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Antibióticos Introdução → • A classe de fármacos designadas como an- timicrobianos engloba uma gama de subti- pos que inclui: antibacterianos, antivirais, anti-helmínticos, antiprotozoários, anti- fúngicos; • Antimicrobianos: fármacos utilizados para debelar infecções causadas por determinados microrganismos. - Antivirais; - Anti-helmínticos; - Antiprotozoários; - Antifúngicos. → • Os antibacterianos, por sua vez, agru- pam duas grades classes de drogas: anti- bióticos e os quimioterápicos; • Bactericida: um antimicrobiano que é le- tal para bactérias; Ex: aminoglicosídios, quinolonas, peni- cilinas e cefalosporinas • Bacteriostático: um antimicrobiano que inibe o crescimento, mas não mata bactérias; Ex: sulfonamidas, trimetoprim, cloran- fenicol, tetraciclinas, nitrofurantoína • Antibiótico é, portanto, uma substância que tem capacidade de interagir com mi- cro-organismos unicelulares ou plurice- lulares que causam infecções no organismo no intuito de debelar patologias por eles promovidas; • Os antibióticos interferem no ciclo de vida destes micro-organismos, matando-os ou inibindo seu metabolismo e/ou sua repro- dução, permitindo ao sistema imunológico combatê-los com maior eficácia. • O princípio básico da terapia anti-infecci- osa é a determinação do agente causal da in- fecção e de sua susceptibilidade aos antimi- crobianos; • Como regra, o diagnóstico de infecção deve ser embasado em resultados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais; • Em caso de urgência, inicia-se o trata- mento o mais rápido possível porque seu su- cesso depende da precocidade com que o antimicrobiano adequado é indicado. Prescrição • Sítio da infecção: é importante definir (ou presumir, no caso empírico) se a infecção é comunitária ou hospitalar, neste caso verifi- cando o perfil de sensibilidade dos micror- ganismos isolados das infecções no hospital; • Agente causal e gravidade: as informa- ções epidemiológicas, possível causa e sus- ceptibilidades são baseadas nos dados clíni- cos pregressos do hospital ou da região; • Hospedeiro e dados epidemiológicos: para o direcionamento terapêutico é impor- tante conhecer: - Idade; - História pregressa de hipersensibilidade a antimicrobianos; - Funções hepática e renal; - Possível gravidez; - Estado imunológico; - Se está hospitalizado há muito tempo ou se foi hospitalizado recentemente; - Perfil de sensibilidade dos microrganis- mos aos antimicrobianos; - Frequência dos microrganismos nos dife- rentes tipos de infecção; - Doença de base; - Possível insuficiência de órgãos; • Produto a ser utilizado: - Composição química e modo de ação; - Farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção); - Espectro de atividade; - Dose a ser prescrita via, intervalo e forma de administração; - Via e forma de eliminação; Marianne Barone (T5) DIP – Prof. Elisabeth Dotti Consolo - Distribuição (pelos tecidos, cavidades e líquidos orgânicos); - Capacidade de interagir com outros anti- bióticos (sinergismo ou antagonismo, po- tencialização de efeitos); - Incompatibilidade farmacêutica; - Potencial de induzir cepas bacterianas re- sistentes; - Efeitos adversos (toxicidade, reações de hipersensibilidade e manifestações colate- rais); - Contra-indicações; - Custo. Tratamento empírico • Opcionalmente, pode-se escolher o anti- microbiano após diagnóstico obtido em anamnese detalhada; • As informações fornecidas na consulta vão: - Indicar a urgência do início do tratamento; orientar a escolha inicial do antimicrobiano adequado aocaso e justificar a prescrição de medicamento de forma empírica; - O tratamento empírico não prescinde, contudo, da coleta de amostras para cultura antes do início da antibioticoterapia empí- rica; - A coleta deve ser feita em todos os casos para, posteriormente, confirmar ou redireci- onar o tratamento antimicrobiano; - Outra prática recomendada é a utilização de exames bacterioscópicos que são realiza- dos rapidamente e resultam em informações úteis para direcionar a terapêutica; - O tratamento empírico é exceção, não re- gra. Escolha da droga • Dentre os possíveis antibióticos efetivos, deve-se sempre escolher com base em: - Menor toxicidade; - Via de administração mais adequada; - Menor indução de resistência; - Penetração em concentração eficaz no sí- tio da infecção; - Posologia mais cômoda; - Menor custo; - Avaliar criteriosamente o uso de cefoxi- tina e de outras drogas de última geração. Associação de antimicrobianos • Nas infecções graves (tratamento empí- rico); • Na prevenção à resistência de microrga- nismos; • Por seleção e/ou por indução (Pseudomo- nas aeruginosa); • Por infecção mista (abdome e pelve); • Por sinergismo em outras situações (infec- ção por enterococo ou pseudomonas, tuber- culose, hanseníase); • Eventualmente em outros germes multir- resistentes; • Na seleção de cepas resistentes no hospital. Avaliação da antibioticoterapia • Pela resposta clínica e laboratorial em 48 a 72 horas: - Curva febril, leucograma, sinais específi- cos para cada tipo de infecção; - Pelos resultados de culturas; • Segundo os critérios de: toxicidade, pe- netração no sítio de infecção, necessidade de associação, disfunção de órgãos, idade, gravidez; • E outros critérios, mesmo que haja me- lhora clínica: pacientes neutropênicos ou de infecções por microbiota mista (ex: in- tra-abdominal e pélvica) deve-se verificar parâmetros específicos. Grupos de antimicro- bianos disponíveis • Penicilinas; • Aminoglicosídeos; • Lincosamidas; • Tetraciclinas; • Rifampicina; • Glicopeptídeos; • Estreptograminas; • Monobactâmicos; • Carbapenêmicos; • Inibidores de Betalactamases; • Cefalosporinas; • Macrolídeos; • Cloranfenicol; • Quinolonas; • Oxazolidinonas; • Polimixinas; • Antifúngicos; • Antiparasitários.
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