lipossolúveis aumenta na presença de alimentos ricos em gordura; ○ O aumento do pH do suco gástrico dificulta a absorção de ácidos fracos no estômago; ○ O retardo ou aceleramento de esvaziamento gástrico afetam a velocidade de absorção; ○ A área de superfície de absorção do intestino e infinitamente maior que no estômago, mesmo para moléculas mais ácidas; ○ Quantidade absorvida < quantidade administrada ○ Biodisponibilidade (%): quantidade ou fração do medicamento que alcança a corrente sanguínea em um determinado tempo; ○ A única que tem biodisponibilidade de 100% e a via intravenosa rápida ou em bolus; ● Mecanismo de primeira passagem hepática: acontece na via oral; ○ O fígado e o principal órgão que inativa substâncias xenobióticas; ○ O fígado faz a metabolização das substâncias ○ Para medicamentos de outras vias de administracao: Administracao → corrente sanguínea sistêmica → tecidos → fígado ○ Medicamentos administrados via oral: oral → fígado → corrente sanguínea sistêmica → tecidos → fígado → rim; ○ No caso da via oral, com o mecanismo de primeira passagem, o medicamento passa pela metabolização do fígado antes mesmo de ser distribuído para os tecidos e causar seu efeito terapêutico, consequentemente há uma redução da biodisponibilidade; (omeprazol perde cerca de 50% da sua disponibilidade); DISTRIBUIÇÃO: ● Transporta o fármaco pelo sangue/ fluidos aos tecidos do corpo; ● E nesse momento que se observa o efeito do fármaco; ● O fármaco percorre pela corrente sanguínea o corpo inteiro e se distribui aos diferentes tecidos do organismo ; ● A afinidade entre o receptor e o seu fármaco e o que faz com que o fármaco deixe a corrente sanguínea para atuar em seu sítio específico; ● Tecidos que são afins da substância tendem a ter maior distribuição; ● Tecido alvo: sofrem a ação do fármaco; ● Tecido ativo: que realiza ações sobre o fármaco, como o fígado ● Tecidos indiferentes: não tem receptores para o fármaco, logo não sofre sua ação e nem agem sobre eles; ● Tecidos de armazenamento: ex: tecidos gordurosos tendem a acumular fármacos lipossolúveis, pois tem grande afinidade; ● Tecidos de eliminação (depuração): capazes de eliminar o fármaco ● Proteína plasmática (principal e a albumina, produzida no fígado): tem como função aprisionar substâncias dentro do vaso sanguíneo, principalmente água para que não cause edema no paciente. Quando tem afinidade por fármacos, o fármaco fica preso à proteína e não é distribuído. Quanto maior o grau de ligação do fármaco com a proteína plasmática, tende a menor distribuição; ● Enquanto o fármaco estiver aprisionado na proteína ele também não pode ser eliminado; À medida que vão se soltando da proteína, para serem eliminados, o efeito terapêutico já não é mais observado; ● Membranas seletivas: ex barreira hematoencefálica não permite a passagem de certas substâncias, o que podem ultrapassar são chamados de psicoativos ou psicotrópicos (precisam ser mais lipossolúveis e ter hidrogênios em sua formulação); Substâncias hidrossolúveis também podem passar, mas dependem muitos das proteínas carreadoras; ● Placenta: também é seletiva; classificação de risco para a mãe e para o feto; ● Volume aparentede distribuição: Nos diz quanto foi administrado, quanto chegou a corrente sanguínea e a fração que chegou a cada tecido e quanto ainda restou na corrente sanguínea. Nao da pra saber quanto exatamente vai para cada tecido; ● Volume de distribuição = dose / concentração plasmática ● So e distribuído a fração livre do fármaco ● Moléculas lipossolúveis tendem a ser melhores distribuídas ● A fração livre do fármaco aumenta em algumas situações, podendo afetar o volume de distribuição. O aumento da fração livre não é bom pois tendem a causar mais efeitos adversos. Menores quantidades do fármaco passam a fazer mais efeito. Aumentam a fração livre: ○ Hipoalbuminemia: falta albumina, logo sobra fármaco livre (cirrose, hepatite, desnutrição grave, uremia, síndrome nefrótica); ○ Velhice: desidratação dos tecidos e atrofia dos tecidos; modifica a concentração dos fármacos. Também tendem a sofrer acúmulo dos fármacos; ○ Gestação: hemodiluição; a proporção de proteína plasmática e dividida para dois; ○ Interação entre fármacos; ○ Desnutrição: nao ha substratos para produzir adequadamente as proteínas,logo tendem a ter hipoalbuminemia; METABOLIZAÇÃO / BIOTRANSFORMAÇÃO: ● Transforma o fármaco em metabólitos; ● Modificação bioquímica que visa tornar a droga mais polar, para facilitar a eliminação. ● Metabólito: Substância derivada do fármaco e que na maioria das vezes e inativa; ● Exame antidoping: Os metabólitos tendem a ficar mais tempo no tecido que a substância ativa. ● Visam principalmente inativar substâncias e facilitar a eliminação. ● Praticamente todo o corpo tem enzimas de metabolização, mas a maior parte é metabolizada no fígado. ● Algumas vezes a metabolização podem produzir uma substância mais ativa que o fármaco (Heroína → Morfina (metabólito ativo), que a substância que tem o efeito); ● Sistema enzimatico do citocromo da enzima P450 ● Transformar substâncias apolares em polares: Evita a reabsorção do fármaco no momento da eliminação ● Transformar metabólitos ativos em inativos: cessar a ação da substância ativa no organismo; ● Pró-fármaco ou pró-droga: são substâncias que quando administradas são compostos inativos e ao sofrer metabolização se tornam um composto ativo como o fármaco e a droga; ● A velocidade de ocorrência desses processos determina a duração de efeito de um fármaco ● Reações de Fase I: oxidação, redução ou hidrólise. Tendem a deixar o metabolito mais solúvel em água. ● Reações de Fase II: Conjugação. As enzimas vão unir o fármaco ou o metabólito de fase I ao Ácido glicurônico. Geralmente essa conjugação resulta em compostos inativos. ● A maioria dos fármacos passam pelas duas fases, mas outras sequer sofrem metabolização ● As que já são hidrossolúveis geralmente não precisam passar pela fase I. ● Indutores enzimáticos e inibidores enzimáticos: Um fármaco pode influenciar na metabolização do outro fármaco. ● Um fármaco será indutor quando administrados no mesmo organismo junto com outro fármaco ou fármaco indutor é capaz de aumentar a atividade ou a expressão de enzimas que metabolizam o outro e por consequência o tempo de ação do outro fármaco vai ser diminuído. ● Um fármaco será inibidor quando administrados no mesmo organismo junto com outro fármaco ou fármaco inibidor é capaz de diminuir a atividade ou a expressão de enzimas que metabolizam o outro e por consequência o tempo de ação do outro fármaco vai ser aumentado. ● Efeito Antabuse e Dissulfiram: usados em pacientes dependentes de álcool. Agem interferindo na resposta de aversão ao álcool, graças a efeitos colaterais causados pelo medicamento junto com o dissulfiram, tendem a diminuir as recaídas. O dissulfiram inibe a enzima mitocondrial acetaldeído desidrogenase e provoca acúmulo de acetaldeído que é tóxico e provoca mal estar após o consumo do álcool. ● Cinética de metabolismo: os sistemas enzimáticos podem sofrer saturação. ○ Cinética de ordem 0: A maioria dos fármacos dificilmente causam a saturação dos sistemas enzimáticos, logo a velocidade do metabolismo permanece constante. Quantidade constante de fármaco é metabolizada na unidade de tempo. Quanto maior a concentração no plasma maior a meia vida. ○ Cinética de primeira ordem: a velocidade de metabolização da droga é diretamente proporcional à concentração da droga livre. Meia vida constante em uma ampla faixa de concentrações. ● As cinéticas vão afetar a concentração plasmática de equilíbrio: No equilíbrio a quantidade de fármaco que entra no organismo iguala a que é removida por biotransformação, logo não há acúmulo do fármaco. O equilíbrio depende: ○ Dose: usar doses menores, ajuda a alcançar melhor a concentração de equilíbrio; ○ Intervalo entre as doses: maior o intervalo, menor a concentração de equilíbrio; geralmente o tempo de intervalo e proximo ao tempo de meia vida; ○ Depuração: depende da taxa da função renal; ○ Quanto maior a dose, maior a concentração de equilíbrio, pois o farmaco tende a acumular. ● Os fármacos vão sendo eliminados aos poucos, mas com a reposição eles vão se acumulando. ● Os de ordem 0 tendem a acumular mais. ● A maioria dos fármacos tem sua frequência de administração de acordo com a meia vida. ELIMINAÇÃO/ EXCREÇÃO: ● Vias: renal, lágrimas, suor, leite materno, pulmões, bile; ● A via renal e a principal e acontece através da formação da urina; as substâncias são dissolvidas na urina (hidrossolúveis); ● Etapas de formação da urina: filtração glomerular, reabsorção (principal) e excreção; ● Reabsorção: substâncias ativas reabsorvidas podem novamente parar na corrente sanguínea e fazer seu efeito. Substâncias Neutras tendem a ser mais bem reabsorvidas, tendem a ficar maior tempo no organismo. ● Substâncias ácidas tendem a ficar mais tempo no nosso organismo, pois tendem a ser mais reabsorvidas e menos excretadas. ● Substâncias básicas tendem a ficar menos tempo no nosso organismo, pois tendem a ser menos absorvidos e mais excretados. ● Alguns fármacos podem alterar o ph renal, podendo alterar a excreção dos diversos fármacos; ● Fatores que influenciam na excreção: ○ Idade: idosos tendem a disfunções renais ■ Em casos de disfunções renais: buscar fármacos que não usem as vias renais para a excreção; ajustar a dose para o paciente; maior intervalo entre as doses. ■ Disfunções hepáticas também devem ser pensadas, pois sem a devida metabolização dos fármacos torna-se mais difícil sua excreção; Pensar em medicamentos que não usem o fígado para metabolizar. ○ Taxa de depuração (clearance): tempo necessário para a eliminação completa do fármaco da corrente sanguínea; ○ Meia vida: tempo necessário para a concentração plasmática do fármaco após os fenômenos de absorção e distribuição, seja reduzida a metade;
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