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@ana_dinizmed Termo surge na década de 1970 É o estudo dos problemas e implicações morais despertados pelas pesquisas científicas e novas tecnologias em biologia e medicina. Tem como objetivo indicar os limites e finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações. A utilização de seres humanos em experimentos científicos por meio da força e coação, reduzia-os à categoria de coisas, sendo tratados como cobaias nos experimentos de eugenistas alemães. Criou-se o Código de Nuremberg em 1947: Primeira determinação internacional mencionando os aspectos éticos que envolviam as pesquisas com seres humanos Estabeleceu como marco da integridade das pesquisas científicas envolvendo seres humanos, o consentimento voluntário, que deveria ser resguardado em sua plenitude pelo pesquisador. Em seguida foi criada a Declaração de Helsinki (1964): Define normas éticas para estudos científicos com seres humanos. E a OMS declara: Nenhuma pessoa deve ser submetida a tortura ou crueldade, a tratamento desumano, degradante ou punição. Em especial, nenhuma pessoa deve participar de estudo científico ou médico sem seu livre consentimento No Brasil: 1993 – lançado periódico Bioética (CFM) 1995 – criação Sociedade Brasileira de Bioética Resolução CNS 196/96 – Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas em seres humanos Regulamentou a CONEP Institucionalização dos CEP locais. Resolução CNS Nº 466/2012 – atualização da CNS 196/96 Sujeito da pesquisa se torna “participante da pesquisa” O participante da pesquisa é livre para decidir quanto a sua participação na pesquisa. Quanto mais vulnerável o sujeito da pesquisa, maiores deverão ser os cuidados quanto aos princípios éticos: “Liberdade do consentimento deverá ser particularmente garantida para aqueles participantes de pesquisa que, embora plenamente capazes, estejam expostos a condicionamentos específicos, ou à influência de autoridade, caracterizando situações passíveis de limitação da autonomia, como estudantes, militares, empregados, presidiários e internos em centros de readaptação, em casas-abrigo, asilos, associações religiosas e semelhantes, assegurando-lhes inteira liberdade de participar, ou não, da pesquisa, sem quaisquer represálias” O voluntário não pode ser remunerado ou receber qualquer tipo de gratificação que influencie sua decisão em participar do estudo; A eventual remuneração do participante da pesquisa não deve exceder os limites do ressarcimento de despesas especificamente relacionadas à sua participação (transporte, alimentação). Devem ser analisados e avaliados os eventuais riscos e benefícios da pesquisa; O participante da pesquisa é livre para permanecer ou retirar-se da pesquisa a qualquer momento Estudos clínicos devem ser controlados com o melhor tratamento (padrão ouro); Evitar estudos com placebo; Mulheres em idade fértil, quando se tratar de estudos diagnósticos e terapêuticos, devem ser orientadas sobre o caráter da pesquisa, possíveis danos e aconselhadas a não engravidar no período a) Autonomia Liberdade com responsabilidade Reconhecer o direito das pessoas terem opinião, fazer escolhas e agir com base em valores e crenças pessoais. Na pesquisa: Obter consentimento para intervenções; Auxiliar na tomada de decisões; Respeitar a privacidade; Proteger informações confidenciais; Proteger pessoas com autonomia diminuída ou abolida (populações vulneráveis) Ética em Pesquisa Bioética História Diretrizes Éticas Princípios da Ética @ana_dinizmed b) Beneficiência Devemos fazer bem ao outro. Benefícios da pesquisa: proveito direto ou indireto, imediato ou posterior, auferido pelo participante e/ou sua comunidade em decorrência de sua participação na pesquisa; Fazer o que é melhor; Maximização de benefícios e minimização de riscos; Ponderação entre riscos e benefícios; Considerar todos os aspectos (físicos, psicológicos, sociais e espirituais) c) Não maleficiência Melhor fazer nada a fazer um mal Dano associado à pesquisa: agravo imediato ou posterior, direto ou indireto, ao indivíduo ou à coletividade, decorrente da pesquisa; Quase todos os procedimentos (diagnósticos ou terapêuticos) envolvem um risco ou dano Não provocar dano ou desconforto intencionalmente: Físico; Emocional; Social; Financeiro. d) Justiça e Equidade Distribuir equitativamente os riscos e benefícios entre todos os participantes. Recrutamento: Para alguns estudos é importante garantir recrutamento de diferentes etnias ou grupos populacionais. Alocação a intervenções em estudos experimentais: Randomizar sempre que possível. É o documento no qual é explicitado o consentimento livre e esclarecido do participante e/ou de seu responsável legal, de forma escrita, devendo conter todas as informações necessárias, em linguagem clara e objetiva, de fácil entendimento, para o mais completo esclarecimento sobre a pesquisa a qual se propõe participar Consentimento informado requer que o paciente/participante tenha capacidade de: Tomar decisões; Receber as informações completas e detalhadas; Entender as informações recebidas; Escolher voluntariamente; Consentir. O pesquisador esclarece as dúvidas do voluntário antes da assinatura do TCLE; Todos os voluntários assinam e datam o TCLE de próprio punho antes de serem incluídos no estudo; O voluntário recebe uma cópia do TCLE. a) Elementos do TCLE Justificativa; Objetivos; Procedimentos a serem realizados; Eventuais desconfortos e riscos; Potenciais benefícios; Garantia de sigilo e privacidade; Garantia de liberdade de recusa ou retirada consentimento; Explicitação de ressarcimento ou indenização; Explicitação dos responsáveis pelo estudo e eventuais patrocinadores/conflitos de interesse. b) Como fazer Utilizar textos curtos, simples, contendo informações diretas e claras necessárias para o participante tomar decisão; Equilibrar necessidades de esclarecer e o tamanho do texto Extensão suficiente para que seja lido integralmente Formular o texto em linguagem leiga, usando palavras e termos que sejam familiares aos participantes; Quando existir a necessidade de utilizar termos técnicos, estes deverão ser explicados em linguagem leiga Colocar as informações mais importantes para a decisão no início das frases; Utilizar a estrutura narrativa para a explicação dos procedimentos da pesquisa: Dirigir-se ao leitor como se fosse um diálogo entre pesquisador e participante; Utilizar títulos e subtítulos em destaque, assim, o leitor poderá predizer as próximas informações a partir da leitura dos títulos; Pode-se utilizar perguntas como subtítulos no TCLE. Citar o positivo antes do negativo, ou seja, os benefícios antes dos desconfortos e riscos; c) TCLE no ambiente virtual Qualquer pesquisa não presencial (até contato telefônico): Explicitar as etapas na seção Métodos; Enviar modelos de formulários e outros documentos; Destacar riscos característicos do ambiente virtual; Informar as limitações para assegurar total confidencialidade e potencial risco de violação. Participante armazenará uma cópia. Convite por e-mail com um destinatário e um remetente (ou lista oculta); Termo de Consentimento Livre e Esclarecido @ana_dinizmed Convite individual deve esclarecer que o TCLE será disponibilizado (on-line) antes da aplicação do questionário/entrevista; Mencionar o risco de compartilhamento de informações pessoais; É da responsabilidade do pesquisador o armazenamentoadequado dos dados coletados; Fazer o download dos dados coletados para um dispositivo eletrônico local, apagando todo e qualquer registro de qualquer plataforma virtual, ambiente compartilhado ou "nuvem" A avaliação ética de um projeto de pesquisa pressupõe: 1. Qualificação da equipe de pesquisadores; 2. Qualificação do projeto; 3. Avaliação da Relação Risco-Benefício Composição Multidisciplinar Pesquisadores; Estudiosos de bioética; Juristas; Profissionais de saúde; Representantes de usuários. Comitê de Ética em Pesquisa
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