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Gabriella R Oliveira - Cirurgia - 7ºP ATLS: ADVANCED TRAUMA LIFE SUPPORT ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO trauma tem maior incidência na pop economicamente ativa + tempo de internação → impacta no mundo maior incidência para trauma decorrente de acidente automobilístico, depois suicidio, homicídio A Necessidade • Mais de nove pessoas morrem a cada minuto por ferimentos ou violência, • Cerca de 5,8 milhões de pessoas, de todas as idades e grupos econômicos, morrem todos os anos de lesões e violência não intencionais Distribuição trimodal das mortes: • Descrita pela primeira vez em 1982, • A morte por lesão ocorre em um dos três períodos, ou picos. PRIMEIRO PICO: na hora, PRIMEIROS segundos a minutos após o trauma graves, TCE grave, T torácico grave, laceração cardíaca grave, metade vão chegar para atendimento intra hospitalar, potencialmente fatais, poucas podem ser salvas devido a gravidade das lesões • Mortes resultantes de apneia, causada por graves lesões cerebrais ou da medula espinhal alta ou lacerações do coração, aorta ou grandes vasos sanguíneos reduzir → SOMENTE prevenindo, educando a população e formas legais • Pouquíssimas vítimas podem ser salvas, devido a gravidade das lesões SEGUNDO PICO: • Minutos à horas após o trauma • Óbitos resultantes de hematomas sub e epidural, hemo pneumotórax, ruptura do baço, lacerações hepáticas, fraturas pélvicas etc pacientes graves morte ocorre minutos a horas após o trauma maioria evolui bem TERCEIRO PICO: pacientes que morrem por complicações após o trauma, internados e evoluem com complicações infecção hospitalar, sepse, insuf de múltiplos órgãos • Dias a semanas após o trauma • Óbitos resultantes de sepse e insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas Golden Hours: 80% das mortes ocorrem na primeira hora após trauma, PRIMEIRO e SEGUNDO PICOS atendimento correto e rápido nesses pacientes leva ao melhor prognóstico História do ATLS • 1976 - EUA • Ortopedista pilotando seu próprio avião • Queda na zona rural de Nebraska • Ele: lesões de certa gravidade • Três filhos: lesões graves • Um filho: lesões leves • Esposa: Morreu instantaneamente • Atendimento sem padrão extra e intra-hospitalar. • 1978 - Início do ATLS AVALIAÇÃO INICIAL: ✓ Preparação ✓ Triagem ✓ ABCDE ✓ Reanimação ✓ Medidas auxiliares à avaliação inicial e reanimação ✓ Considerar transferência ✓ Avaliação secundária e história ✓ Medidas auxiliares à avaliação secundária ✓ Reavaliação e monitorização contínuas após reanimação ✓ Tratamento definitivo PREPARAÇÃO: tem que haver comunicação do pré hospitalar com o hospitalar saber as equipes que vão do SAMU, quantos veículos, se vai bombeiro Fase hospitalar: planejamento antecipado da equipe médica equipamentos organizados e testados cristalóides aquecidos laboratório e radiologia equipe médica protegida, paramentada, jaleco descartável/lavar, pijama, largos, precisa de mobilidade, luvas e cabelo preso TRIAGEM: • Classificação de acordo com o tipo de tratamento e recursos disponíveis • Escolha do hospital a ser transportado (centro de trauma) POUCAS VÍTIMAS → pior, o mais grave, porque a capc de vítimas não excede a capc de atendimento: • Pacientes e gravidade das lesões não excedem a capacidade de atendimento do hospital • Prioridade aos com risco de morte eminente e politraumatizados sistêmicos MÚLTIPLAS VÍTIMAS → vítimas graves vão primeiro para centro de referência, mais preparado para o atendimento, escoriações → local mais próximo VÍTIMAS EM MASSA → ultrapassa capacidade de atendimento da região, quem vai → quem tem mais chance de sobreviver, quem está falando: • Pacientes e gravidade das lesões excedem a capacidade de atendimento do hospital • Prioridade aos pacientes com maiores possibilidades de sobrevida ABCDE do trauma: ABCD em 2 segundos: perguntando qual o seu nome e o que aconteceu, se paciente fala • A Vias aéreas com proteção da coluna cervical • B Respiração e ventilação • C Circulação com controle da hemorragia • D Disfunção neurológica, estado neurológico • E Exposição – Despir completamente o paciente, evitando hipotermia A - VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL prancha somente para transporte - tirar ver via aérea, abrir boca do paciente, se consciente pede para abrir prótese dentária - tira sangue - aspirador rígido, metálico - ideal, mas tem sonda uretral - mole, mas aspira corpo estranho - pinça maguil, ou a que tiver se o paciente está falando → VIA AÉREA ESTÁ PERMEÁVEL PROTEÇÃO CERVICAL: • Assegurar a permeabilidade • Corpo estranho, • Fraturas faciais, mandibulares ou tráqueo-laríngeas SE O PACIENTE ESTÁ FALANDO, A VIA AÉREA ESTÁ PERMEÁVEL! Manobras Skin Lift nao faz no trauma, todo politraumatizado tem lesão cervical Jaw trust - pode fazer, mobiliza a mandíbula • Manobras para liberação de via aérea - “chin lift”: elevação do queixo - “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula -aspirador rígido - cânula de guedel/IOT • Considerar que todo politraumatizado tem lesão de coluna cervical! VIA AÉREA DEFINITIVA: INDICAÇÕES apneia, impossibilidade de manter via adequada por outros métodos, proteção das vias com aspirações Indicações: • Apnéia • Impossibilidade de manter uma via adequada por outros métodos • Proteção das vias aéreas contra aspirações • Comprometimento iminente ou potencial das vias aéreas INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL • Colocação correta - ruídos respiratórios em ambos pulmões - ausência de borborigmos epigástricos -insuflação do “cuff” e fixação da sonda • CONTRA INDICAÇÕES: fratura em face, coluna cervical ou sangramento na cavidade oral TODO PACIENTE QUE CHEGAR AO HOSPITAL COM INTUBAÇÃO TRAQUEAL PRÉVIA, DEVE SER CONSIDERADA A POSSIBILIDADE DE QUE O TUBO ESTEJA MAL POSICIONADO → testar cuff, faz AUSCULTA INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL: • Indicações -fratura de coluna cervical -impossibilidade de Rx coluna cervical, QUEIMADURA, AFOGAMENTO • CONTRA INDICAÇÕES: fraturas de base de crânio e médio – faciais VIA AÉREA CIRÚRGICA • Indicações • Impossibilidade na intubação orotraqueal • edema de glote • fratura de laringe • hemorragia copiosa • lesões faciais extensas • Tipos - Cricotireoidostomia por punção - Cricotireoidostomia cirúrgica - Traqueostomia CONDIÇÕES FATAIS NO ATENDIMENTO • Ventilação inadequada; • Circulação inadequada; • Hipovolemia aguda (pulso, PA, diurese, palidez cutânea, sudorese, etc.). • Tamponamento cardíaco VENTILAÇÃO INADEQUADA • A não oxigenação por mais de 4 minutos pode levar a danos irreversíveis. CEREBRAIS VENTILAÇÃO ADEQUADA: • Manutenção das vias aéreas permeáveis e ventilação adequada; • Limpeza da cavidade oral, retirada de corpos estranhos e próteses dentárias, secreção, sangue e muco TÉCNICAS • Manual • Somente as mãos • Básica • Cânula orofaríngea • Cânula nasofaríngea • Máscara laríngea • Avançada • ECG < 8 exigem estabelecimento de via aérea definitiva • Avançada • Intubação endotraqueal • Via aérea cirúrgica • O pescoço e o tórax devem ser expostos; • Avaliar a distensão de veias jugulares; • Avaliar posição da traqueia e movimentação da parede torácica; • Realizar ausculta para confirmação de fluxo de ar para os pulmões. LESÕES QUE PODEM PREJUDICAR A VENTILAÇÃO → lesões torácicas letais, morte instantânea, diag é clínico pneumotórax hipertensivo, pneumotorax aberto, torax instavel com contusão pulmonar, hemotórax maciço e pneumotórax aberto → lesões torácicas potencialmente letais, diag pode ser por imagem • Pneumotórax simples • Hemotórax • Contusão pulmonar • Lesão árvore traqueobrônquica • Contusão cardíaca • Ruptura traumática da aorta • Lesão traumática do diafragma • Ruptura esofágica por trauma fechado • Fratura de arcos costais , esterno e escápula ABCD do SUPORTE AVANÇADO: •Via Aérea •Está patente? •Há indicação de VA avançada? •O dispositivo está colocado de forma correta? •O tubo está fixado e o posicionamento reconfirmado? A - VIA AÉREA - SUPORTE AVANÇADO CÂNULA OROFARÍNGEACÂNULA NASOFARÍNGEA •Dispositivos de oferta de oxigênio •Cânula nasal; •Máscara facial simples; •Máscara com reservatório de O2 e válvula bidirecional com reinalação. •Máscara com reservatório de O2 e válvula bidirecional sem reinalação; •Máscara de Venturi. SÓ PODEM SER USADOS EM PACIENTES COM RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA B - RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO Todo politraumatizado deve receber oxigênio suplementar. • Expor o tórax do paciente • Inspeção, palpação, ausculta, percussão Lesões: -Pneumotórax - trauma contuso de tórax/pulmão Hipertensivo - diagnóstico clínico; nunca radiológico - QC: dispnéia, hipotensão, desvio traquéia contralateral, ausência MV, distensão veias pescoço, timpanismo à percussão - Tto: descompressão imediata( agulha 5ºEIC linha axilar média; drenagem 5° EIC) iminentemente letais, precisa resolver > não tem trama pulmonar no lado D, coração comprimido/empurrado, pneumotórax hipertensivo grande, diag é clinico, tto: dreno pneumotórax aberto: ar entra pela lesão, local de menor pressão, empurra o pulmão - fica no espaço pleural - ✓ Solução de continuidade meio interno/externo ✓ P. intratorácica = P. atmosférica hipóxia ✓ Tratamento - curativo 3 pontas (efeito de válvula) -drenagem torácica (longe do ferimento) hemotórax: nao tem expansão torácica, percussão maciça lesão torácica penetrante na ZONA DE ZIEDLER – hemotórax ou lesão cardiaca de grandes vasos ✓ Sg cavidade torácica ✓ causas: ferimentos penetrantes; trauma contuso ✓ Tto: drenagem torácica 5º EIC linha axilar média ✓ Toracotomia - > 1500 ml Sg após drenagem - 200 ml/h 4 hs - PCR com ferimento torácico - ferimento área de Ziedler tamponamento cardíaco: • Tríade de Beck -elevação PVC (estase jugular) -hipotensão arterial -abafamento de bulhas cardíacas * Causas: ferimentos penetrantes; trauma contuso * Diagnóstico: punção Marfan; janela pericárdica, FAST * Tratamento: pericardiocentese, janela pericárdica, pericardiotomia via toracotomia C - CIRCULAÇÃO Hemorragia: principal causa de óbito evitável no trauma Avaliação: -nível de consciência(menor perfusão cerebral) -cor da pele (cianose – perda 30% volemia) - PA (diminuição – perda 30% volemia) - pulso ( taquicardia, filiformes, ausentes) - diurese (50ml/h); PVC ALTERAÇÃO MAIS PRECOCE DO CHOQUE = débito urinário TTO: identificar e controlar hemorragia (pressão direta) -acesso venoso adequado -2 acessos curto e calibroso -dissecção veia braço ou perna (safena) -cças < 6 anos –punção intra-óssea -reposição volêmica -RL 1L(cristalóides) aquecido - Sg (choque grau III e IV) D - AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✓ Nível de consciência -Glasgow (≤ 8 – intubação) - - A (Alerta) - V ( resposta ao estímulo Verbal ) - D ( só responde a Dor ) - I ( Inconsciente) ) ✓Pupilas tamanho e reação (nl:isocóricas fotorreagentes) ✓Rebaixamento diminuição oxigenação lesão cerebral ou choque hipovolêmico ✓Diagnóstico de exclusão álcool e/ou outras drogas EXAMES COMPLEMENTARES: - Rx crânio: pouca utilidade - TC crânio: exame de escolha ✓ Fraturas de base de crânio - otorréia - rinorréia - sinal de Battle (equimose reg. mastóidea) - sinal de guaxinim (equimose periorbitária) E - EXPOSIÇÃO despir totalmente o paciente expor só os MMII pois resto já está despido cobrir o paciente → prevenir hipotermia: cobertores aquecidos fluidos aquecidos ambiente aquecido AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: ✓Exame “da cabeça aos pés” ✓ Avaliação de todas as regiões do corpo ✓ Exames laboratoriais (hb,ht, tipagem sanguínea, teste de gravidez, toxicológico) ✓ “Tubos e drenos em todos os orifícios” imediatamente após o término da avaliação primária história ampla do paciente ou familiar → A - ALERGIA M - MEDICAÇÃO P - PASSADO MÉDICO L - LÍQUIDOS E ALIMENTOS INGERIDOS A - AMBIENTE DO TRAUMA quando tirar colar cervical: • Retirar o colar - Vítimas conscientes - Após palpação - Dúvida: Rx Coluna cervical c7 e t1 - avaliar lesões ATENÇÃO • Pacientes com lesões que desfocam dor cervical (Ex: Amputações, lacerações etc) • Raio X cervical Perfil e transoral mais do que 65 anos - deixa colar e faz imagem mec de trauma perigoso - deixa colar e faz imagem parestesia - deixa colar e faz imagem abre colar, palpa região cervical, se referir dor, fecha e faz imagem, não teve dor, pede para lateralizar cabeça encosta queixo no peito, tira colar por trás REAVALIAÇÃO: ✓ Deve haver reavaliações constantes do paciente ✓ Controle hematimétrico (Hb, Ht) ✓ PA, pulso, gasometria arterial, débito urinário
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