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EDUCAÇÃO E SAÚDE
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Aline Andressa Matiello
Conceitos fundamentais em educação em saúde / MATIELLO, Aline Andressa 
- Multivix, 2021
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2021 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
UNIDADE 1
 > Focos e estratégias da promoção da saúde 23
UNIDADE 3
 > Estruturação dos grupos educativos 68
 > Estratégias de educação em saúde com base na fase 
de desenvolvimento 76
UNIDADE 6
 > Aspectos positivos e negativos de um território 147
 > Qualidade de vida 155
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 > Profissionais da saúde 14
 > Termos similares de educação em saúde 17
 > Revolta da Vacina 19
 > Esquema da comunicação em saúde no modelo 
tradicional e no modelo atual 21
 > Louis Pasteur - pai da teoria microbiana 25
 > Esquema do conceito ampliado de saúde 26
 > Modelo de Dahlgren e Whitehead da determinação social da saúde 28
 > Meio ambiente 30
UNIDADE 2
 > Uso de chás como uma prática popular de cuidado 38
 > Reunião de estudos entre profissionais da equipe 40
 > Ações de autoeducação 43
 > Visita domiciliar 47
 > Meios de comunicar em saúde 51
 > Pressupostos da educação em saúde 54
UNIDADE 3
 > Atuação do enfermeiro no cuidado em saúde 61
 > Ação educativa através de visita domiciliar 63
 > Rodas de conversa 70
 > Grupo educativo 71
 > Eixos do planejamento das ações educativas 74
 > Fragmentação das temáticas 75
 > Etapas das ações educativas 77
 > Problema relacionado ao uso de drogas 78
 > Setores a serem trabalhados nas ações de educação em saúde 83
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 4
 > Locais de lazer 89
 > Urbanização intensa 91
 > Fatores do meio ambiente que interferem na saúde 93
 > Condições de moradia 95
 > Atividade industrial 97
 > Poluição da água 99
 > Poluição do solo por lixo 101
 > Crianças em ambientes insalubres 103
 > Vetores de doenças 105
 > Poluição do ar 107
 > Plantio de árvores 109
UNIDADE 5
 > Responsabilidade de cada indivíduo pelo meio ambiente 117
 > Consciência ambiental de geração para geração 120
 > Ações interdisciplinares de promoção da saúde ambiental locais, 
regionais, nacionais e globais. 122
 > Ação de educação ambiental voltada a crianças 123
 > Planejamento de construções no meio urbano 126
 > Programa de televisão 128
 > Garantia de transporte para acesso à escola 130
 > Espaços de discussão coletiva 132
 > Pontos relevantes nas ações de educação ambiental 134
 > Participação ativa das pessoas 135
UNIDADE 6
 > Cuidados com as plantas e o solo 142
 > Relação entre as ações de educação ambiental 
realizadas pelos enfermeiros 145
 > Vigilância ambiental 151
 > Produção de alimentos de forma sustentável 156
 > Consulta de enfermagem 158
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 10
1 INTRODUÇÃO 13
1.1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE 13
1.2 CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE 24
2 PROCESSOS EDUCATIVOS EM SAÚDE 36
INTRODUÇÃO 36
2.1 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 36
2.2 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NOS PROCESSOS 
EDUCATIVOS 46
3 ESTRUTURAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 59
INTRODUÇÃO 59
3.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS AÇÕES DE 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 60
3.2 PLANEJAMENTOS DAS AÇÕES EDUCATIVAS 72
4 EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE 88
INTRODUÇÃO 88
4.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO MEIO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE 88
4.2 PROBLEMAS AMBIENTAIS 98
5 PROMOÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 115
INTRODUÇÃO 115
5.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ENFERMAGEM 116
5.2 AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE AMBIENTAL 131
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6 A ENFERMAGEM VOLTADA À EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTRATÉGIA DE 
PROMOÇÃO DA SAÚDE 140
INTRODUÇÃO 140
6.1 IMPACTOS DAS AÇÕES EDUCATIVAS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE 
AMBIENTAL 140
6.2 AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL VOLTADAS À 
QUALIDADE DE VIDA 149
6UNIDADE
9
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
10
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina “Educação e saúde” tem o objetivo de demonstrar a atuação dos 
enfermeiros nas ações educativas de promoção de saúde. Por se tratar de 
uma área de atuação ampla, é necessário que os profissionais conheçam al-
guns conceitos em relação à saúde e que compreendam o mecanismo de 
determinação social da saúde, percebendo os fatores que interferem na saú-
de da sociedade. Dentre esses fatores, destacam-se os conexos ao meio am-
biente, que possuem forte influência sobre as condições de vida e de saúde 
das pessoas.
Devido às influências do meio ambiente sobre a saúde, faz-se necessário que 
o enfermeiro empregue ações educativas que melhorem as condições am-
bientais, atuando como agente educador, e para isso, auxilie na criação de há-
bitos e ambientais saudáveis. Para isso, o profissional deve reconhecer como 
elaborar estas ações, para que sejam efetivas e que impactem positivamente 
na saúde da sociedade.
Nestas ações, o enfermeiro auxilia a sociedade a ter acesso a informações 
e a partir disso, desenvolver autonomia e domínio sobre sua saúde. Quan-
do voltadas para a área ambiental, estas ações visam o incentivo à saúde 
ambiental e as melhorias das condições de bem-estar humano, através da 
promoção da saúde.
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
12
MULTIVIX EAD
Credenciadapela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
> Conhecer o conceito 
e os principais 
marcos históricos da 
educação em saúde;
> Entender o conceito 
de determinação 
social da saúde 
e listar os fatores 
determinantes de 
saúde.
13
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
Esta unidade traz uma abordagem da área de educação em saúde, nos seus 
aspectos conceituais e históricos. Isso porque, ao longo dos anos, estabele-
ceu-se diferentes definições para a educação em saúde, principalmente em 
virtude de processos políticos e econômicos que incidiram e que ocasiona-
ram diferentes definições deste processo ao longo do tempo.
Além disso, tem se mostrando a importância da educação em saúde como 
uma estratégia para a promoção de saúde e a prevenção de doenças, utiliza-
da pelos profissionais de saúde para melhorar as condições de saúde.
Esta parte da disciplina aborda os conceitos de saúde, em especial, o conceito 
ampliado de saúde onde compreende-se os vários fatores, conhecidos como 
determinantes sociais de saúde, como trabalho, renda, lazer, transporte, mo-
radia, meio ambiente, dentre outros, e como esses fatores podem interferir 
nas condições de saúde das pessoas.
Esta unidade, portanto, traz conceitos primordiais de serem compreendidos 
por vocês estudantes e futuros profissionais de saúde, de modo que possam 
utilizá-los em práticas futuras, contribuindo com a saúde e qualidade de vida 
das pessoas.
1.1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A temática educação em saúde é relevante junto aos profissionais que atu-
am na área da saúde. Isso porque, as ações educativas são inerentes ao pro-
cesso de trabalho dos profissionais, incluindo os enfermeiros. Estes profissio-
nais, além de atuarem na parte assistencial em diferentes níveis de atenção 
à saúde, atuam também em ações voltadas à educação da sociedade, con-
tribuindo para a melhoria das práticas de cuidados, das condições de vida, 
das condições de saúde e com isso, cooperando para a melhor qualidade de 
vida das pessoas.
14
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.1.1 CONCEITO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A educação em saúde é definida como sendo um conjunto de conhecimen-
tos e práticas, que visam à prevenção de doenças e à promoção da saúde da 
sociedade. Estes conhecimentos e práticas envolvem tanto o conhecimento 
técnico-científico dos profissionais da área da saúde, como os conhecimen-
tos e técnicas populares de saúde, de modo que esta associação possa contri-
buir para a melhoria das condições de vida, para a melhor qualidade de vida 
e ainda, para a produção de saúde.
Para Pinno e outros (2019), a educação em saúde se estrutura através da atu-
ação de três esferas, que incluem os profissionais de saúde (multidisciplinar), 
os gestores e a sociedade. Neste sentido, os profissionais de saúde têm um 
papel relevante, pautado nos seus conhecimentos técnicos-científicos de 
cada área, os quais podem ser utilizados de modo a melhorar a saúde da co-
munidade. Enquanto os gestores devem apoiar as ações desempenhadas pe-
los profissionais de saúde.
PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Fonte : laros, Freepik (2021).
#PraCegoVer
Foto de três profissionais da saúde: um enfermeiro à esquerda com uniforme, um doutor ao 
centro usando jaleco, com um estetoscópio pendurado sobre este jaleco e uma prancheta 
nas mãos e uma doutora à direita com um caderno nas mãos.
15
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2007) reforça que a educação em saúde 
deve não apenas contemplar a participação da sociedade, mas sim, estimu-
lar a participação ativa da mesma, onde juntamente com os profissionais de 
saúde, as pessoas possam atuar de forma participativa, através do diálogo, 
das discussões, das reflexões críticas, valorizando, respeitando e contribuin-
do para melhores condições de saúde. A participação ativa da sociedade 
visa que os indivíduos se tornem sujeitos mais ativos e mais responsáveis 
acerca de sua saúde.
Com base na atuação da comunidade, dos profissionais de saúde e gestores, o 
Ministério da Saúde (BRASIL, 2007) pontua como objetivos gerais da educação:
• encorajar a sociedade na busca e a manutenção de condições de vida 
saudáveis;
• utilizar de forma adequada os serviços de saúde disponíveis;
• capacitar a comunidade para a tomada de decisão acerca de melhoria das 
condições envolvidas com saúde.
Ensinando-aprendendo
os processos educacionais não são uma via de mão única, todos 
devem apreender e ensinar ao mesmo tempo, através da troca de 
informações e experiências.
Além de apoiar os profissionais de saúde nas 
ações de educação em saúde, os gestores são 
responsáveis por garantir autonomia a estes 
profissionais, de modo que possam criar formas de 
cuidado humanizadas e integrais como estratégia 
para a educação em saúde (PINNO et al., 2019).
16
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Exercício da escuta
deve-se considerar que todas as pessoas possuem conhecimento 
sobre saúde, independente se é conhecimento técnico ou popular, por 
isso é essencial que se faça uma escuta adequada das pessoas.
Educação transformadora
considera-se que quando a educação em saúde é feita seguindo as 
diretrizes, ela tem o poder de transformar pessoas e comunidades, 
possibilitando condições de vida e de saúde mais dignas.
Na prática, a educação em saúde precisa estar direcionada tanto para promo-
ver a identidade e responsabilidades individuais em relação à saúde, como 
também, para promover responsabilidades coletivas, assumidas por toda a 
comunidade, de modo a garantir a responsabilidade comunitária pela saúde.
Pinno e outros (2019) comentam ainda que a educação em saúde precisa es-
tar voltada a duas vertentes. Uma delas objetivando que a população detenha 
maior conhecimento acerca das doenças, incluindo medidas de prevenção, 
controle e minimização de impactos; e outra voltada à promoção da saúde, 
criando condições favoráveis para que as pessoas tenham o máximo de saúde.
Considerando a vertente que trata da educação a 
saúde destinada ás pessoas com doenças, objetiva-
se que estas possam aprimorar o conhecimento 
a respeito das condições patológicas, tornando-
os capacitados para lidar com a doença e com os 
impactos delas. Exemplos destas intervenções 
são as ações voltadas a pessoas com Hipertensão 
Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e Obesidade, 
patologias que se constituem um grande desafio 
para a saúde pública. Para ampliar a discussão, você 
pode fazer a leitura do artigo a seguir (SILVA et al., 
2021). Acesso pelo link.
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/27473
17
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
Vale destacar que ao se falar em educação em saúde, muitas vezes utiliza-se o 
termo educação na saúde como sinônimos de maneira errônea. Isso porque, 
estes termos, mesmo sendo semelhantes, retratam ações distintas dentro de 
suas áreas.
Segundo Falkenberg et al. (2014), a educação em saúde refere-se a um con-
junto de práticas de educação voltadas a indivíduos e a comunidade, com 
objetivo de potencializar a autonomia das pessoas e da comunidade para que 
possam, deste modo, fazer escolhas e a adoção de hábitos de vida mais saudá-
veis, impactando positivamente nas condições de saúde de toda a sociedade.
O termo educação em saúde pode ser encontrado com algumas outras no-
menclaturas similares (FALKENBERG et al., 2014). A figura a seguir demonstra 
estes termos.
TERMOS SIMILARES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Educação
em saúde
Educação
sanitária
Educação
para a saúde
Educação
e saúde
Educação popular
em saúde
Fonte: Elaborada pela autora(2021).
#PraCegoVer
A figura apresenta demonstra que os termos “Educação e saúde”, “Educação sanitária”, 
“Educação para a saúde” e “Educação popular em saúde” podem ser encontrados como 
termos similares à “Educação em saúde”.
Já o termo educação na saúde refere-se aos aspectos educacionais (ensino 
e campo de trabalho), com vistas à educação acadêmica e profissional de 
quem atua na área de saúde, através de ações como a educação permanente 
em saúde e a educação continuada, de modo que os profissionais aprimorem 
os conhecimentos e atuem de maneira efetiva junto à comunidade.
18
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.1.2 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A educação em saúde é um conceito que foi se modificando ao longo dos 
anos, baseando-se em modificações históricas, políticas, governamentais, 
econômicas etc., e que impactaram sobre este conceito.
Inicialmente, as primeiras estratégias de educação em saúde se pautavam 
num modelo tradicional de educação, onde as informações eram repassadas 
as pessoas de maneira unilateral, onde o detentor das informações (a exem-
plo dos profissionais de saúde) repassavam aquilo que sabiam, e que era tido 
como verdade absoluta e única, de modo que estas informações disciplinas-
sem a população.
No Brasil, o cenário era semelhante ao modelo de educação em saúde utili-
zado globalmente. Neste caso, para controle das doenças infecto contagio-
sas mais prevalentes da época, o governo utilizava de brigadas médicas, que 
atuavam desinfetando locais, exigindo reformas, interditando prédios e remo-
vendo das residências tudo que fosse julgado por eles como prejudicial à saú-
de (PINNO et al., 2019).
Medidas adotadas no Brasil
para o controle das doenças adotou-se a polícia sanitária, a qual era 
formada por agentes da polícia que acompanhavam os agentes de 
saúde em suas ações.
Este modelo tradicional de educação em saúde 
foi utilizado durante a segunda metade do século 
XIX, em meio aos cenários de epidemias, onde 
as pessoas eram “educadas” através de medidas 
disciplinares, regras de higiene e conduta ditada 
pelos profissionais de saúde e pelos governantes 
(PINNO et al., 2019).
19
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
Objetivos das medidas
o objetivo era controlar as doenças e ao mesmo tempo, evitar 
manifestações e reações contrárias da população a estas medidas 
autoritárias.
Reação da população a estas medidas
a população revoltou-se com tais medidas, uma vez que tinham cunho 
unilateral apenas.
Um exemplo de ação unilateral, que culminou com a revolta da população em 
relação às questões de saúde, foi a Revolta da Vacina, caracterizada por protes-
tos da população contra a obrigatoriedade então decretada da vacinação.
REVOLTA DA VACINA 
Fonte : Picture Master, Wikimedia Commons (2015).
#PraCegoVer
Ilustração representando inúmeras pessoas nas ruas brigando com profissionais de saúde. 
As pessoas encontram-se revoltadas, em um protesto contra a vacinação obrigatória da 
varíola, imposta pelo governo.
20
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estas ações eram direcionadas especialmente as áreas de maior concentra-
ção demográfica e a áreas mais pobres do país, de modo impositivo e unila-
teral. Segundo Palicioli (2018), este modo de educação em saúde se pautava 
apenas em normas e recomendações, baseadas unicamente no saber técni-
co, e por não considerarem o conhecimento da população, não conseguiam 
promover mudanças de comportamento da sociedade como um todo.
Apenas a partir da década de 40, a educação em saúde no Brasil passou a 
contar com a participação da comunidade, mesmo que pequena e ainda não 
ativa, pois a comunidade apenas participava da organização de grupos.
Posterior a isso, na década de 60, houve o surgimento da medicina comuni-
tária, a qual buscava maior participação da comunidade na resolução de pro-
blemas, caracterizando um avanço na educação em saúde do país, embora 
ainda, se utilizasse muito da culpabilização da população por suas condições 
de saúde.
Deste modo, percebe-se que até este momento, as ações de educação em 
saúde detinham um modelo tradicional, com informações apenas impostas 
a sociedade, sem que esta participasse do processo educacional.
Mesmo com esta evolução, a modificação no padrão impositivo de normas 
e condutas a sociedade passou a ocorrer apenas na década de 70 a 80, por 
meio da influência de modelos educacionais que se pautavam no diálogo e 
na participação popular ativa na educação em saúde (PINNO et al., 2019).
A partir de então, rompeu-se a ideia da educação em saúde tradicional, pau-
tada na autoridade e unilateralidade da comunicação e do conhecimento e, 
passou-se a valorizar um novo modelo educacional, pautado na participação 
da sociedade e na interação dos saberes de todos, respeitando e consideran-
do o conhecimento da população, que passa a ter um papel fundamental nas 
ações em prol da melhoria das condições de saúde. O esquema a seguir mos-
tra as diferenças na comunicação com a sociedade no modelo de educação 
tradicional e no novo modelo.
21
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EDUCAÇÃO E SAÚDE
ESQUEMA DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE NO MODELO 
TRADICIONAL E NO MODELO ATUAL 
MODELO TRADICIONAL
Sentido das informações
PROFISSIONAL DE SAÚDE INDIVÍDUOS
NOVO MODELO
Sentido das informações
PROFISSIONAL DE SAÚDE INDIVÍDUOS
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
#PraCegoVer
O esquema apresenta o sentido de transmissão das informações de modo unidirecional nas 
ações em saúde no modelo tradicional, enquanto no modelo atual a transmissão deixa de 
ser unilateral e passa a ocorrer em ambos os sentidos.
Percebe-se que no modelo tradicional, a transmissão das informações em 
saúde era apenas unilateral, as pessoas eram totalmente passivas em relação 
ao recebimento das informações, enquanto os profissionais de saúde trans-
mitiam as informações. Já no modelo atual, esta transmissão de informações 
e conhecimento acontece de maneira bidirecional, onde tanto profissionais 
de saúde como as pessoas informam, discutem e produzem informações.
Segundo Pelicioli (2018) este novo modelo de educação em saúde é mais co-
erente com os objetivos destas ações, uma vez que considera o contexto e a 
vivência das pessoas e, pautado nisso, o profissional sistematiza não apenas 
o conhecimento formal, mas também o conhecimento oriundo das pessoas, 
integrando, discutindo, causando reflexões e mudança de comportamentos 
e hábitos com base no conhecimento produzido de maneira conjunta.
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 90, este novo 
modelo de educação em saúde foi reforçado ainda mais e ainda, o surgimen-
to de outras políticas também reforçara, a importância da educação da socie-
dade em relação à saúde.
22
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.1.3 PROMOÇÃO DA SAÚDE
A educação em saúde é tida como uma estratégia de promover saúde junto 
à sociedade. Neste sentido, surge este conceito de promoção de saúde, que 
deve ser reconhecido pelos profissionais de saúde, uma vez que está alinhado 
com os processos de educação em saúde.
O termo promoção da saúde foi conceituado pela primeira vez, no início do 
século XX, e envolvia ações de educação em saúde, aliadas ainda a ações es-
truturais promovidas pelo Estado, a fim de melhorar as condições de vida 
e de saúde da sociedade (DEMARZO, 2011). Este conceito surgiu de maneira 
conjunta às três outras funções da área da saúde, que incluem ainda a pre-
venção de doenças, o tratamento de pacientes e o processo de reabilitação.
O conceito de promoção de saúde nesta época era relativo à prevenção pri-
mária de doenças, com estratégias destinadasao desenvolvimento da saúde 
antes do indivíduo adoecer.
Todavia, uma nova concepção de promo-
ção em saúde surgiu em 1986, quando 
a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
promoveu a Primeira Conferência Inter-
nacional sobre Promoção da Saúde, em 
Ottawa, Canadá (DEMARZO, 2011). Esta 
concepção contemporânea de promoção 
de saúde trouxe a ideia de que as con-
dições e modos de vida influenciam na 
saúde, como as condições de trabalho, de 
moradia, de lazer, dentre outros aspectos, 
além de aspectos físicos.
Neste sentido, as ações de educação em saúde devem estar voltadas não 
apenas a prevenção de doenças, mas a multicausalidade envolvida no pro-
cesso saúde-doença, ou seja, considerar todos os fatores que podem de 
algum modo interferir na saúde, de maneira multidimensional. Segundo 
Demarzo (2011), esta concepção moderna de promoção de saúde visa pro-
porcionar meios suficientes às pessoas para melhorar sua saúde e exercer 
controle sobre ela.
Exemplo
Pinno e outros (2019) citam os 
fatores mentais, emocionais, 
sociais e ecológicos, como 
fatores envolvidos na 
promoção de saúde.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Solha (2014) cita os principais focos da promoção de saúde e inclui: alimenta-
ção saudável, prática corporal, prevenção e controle do tabagismo, redução 
das taxas de morbimortalidade pelo uso de álcool e ouras drogas, redução da 
morbimortalidade por acidentes de trânsito, estimulo a cultura de paz e de 
não violência, além da promoção do desenvolvimento sustentável.
FOCOS E ESTRATÉGIAS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE
Alimentação 
saudável
Garantir acesso ao alimento, promover ações intersetoriais 
de combate à fome e à pobreza extrema, estimular a 
agricultura familiar e disseminar informações sobre 
alimentação saudável.
Prática corporal/
atividade física
Estimular a realização de atividade física e aumentar a 
oferta de atividades/práticas corporais.
Prevenção e controle 
do tabagismo
Reforçar a política de controle do tabaco, criando um 
contexto social desfavorável para o uso do fumo e aumentar 
o acesso do fumante a métodos de cessação do tabagismo.
Redução da 
morbimortalidade 
(adoecimento e 
morte) por uso 
abusivo de álcool e 
outras drogas
Educação para hábitos saudáveis voltada a crianças 
e adolescentes; divulgação de informações sobre o 
impacto do uso de álcool e de drogas; apoio à restrição de 
propaganda de bebidas alcoólicas.
Redução da 
morbimortalidade 
por acidentes de 
trânsito
Ações intersetoriais de educação no trânsito; 
desenvolvimento de leis que desestimulem o uso de álcool 
por motoristas.
Promoção da cultura 
de paz e de não 
violência
Capacitação de gestores e profissionais para acolhimento 
e condução dos casos de violência doméstica e sexual; 
redução de turismo e exploração sexual.
Promoção do 
desenvolvimento 
sustentável
Reorientação das práticas de saúde, que devem considerar 
o meio ambiente e a sustentabilidade das ações.
Fonte: Adaptado de Demarzo (2011). 
#PraCegoVer
O quadro traz os eixos estratégicos da promoção da saúde e alguns exemplos de ações a 
serem desempenhadas em cada um destes eixos.
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Pautando nisso, a educação em saúde serviria como uma estratégia para pro-
mover saúde, através do estímulo a manutenção ou criação de condições de 
vida que garantam melhores condições de vida e de saúde.
Salienta-se que ao desenvolver-se ações de promoção da saúde, deve-se con-
siderar, além da atenção à saúde física, a saúde mental, social e espiritual, pau-
tando-se num conceito holístico, chamado de conceito ampliado de saúde.
1.2 CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
Ao longo dos anos, os conceitos de saúde e de doença sofreram mudanças, 
modificando também as ações de saúde. Reconhecer estes conceitos e quais 
deles são aceitos atualmente é de suma importância para as ações de educa-
ção em saúde, as quais devem pautar-se em conceitos modernos.
1.2.1 CONCEITO DE SAÚDE
Os primeiros conceitos de saúde, adotados na antiguidade, tratavam de saú-
de como ausência de doença, sendo que a doença era tida como um castigo 
dos deuses e a saúde era considerada uma dádiva, caracterizando a teoria 
relacionada à divindade.
Certos aspectos relacionados aos contextos 
religiosos fazem parte da representação de saúde e 
doença até os dias atuais em muitas comunidades. 
Por isso, nas educações em saúde deve-se respeitar 
e compreender o impacto destes contextos na 
saúde das pessoas, uma vez que retratam questões 
relacionadas a crenças e culturas, caráter religioso, 
maldições ou castigos divinos.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Em 400 anos a.C., Hipócrates desenvolveu a teoria dos miasmas, que de-
fendia que a água, os locais de moradia e os ventos estavam relacionados 
à saúde e a doença, e que essas eram transmitidas por “gases” de dejetos e 
animais em decomposição, sendo que essa teoria vigorou até o século XIX 
(PINNO et al., 2018).
 Posterior a isso, no final do século XIX, passou-se a defender que as doenças, 
as quais afetavam a saúde da sociedade, eram causadas por microrganismos 
(teoria microbiana). Esta teoria foi proposta por Louis Pasteur, representado 
na figura a seguir. Pasteur é considerado o pai da teoria microbiana.
LOUIS PASTEUR - PAI DA TEORIA MICROBIANA
Fonte: Solha (2014, p. 16).
#PraCegoVer
Ilustração em preto e branco representando Louis Pasteur em seu laboratório.
No ano de 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS), definiu saúde como 
“um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a au-
sência de doenças” (PINNO et al., 2018). Todavia, este conceito não foi capaz de 
explicar todo o processo de saúde e doença, e mesmo esta definição prevale-
cendo até os dias atuais, diversas reflexões surgiram e ampliaram o conceito, 
considerando impossível estar em completo bem-estar físico, mental e social.
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Teoria da multicausalidade
Aliado a este conceito da OMS, a saúde passou a ser explicada pela 
teoria da multicausalidade, com ênfase em fatores individuais que 
condicionam a saúde das pessoas, ou seja, que a doença estava 
relacionada a condições que atuavam unicamente sobre o indivíduo.
Relacionado à coletividade
No entanto, mesmo havendo predomínio da teoria da 
multicausalidade, sabe-se que, não são apenas os fatores individuais 
que condicionam a saúde das pessoas, e sim, além deles, fatores 
externos, relacionados à coletividade também tem um impacto 
considerável sobre a saúde da sociedade.
No Brasil, em 1986, através da VIII Conferência Nacional de Saúde, adotou-se 
o conceito de que a saúde é resultante das condições de alimentação, ren-
da, habitação, educação, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, 
acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde (PINNO et al., 2018). A 
ilustração a seguir exemplifica alguns destes fatores relacionados ao conceito 
ampliado de saúde.
ESQUEMA DO CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE 
SAÚDE
CULTURA LAZER
MEIO
AMBIENTE TRABALHO
RENDA
SERVIÇOS
DE SAÚDE HABILITAÇÃO ALIMENTAÇÃO
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
#PraCegoVer
Esquema que representa os fatores relacionados às condições de saúde, que incluem acesso 
aos serviços de saúde, trabalho, meio ambiente, alimentação, cultura, habitação lazer e renda.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Este conceito, por considerar os diversos fatores envolvidos no processo de 
saúde-doença, é reconhecido atualmente como o conceito ampliado de saú-
de, sendo o mais aceito. Aliado a ele, surge o conceito de determinação social 
da saúde, que considera os fatores que interferem na produção desaúde.
1.2.2 DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE
A determinação social da saúde é tida como um modelo atual, que destaca 
a importância de considerar-se a visão social, como um aspecto capaz de al-
terar o processo saúde-doença de uma comunidade. Segundo aponta Solha 
(2014), esse modelo vai ao encontro do conceito ampliado de saúde, que con-
sidera o processo de saúde doença a partir da atuação de determinantes e 
condicionantes diversos.
Este modelo surgiu no século XIX, na Europa; em meio ao intenso período 
de industrialização, associado ao aumento da população urbana, do de-
semprego, da falta de moradia, das condições insalubres de trabalho, den-
tre outros aspectos que resultaram no aumento dos problemas de saúde 
(PETTRES; DA ROS, 2018).
Defende-se que as condições sociais em que as pessoas estão inseridas em 
uma sociedade, o modo que vivem, que trabalham e que se relacionam, são 
tidos como importantes marcadores de saúde das pessoas.
Destacam-se fatores condicionantes que vão além da disponibilidade e do 
acesso aos serviços de saúde e envolvem fatores como: política, segurança, 
educação, economia, trabalho, lazer, dentre inúmeros outros fatores que in-
terferem nos aspectos sociais (SOLHA, 2014).
Considerando estes fatores condicionantes de 
saúde, busque identificar de que modo a oferta 
de trabalho pode interferir na saúde de uma 
comunidade. Como as condições laborais em que 
as pessoas estão expostas pode afetar a saúde?
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1.2.3 FATORES DETERMINANTES DE SAÚDE
A OMS define os determinantes de saúde como sendo um conjunto de fa-
tores/ condições de cunho social, nas quais as pessoas vivem e/ou trabalham 
(BUSS E PELLEGRINI-FILHO, 2007). A principal característica destes fatores, 
é que eles estão agrupados, retratam a multidimensionalidade da saúde, e 
incluem tanto fatores individuais, como fatores relacionados ao ambiente fa-
miliar e da comunidade, e ainda, fatores relacionados à saúde estabelecidos 
de maneira mais ampla, sendo que todos estes fatores estão dispostos de 
maneira hierarquizada.
Segundo Pettres e da Ros (2018), estes determinantes podem ser agrupados 
em três dimensões, a singular, a particular e a dimensão geral. Para retratar 
estas dimensões, os fatores determinantes de saúde pertencentes a cada di-
mensão e a relação entre elas, é utilizado um esquema, também chamado de 
modelo de Dahlgren e Whitehead, apresentado na figura a seguir.
MODELO DE DAHLGREN E WHITEHEAD DA DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE
CO
ND
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ÕE
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ÔMICAS, CULTURAIS E AMBIENTES GERAIS
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IS E COMUNITÁRIAS
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 DE
 VIDA DOS INDIVÍDUO
S
IDADE, SEXO
E FATORES
HEREDITÁRIOS
IDADE, SEXO
E FATORES
HEREDITÁRIOS
HABITAÇÃO
SERVIÇOS
SOCIAIS
DE SAÚDE
CONDIÇÕES DE VIDA
E DE TRABALHO
EDUCAÇÃO
DE
SE
MP
RE
GO
ÁG
UA
 E E
SGO
TO
AMBIENTE DE
TRABALHO
Fonte: Carrapato; Correia; Garcia (2017, p. 682).
#PraCegoVer
Esquema colorido que representa as dimensões do modelo de determinação social de saúde. 
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Neste modo, a dimensão singular, localiza-se num primeiro nível, a dimensão 
particular logo acima dela e por último, os fatores correspondentes à dimen-
são geral. Os fatores relacionados à dimensão singular estão relacionados às 
características individuais das pessoas, incluindo idade, etnia, gênero e fato-
res genéticos. Neste nível ainda, cita-se a presença de fatores relacionados a 
comportamentos individuais, como o estilo de vidas pessoas.
A dimensão particular, de acordo com Pettres e da Ros (2018), está relacionada 
aos fatores que retratam os modos de vida em grupo, os padrões de exposi-
ção, riscos, fatores de proteção e de vulnerabilidade. Por isso, nesta dimensão 
considera-se como fatores determinantes de saúde as redes de apoio dispo-
níveis as pessoas, tanto do ponto de vista social como comunitário, as quais 
são indispensáveis para a saúde da sociedade.
Estes fatores incorporados às dimensões singulares e particulares são conside-
rados fatores determinantes e condicionantes de saúde microssociais ou mi-
crodeterminantes, envolvem fatores relacionados aos indivíduos e as famílias.
A dimensão geral, localizada a nível mais distal do esquema, também deno-
minada como dimensão macro, traz consigo macrodeterminantes relaciona-
dos a questões econômicas, ambientais e laborais.
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MEIO AMBIENTE 
Fonte : pikisuperstar, Freepik (2021).
#PraCegoVer
Ilustração colorida de um casal na parte interna de meio globo terrestre e em seu entorno 
há grama, flores, riacho e ao fundo, aerogeradores próximos a montes verdes, e pássaros os 
sobrevoam. A mulher está plantando uma árvore e o homem cuida da coleta seletiva do 
lixo. A ilustração então representa o meio ambiente.
Carrapato, Correia e Garcia (2017) citam que estes fatores não atuam isola-
damente, e sim de maneira associada, sendo que a dimensão geral possui a 
capacidade de influenciar, de maneira relevante, os fatores determinantes de 
saúde localizados nos níveis subjacentes.
Pettres e de Ros (2018) comentam que as ações em saúde, incluindo as ações 
educativas em saúde, devem ter dois enfoques principais. O primeiro deles 
referente aos aspectos singulares e particulares, através de ações que visem 
mudanças no estilo de vida, e o segundo deles, voltado a temáticas das con-
dições e qualidade de vida, e que dependem de ações articuladas entre dife-
rentes setores da sociedade, uma vez que vai além do acesso aos serviços de 
saúde e contempla como as comunidades vivem e trabalham.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
A compreensão dos determinantes so-
ciais da saúde visa a melhoria do bem-
-estar e de condições de saúde, com base 
na estruturação social das comunidades.
Compreender o modelo de determinação 
social da saúde é primordial para o profis-
sional que atua na área da saúde, pois, é a 
partir disso que pode-se estabelecer ob-
jetivos e intervenções em saúde.
Ao se referir as ações educativas, reconhe-
cer estas definições garante que os pro-
fissionais de saúde direcionem as ações 
de saúde para os fatores determinantes e condicionantes sociais da saúde, 
estruturando atividades educativas dirigidas à saúde individual e à mudança 
de comportamentos e hábitos que possam ser nocivos à saúde, e ao mes-
mo tempo, estruturando atividades voltadas à garantia de manutenção e 
melhoria das condições de vida, com ações voltadas a famílias, a grupos e a 
comunidades.
Questão
Mas qual a influência destes 
conceitos de saúde com 
as ações de educação em 
saúde?
Um exemplo de ação de educação em saúde voltada 
os determinantes sociais de saúde são descrito a 
seguir, e contempla a importância da alimentação 
nas questões de saúde. O projeto chama-se "Com 
Gosto de Saúde”, realizado no Rio de Janeiro. Nestas 
ações, enfoca-se a alimentação e nutrição como 
componente fundamental da saúde, através da 
produção e disponibilização para as escolas de 
materiais educativos, vídeo, jogos e textos, que 
ajudam os profissionais de saúde desenvolverem 
atividades pedagógicas sobre saúde e nutrição no 
cotidiano escolar juntamente com os professores. 
Neste caso, objetiva-se a promoção de hábitos 
alimentares e estilos de vida saudáveis (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2002).
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Além disso, deve-se destacar que ao se estabelecer modelos de educação em 
saúde que respeitem estes conceitos, garante-se também maior promoção 
da saúde, criando maneiras da sociedade enfrentar os problemas sociais, eco-
nômicos, políticos e culturais, tanto coletivoscomo individuais, favorecendo a 
qualidade de vida.
Souza (2017) reforça, por exemplo, considerando a importância dos determi-
nantes sociais de saúde e das ações educativas sobre eles; que estas devem 
envolver não apenas os profissionais de saúde, mas também, profissionais de 
outros setores, como assistência social, habitação, meio ambiente, segurança 
pública, entre outros de modo a atender de maneira integral as demandas 
educacionais em saúde nas comunidades.
• Para saber mais sobre a importância da 
determinação social na educação em saúde, acesse 
o artigo por este link.
• Faça a leitura da Política Nacional de Promoção 
de Saúde, divulgada pelo Ministério da Saúde em 
2010. Acesso pelo link.
• Faça a leitura da Política Nacional de Educação 
Popular em Saúde, Portaria n. 2.761, de 2013 (BRASIL, 
2013). Acesso pelo link.
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/15195
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2761_19_11_2013.html
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou uma reflexão sobre os conceitos fundamentais de 
educação em saúde e a sua ligação com as ações de promoção da saúde 
junto à sociedade, uma vez que atualmente, têm-se as ações educativas em 
saúde como uma das estratégias para promover a saúde da população.
Estas ações de educação em saúde são adotadas por diferentes profissionais 
de saúde, que integram as equipes de saúde em suas áreas de formação es-
pecíficas, incluindo os enfermeiros. São destinadas a comunidade, a fim de 
permitir que esta tenha maiores condições de lidar com as questões relacio-
nadas à saúde, modificando hábitos e criando melhores condições de vida.
Destacou-se que as ações de educação em saúde são pautadas sobre con-
ceitos de saúde e doença, e como estes conceitos foram modificando-se ao 
longo dos anos; é importante reconhecer os conceitos mais atuais, os quais 
são utilizados para nortear as ações de saúde.
Dentre estes conceitos, o conceito ampliado de saúde é o mais aceito atual-
mente, associado à concepção da determinação social da saúde, onde dife-
rentes fatores atuam como condicionantes das condições de saúde da socie-
dade. Nesta concepção, reconhece-se que, além do acesso aos serviços de 
saúde, a saúde da população está relacionada a questões econômicas, sociais, 
de meio ambiente, de trabalho, lazer, moradia, dentre inúmeros outros fato-
res que impactam no processo saúde doença.
Adotar estes conceitos na prática profissional permite uma visão integral e 
ampla dos cuidados em saúde, e faz com que os profissionais de saúde pos-
sam atuar de maneira efetiva na educação em saúde da comunidade.
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UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
> pontuar os 
principais aspectos 
da PNES;
> compreender 
a atuação dos 
profissionais de 
saúde nas ações de 
educação em saúde.
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2 PROCESSOS EDUCATIVOS EM 
SAÚDE
INTRODUÇÃO
O Ministério da Saúde, dentre diversas ações, elaborou Políticas relacionadas 
á Educação em saúde, que possibilitam um entendimento mais claro das 
ações em saúde executadas com este foco, uma vez que trazem os funda-
mentos destas ações e os eixos estratégicos a serem seguidos.
Além disso, enfatizam o papel relevante dos profissionais de saúde nas ações 
educativas, onde estes atuam como verdadeiros educadores em saúde, pos-
sibilitando mudanças no contexto das comunidades, as quais impactam po-
sitivamente nas condições de vida e de saúde da sociedade.
Considerando isso, nesta unidade, você estudante será introduzido às prin-
cipais políticas em saúde que tratam do papel educativo na área de saúde, 
reconhecendo o papel dos profissionais de saúde nesta missão e ainda, com-
preendendo eixos norteadores destas ações. Essas informações irão possibili-
tar que você estudante, e futuro profissional da área da saúde tenha subsídios 
para elaborar processos educativos em saúde com efetividade.
2.1 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Considerando a importância das ações educativas em saúde, o Ministério da 
Saúde elaborou duas importantes Políticas Públicas relacionadas as tema 
educação em saúde. Uma delas refere-se à Política Nacional de Educação 
Popular em Saúde e a outra, a Política Nacional de Educação Permanente em 
Saúde; ambas que visam reforçar os princípios e diretrizes do Sistema Único 
de Saúde (SUS).
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2.1.1 FUNDAMENTOS DA PNES
Acerca da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNE Popular em 
Saúde), ela objetiva reforçar as características político-pedagógicas que orien-
tam a construção dos processos educativos em saúde, através do estímulo a 
promoção da saúde e a autonomia das pessoas (BRASIL, 2012). Desse modo, 
ela visa reforçar a participação ativa da comunidade nas ações em na produ-
ção de melhores condições de saúde na comunidade.
Essa política é tida como uma estratégia que visa ainda o cuidado, a produção 
de conhecimentos, a democratização e o respeito à intersetorialidade. Segun-
do as diretrizes da política, elencadas pelo Ministério da Saúde (Brasil, 2012), a 
educação popular nesse sentido não se faz ‘para’ o povo, e sim, se faz ‘com’ o 
povo, uma vez que possui como eixo central a incorporação de saberes, pen-
samentos, ações e conhecimentos dos grupos populares.
Segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 2012), a PNE Popular em Saúde valori-
za, sobretudo, as práticas populares de cuidado. Essas práticas podem ser de-
senvolvidas em diferentes contextos e espaços, como no espaço familiar, na 
comunidade ou até mesmo em espaços constitucionais e se pautam numa 
visão holística do ser humano, mais integrada.
Nesse sentido, a política reforça que o conhecimento popular através do re-
conhecimento dessas práticas, de valores, desejos e temores da população, 
reconhecendo os contextos socioculturais das pessoas, interpretando estas 
práticas como um tipo de conhecimento, tão importante quanto o conheci-
mento técnico científico.
Mas o que seriam as práticas populares de 
cuidados? Segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 
2012), os muitos exemplos, têm-se os benzimentos, 
os rituais de cura, as parteiras, práticas dos terreiros 
de matriz africana, práticas populares indígenas, 
dentre outros.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
A incorporação do conhecimento popular, aliado aos conhecimentos técnico-
-científicos, permite que a população se aproxime dos profissionais de saúde, 
uma vez que não há práticas impostas a população, mas sim, práticas e ações 
pensadas de maneira conjunta e compartilhada. Tudo isso permite contribui 
significativamente para a promoção da autonomia dos indivíduos, de modo 
que as pessoas também se tornem responsáveis pela sua saúde.
Aliado à valorização das práticas populares, a PNE Popular em Saúde visa a 
valorização da dimensão espiritual, uma vez que esta serve de motivação, 
orientando e dando sentido à vida das pessoas. Nestes aspectos, a dimensão 
espiritual pode estar ligada a valores religiosos ou não, e precisam ser consi-
deradas e valorizadas nas práticas de educação em saúde. Um exemplo de 
atuação das práticas populares no cuidado em saúde é o emprego de chás 
como recurso terapêutico preventivo ou ainda, empregado de modo a mini-
mizar desconfortos causados por algumas doenças. A figura a seguir retrata 
esta prática popular.USO DE CHÁS COMO UMA PRÁTICA POPULAR DE CUIDADO
Fonte: Plataforma Deduca (2021). 
#PraCegoVer
Foto de diferentes plantas e uma xícara transparente com um chá pronto sobre uma mesa 
de madeira. A foto representa as plantas que são empregadas em chás terapêuticos, 
utilizados por muitas comunidades e considerada uma prática popular de cuidado em 
saúde.
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Enquanto a PNE Educação Popular em Saúde atua nessa perspectiva, a Po-
lítica Nacional de Educação Permanente no Sistema Único de Saúde (PNE 
Permanente em Saúde) atua com vistas à formação dos trabalhadores de 
saúde, de modo que estes tenham condições pedagógicas de integrar as 
ações educativas.
Machado e Wanderley (2012) justificam que, para produzir mudanças signi-
ficativas nas ações de educação em saúde, é primordial que o processo de 
trabalho das equipes de saúde esteja condizente com as necessidades, que 
garanta aproximação entre a população e os profissionais de saúde, que pro-
porcione a construção coletiva de conhecimento e com isso, maior autono-
mia e efetividade nas ações. 
Nesse sentido, a PNE Permanente em Saúde pressupõe o desenvolvimento 
de alternativas de transformação do processo de trabalho através da forma-
ção e desenvolvimento destes profissionais, a fim de que se tenha o alcance 
de resultados mais efetivos e eficazes.
Um exemplo de estratégia que pode ser empregada a fim de proporcionar 
a educação permanente em saúde é através da reunião dos diferentes pro-
fissionais de saúde que integram as equipes, a fim de juntos, adquirirem no-
vas informações e produzirem conhecimento, melhorando a formação dos 
profissionais destas equipes e com isso, melhorando a efetividade das ações 
educativas junto à sociedade.
Para ampliar as informações acerca da PNE 
Permanente em Saúde, você pode fazer a leitura a 
seguir.
• Portaria n. 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004, a 
qual institui esta política. Acesso pelo link.
• Portaria n. 1.996/GM/MS, de 20 de agosto de 2007, 
que define as diretrizes de implementação. Acesso 
pelo link.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/13150.html
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt1996_20_08_2007.html
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
REUNIÃO DE ESTUDOS ENTRE PROFISSIONAIS DA EQUIPE
Fonte: Plataforma Deduca (2021). 
#PraCegoVer
Foto de profissionais de saúde de diferentes formações reunidos, visando o aprimoramento 
e a melhoria nos processos de trabalho.
Além disso, esta política é vista como uma ferramenta importante para o tra-
balho das equipes multidisciplinares de saúde de modo a efetivar as ações de 
intersetorialidade, essenciais para a garantia de ações pautadas no conceito 
ampliado e na determinação social de saúde, uma vez que visa reforçar ações 
integralizadas e humanizadas, ampliando a liberdade dos trabalhadores de 
saúde (BRASIL, 2012).
Acerca da intersetorialidade, destaca-se que nas ações de educação perma-
nente em saúde, objetiva-se atuar e melhorar os processos pedagógicos en-
tre os profissionais de saúde e desses com profissionais de outras áreas, in-
cluindo habitação, social, educação, etc.
Segundo a política, (BRASIL, 2018) objetiva-se: 
• discussões de propostas pedagógicas dos processos de formação profissional;
• atribulações entre instituições de ensino e as ações em saúde; 
• reforço da participação de instituições de ensino e escolas técnicas nas ações 
em saúde;
• qualificação das estratégias pedagógicas voltadas para transformação da 
realidade.
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Ao se falar que a educação permanente esta voltada aos profissionais de saú-
de não significa que os indivíduos da comunidade foram excluídos destas 
ações, uma vez que as ações têm como foco final a educação da comunidade, 
mas a partir da capacitação dos profissionais.
Desse modo, pode-se dizer que:
A PNE Permanente em saúde é
considerada uma estratégia de mudança dos perfis dos profissionais 
de saúde, para que estes tenham vistas à criação de ações voltadas 
à coletividade, a promoção da saúde e a melhoria das condições de 
vida da população, onde atuam como atores sociais dentro destas 
mudanças.
Impacto nas ações de educação em saúde
deve-se ressaltar que a PNE Permanente em saúde é considerada 
uma estratégia dentro da educação em saúde, voltada à formação 
profissional e acadêmica dos profissionais, e que impacta diretamente 
nas ações de educação em saúde.
Com base nestes fundamentos pedagógicos, pode-
se dizer que nas ações de educação permanente, se 
excluiu as pessoas das ações, enquanto nas ações 
de educação popular, insere-se o indivíduo nas 
decisões e na produção de conhecimento?
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2.1.2 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DA 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Na prática dos profissionais de saúde, alguns princípios devem ser orienta-
dores das práticas de saúde quando se objetiva uma ação educativa, con-
siderando que ela deve estimular a autonomia das pessoas em relação a 
sua saúde.
Considerando isso, Levy et al. (2019), comentam que as ações educativas são 
estratégias capazes de modificar o comportamento das pessoas, e que podem 
ser trabalhadas de duas formas, pela heteroeducação ou pela autoeducação.
Acerca da heteroeducação, nesta metodologia, influências incidem sobre as 
pessoas independentemente de sua vontade, ou seja, neste caso não há a 
participação ativa, decidida e voluntária das pessoas, mesmo que estes este-
jam inseridos em programas educativos. 
Na prática das ações de educação em saúde, pode-
se citar um exemplo acerca da heteroeducação. 
Imagine uma unidade de saúde que estabelece 
que todas as pessoas com diagnóstico de diabetes 
devem participar dos grupos de apoio da unidade, 
onde em cada encontro, são realizadas orientações 
sobre fatores de risco para doenças e agravos 
relacionados ao diabetes e a entrega da medicação 
de uso contínuo para os pacientes. Nesse caso, a 
entrega da medicação está atrelada a participação 
nas ações educativas. Avaliando esta situação, pode-
se dizer que as ações educativas nesse caso atuam 
através da metodologia de heteroeucação, pois 
não há uma participação intencional, autônoma 
e intencional das pessoas, o que para as ações 
educativas em saúde, não é considerado adequado. 
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Em contrapartida, na autoeducação, ao contrário do que acontece na hete-
roeducação, há a participação ativa e intencional das pessoas, sendo que são 
elas que procuram as informações necessárias para auxiliar nas mudanças de 
comportamento e com isso, melhorar as condições de saúde.
Considerando estes dois modelos pedagógicos, ambos têm validade, no en-
tanto, na área da educação em saúde preza-se pelo uso de metodologias que 
atuem através da autoeducação, uma vez que nesta área, objetiva-se a toma-
da de decisão das pessoas em relação a sua saúde, através de reflexões e de 
maior consciência por parte do indivíduo (LEVY et al., 2019). 
Nessa perspectiva, Santos e Paschoal (2017) reforçam a importância de me-
todologias educativas em saúde levem ao pensamento crítico e à tomada 
de consciência das ações. Por isso, cita que quando se atua de modo a criar 
maior autonomia nas pessoas em relação à saúde, está se trabalhando com 
uma metodologia também chamada de pensamento crítico. Que defende 
que todo ser humano é capaz de refletir, analisar e avaliar criticamente suas 
ações, e a partir disso, é capaz de construir e reconstruir saberes, hábitos e 
comportamentos, os quais podem ser compartilhados com a comunidade.
A figura a seguirexemplifica o método de educação pautado na autoedu-
cação, através do emprego de ações que estimulem as pessoas a partici-
parem das ações educativas em saúde por iniciativa própria, com base na 
sua consciência. 
AÇÕES DE AUTOEDUCAÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2021). 
#PraCegoVer
Foto de pessoas de diferentes faixas etárias, as quais buscam mudanças de hábitos (como 
alimentação adequada e prática de atividade física) em prol de melhores condições de 
saúde e de vida.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Segundo Pelicioli (2018) para que a educação em saúde se efetive, é preciso 
que as pessoas estejam motivadas, a fim de que possam incorporar os conhe-
cimentos adquiridos e transferi-los para o comportamento e hábitos do dia a 
dia. Por isso, destaca-se a importância de as ações terem como metodologia 
a autoeducação.
2.1.3 EIXOS ESTRATÉGICOS DA EDUCAÇÃO 
EM SAÚDE
Alguns eixos estratégicos podem ser apontados de modo a auxiliar na efeti-
vação das ações educativas em saúde. Nesse aspecto, Pinno, Becker e Moura 
(2019) comentam como eixos da educação em saúde os seguintes aspectos:
• educação em saúde como prática social;
• reafirmação da participação da comunidade nas ações;
• atuação intersetorial, por meio de ações comunitárias que contemplem o 
conceito ampliado de saúde.
Em relação à educação em saúde como prática social destaca-se que as ações 
de educação em saúde devem ser organizadas de modo individual e coletivo, 
de modo que atinja as pessoas de maneira individualizada e posteriormente, 
estas se organizem a fim de criar um pensamento crítico sobre os problemas 
e saúde da coletividade, gerando as mudanças esperadas.
Neste aspecto, considerando a importância da participação população, des-
carta-se que dentre outros aspectos, a população pode inclusive participar 
das ações de avaliação, planejamento e deliberação em saúde, através da par-
ticipação nos conselhos de saúde.
Para ampliar as informações acerca da importância 
dos conselhos de saúde para a participação da 
comunidade nas ações de saúde, o documento a 
seguir, elaborado pelo Ministério da Saúde, aborda 
este tema. Acesso pelo link.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/conselhos_saude_responsabilidade_controle_2edicao.pdf
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Deve-se ainda, como tática da educação em saúde, romper a ideia de que 
educação em saúde refere-se à transmissão de informações a comunicação, 
e sim, deve reforçar que a transmissão de informações deve sim instigar a 
produção de conhecimentos, com a ativa participação da comunidade, vi-
sando à transformação de situações que de algum modo interfiram na saú-
de da coletividade.
Além disso, deve-se considerar que, a partir do conceito de que a saúde é 
determinada por diferentes aspectos, que incluem o modo como as pessoas 
trabalham e vivem, há necessidade de que as ações educativas em saúde en-
volvam temáticas intersetoriais, que visem promover a saúde.
Salienta-se que estes eixos estratégicos servem de modo a efetivar as ações 
de educação em saúde, uma vez que reforça as características defendidas 
atualmente para que essas ações realmente tenham efetividade junto à 
comunidade.
Em relação ao eixo estratégico que defende a 
intersetorialidade, ações voltadas à melhoria das 
condições ambientais de uma comunidade são um 
exemplo. O acesso a espaços arborizados, destinados 
à prática de atividade física e lazer, contribuem 
para a melhoria das condições de saúde, uma vez 
que impacta diretamente na qualidade de vida das 
pessoas.
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2.2 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
NOS PROCESSOS EDUCATIVOS
Para que as ações de educação em saúde tenham efetividade e realmente 
impactem em melhores condições de vida e de saúde na comunidade, há a 
necessidade da atuação conjunta dos indivíduos, dos gestores e dos profissio-
nais de saúde.
Nesse sentido, os profissionais de saúde exercem uma ação de educadores 
em saúde, uma vez que se tornam peças-chaves essenciais para a transmis-
são de informações e ao estímulo a produção de conhecimento. Para tanto, 
se faz necessário que utilizem de formas de comunicação efetivas, que garan-
tam a interação entre profissionais e comunidade, e que afirmem os pressu-
postos da educação em saúde.
2.2.1 OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE COMO 
EDUCADORES EM SAÚDE
Nas ações educativas em saúde, diversas profissões, dentre elas: médico, en-
fermeiro, fisioterapeuta, educador físico, terapeuta, assistente social, nutri-
cionista, dentista, farmacêutico, dentre outros profissionais, participam ati-
vamente das ações de educação, a partir de ações voltadas a promoção da 
saúde da sociedade.
Essa atuação multiprofissional se pauta no fato de unir diversas competên-
cias, habilidades e responsabilidades, de modo que juntos, os profissionais de 
saúde possam efetivar as ações educativas em saúde.
O artigo a seguir, ampliará seu estudo visto que 
aborda um relato de experiência sobre o papel dos 
profissionais de saúde nas ações educativas. Acesso 
pelo link.
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1102/997
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Destaca-se que as ações de educação em saúde podem e devem ser realiza-
das pelos profissionais das equipes multiprofissionais durante o processo de 
trabalho, rotineiramente, tanto em abor-
dagens coletivas como individuais. Nesse 
sentido, Pinno, Becker e Moura (2019) refor-
çam que essas ações acontecem não ape-
nas em momento previamente definidos, 
específicos, como palestras, encontros, 
etc., mas sim, acontecem diariamente, 
até mesmo nos atendimentos individuais, 
como em consultas, tratamentos e visitas 
domiciliares, por exemplo. A figura a se-
guir demonstra a atuação do profissional 
de saúde em uma visita domiciliar.
VISITA DOMICILIAR
Fonte: Plataforma Deduca (2021). 
#PraCegoVer
Foto que ilustra uma visita domiciliar a uma paciente, como uma estratégia de educação 
em saúde.
Questões
Mas quando as ações 
em saúde podem ser 
desenvolvidas pelos 
profissionais de saúde?
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Considerando a atuação dos profissionais de saúde nas ações de educação 
em saúde, destaca-se a importância das ações de educação na saúde, ou seja, 
as ações destinadas à formação dos trabalhadores na área da saúde. Estas 
ações são destinadas aos profissionais visando melhorias no ensino e no pro-
cesso de trabalho, de modo que desenvolvam maiores habilidade em realizar 
as ações de educação em saúde.
Além disso, reforça-se a importância da atuação de secretários de saúde, co-
ordenadores e gestores na efetivação das ações de educação em saúde, uma 
vez que os profissionais de saúde dependem diretamente da deliberação 
destes setores para desempenho das ações no território.
Aceitação para troca de saberes e informações
Pinno, Becker e Moura (2019) salientam que além desses aspectos, 
os profissionais de saúde que atuam nas ações de educação em 
saúde devem, necessariamente, estar dispostos a aceitarem a troca 
de saberes e informações entre a população e os profissionais, 
considerando os princípios da educação em saúde.
Importância relevante
Portanto, podemos entender que os profissionais de saúde detêm 
uma importância relevante nas ações de educação em saúde, de 
modo que se tornam peças chave na garantia de melhoria das 
condições de saúde da comunidade.
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2.2.2 O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NOS 
PROCESSOS EDUCATIVOS
A educação em saúde é voltada, dentre outrosaspectos, para a comunidade, 
para que essa tenha autonomia em relação aos cuidados em saúde, tendo 
consciência crítica acerca de suas decisões, a fim de que possam participar 
ativamente das ações de promoção da saúde.
Nesse sentido, destaca-se a importância da comunicação entre a comunida-
de, os gestores e os profissionais de saúde, comunicação essa que deve ser 
eficaz, a ponto de ser suficientemente entendível aos indivíduos. Este proces-
so comunicativo nas ações de educação em saúde é considerado um desafio, 
uma vez que para ter efetividade, as ações de educação em saúde precisam 
não apenas repassar informações, mas primeiramente, precisam atender as 
necessidades de comunicação da sociedade.
Com relação à informação em saúde, Pinno, Becker e Moura (2019) comen-
tam que é assegurado a todo individuo, o acesso à informação e é de res-
ponsabilidade do Estado manter um processo informativo e comunicativo 
aos seus indivíduos, ao mesmo tempo em que é direito dos indivíduos de 
receber informações.
Neste sentido, informação, comunicação e educação passam a ter uma rela-
ção muito estreita, uma vez que as ações de educação em saúde perpassam 
a necessidade de envolvimento de informações e de formas de comunicação 
de modo a garantir que as ações educativas tenham efetividade. Isso por-
que, quando os profissionais de saúde utilizam de comunicação efetiva, tem-
-se um entendimento adequado e eficaz da comunidade acerca dos temas 
abordados, de modo que esta possa produzir conhecimento e maior autono-
mia em relação às ações em saúde.
Informação
é definida como dados que são comunicados, ou fatos que se tornam 
conhecidos acerca de algo ou alguém. Envolve tudo o que pode ser 
ou é apreendido, assimilado ou armazenado pelo indivíduo (PINNO; 
BECKER; MOURA, 2019).
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Comunicação
trata-se de um processo de emissão, transmissão e recepção de 
informações por meio de metodologias, técnicas e tecnologias, 
visando, sobretudo, o entendimento por parte dos envolvidos. Pode 
ser definida também como a habilidade de conversar, trocar ideias e 
discutir (PINNO; BECKER; MOURA, 2019).
Educação
trata-se de um processo de aprendizado em que não há apenas 
mera transmissão de informações, mas é necessário fazer com que 
os envolvidos criem conhecimento em relação à informação obtida, 
considerando a realidade e o contexto que estão inseridos (PINNO; 
BECKER; MOURA, 2019).
Salienta-se que na prática dos profissio-
nais de saúde, há a disponibilidade al-
gumas formas de comunicação que são 
mais eficazes para as ações de educação 
em saúde e, por isso, essas formas devem 
ser enfatizadas.
Na prática, a comunicação precisa estar 
mais aberta entre profissionais de saúde 
e indivíduos, de modo que proporcione 
maior qualidade nos relacionamentos, 
maior vínculo, consequentemente, maior 
adesão das pessoas aos cuidados com a 
saúde. Além disso, Pinno, Becker e Moura (2019) salientam ainda que a comu-
nicação em saúde precisa reconhecer as necessidades e especificidades dos 
diferentes contextos existentes nas comunidades, tendo em vista a diversida-
de da população em um mesmo território.
Questões
Mas que formas seriam 
estas de comunicação mais 
eficazes?
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Em relação aos meios de comunicação utilizados nas ações de educação em 
saúde, destaca-se que podem ser utilizados diferentes meios, incluindo: mí-
dia televisiva, meios escritos, rádio, serviços de saúde, igrejas, entidades, e ain-
da, a utilização da internet e redes sociais para potencializar o acesso às infor-
mações em saúde (PINNO; BECKER; MOURA, 2019). Alguns desses meios de 
comunicar em saúde podem ser notados na figura a seguir.
MEIOS DE COMUNICAR EM SAÚDE 
Fonte: Plataforma Deduca (2021). 
#PraCegoVer
Foto de um grupo de pessoas reunidas e comunicando-se através de diferentes formas, 
incluindo linguagem verbal, uso de livros, cadernos, internet, dentre outras ferramentas 
que visam fomentar as discussões entres os participantes.
Considerando a diversidade dos contextos e das 
pessoas que participam das ações educativas, a 
leitura complementar a seguir trata da realização de 
ações educativas em saúde junto a pessoas idosas, e 
mostra a necessidade que este público-alvo possui 
de participar de ações capazes de modificar hábitos 
de vida e proporcionar saúde. Acesso pelo link. 
https://www.scielo.br/j/ape/a/TXmHSndpMG9vzTXh5SkWGNM/?lang=pt&format=html
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Além disso, considerando as formas de comunicação em saúde, os profis-
sionais de saúde podem fazer uso tanto de meios de comunicação verbais, 
como não verbais, desde que consigam atingir a população e garantir que as 
informações repassadas sejam completamente entendíveis.
Para que as informações em saúde atinjam toda a comunidade, destaca-se 
ainda que as formas de comunicação devem garantir que todos os envolvidos 
no processo educativo tenham amplo e integral acesso aos temas aborda-
dos. Isso significa que, mesmo pessoas com alguma limitação ou deficiência, 
como deficiência visual ou auditiva, por exemplo, têm acesso a informação. 
Por isso, nas práticas de educação em saúde, as formas de comunicação uti-
lizadas devem respeitar estas necessidades, sendo utilizadas diferentes for-
mas, de acordo com as necessidades e limitações das pessoas envolvidas.
Além disso, as informações devem ser entendíveis a população, mesmo que 
não haja deficiências, mas que respeitem também as particularidades e per-
mitem um acesso igualitário as informações.
Considerando a importância do acesso de toda a 
população as informações em saúde, imagine uma 
ação destinada aos idosos de uma comunidade. 
Deve-se considerar nestas ações que se espera que 
idosos, possuam em decorrência do processo de 
envelhecimento natural, menor acuidade visual e 
auditiva. Nestes casos, se a forma de comunicação 
utilizada for uma apostila, de letras pequenas, é 
possível que boa parte da comunidade não tenha 
acesso as informações. Em contrapartida, o uso 
de vídeos didáticos, com ilustrações facilitaria, por 
exemplo, a comunicação nestes casos.
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Considerando ainda a necessidade de ações educativas em saúde efetivas, 
além do papel primordial da comunicação, há outros pressupostos que de-
vem ser atendidos, de modo a permitir esta garantia.
Se tratando da efetividade das ações de educação em saúde, Pinno, Becker e 
Moura (2019) partem do princípio de que alguns aspectos devem ser respeita-
dos a fim de garantir que as ações desenvolvidas pelos profissionais de saúde 
consigam melhorar as condições de vida da sociedade.
Para isso, utilizam-se de alguns pressupostos, que incluem: diálogo, amoro-
sidade, emancipação e ainda, a valorização das experiências. O esquema a 
seguir retrata a interrelação destes pressupostos com as ações de educação 
em saúde.
Pinno, Becker e Moura (2019) sugerem, por exemplo, 
o uso de formas de comunicação específicas 
em ações que envolverem participantes com 
deficiência auditiva. Nesses casos, orienta-se a 
transmissão de informações por meio da Língua 
Brasileira de Sinais (LIBRAS).
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
PRESSUPOSTOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Amorosidade
Diálogo
Educação
em saúde
Emancipação
Valorização de
experiências
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
#PraCegoVer
Esquema que demonstra a atuação dos quatro pressupostos da educação em saúde, 
incluindo: Diálogo, Valorização das experiências, Emancipação e Amorosidade.
Acerca do diálogo, ele é parte essencial dos processos de comunicaçãoem 
saúde, mas, além disso, deve ter como característica o fato de ser respeitoso, 
e de proporcionar uma escuta ativa, onde os profissionais de saúde possam 
“ouvir” as reais necessidades das pessoas envolvidas nas ações de educação 
em saúde.
Em relação à amorosidade, esse predisposto visa que as ações de educação 
em saúde possam ir além dos meros conhecimentos científicos, e sim, que 
possam ser capazes de valorizar os anseios, os sentimentos, a sensibilidade e 
a emoção das pessoas envolvidas. Segundo Pinno, Becker e Moura (2019), este 
pressuposto permite o estabelecimento de um vínculo afetivo, que fortalece 
os laços e relações entre a comunidade e os profissionais de saúde, de modo 
que estes vínculos estabelecidos possam fortalecer as ações desempenhadas 
no território.
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O pressuposto chamado de emancipação, defendido pelos autores, consiste 
em criar nos indivíduos maior autonomia no processo de saúde e doença, de 
modo que sejam responsáveis pelo cuidado em saúde, extrapolando a ideia 
de que a saúde é produzida unicamente pelas ações desempenhadas pelos 
profissionais de saúde.
Para Pinno, Becker e Moura (2019), a valorização da experiência é um dos qua-
tro pressupostos essenciais das ações de educação em saúde, isso porque, ela 
permite maior interação e aprendizado entre o educador (profissional de saú-
de) e o educando (individuo da comunidade). Não obstante, a valorização das 
experiências permite ainda, que sejam analisadas experiências não apenas da 
área da saúde exclusivamente, mas sim, experiências intersetoriais, relaciona-
dos à realidade em que as pessoas estão inseridas.
Além disso, ao se valorizar as experiências de educação em saúde de um terri-
tório, os profissionais de saúde podem construir planos de intervenções mais 
efetivos, mais seguros e direcionados as necessidades da comunidade.
Exemplos de experiências intersetoriais na área 
da saúde podem estar relacionadas a ações 
já desempenhadas por outros setores, e que 
envolvam, por exemplo, condições econômicas 
da comunidade, questões do meio ambiente, da 
educação e de infraestrutura.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou uma explanação sobre as políticas públicas que se 
relacionam com a educação em saúde. Em especial, abordou os princípios e 
a importância da PNE Popular em Saúde e da PNE Permanente em Saúde 
como estratégias para efetivar as ações educativas na área da saúde.
Além disso, enfatizou a importância de se utilizar metodologias que realmen-
te tragam maior autonomia e consciência á população na mudança de com-
portamentos, hábitos e com isso, que impactem positivamente nas condi-
ções de saúde. Destacou-se a utilização de metodologias de autoeducação 
nas ações educativas na área de saúde, com vistas a garantir maior participa-
ção das pessoas e uma participação realmente ativa, nos fatores relacionados 
a sua saúde.
Aliado a estas informações, a unidade abordou ainda a atuação dos profis-
sionais de saúde dentro das ações educativas em saúde, os quais adquirem 
nesse sentido, o papel de atores sociais, atuando como educadores em saúde. 
Para favorecer esta atuação, elencou-se alguns pressupostos e pontuou-se 
especialmente a importância da utilização de uma adequada comunicação 
pelos profissionais de saúde a fim de que realmente consigam estabelecer 
vínculos e ações resolutivas com as pessoas envolvidas nos processos de edu-
cação em saúde.
Por fim, percebe-se que os profissionais de saúde possuem uma ampla atu-
ação como educadores em saúde, sendo que esta atuação tem diretrizes e 
orientações já estabelecidas, principalmente por políticas públicas. Todavia, 
para que esta atuação atenda as necessidades, é primordial que se respeite 
as principais características, metodologias e pressupostos das ações de edu-
cação em saúde, de modo que estes profissionais possam, de maneira efetiva, 
auxiliar a população na melhoria das condições de saúde e de vida.
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UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
> demonstrar 
a atuação do 
enfermeiro nas ações 
de educação em 
saúde.
> esquematizar as 
etapas dos processos 
educativos em saúde.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
3 ESTRUTURAÇÃO DAS AÇÕES DE 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
INTRODUÇÃO
Os enfermeiros são profissionais com atuação ampla, com ações voltadas á 
gestão, à assistência da comunidade e ainda, podendo atuar mediante ações 
educativas. Nesse último caso, os enfermeiros atuam como educadores em 
saúde, com vistas aos fatores que podem interferir na saúde das pessoas, su-
gerindo mudanças nos hábitos de vida e melhorias nas condições em que as 
pessoas estão inseridas.
Todavia, estas mudanças são alcançadas através de ações próprias de cada 
uma das pessoas, de modo que as ações educativas auxiliem as mesmas a te-
rem maior autonomia sobre as decisões relacionadas a sua saúde, enquanto 
os enfermeiros, atuam de modo a potencializar este poder de decisão.
As ações educativas realizadas por enfermeiros, para serem efetivas, deman-
dam de alguns cuidados essenciais, incluindo o uso de comunicação ade-
quada, cuidados na formação de grupos, escolha de ferramentas de apoio 
corretas, dentre outros cuidados.
Além disso, é primordial que estes profissionais saibam como estruturar a ação 
educativa de forma planejada, uma vez que ela é estruturada em fases/etapas 
distintas, sendo que em cada etapa, demanda de estratégias específicas.
Diante deste papel do enfermeiro como educador em saúde, a unidade de 
aprendizagem irá abordar alguns aspectos da introdução deste profissional 
nas ações educativas, e ainda, irá mostrar a você estudante, e futuro profis-
sional enfermeiro, como estruturar ações educativas voltadas ao território 
de atuação.
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3.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS AÇÕES DE 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Sabe-se que o processo de educação em saúde depende da atuação articu-
lada entre gestores, profissionais de saúde e população. Nesse sentido, sa-
lienta-se a importância dos enfermeiros, como um dos profissionais de saúde 
que pode atuar junto aos processos educacionais, auxiliando a população a 
garantir maior responsabilidade da população em relação aos seus hábitos, 
comportamentos e condições de vida.
3.1.1 PAPEL DO ENFERMEIRO COMO 
EDUCADOR EM SAÚDE
O cuidado em saúde é tido como o alicerce dos saberes em enfermagem, 
que visa o atendimento das necessidades humanas, definidas por contextos 
biológicos, psicológicos e sociais (PINNO et al., 2019).
Considerando esta atuação ampla em relação ao cuidado, compreende-se 
que ele é realizado mediante ações, atividades, processos, atendimentos, de-
cisões, dentre outras estratégias, de modo que o profissional de enfermagem 
seja capaz de assistir às pessoas, fornecendo apoio conforme as necessidades 
evidenciadas. 
Nestes casos, o enfermeiro presta apoio e cuidado aos pacientes em diferen-
tes fases da vida e situações de saúde, uma vez que visa uma atenção integral 
do sujeito.
Segundo Haubert (2017), este cuidado que alicerça a atuação da enferma-
gem, ocorre em todo o ciclo evolutivo humano, e contempla ações de cuida-
do voltado à prevenção de doenças, a promoção e recuperação da saúde. A 
figura a seguir exemplifica esta atuação do enfermeiro enquanto profissional 
que visa o cuidado integral do ser humano.
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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO EM SAÚDE 
Ações de
promoção
da saúde
Ações de
prevenção de
doenças
Ações de
recuperação
da saúde
Fonte : Elaborada pela autora (2021); Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
A ilustração demonstra a evolução do homem em todas as etapas da vida, infância, 
adolescência, fase adulta e velhice, e em seu entorno, há três elipses com as áreas de 
atuação do enfermeiro em educação em saúde: Prevenção de doenças, Promoção e 
recuperação da saúde.
Deste modo, as ações desempenhadas pelos enfermeiros não têm enfoque 
apenas na doença, mas sim, contempla os contextos mais abrangentes dos 
indivíduos e do processo de cuidado.
Dentre as inúmeras situações que a enfermagem assume responsabilidade 
no cuidado, está a atuação do enfermeiro como agente educador em saúde. 
Pinno et al. (2019) comentam que o enfermeiro é um profissional da área da 
saúde, detentor de um importante compromisso social, sendo sensível aos 
problemas da comunidade.
O enfermeiro é um profissional capaz de propor intervenções que auxiliem a 
população a se tornarem sujeitos de suas decisões, ao mesmo tempo, em que 
apoiado pela gestão e demais entes intersetoriais, auxilia também na mobili-
zação da comunidade de modo a auxiliar e apoiar as políticas públicas saudá-
veis. Por isso, é tido como um educador em saúde.
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Mas em que momentos as ações educativas podem ser realizadas pelos enfer-
meiros? Nestes casos, as ações educativas podem ser realizadas em diferentes 
momentos, incluindo consultas, trabalhos em grupo, palestras, visitas domici-
liares, na sala de espera, em oficinas, dentre outros momentos e espaços.
A educação em saúde insere-se também contexto 
do processo de trabalho do enfermeiro no ambiente 
hospitalar. Neste caso, as ações educativas não 
devem se limitar as alterações fisiopatológicas, mas 
sim ao paciente em sua totalidade, considerando o 
local em que vive, onde trabalha, as condições de 
renda e os aspectos sociais (PINNO et al., 2019). O 
enfermeiro pode, por exemplo, orientar mudanças 
no ambiente domiciliar deste paciente, como por 
exemplo, utilizar o quarto mais arejado da casa após 
um procedimento cirúrgico, de modo a prevenir 
complicações e garantir uma recuperação mais 
efetiva.
Pinno et al. (2019) citam que estas ações educativas promovidas pelos en-
fermeiros podem ser realizadas em espaços de reunião e discussão de gru-
pos organizados pela comunidade, como nas associações de mulheres, de 
moradores, na igreja, ou até mesmo da casa dos pacientes, mediante visitas 
domiciliares.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
AÇÃO EDUCATIVA ATRAVÉS DE VISITA DOMICILIAR
Fonte : Thirdman, Pexels (2021).
#PraCegoVer
A foto retrata uma enfermeira sentada à mesa da casa de uma paciente mulher em 
tratamento oncológico e a paciente está acompanhada de sua filha. A foto representa a 
atividade educativa realizada em visita domiciliar.
Independente do espaço utilizado para a ação educativa, o enfermeiro atua 
visando criar autonomia das pessoas envolvidas no processo educativo em 
relação à prevenção, à promoção e à reabilitação frente alguma disfunção. 
Segundo Gonçalves e Soares (2010), observa-se que nas ações de educação 
em saúde, quando efetivas, elas são capazes de melhorar a orientação da co-
munidade em relação às questões de saúde e com isso, tem-se menor pre-
valência e agravamento de patologias. Isso porque, as pessoas aprendem a 
evitá-las ou a conviver com elas, evitando que elas causem sequelas ou com-
plicações, o que torna as ações de educação em saúde efetivas do ponto de 
vista do cuidado em saúde.
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Outro espaço em que o enfermeiro pode atuar 
em ações educativas é na escola. Nestes espaços, 
pode-se, por meio da interação dos escolares com 
os educadores em saúde, ajuda-se a construir 
hábitos saudáveis e a minimizar riscos e agravos a 
que os escolares se expõem cotidianamente. Por 
isso, o ambiente escolar é tido como um espaço 
privilegiado para práticas de promoção de saúde 
e de prevenção de agravos à saúde e de doenças 
(MENDES; ROSSONI; SILVA, 2019).
Zarpellon e Skupien (2015) citam que quando as ações educativas realizadas 
pelos enfermeiros propiciam uma reflexão crítica e problematizadora, esti-
mulando a escuta, o diálogo; constroem-se mudanças de hábitos e compor-
tamentos, impactando positivamente nas condições de saúde.
Assim, identifica-se que o enfermeiro tem um papel central na efetivação da 
educação em saúde, atuando como um agente educador. Todavia, para que 
realmente suas ações tenham efetividade e resultem nos objetivos propostos, 
as ações devem considerar e respeitar pressupostos básicos, como o diálogo, 
a escuta qualificada, o pensamento crítico e a produção de conhecimento, 
como estratégia para a mudança das condições de vida da sociedade.
3.1.2 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO 
PROCESSO DE CUIDADO E EDUCAÇÃO EM 
SAÚDE
Para o desempenho de suas funções, especialmente em relação às ações vol-
tadas a educação em saúde, o enfermeiro deve ter algumas competências 
e respeitar algumas atribuições de sua profissão. Isso porque, o enfermeiro 
torna-se neste caso o educador em saúde e por isso, deve ter condutas que 
sejam compatíveis com este processo.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Inicialmente, é primordial que o enfermeiro se reconheça como agente des-
se processo e preste os cuidados de enfermagem de modo compatível com 
as diferentes demandas de saúde do paciente, da família e da comunidade. 
Após este reconhecimento, Haubert (2017) cita algumas atribuições do enfer-
meiro nas ações de cuidado em saúde, incluindo as ações educativas.
• As ações devem ter cunho multiprofissional, quando possível, respeitando 
as diferentes formações profissionais de modo a integrar as ações de 
enfermagem.
• O processo de trabalho deve ser voltado tanto ao âmbito de atuação 
individual como coletivo.
• Desenvolver ações de educação e promoção à saúde, respeitando os grupos 
sociais, as condições de vida, de saúde, de lazer, de trabalho e de renda da 
comunidade.
• Promover ações que visam a garantia de estilos de vida mais saudáveis, de 
modo a atuar como agente de transformação social no ambiente em que atua.
• Ter domínio de novas tecnologias e estratégias pedagógicas tanto de 
informação, como de comunicação, considerando a importância destes 
aspectos nas ações de educação em saúde.
• Saber identificar as demandas individuais e coletivas de saúde das pessoas 
envolvidas nas ações, reconhecendo os fatores sociais determinantes de 
saúde que impactam nas condições de vida e saúde da comunidade.
• Garantir que haja qualidade de cuidado ao paciente, em todos os níveis de 
atuação, mediante ações que se destinem a promoção, prevenção, proteção 
e reabilitação da saúde, garantindo a integralidade do cuidado.
Haubert (2017) comenta que além de participar diretamente nas ações de 
educação em saúde, o enfermeiro deve estar apto a planejar e implementar 
as ações educativas em saúde.
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O enfermeiro pode capacitar os profissionais sob 
sua supervisão (técnicos de enfermagem e agentes 
comunitários de saúde) em relação às atividades 
de educação em saúde, contribuindo de forma 
ampla para a melhoria da saúde da população 
(ZARPELLON; SKUPIEN, 2015).
Deste modo, pode-se identificar que o profissional de enfermagem possui 
um papel relevante nas ações de educação em saúde, mas para que tenham 
resolutividade, devem respeitar as atribuições da profissão.3.1.3 AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E PRÁTICAS 
DE GRUPOS EDUCATIVAS
A formação de grupos educativos são estratégias utilizadas em diversas áreas 
por profissionais, que optam pela estruturação de grupos em diferentes es-
paços e visando atender diferentes demandas. Santos e Paschoal (2017) res-
saltam que a estratégia de estruturação de grupos de educação em saúde 
permite a interação entre os envolvidos, o que é essencial para a construção 
de conhecimento.
Na estruturação dos grupos, os participantes podem ter características distin-
tas, com qualidades que diferem uma pessoa de outra, ao mesmo tempo em 
que estas pessoas se reconhecem em sua singularidade, uma vez que apre-
sentam necessidades ou anseios semelhantes (SANTOS; PASCHOAL, 2017).
Nesta perspectiva, nas atividades grupais, a interação entre os membros pode 
ser complexa, uma vez que as pessoas podem apresentar-se com pontos de 
vista diferentes entre si, o que pode gerar conflitos, que neste caso, devem ser 
mediados pelo educador em saúde, neste caso, o profissional de enferma-
gem. Além disso, deve-se considerar que estes conflitos não são sinônimos de 
violência, e fazem parte da construção de saberes nas ações educativas.
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Considerando isso, nesses grupos, cabe ao enfermeiro determinar que cada 
participante deve ser respeitado enquanto o contexto em que vive, de modo 
a ele pode participar do grupo mediante fala, discussão, estabelecimento de 
ponto de vista ou através de silêncio, de acordo com sua identidade, neces-
sidade, demandas etc. Ou seja, de acordo com as particularidades de cada 
pessoa, ela pode expressar sua participação de diferentes formas.
Solha (2014) também considera que conhecimento é construído a partir da 
troca de experiências entre os participantes do grupo e por isso, é primordial 
que se garanta um espaço para discussão, trocas de informações, aponta-
mentos, etc., e onde o enfermeiro assume um papel de moderador, o qual 
auxilia na organização e na condução do grupo, auxiliando com seu conheci-
mento técnico-científico.
O enfermeiro, mesmo quando utiliza o 
conhecimento técnico-científico nos grupos de 
educação em saúde, continua assumindo a função 
de facilitador, não sendo o foco central das ações 
em nenhum momento (SOLHA, 2014).
Deve-se destacar, que na estruturação dos grupos, eles podem ser consti-
tuídos como grupos abertos ou fechados, dependo de algumas caracterís-
ticas. O quadro a seguir demostra as particularidades destes dois tipos de 
grupos educativos.
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ESTRUTURAÇÃO DOS GRUPOS EDUCATIVOS
Grupo fechado Grupo aberto
• Os encontros são restritos aos 
participantes que iniciaram a participação 
no primeiro encontro;
• As pessoas podem “entrar e sair” quando 
quiserem;
• Após início das atividades, não são mais 
aceitos novos membros.
• O grupo pode receber novos integrantes a 
cada encontro, não havendo uma regra em 
relação ao número mínimo de encontros 
que cada pessoa deve frequentar.
Fonte: Adaptado de Solha (2014, p. 126).
#PraCegoVer
No quadro há a descrição de algumas características de grupos de educação em saúde 
fechados e de grupos abertos, com apontamentos sobre as diferenças entre eles.
Além dos grupos fechados e abertos, Santos e Paschoal (2017) citam a estru-
turação de chamados de “grupos de sala de espera”. Nestes grupos, as ca-
racterísticas são semelhantes e se aproximam dos grupos abertos. São rea-
lizados em salas de espera de clínicas, consultórios, hospitais, dentre outros 
locais, cujo objetivo é realizar alguma ação educativa no momento de espera 
do paciente, ou seja, utiliza-se um tempo ocioso do paciente para abordar-se 
assuntos importantes e educar os mesmo em relação a sua saúde.
Acerca do projeto dos grupos educativos, as ações devem ser desempenha-
das em vários encontros, e conforme enfatiza Solha (2014), em cada encontro 
os assuntos discutidos devem ser diferentes, mesmo que voltados ao mesmo 
objetivo, de modo a garantir que não haja monotonia nos encontros, o que 
poderia resultar em baixa adesão dos participantes.
Além disso, enfatiza-se que a estruturação dos encontros é parecida, por mais 
que sejam apresentados temas diferentes, havendo algumas diferenças no 
primeiro e no último encontro do grupo educativo.
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Primeiro encontro do grupo
deve-se acordar as regras de convivência do grupo, definindo-se o que 
pode ou não ser feito. Como exemplo, citam-se regras relacionadas aos 
critérios para participar do grupo, ao sigilo das informações, ao respeito 
entre os participantes, ao respeito á pontualidade, etc. (SOLHA, 2014).
Encontros intermediários do grupo
o profissional deve-se iniciar o encontro do grupo educativo 
relembrando o que foi discutido no encontro anterior e, a partir disso, 
dar introdução ao tema a ser trabalhado no encontro atual, trazendo 
sempre uma conexão entre os encontros, de modo que os integrantes 
compreendam a importância dos temas (SOLHA, 2014).
Último encontro do grupo
os participantes devem apresentar as reflexões sobre os encontros, 
sobre o que aprenderam e como estão colocando em prática no dia a 
dia o conhecimento produzido no grupo educativo (SOLHA, 2014).
Em relação à regularidade, o número de encontros e a periodicidade dos gru-
pos educativos, é definida previamente pelo profissional, todavia, os partici-
pantes devem auxiliar nesta decisão, contribuindo, e sugerindo modificações, 
quando necessário, na estruturação inicial dos grupos.
Acerca das técnicas a serem utilizadas em cada encontro, o profissional pode 
fazer uso de oficinas, rodas de conversa, discussões, debates, dentre outras 
técnicas de modo a produzir conhecimento. A escolha destas técnicas deve 
ser pautada nos objetivos da ação educativa, do local onde será realizada, do 
perfil dos participantes e ainda, das habilidades do agente educador.
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RODAS DE CONVERSA
Fonte : RODNAE Productions, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Na foto uma enfermeira e cinco profissionais da segurança pública sentados em um círculo, 
para ação educativa em roda de conversa.
Santos e Pascoal (2017) destacam ainda a importância na infraestrutura 
durante a organização de grupos de educação em saúde. Nestes casos, é 
essencial que além de garantir um espaço físico para os encontros, sejam 
ainda garantidas condições de boa iluminação, ventilação, conforto e priva-
cidade dos envolvidos. Além do mais, deve-se definir se haverá presença de 
outros profissionais de saúde, dependendo da ação educativa a ser aborda-
da, e nestas situações, deve-se estabelecer como a inserção destes outros 
profissionais será feita.
Nos grupos educativos, não há consenso quanto 
ao número mínimo ou máximo de participantes, 
nem sobre o tempo de duração de cada encontro e 
nem do tempo de formação do grupo. Isso porque, 
estes parâmetros são variáveis, de acordo com 
o tipo de grupo (aberto ou fechado), objetivos a 
serem alcançados, e as técnicas utilizadas (SANTOS; 
PASCHOAL, 2017).
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Deve-se salientar que a construção do conhecimento nas atividades grupais 
é coletiva. A partir da apresentação de informações pelo profissional, é o gru-
po como um todos que construirá́ um novo conhecimento, neste caso, crian-
do conhecimento sobre como lidar com sua saúde, a partir das informações 
trocadas entre os participantes no decorrer dos encontros.
Embora as atividades grupais de educação em saúde tenham sido apontadas 
como estratégias muito bem-vindas na prática dos enfermeiros, elasdeman-
dam de habilidades por parte dos profissionais que lidam com estes grupos, 
em especial, de habilidades de comunicação, de modo que realmente possa 
atuar como um facilitador nestes espaços, direcionando adequadamente os 
envolvidos (SOLHA, 2014).
Ainda sobre a comunicação, como elemento importante nas ações educati-
vas na estruturação dos grupos, o enfermeiro deve atentar-se para que a es-
trutura física e o número de participantes não comprometam a comunicação 
visual e/ou auditiva dos pacientes, garantindo que todos tenham condições 
se participar do processo de aprendizagem.
GRUPO EDUCATIVO
Fonte : Matheus Bertelli, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Na foto várias pessoas sentadas em uma sala assistindo uma palestra, aproximadamente 25 
pessoas, incluindo homens e mulheres, algumas destas pessoas estão distraídas.
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Isso é evidenciado na prática, quando grupos numerosos acabam tornando-
-se pequenos no decorrer dos encontros, com desistências e falta de enga-
jamento dos participantes. Nestes casos, o profissional deve primeiramente 
realizar avaliações do processo de trabalho nestes grupos, evidenciando pos-
síveis falhas que possam estar contribuindo para a desistência de participan-
tes, embora Solha (2014) comente que mesmo com grupos pequenos, pode-
-se realizar um ótimo trabalho educativo.
3.2 PLANEJAMENTOS DAS AÇÕES EDUCATIVAS
Souza (2017) reforça que na atuação do enfermeiro em saúde, o planejamento 
deve ser realizado como uma das atividades primordiais, pois, é a partir dele, 
que efetivamente, pode-se estruturar e otimizar a atuação profissional em 
prol de melhores condições de saúde da comunidade.
O planejamento na área da saúde é uma constante. É realizado em diversos 
segmentos deste setor, incluindo o planejamento desde rotinas dos estabe-
lecimentos de saúde, o planejamento para a construção de políticas públicas. 
Além disso, o planejamento das ações de educação em saúde. Para que este 
planejamento seja estruturado de maneira adequada, deve-se respeitar al-
guns pontos básicos, incluindo o respeito às demandas da comunidade e a 
atuação interdisciplinar.
Em relação ao respeito às demandas da comunidade, Santos e Pachoal (2017) 
sugerem que o planejamento em saúde, incluindo o planejamento das ações 
educativas, seja feito com base na realidade local, através do foco no indiví-
duo, na família, na comunidade e no contexto em que estas pessoas se inse-
rem. Por isso, o enfermeiro, antes de dar início a qualquer abordagem educa-
tiva junto à comunidade de um determinado território, deve ter a habilidade 
de perceber as particularidades do território em que está inserida sua prática 
diária de trabalho.
Neste sentido, Souza (2017) comenta que o reconhecimento do território e 
das especificidades da comunidade pelo enfermeiro acontece a partir do mo-
mento em que ele é capaz de ouvir os indivíduos da comunidade, acolher as 
queixas e demanda dos pacientes e a partir disso, caracterizar aquele territó-
rio. Ao reconhecer o território, o enfermeiro, além de definir as demandas de 
saúde da comunidade, é capaz de elucidar os fatores determinantes destas 
condições e ainda, elencar possíveis soluções, com base em seu conhecimen-
to técnico-científico.
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O enfermeiro é capaz de identificar condições 
que influenciam em um território, através de 
sua prática diária de trabalho, podendo, por 
exemplo, identificar um território onde as questões 
econômicas impactam negativamente (altas 
taxas de desemprego) ou questões ambientais 
relacionadas à falta de água tratada, ao serviço de 
esgoto, dentre inúmeros outros condicionantes de 
saúde.
Mesmo o enfermeiro sendo o profissional de saúde que comumente está à 
frente das ações educativas, é importante que as ações de planejamento pos-
sam envolver não apenas o enfermeiro, mas demais membros das equipes de 
saúde, como: médico, auxiliar ou técnico de enfermagem, agentes comunitá-
rios de saúde, dentre outros profissionais (SANTOS; PASCHOAL, 2017).
Este planejamento em equipe reforça a importância da abordagem inter-
disciplinar, onde toda a equipe é capaz de discutir e produzir conhecimen-
to em prol da estruturação das ações educativas, permitindo uma atuação 
mais efetiva. Souza (2017) também aponta a interdisciplinaridade como um 
dos eixos centrais do planejamento das ações educativas, uma vez que a 
participação de cada profissional é fundamental para a construção de um 
planejamento adequado.
Além de reconhecer as demandas da comunidade e garantir uma atuação 
pautada na interdisciplinaridade, alguns outros aspectos são primordiais no 
planejamento das ações de educação em saúde, como as temáticas a serem 
desenvolvidas nas ações educativas, entendimento das fases de estruturação 
das ações e reconhecimento da intersetorialidade. O esquema a seguir ilustra 
estes eixos a serem respeitados no planejamento das ações educativas.
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EIXOS DO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES EDUCATIVAS 
Planejamento das 
ações educativas
IntersetorialidadeEtapas doplanejamento
Reconhecimento
do território
Temáticas
abordadas
Interdisciplinaridade
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
#PraCegoVer
Esquema que indica alguns eixos que estruturam as ações de educação em saúde, 
incluindo a interdisciplinaridade, a intersetorialidade, o reconhecimento do território, as 
etapas do planejamento e as temáticas abordadas.
Os aspectos relacionados às etapas do planejamento, aos temas desenvolvi-
dos nas ações de educação em saúde, e a abordagem intersetorial são deta-
lhadas a seguir.
3.2.1 TEMÁTICAS ENVOLVIDAS NO 
PROCESSO EDUCATIVO
As ações de educação em saúde podem abordar uma gama de temas dis-
tintos. A escolha do tema a ser trabalhado depende de uma série de fatores, 
e que deve ser feita baseando-se no reconhecimento do território e nos pro-
blemas apresentados. Deste modo, a temática das ações pode ser definida 
regionalmente, de acordo com as demandas da comunidade, de modo, por 
exemplo, que as temáticas abordadas em uma região do país sejam distintas 
das temáticas desenvolvidas em outras regiões, considerando a diversidade 
encontrada no território nacional.
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Na estruturação das ações de educação, além da escolha do tema, a organi-
zação deste também deve ser pensada e planejada. Segundo Souza (2017), 
após definir a temática da atividade educativa, o enfermeiro deve conseguir 
fragmentar este tema de maneira didática.
Isso significa organizar subtemas para cada encontro, de modo que cada en-
contro tenha a oportunidade de discussão de subtemas específicos, mas sem 
fugir da temática principal da ação educativa. Na figura a seguir, é exemplifi-
cado como pode-se fazer uma fragmentação dos temas a serem abordados 
nas ações educativas.
FRAGMENTAÇÃO DAS TEMÁTICAS 
Sexualidade
na adolescência
Modificações do
corpo: aspectos
físicos
Gravidez na
adolescência
Transmissão de 
doenças e infecções 
sexualmente 
transmissíveis
Métodos
anticoncepcionais
Modificações do
corpo: aspectos
emocionais
Fonte: Souza (2017, p. 31).
#PraCegoVer
Na figura temos um exemplo de fragmentação de temática, em que o tema principal é a 
sexualidade na adolescência. Neste caso, em cada encontro trabalha-se um dos subtemas, 
que incluem: gravidez na adolescência, métodos anticoncepcionais, modificações do 
corpo a nível físico e emocional e ainda, as doenças sexualmente transmissíveis.
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Além desta fragmentação dos temas, é importante que nas ações educa-tivas sejam respeitadas as diferentes fases da vida dos envolvidos na ação, 
considerando o ciclo de vida. Considerando isso, Souza (2017) sugere algu-
mas estratégias a serem utilizadas pelos enfermeiros, de modo a respeitar 
as particularidades de cada fase de desenvolvimento. O quadro a seguir 
pontua estas estratégias.
ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM BASE NA FASE 
DE DESENVOLVIMENTO
Fase de 
desenvolvimento
Estratégias
Primeira infância
Orientação aos pais, educação de pacientes, não direcionada à doença, o 
espaço ideal educativo é o ambiente familiar, com abordagem calorosa, 
honesta, calma, receptiva e realista.
Segunda infância
Cuidado com a escolha das palavras para descrever procedimentos, 
orientação coletiva dos pais, cuidado na escolha de estratégias, 
atividades educativas com tempo reduzido, experiências alheias são 
desinteressantes e é inútil utilizar exemplo de outras crianças.
Terceira infância
O educador deve planejar a ação educativa contando com a existência 
de questionamentos, a participação nessa fase costuma ser intensa, 
há malícia na construção de atividades que envolvem o corpo, deve-se 
elogiar o aprendizado.
Adolescente
O enfermeiro deverá deixar a população se expressar, deve-se 
assegurar sigilo das informações, fazer uso de discussões, abertura a 
questionamentos grupais e individuais, esperar respostas negativas e 
evitar agir com autoridade junto a estes grupos.
Adulto jovem
Concentrar-se no problema, avançar sobre experiências significativas, 
focar a aplicação imediata, permitir autodirecionamento e 
estabelecimento de ritmo próprio.
Meia-idade
O adulto é autodirigido e independente na busca de informações. 
Deve-se investigar experiências de aprendizagem passadas, positivas e 
negativas, investigar fontes potenciais de tensão e fornecer informação 
que coincida com as preocupações e os problemas da vida.
Terceira idade
Usar exemplos concretos, construir sobre experiências vividas, apresentar 
um conceito de cada vez, ritmo mais lento, abordagem com repetição e 
reforço, explicações breves e uso de analogias.
Fonte: Adaptado de Souza (2017, p. 29).
#PraCegoVer
O quadro traz as diferentes fases de desenvolvimento humano e as estratégias que podem ser 
utilizadas pelos enfermeiros nas ações educativas, a fim de garantir maior adesão às ações.
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Além da escolha do tema, da fragmentação do mesmo e dos cuidados em 
relação à fase da vida dos envolvidos na ação educativa, o enfermeiro ainda 
precisa optar pelos recursos didáticos e pedagógicos apropriados. Segundo 
Souza (2017), esses recursos servem como instrumentos para a aplicação de 
uma ação educativa, e a escolha, depende do perfil da população-alvo e ain-
da, da adequação desses recursos às demandas da população e a temática a 
ser abordada.
3.2.2 ETAPAS DAS AÇÕES EDUCATIVAS
De modo a organizar o processo educativo em saúde, e deste modo, garantir 
resultados mais efetivos, Pinno et al. (2019) sugerem que as ações educativas 
sejam planejadas pelas equipes de modo prévio, quando possível. Para isso, 
sugerem que as ações educativas sejam estruturadas em 10 etapas.
ETAPAS DAS AÇÕES EDUCATIVAS 
1. Definição do 
problema
2. Priorização dos
problemas
3. Descrição do
problema
4. Explicação do
problema
5. Estabelecimento
dos “nós críticos”
6. Desenhos das
operações
7. Identificação
dos recursos
críticos
8. Análise e
viabilidade do
plano
9. Elaboração do
plano operativo
10. Gestão do
plano
Fonte: Adaptado de Pinno et al. (2019, p. 115-116).
#PraCegoVer: Na ilustração são apresentadas as dez etapas das ações educativas: 1. Definição do 
problema; 2. Priorização dos problemas; 3. Descrição do problema; 4. Explicação do problema; 
5. Estabelecimento dos “nós críticos”; 6. Desenhos das operações; 7. Identificação dos recursos 
críticos; 8. Análise e viabilidade do plano; 9. Elaboração do plano operativo e 10. Gestão do plano.
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Na definição dos problemas, a equipe é responsável por realizar um diag-
nóstico situacional, ou seja, levantar informações que possam contribuir 
para a definição do problema ou dos problemas mais relevantes na comuni-
dade. Neste sentido, os profissionais podem utilizar-se de entrevistas com a 
comunidade, análise de prontuários, atas, dados epidemiológicos, observa-
ção direta, conversa com as pessoas do território, dentre outras estratégias 
que permitam que os profissionais de saúde estejam cientes das demandas 
da população.
A segunda etapa consiste na priorização dos problemas, ou seja, estabele-
cer uma ordem de prioridade para os problemas levantados na comunidade, 
considerando a importância, a urgência, e a capacidade em que a equipe de 
saúde, incluindo o enfermeiro, possui de intervir positivamente.
PROBLEMA RELACIONADO AO USO DE DROGAS
Fonte: Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
 A foto mostra algumas drogas sobre uma mesa e uma nota de dinheiro. Têm-se drogas 
ilícitas (maconha e cocaína) e drogas lícitas (cigarro).
Ordem de prioridade
Na prática, ao definir os problemas da comunidade, é comum o 
surgimento de múltiplos problemas, os quais devem ser colocados em 
ordem de prioridade (SOUZA, 2017).
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Como exemplos de problemas que impactam direta ou 
indiretamente na saúde
alta incidência de casos de gripe A (H1N1) neste ano, o aumento do 
número de casos de dengue, baixa adesão de homens as ações de 
saúde, falta de medicamentos na farmácia local (SOUZA, 2017).
Neste caso, após o estabelecimento dos problemas, pode-se organizá-los em 
uma planilha e qualificá-los como problema de alta prioridade, baixa ou mé-
dia, de acordo com a comparação entre as demandas encontradas, dando 
prioridade a um deles.
Após o estabelecimento das prioridades, a equipe deve fazer a descrição do 
problema, considerando toda a realidade do território, o quanto este proble-
ma interfere nas condições de saúde. Após isso, deve-se proceder com a ex-
plicação do problema, ou seja, de que modo e como este problema elencado 
pode interferir na qualidade de vida da comunidade.
Considerando que as ações de educação em saúde 
são pautadas no reconhecimento dos problemas, no 
estabelecimento de prioridades e no entendimento 
de como estes afetam a saúde da população. Santos 
e Paschoal (2017) citam que as ações educativas 
em saúde devem tem como base uma educação 
problematizadora, onde se faz o direcionamento 
do pensamento crítico e contextualizado para a 
realidade das pessoas do território.
Aliado a explicação do problema, o planejamento da atividade educativa 
deve estabelecer os “nós críticos” do problema, ou seja, a definição de al-
guns pontos envolvidos com o problema e que estão além das responsabi-
lidades e atribuições dos enfermeiros e das equipes de saúde, de modo que 
demandem de ações de outros entes, como por exemplo, outros setores da 
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sociedade. Estes nós críticos devem ser ilustrados através de desenhos das 
operações, onde são utilizadas tabelas, planilhas ou outros recursos a fim 
de ilustrar o nó crítico, a intervenção sobre ele, os recursos necessários e os 
resultados esperados.
Com base no desenho das operações, os profissionais que estão planejando 
a atividade educativa podem identificar os recursos críticos, ou seja, pontos 
que podem se tornar desafios ao longo da ação educativa, podendo ser baixa 
oferta de recursos humanos, financeiros, falta de apoio da gestão, dentre ou-
tros possíveis desafios.
Durante este processo, a próxima etapa apontada por Pinno et al. (2019) é a 
análise e viabilidade do plano, onde são estabelecidos fatoresque são neces-
sários a viabilidade da ação educativa e ainda, a relação entre eles. Com base 
nisso, segue-se a elaboração do plano operativo, que consiste na definição 
de prazos, responsáveis, e estratégias a serem desenvolvidas.
A partir destas etapas, a ação educativa precisa ser monitorada, através de 
uma etapa denominada de gestão do plano, que consiste em um acompa-
nhamento das ações a longo prazo.
Nesta etapa, o enfermeiro, juntamente com os demais profissionais de saú-
de, pode acompanhar as operações que são realizadas no território com 
vistas a manter a qualidade e a resolutividade das ações. A seguir, você 
verifica um exemplo de planejamento da ação educativa, seguindo estas 
etapas apresentadas.
Definição dos problemas
alta prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS), obesidade, 
sedentarismo e diabetes melitus.
Priorização dos problemas
dentre os problemas, a equipe considerou após a análise, que a alta 
prevalência de obesidade na comunidade é o problema atual.
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Descrição do problema
cerca de 1/3 da população adulta do território encontra-se com 
sobrepeso, e a grande maioria destas pessoas, conforme análise, não 
realiza atividade física.
Explicação do problema
a obesidade é um fator de risco para diversas doenças, incluindo 
a HAS e o diabetes melitus. Dentre os fatores envolvidos com o 
desencadeamento da obesidade, destacam-se os hábitos alimentares 
inadequados e a inatividade física.
Seleção de nós críticos
a comunidade em questão não possui nenhum espaço destinado 
à atividade física, como áreas verdes, ciclovias, ou outros locais que 
estimulem a adoção de hábitos saudáveis. Neste caso, este problema 
de infraestrutura está além das atribuições do setor da saúde, 
demandando de ação de outras áreas.
Desenho das operações
projeto de adequação de uma área da comunidade por parte do setor 
de infraestrutura. Esta área seria utilizada como parque para realização 
de atividade física. Espera-se neste caso que as pessoas utilizem deste 
espaço para reduzir os níveis de sedentarismo. 
Identificação dos recursos críticos
demanda de apoio intersetorial, de recursos humanos e financeiros.
Análise e viabilidade do plano
definição dos valores a serem investidos na ação, da fonte proveniente 
(saúde, educação, meio ambiente, etc.).
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Elaboração do plano operativo
definição de quando se dará início à estruturação do parque, quem é 
o responsável, qual a previsão de início da utilização deste espaço pela 
comunidade, quem acompanhará a população nas atividades a serem 
desenvolvidas no espaço, etc.
Acompanhamento das operações
o enfermeiro da unidade de saúde do território acompanha as ações 
através de um roteiro de ações a serem realizadas junto às pessoas 
que utilizam o espaço do parque para realização das atividades 
físicas. Permitindo que elas sejam acompanhadas, orientadas e que 
realmente compreendam a importância da atividade física na redução 
da obesidade e consequentemente, de outras doenças crônicas.
Percebe-se que este método de planejamento proposto por Pinno et al. (2019) 
para as ações educativas em saúde, envolvem a população, uma vez que esta 
participa da definição dos problemas e demandas da comunidade.
Além disso, destaca-se que neste planejamento, as etapas podem demandar 
da ação de outros setores, incluindo autoridades municipais, organizações 
governamentais e não governamentais, dentre outros entes, especialmente 
quando houver necessidade de recursos para o enfrentamento dos problemas.
3.2.3 PAPEL DAS AÇÕES INTERSETORIAIS
Na prática dos profissionais de saúde, incluindo os enfermeiros, evidencia-se 
que há muitos limites às ações educativas em saúde, sendo que em muitos 
momentos, há certa incapacidade deste setor em resolver todas as questões 
relacionadas à saúde e o impacto sobre ela.
Isso porque, as questões sociais, econômicas, organizacionais, ambientais, 
educacionais e de acessibilidade aos serviços de saúde interferem diretamen-
te nas condições de saúde da sociedade. Deste modo, pode-se dizer que para 
serem efetivas, as ações educativas em saúde devem contemplar, de forma 
associada, ações intersetoriais que buscam, sobretudo, a integralidade do cui-
dado com as pessoas e com isso, a melhores condições de vida e de saúde.
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Conforme pontuam Santos e Paschoal (2017), deve-se compreender que as 
ações educativas em saúde, quando voltadas apenas a este setor não podem 
resolver todos os problemas da comunidade, mesmo auxiliando e impactan-
do positivamente em muitos aspectos.
Nestes casos, estes autores afirmam que para serem efetivas, as ações de 
educação em saúde devem ser associadas a outras medidas, considerando a 
complexidade dos determinantes sociais de saúde, e os impactos destes so-
bre a vida da sociedade. O esquema a seguir retrata alguns destes setores em 
que a saúde pode atuar de maneira conjunta, através das ações intersetoriais.
SETORES A SEREM TRABALHADOS NAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Fonte : Elaborado pela autora (2021).
#PraCegoVer
A ilustração traz alguns dos setores nos quais a saúde pode atuar de maneira conjunta, 
através de ações educativas voltadas a estes contextos, respeitando deste modo a 
determinação social da saúde. São eles: Trabalho, Lazer, Meio ambiente, Educação, Serviço 
Social, Habitação, Economia e Cultura.
Neste caso, percebe-se a importância da intersetorialidade, de modo que o 
setor da saúde possa estar atrelado e trabalhar de forma conjunta a setores 
de meio ambiente, de infraestrutura, de economia, dentre outros setores, res-
peitando que as necessidades das comunidades.
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• Para conhecer mais sobre as ações educativas 
de enfermagem na promoção do aleitamento 
materno, acesse este link.
• Caso queira se aprofundar sobre atividades 
educativas realizada por enfermeiro junto a 
pacientes com hipertensão arterial sistêmica, leia o 
artigo a seguir. Acesso pelo link. 
• Quer saber mais sobre atividades de educação 
em saúde para adolescentes no ambiente escolar? 
Acesse o link. 
• Para conhecer algumas ações educativas voltadas 
a gestantes, acesse este link. 
• Você quer saber como é possível ampliar 
a visibilidade dos profissionais de saúde da 
atenção primária, especialmente enfermeiros, 
para promover educação em saúde que visem a 
prevenção do câncer do colo do útero? Acesse o 
link e leia o artigo.
http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RFEU/article/view/2732
https://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/507/729
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/230656/28706
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/23138/25500
https://revistas.ufpi.br/index.php/nupcis/article/view/6708
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
CONCLUSÃO
A enfermagem é uma ciência que veio se reestruturando nos últimos anos, 
de modo a atender a dinâmica social, as demandas em saúde e as priorida-
des da população, que se modificam no decorrer da história e dos contextos 
sociais envolvidos.
Por isso, além de atuar na assistência aos pacientes, a enfermagem tem atua-
ção na educação em saúde, objetivando a criação de sujeitos autônomos em 
relação aos hábitos de vida, através da implementação de ações educativas.
Neste sentido, a as ações educativas estão inseridas na prática dos profissio-
nais enfermeiros, fazendo parte dos processos de trabalho, tanto em ações de 
prevenção, como de promoção ou de recuperação da saúde das pessoas.
Considerandoesta atuação da enfermagem junto à comunidade, destacou-
-se a importância do planejamento das ações educativas, onde foram abor-
dados os principais pontos a serem respeitados, incluindo o reconhecimento 
das etapas da ação educativa, a definição da temática a ser trabalhada e ain-
da, o papel das ações intersetoriais nas ações de educação em saúde.
Neste caso, as ações intersetoriais pautam-se no princípio de que as ativida-
des educativas com vistas a melhorar as condições de saúde e de vida da po-
pulação devem ser associadas a outros setores, considerando todos os deter-
minantes sociais envolvidos na saúde. Incluem-se neste caso, ações voltadas 
aos setores de economia, trabalho, social, e meio ambiente, por exemplo.
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UNIDADE 4
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
> entender a relação 
entre ambiente e 
saúde;
> reconhecer o papel 
do desenvolvimento 
sustentável na saúde 
da comunidade.
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4 EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO 
AMBIENTE
INTRODUÇÃO
Esta unidade traz uma abordagem acerca da relação entre o ser humano e o 
ambiente, retratando como as condições do meio ambiente impactam na vida 
das pessoas e consequentemente, na produção de saúde e adoecimento.
Nesse sentido, reforça-se a importância de criar ambientes saudáveis, com 
o mínimo de impactos ambientais, permitindo que a sociedade tenha aces-
so à água, solo e ar livres de contaminação, garantindo um desenvolvimento 
sustentável e melhores condições de vida. Estas premissas corroboram como 
estabelecido pelo conceito de promoção de saúde, que considera saúde um 
conceito ampliado e resultante da ação de diferentes fatores, incluindo os fa-
tores de natureza ambiental.
Por isso, durante o texto, você irá reconhecer os principais problemas ambien-
tais e os impactos destes sobre a saúde humana, e ao final, terá acesso a algu-
mas sugestões que preconizam o desenvolvimento sustentável de modo a evi-
tar ou reduzir os impactos dos problemas ambientais sobre a saúde humana.
Desse modo, ao apresentar esses temas, temos a intenção de mostrar a você 
estudante e futuro profissional da área da saúde, que estas estratégias podem 
ser estabelecidas através de ações educativas voltadas às questões do meio 
ambiente, de modo a criar melhores condições de vida para a sociedade.
4.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO MEIO DE 
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Dentre as abordagens de promoção de saúde, há a necessidade de ações 
voltadas a educação ambiental, as quais devem considerar a relação entre 
o ser humano e o meio ambiente e devem se pautar no desenvolvimento 
sustentável.
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4.1.1 RELAÇÃO ENTRE HUMANO E AMBIENTE
Você sabia que muitos problemas de saúde estão diretamente ligados a 
problemas ambientais? Miranda (2017) define meio ambiente como todo 
espaço que cerca uma sociedade, envolvendo casa, ruas, ambiente de tra-
balho, locais de lazer, ou seja, define que tudo o que cerca o ser humano faz 
parte do meio ambiente.
LOCAIS DE LAZER
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
Foto de crianças correndo em um parque com grama, aproveitando momentos de lazer.
Sabe-se que o ambiente está relacionado à saúde humana. Segundo Dias, Le-
mes e Oliveira (2018), a relação entre ser humano e ambiente é indissociável, 
e está intimamente ligada aos desenvolvimentos das sociedades, sendo que, 
estes fatores relacionados ao ambiente, impactam diretamente na saúde das 
comunidades, assim como os fatores econômicos.
Além disso, fatores relacionados à organização social e política também in-
fluenciam, de maneira indireta, nas condições de saúde das comunidades. 
Com base nisso, pode-se dizer que muitos problemas de saúde vivenciados 
são causados pelo meio em que a sociedade vive. Essa relação entre ambien-
te e ser humano já existia na antiguidade e é aceita até os dias atuais.
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Antiguidade
o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais 
estavam associadas ao surgimento das doenças infecciosas, 
considerando que favoreceu o contato come espécies que poderiam 
ser portadoras de agentes nocivos (DIAS; LEMES; OLIVEIRA, 2018).
Revolução industrial
transformou o modo de consumo de recursos naturais e a relação do 
homem com o ambiente. Isso porque, criou inovações tecnológicas 
que mudaram as paisagens urbanas e rurais, além de alterar hábitos 
e costumes de vida, fazendo surgir novas doenças (DIAS; LEMES; 
OLIVEIRA, 2018).
Nessa relação entre ser humano e ambiente, algumas situações podem pre-
dispor o surgimento de doenças. As transformações ambientais são as que 
mais favorecem o surgimento de novas doenças, uma vez que a desestrutura-
ção do ecossistema aproxima o ser humano de agentes patógenos até então 
desconhecidos (DIAS; LEMES; OLIVEIRA, 2018).
Parte destas transformações ambientais ocorre de forma natural, como nos 
casos de catástrofes naturais, a exemplo de tempestades, enxurradas e incên-
dios (causados por descargas elétricas, por exemplo) (MIRANDA, 2018).
Além das causas naturais, outras situações podem levar ao surgimento de 
mudanças ambientais. Dentre as mudanças ambientais que favoreceram o 
surgimento de doenças, destacam-se a urbanização intensa e desorganiza-
da, os fluxos migratórios (grandes guerras), crises políticas e humanitárias, e 
ainda, a incorporação de forma desordenada de tecnologias, sem que um 
desenvolvimento social, econômico e educacional correspondente (DIAS; LE-
MES; OLIVEIRA, 2018).
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URBANIZAÇÃO INTENSA
Fonte : Hakan Nural, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Foto de um centro urbano com um número elevado de moradias.
A reestruturação das economias a nível global, aumento das produções, en-
riquecimento de países, distribuição desigual de renda e o maior consumo 
de bens naturais acabaram por gerar processos que resultaram em impac-
tos sociais, relacionados à distribuição desigual de renda e, sobretudo, im-
pactos ambientais.
Dias, Lemes e Oliveira (2018) justificam que estas condições requerem um 
consumo desenfreado por matérias primas e energia, as quais são retiradas 
da natureza e geram resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos), que por sua vez, 
podem contaminar o ambiente, incluindo solo, água e ar.
Estas condições causam algum tipo de mudança ambiental, que ultrapas-
sam a capacidade de autorrecuperação dos sistemas naturais, gerando im-
pactos no meio ambiente. Considerando isso, ao se pensar em saúde, deve-
-se primeiramente olhar-se ao ambiente em que a sociedade está inserida, 
avaliando questões relacionadas à poluição, a saneamento básico, a acesso a 
água e alimentos, dentre inúmeros outros fatores relacionados ao meio am-
biente em que está inserida.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
A relação entre ambiente, ser humano e saúde foi 
estabelecida através de conferências, incluindo 
a conferência realizada em 1972, na Suécia e a 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente (PHILIPPI JR.; PELICIONI, 2014).
As mudanças ambientais são fatores que influenciaram ao longo dos anos, na 
emergência de novas doenças ou ainda, no reaparecimento de doenças já co-
nhecidas. Como exemplo, pode-se citar o enfrentamento de doenças emer-
gentes, especialmente as infecciosas, como a síndrome respiratória aguda 
grave (SARS), a gripe aviária, influenza H1N1, ou ainda, o surgimentode novas 
doenças como o vírus SARS-CoV-2, identificado como o agente causador da 
doença COVID-19 no final do ano de 2019. Estas doenças e suas gravidades, 
remetem reflexões acerca do ambiente em que estamos vivendo, bem como 
da necessidade de mudanças.
Avaliando o impacto do ambiente sobre a saúde humana, surge a definição de 
saúde ambiental, que é tida por Miranda (2018) como sendo um conjunto de 
aspectos da saúde humana que recebem de algum modo a influência direta 
de fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos do meio ambiente.
A saúde ambiental é defendida por Miranda (2018) 
como uma teoria de dar valor, de modo que se 
façam correções, controle e que se evite fatores do 
meio ambiente que possam prejudicar a saúde, 
tanto das atuais como das futuras gerações.
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Ao se pensar em saúde e a relação com o meio ambiente, é imprescindí-
vel que se considere o meio ambiente como um sistema complexo, o qual 
possui componentes biológicos, f ísicos, econômicos e sociais. Esses fatores 
podem interagir com a saúde humana, impactando de maneira positiva ou 
negativa. A figura a seguir exemplifica fatores do meio ambiente relaciona-
dos à saúde humana.
FATORES DO MEIO AMBIENTE QUE INTERFEREM NA SAÚDE
Fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente 
que interferem na saúde humana
ArÁgua paraconsumo humano
Solo
Desastres naturais
Fatores físicos
Contaminantes ambientais
e substâncias químicas
Acidentes com
produtos perigosos
Ambiente de trabalho
Fonte: Miranda (2018, p. 140). 
#PraCegoVer
Esquema citando os fatores que determinam a saúde da população: água, ar, solo, 
desastres naturais, ambiente de trabalho, contaminantes ambientais e acidentes com 
produtos perigosos.
Considerando isso, faz-se necessárias ações de cunho intersetorial, com atu-
ação de diferentes áreas de conhecimento, de diferentes profissionais, de 
modo a impactar positivamente na relação do ser humano com o ambiente.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
4.1.2 PROMOÇÃO DA SAÚDE E DO MEIO 
AMBIENTE
Nos últimos anos, diferentes ações foram desenvolvidas visando a promoção 
da saúde. Estas ações se pautam no conceito ampliado de saúde e nos de-
terminantes sociais de saúde, ou seja, em aspectos que interferem nas con-
dições de vida e saúde, como as condições econômicas, sociais e ambientais, 
por exemplo.
O tema promoção da saúde, com vistas a este conceito ampliado de saúde, 
foi basicamente discutido na primeira Conferência Internacional sobre Pro-
moção da Saúde realizada no Canadá, em 1986. Esta conferência, segundo 
Philippi Jr. e Pelicioni (2014), estabeleceu recomendações mundiais que são 
aceitas até hoje.
Dentre as recomendações citara-se a preocupação com o impacto negativo 
dos fatores ambientais sobre a saúde da sociedade, incluindo aspectos relacio-
nados a condições de moradia, de acesso alimentos, de ecossistema estável, 
a conservação de recursos naturais, reforçando que a manutenção da saúde 
está relacionada à manutenção de um meio ambiente saudável. Por isso, ao 
se falar em ações de promoção de saúde visando melhores condições de vida 
e saúde da comunidade, deve-se pensar não apenas no acesso a serviços de 
saúde, mas também, nas condições ambientais relacionadas à saúde.
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CONDIÇÕES DE MORADIA
Fonte : Pat Whelen, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Foto de casas construídas à margem de um rio, chamadas de casa ribeirinhas, retratando 
uma das possíveis condições de moradia das pessoas. 
A segunda conferência de promoção de Saúde, realizada em 1988 na Austrá-
lia também enfatizou as ações voltadas à prevenção da degradação do meio 
ambiente. Além disso, a promoção de saúde através de ações voltadas ao 
meio ambiente foi enfatizada na terceira Conferência Internacional sobre Pro-
moção da Saúde, realizada em 1991 na Suécia, e teve temas diversos, incluindo 
o desenvolvimento sustentável como estratégia essencial para a promoção 
da saúde (PHILIPPI JR.; PELICIONI, 2014).
Compreende-se que os temas saúde/meio-ambiente/promoção de saúde 
não podem ser abordados de forma separada. Por isso, as ações de promoção 
de saúde desempenhadas devem resultar em melhoria na qualidade de vida 
da população através da conservação e proteção ambiental, além do desen-
volvimento sustentável, as quais devem fazer parte de qualquer estratégia de 
promoção de saúde.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
4.1.3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Um dos pilares da saúde ambiental é o desenvolvimento sustentável, que 
consiste em um conjunto de princípios que visam transformar de forma posi-
tiva e duradoura, as ações dos indivíduos com o meio ambiente (PHILIPPI JR.; 
PELICIONI, 2014).
Com base neste conceito, surge a necessidade de ações de desenvolvimen-
to sustentável. Segundo Dias (2017) estas ações visam a utilização atual dos 
recursos naturais de modo a garantir que estes estejam preservados para as 
próximas gerações.
Para ampliar os conhecimentos acerca do 
desenvolvimento sustentável, institui-se a Lei 
n. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente e fala sobre o controle dos 
recursos ambientais de modo a incentivar as ações 
produtivas e ambientalmente corretas. Acesso 
pelo link.
Dentre as ações esperadas para garantir a sustentabilidade, destacam-se as 
voltadas à eficiência de processos produtivos, produção de bens mais limpa, 
adoção de medidas que garantam a responsabilidade ambiental, dentre ou-
tras medidas que visem a prevenção da contaminação do meio ambiente 
(DIAS, 2017).
Nesse sentido, Barsano (2014) destaca a necessidade de se enfatizar o desen-
volvimento sustentável aliado ao desenvolvimento das atividades industriais, 
isso porque, o desenvolvimento industrial engloba processos com grande po-
tencial de poluição, uma vez que envolve drásticas transformações nas maté-
rias primas, gerando poluição e resíduos que podem trazer impactos negati-
vos para o meio ambiente e consequentemente, para as pessoas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
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ATIVIDADE INDUSTRIAL
Fonte : Pixabay, Pexels (2021). 
#PraCegoVer
Foto de uma grande indústria com suas chaminés soltando fumaça, gerando assim, 
poluição ambiental.
Melhorar os recursos tecnológicos, reduzindo o uso de recursos naturais e 
incentivar o uso de recursos energéticos alternativos para o processo dos 
meios de produção é uma das alternativas para minimizar os impactos da 
produção industrial.
Para ampliar os conhecimentos sobre o 
desenvolvimento sustentável e as estratégias 
nesta área, você pode fazer a leitura do capítulo 4 
“Combustíveis fosseis e alternativas energéticas”, 
que consta no livro Educação ambiental para o 
século XXI. Você pode acessar o livro pela Biblioteca 
Digital/ Minha Biblioteca, inserindo o nome do Livro 
na Busca ou clicando aqui. 
PINOTTI, R. Educação ambiental para o século XXI. 
2ª Ed. São Paulo, Blucher, 2016. (1 recurso online).
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521210566/cfi/0!/4/2@100:0.00
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Além desta sugestão, há num documento, elaborado no evento Rio+20 que 
elenca dezessete objetivos de desenvolvimentos sustentáveis, dentre eles, 
destacam-se algum relacionados com a condição ambiental, como: garantir 
água limpa e saneamento; garantir acesso à energia barata, confiável, susten-
tável e renovável; tornar as cidades e inclusivas, seguros, resilientes e sustentá-
veis; assegurarpadrões de produção e consumo sustentáveis; tomar medidas 
para combater as mudanças climáticas e incentivar a conservação dos recur-
sos marinhos e dos ecossistemas terrestres, através de parcerias intersetoriais 
e globais (DIAS, 2017). 
Além disso, Beserra et al. (2010) reforçam que os aspectos relacionados à ques-
tão ambiental devem fazer parte das discussões voltadas às ações educativas 
em saúde, uma vez que é a partir destas ações que se espera que a população 
reflita e auxilie na execução de ações que sejam ecologicamente saudáveis, 
e que impactem positivamente nas condições de vida e saúde das pessoas.
4.2 PROBLEMAS AMBIENTAIS
Antes de dar início a qualquer intervenção voltada à promoção da saúde atra-
vés de ações educativas, os profissionais de saúde precisam reconhecer os 
principais problemas ambientais e quais se tornam preocupações do ponto 
de vista dos impactos negativos sobre a saúde. A partir destas concepções, os 
profissionais de saúde, podem atuar de maneira efetiva nas ações educativas, 
promovendo o desenvolvimento sustentável com vistas a melhorar a saúde 
da sociedade.
4.2.1 ESTUDO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS
As atividades desenvolvidas pelo ser humano produzem impactos no meio 
ambiente, definidos como alterações nas propriedades f ísicas, químicas 
ou biológicas do meio ambiente (MIRANDA, 2018). Estes impactos podem 
ser negativos, representando problemas ambientais ou, ser positivos em 
alguns casos.
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Acerca dos impactos negativos, eles cursam com degradação do meio am-
biente. Segundo Philiphi Jr. e Pelicioni (2014), grande parte dos problemas de 
degradação ambiental interferem na qualidade de vida da população e na 
saúde da mesma. Dentre os principais impactos ambientais negativos, Mi-
randa (2018) cita: extinção de espécies, inundações, erosões, poluição do solo, 
mudanças climáticas, poluição do ar, destruição da camada de ozônio, polui-
ção da água, chuva ácida, efeito estufa e destruição de habitats, dentre outros.
POLUIÇÃO DA ÁGUA
Fonte : Yogenda Singh, Pexels (2021). 
#PraCegoVer
Foto de um lago, com algumas árvores e uma quantidade grande de lixo descartado, sendo 
este de maneira incorreta.
Em relação às causas, a degradação do meio ambiente tem relação direta 
com a saúde da população. Miranda (2018) cita o aumento crescente das áre-
as urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos re-
cursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante de 
lixo como principais causas de impactos negativos ao meio ambiente.
Conforme comentado, as ações humanas não geram apenas impactos ne-
gativos, mas algumas ações podem impactar positivamente na saúde das 
pessoas, mesmo que em menor grau. Miranda (2018) cita, por exemplo, como 
impactos positivos, a criação de áreas de proteção ambiental, a limpeza de 
rios e lagos e campanhas de plantio de arvores como impactos positivos das 
ações humanas, uma vez que alteram a qualidade de vida das pessoas.
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Na prática dos profissionais de saúde, é primordial reconhecer os impactos 
causados pela ação humana ao meio ambiente e reconhecer quais destes 
impactos são consideradas preocupações em relação à saúde e quais im-
pactos podem ser estimulados, de modo a melhorar as condições de saúde 
da sociedade.
4.2.2 PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS 
RELACIONADAS À SAÚDE
Os impactos negativos da ação humana sobre o meio ambiente geram 
grandes preocupações em relação à saúde, pois interferem nas condições 
de vida da população, trazendo consequências à saúde, como o aumento 
de doenças, o que afeta muito a qualidade de vida da sociedade. Por isso, 
tornam-se grandes preocupações, tanto do setor de saúde como dos de-
mais setores da sociedade.
O aumento do número de casos de dengue 
em uma comunidade está relacionado com 
condições ambientais. Segundo Miranda (2018), 
a água parada em pneus, garrafas e outros 
recipientes predispõem o surgimento da doença, 
em contraponto, o recolhimento do lixo, a limpeza 
frequente de terrenos e o descarte adequado 
de entulhos contribuem positivamente para a 
prevenção da doença (MIRANDA, 2018).
Atualmente, há um interesse mundial sobre o tema ambiental, sobretudo, 
com preocupação voltada aos temas relacionados ao solo e água, retratando 
a preocupação da sociedade com esses recursos. Corroborando com esta in-
formação, Philiphi Jr. e Pelicioni (2014) citam como principais preocupações 
ambientais relacionadas à saúde a poluição de água, ar e solo e a falta de sa-
neamento básico.
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POLUIÇÃO DO SOLO POR LIXO
Fonte : Leonid Danilov, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Foto de um aterro onde foi feito o descarte inadequado de resíduos.
Miranda (2018) aponta que a qualidade do solo e da água são aspectos do 
ambiente mais difíceis de serem controlados, uma vez que são reflexo de 
uma multiplicidade de fatores, que incluem aspectos químicos, f ísicos e bio-
lógicos ao longo do tempo. Além disso, tudo o que utilizamos no nosso dia a 
dia, impacta de alguma forma e pode-se tornar poluente da água e do solo, 
assim como do ar, especialmente quando o descarte dos produtos é feita de 
maneira inadequada.
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Alguns materiais de consumo descartados 
incorretamente podem acarretar sérios problemas 
ambientais, como as baterias, as quais possuem 
em sua composição poluentes e metais pesados 
que podem ocasionar diversos problemas de 
saúde, desde dores até o desenvolvimento de 
tumores (MIRANDA, 2018).
Sobre os problemas de poluição da água, qualquer alteração das caracte-
rísticas físicas, químicas ou biológicas, que afetem a quantidade ou a qua-
lidade da água disponível no momento, e da água a ser utilizada futura-
mente, está envolvida com a poluição. Enfatiza-se como causas, a poluição 
por esgotos domésticos, efluentes industriais, drenagem de áreas agrícolas 
e urbanas e em geral, estas causas estão relacionadas ao uso e ocupação 
inadequada de solos.
Uma das causas de poluição das águas é a contaminação por esgoto sanitário, 
que acaba por transferir para o recurso hídrico, agentes patógenos como bac-
térias, vírus, protozoários e helmintos, os quais podem causar doenças como: 
diarreia, pneumonias doenças respiratórias, meningites, hepatites, amebíase, 
dentre outras afecções. Além disso, a contaminação da água pode causar ou-
tras doenças, relacionadas a outras causas especificas.
Falta de água em quantidades suficientes para higiene
predispõem o surgimento de doenças como: impetigo, piolho, 
escabiose e conjuntivite (MIRANDA, 2018).
Contato com água contaminada por pele ou mucosa
pode gerar quadros de esquistossomose e leptospirose 
(MIRANDA, 2018).
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Ingestão de água contaminada
pode levar ao surgimento de cólera, febre tifoide, hepatite A, dentre 
outras doenças (MIRANDA, 2018).
Disseminação de patógenos
os quais infectam o ser humano por via respiratória e pelas mucosas, 
como a pneumonia por legionella pneumophilia (MIRANDA, 2018).
Transmissão de vetores aquáticos
a água serve de ambiente para reprodução de insetos vetores de 
doenças (malária, dengue, febre amarela) (MIRANDA, 2018).
Há uma particularidade nos problemas de saúde causados pela água conta-
minada, o fato de afetarem com maior gravidade as crianças, pela imaturidade 
do sistema imunológico nesta faixa etária, o que eleva o risco de adoecimento.
CRIANÇAS EM AMBIENTES INSALUBRES
Fonte : ROMAN ODINTSOV, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Foto de duas crianças, sendo um menino e uma menina,brincando em um local com 
descarte de lixo.
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Tratando-se de legislação, o acesso à água potável 
é um direito da população, a qual deve ter esse 
acesso garantido em relação à quantidade e a 
qualidade. Todavia, mesmo sendo um direito, cerca 
de 20% da população ainda não tem acesso a água 
tratada, sendo que em países em desenvolvimento, 
em torno de 80% das doenças estão relacionadas 
à falta de qualidade da água (MIRANDA, 2018).
Em relação ao problema do solo, Miranda (2018) cita que estudos mostram 
que cerca de 40% do solo mundial encontra-se degradado e poluído, levando 
a uma preocupação imensa, especialmente se considerarmos que a natureza 
leva em torno de 400 anos para restabelecer as propriedades naturais de 1 
cm de solo. Este problema é antigo e muitas civilizações tiveram declínio por 
falência de sistemas agrícolas por esgotamento das condições do solo.
Dentre os problemas relacionados ao solo, destacam-se: alterações na topo-
grafia, remoção da camada vegetal, erosão, além da poluição do solo, que al-
tera a qualidade do mesmo. Miranda (2018) cita que a poluição pode ocorrer 
por recepção de resíduos, por ele ser utilizado como meio de armazenamen-
to ou de processamento de produtos químicos ou ainda, por vazamento de 
produtos, causando nestes casos, uma poluição do solo de forma pontual.
O solo pode também ser afetado pela poluição a nível regional, com uma po-
luição difusa, mediante a deposição pela atmosfera, inundações ou por práti-
cas agrícolas indiscriminadas. Além disso, os poluentes do solo podem sofrer 
migração descontente, atingindo a água subterrânea e com isso, colocando 
em risco os recursos hídricos.
Miranda (2018) cita como agentes poluidores do solo: a urbanização e ocupa-
ção desenfreada, mineração, a contaminação por esgoto sanitário, por resídu-
os de serviços de saúde e, resíduos de limpeza urbana e resíduos industriais.
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Além disso, as atividades agrícolas, quando fazem a utilização de fertilizantes 
ou de adubos químicos e defensivos agrícolas, utilizados na produção de ali-
mentos também podem contaminar o solo e ser uma grande preocupação, 
pois estes produtos ficam no solo, acumulam-se na cadeia alimentar, e po-
dem contaminar a água e os alimentos, além de haver contaminação pelo 
manuseio das embalagens.
 A Lei Federal n. 9.974, de 6 de junho de 2000, 
dispõe sobre o destino de resíduos e embalagens 
de agrotóxicos no Brasil, visando minimizar os 
impactos ambientais do uso destes produtos. Para 
conhecer mais, acesse este link.
O acúmulo de resíduos sólidos no ambiente urbano favorece ainda a atração 
e proliferação de insetos, artrópodes e roedores, que são vetores de doenças.
VETORES DE DOENÇAS
Fonte : DSD, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Foto de um roedor em um terreno com lixo.
https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=9974&ano=2000&ato=a53g3Zq1kMNpWT46c#:~:text=CLASSIFICA%C3%87%C3%83O%2C%20O%20CONTROLE%2C%20A%20INSPE%C3%87%C3%83O,AFINS%2C%20E%20D%C3%81%20OUTRAS%20PROVID%C3%8ANCIAS
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Roedores
envolvidos com doenças como leptospirose, salmoneloses, e doenças 
ectopartasitárias (MIRANDA, 2018).
Moscas
podem abrigar em seu corpo espécies diferentes de agentes 
patogênicos, tais como: bactérias, vírus e protozoários (MIRANDA, 2018).
Baratas
causam mau cheiro e transmitem doenças causadas por bactérias ou 
protozoário (MIRANDA, 2018).
Mosquitos
atuam pela picada dos seres humanos, e podem transmitir doenças 
como malária, doença de Chagas e dengue (MIRANDA, 2018).
Sobre a poluição do ar, ela está relacionada à concentração de poluentes na 
atmosfera, a qual ultrapassa o limite da capacidade de autodepuração desse 
ecossistema, e com isso, pode induzir mudanças climáticas. Philippi Jr. e Peli-
cioni (2014) ressaltam a poluição do ar gera efeito estufa e redução da camada 
de ozônio.
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POLUIÇÃO DO AR
Fonte : Marcin Jozwiak, Pexels (2021).
#PraCegoVer
Foto (vista aérea) de uma cidade com grande quantidade de poluição do ar.
Esses efeitos afetam a fauna, a flora e as propriedades da atmosfera, e impac-
tam negativamente na saúde. Como a poluição do ar impacta nas condições 
de saúde da sociedade? Os efeitos da poluição do ar se caracterizam tanto 
pelo agravamento de condições já existentes, como pelo surgimento de no-
vas afecções.
Miranda (2018) cita que os impactos sobre a saúde da poluição do ar depen-
dem da concentração e do tempo de exposição, e podem gerar tantos efeitos 
agudos e o aumento da demanda por serviços de saúde. A longo prazo, po-
dem aumentar a mortalidade e morbidade respiratória.
O artigo a seguir trata do impacto dos fatores 
ambientais sobre o câncer de pele, considerando o 
aumento da radiação solar que incide sobre a terra 
devido à redução da camada de ozônio, causada 
pela poluição do ar. Acesso pelo link.
http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/57343
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Como estes impactos ambientais negativos atuam tanto a nível local, como 
regional e global, eles demandam de ações e políticas integradas, que de-
pendem não apenas de ações governamentais, mas de ações por parte da 
população, de planejamento intersetorial, com ações continuadas.
4.2.3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
COMO ESTRATÉGIA DE SAÚDE
Em relação à garantia de desenvolvimento sustentável e minimização dos 
impactos ambientais, tem-se como estratégia em saúde as ações destinadas 
a redução das principais preocupações ambientais.
Sobre as ações destinadas a poluição da água, Miranda (2018) enfatiza a im-
portância do uso racional, considerando que a água é um recurso limitado, 
sendo que sua contaminação e escassez compromete a vida humana. Por 
isso, dentre as estratégias, deve-se buscar alternativas de proteção das fontes 
hídricas e ampliar os investimentos em sistemas de abastecimento de água.
Estas estratégias visam permitir o fornecimento de água em quantidade ade-
quada, reduzir a contaminação por agentes químicos, físicos e biológicos, que 
quando em contato com a água, predispõem à disseminação de doenças.
Além disso, cita-se o incentivo ao uso de águas residuárias (água de origem 
doméstica formada por fezes e urina que não foram previamente lançadas 
nos rios) como uma alternativa frente ao crescimento populacional urba-
no. Nesse caso, incentiva-se o uso deste tipo de água para fins não potáveis, 
como para a irrigação de parques e controle de incêndios, etc., desde que 
previamente tratada.
Como estratégias de desenvolvimento sustentável para as condições de po-
luição do ar, Philiphi Jr. e Pelicioni (2014) citam como objetivo alcançar níveis 
adequados de qualidade do ar, com ações de eliminação ou minimização na 
produção de resíduos, através de ações de tratamento e de disposição dos resí-
duos gerados ganhando tempo e espaço para a autodepuração dos mesmos.
Além destas estratégias, as ações voltadas à minimização da contaminação da 
água devem ser acompanhadas de ações de efetivação do sistema de esgota-
mento sanitário, considerando que na maioria das grandes cidades o esgoto 
produzido é ainda descartado nos recursos hídricos que servem a comunidade.
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Sobre as ações voltadas a poluição do solo, Miranda (2018) cita o estabeleci-
mento de ações de preservação do solo e uso consciente do mesmo, de modo 
que ele possa ser utilizado posteriormente e ainda, ressalta a importânciade 
ações voltadas a este recurso considerando os impactos da poluição deste 
sobre a água. Além disso, as ações de desenvolvimento sustentável do solo 
devem enfatizar ações voltadas à manutenção de cobertura vegetal, median-
te replantio de árvores.
PLANTIO DE ÁRVORES
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
Montagem de um homem regando uma planta.
Em relação às estratégias voltadas a poluição da água, Miranda (2018) destaca 
que as ações devem abordar tanto a qualidade como a quantidade de recur-
sos hídricos disponíveis, considerando todo o processo cíclico deste recurso e 
a exposição dele a outros agentes poluentes, como os poluentes do solo.
Ainda dentre as estratégias que podem auxiliar na melhoria da saúde da po-
pulação, reforça-se as estratégias de incentivo ao saneamento básico, o qual 
refere-se a um conjunto de medidas, serviços e instalações que garantem o 
abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo 
de resíduos sólidos e a drenagem de águas pluviais (MIRANDA, 2018). 
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Estas ações exercem efeitos positivos e di-
retos na saúde, por reduzir a incidência de 
doenças, pois o estabelecimento de servi-
ços de saneamento básico contribui para 
melhorar as condições de higiene pessoal.
Todavia, mesmo sendo essencial, o sane-
amento básico ainda apresenta diversos 
problemas. Pelicioni (2018) cita como um 
dos principais problemas a falta de inves-
timentos do poder público em ações de 
saneamento básico. Uma das justificati-
vas para os baixos investimentos podem 
se justificar por serem ações preventivas, 
com efeitos a médio e longo prazo. Por isso, costuma-se investir mais em 
ações paliativas, como no tratamento de doenças decorrentes da falta de sa-
neamento, do que solucionando o problema real.
De forma geral, o desenvolvimento sustentável exige estratégias associadas 
de diferentes esferas da sociedade, incluindo órgãos de saúde, serviços gover-
namentais, população em geral, dentre outras esferas, com vistas a promover 
mudanças no estilo de vida da sociedade e da relação do ser humano com a 
natureza. Deste modo, pode-se melhorar a relação homem-meio ambiente 
minimizar os impactos ambientais negativos. Estas ações implicam, tanto de 
forma direta, como indireta na melhoria das condições ambientais da agua, 
ar e solo e por isso, reduzem impactos ambientais negativos e consequen-
temente, contribuem positivamente para a sustentabilidade e melhoria das 
condições de vida e saúde.
Beserra et al. (2010) citam que quando há a atuação de diferentes campos de 
atuação interdisciplinar nas ações voltadas a questão ambiental, consegue-se 
contribuir de maneira mais efetiva para um futuro sustentável.
Philippi Jr. e Pelicioli (2014) reforçam a necessidade de priorização de ações de 
promoção de saúde, de modo que se possa planejar melhor o funcionamento 
dos processos de relação entre o ser humano e o ambiente e seus ecossiste-
mas, de modo que se possa impactar positivamente nas condições de saúde.
Leitura complementar
 Leia o artigo a seguir 
sobre saúde, saneamento 
e percepção de riscos 
ambientais urbanos. Acesse 
pelo link.
https://www.redalyc.org/pdf/3332/333228743004.pdf
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Por isso, ações de promoção em saúde voltadas ao desenvolvimento sus-
tentável, com equilíbrio harmônico e duradouro e, principalmente, ações de 
cunho intersetoriais, são essenciais para a questão de saúde humana. Além 
disso, quando estas ações de promoção de saúde são realizadas através de 
ações educativas em saúde, realizadas pelos diferentes profissionais de saú-
de, Além disso, consegue-se auxiliar a comunidade a criar autonomia, criando 
nas pessoas a consciência de sua responsabilidade para com o meio ambien-
te e justificando como esta maior autonomia pode auxiliar na melhoria das 
condições de saúde.
• Para conhecer as implicações do lixo no processo 
saúde/doença, acesse este link.
• Você sabia que as doenças respiratórias foram 
responsáveis por quase 421 mil internações de 
crianças entre 0 e 10 anos no Brasil, no ano de 2012? 
Leia mais sobre os feitos da exposição a poluentes 
do ar na saúde, acessando este link.
https://desafioonline.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/10161
https://www.scielo.br/j/csp/a/PHTDFfhv4DFmNBXnGH4Q3tJ/?lang=pt
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CONCLUSÃO
Os problemas de natureza ambiental, em especial, os relacionados à poluição 
do ar, da água e do solo, impactam diretamente na qualidade de vida e na 
saúde das pessoas, uma vez que estão relacionados a maiores taxas de mor-
talidade, de morbidade e ainda, impactam negativamente no bem-estar.
Realizar ações voltadas a estas problemáticas é essencial quando se pensa 
em saúde. Para tanto, pode-se empregar ações voltadas à promoção da saú-
de, visando minimizar e prevenir estes problemas ambientais. Nesse sentido, 
os profissionais de saúde, como os enfermeiros, podem utilizar-se de ações 
educativas para criar maior autonomia na população em prol de melhores 
condições de vida.
Estas ações devem ter cunho intersetorial, considerando que são problemas 
complexos e que as estratégias de melhoria demandam de ações de dife-
rentes entes da sociedade, permitindo um desenvolvimento sustentável, com 
mínimo de prejuízos ambientais e com melhores condições de saúde.
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UNIDADE 5
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
> elucidar as ações 
educativas da 
enfermagem em 
saúde ambiental;
> justificar a 
educação ambiental 
como uma condição 
básica de bem-estar 
humano e saúde.
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5 PROMOÇÃO DA SAÚDE 
ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
Sabe-se que os problemas ambientais impactam diretamente nas condições 
de saúde das comunidades; ao mesmo tempo em que se entende que o ser 
humano, por estar diretamente relacionado ao meio ambiente em que está 
inserido, é responsável por estas questões.
Considerando os problemas ambientais e os impactos que trazem à saúde hu-
mana, durante o texto desta unidade, você vai verificar a necessidade de diver-
sos setores da sociedade de unir-se, de forma interdisciplinar e intersetorial; de 
modo a atuar sobre estes impactos, prevenindo-os ou minimizando-os.
Através desta união, podem-se estabelecer ações voltadas a educação am-
biental, as quais visam criar no ser humano responsabilidade, e autonomia e 
reflexão acerca das questões ambientais e como cada pessoa pode contribuir 
positivamente neste processo.
Para isso, podem-se empregar ações educativas em torno das questões am-
bientais, ações que levem as pessoas a tornarem-se ativas nos cuidados com 
o meio ambiente, favorecendo a construção de um ambiente mais saudável 
e consequentemente, que reflita em melhores condições de saúde e de qua-
lidade de vida.
Nestas ações, a inserção dos profissionais enfermeiros é de importantíssima, 
considerando que são profissionais voltados à atenção aos cuidados huma-
nos, que conhecem a realidade em que as pessoas estão inseridas, e como 
as questões do meio ambiente interferem nas demandas de saúde. Por isso, 
ao longo desta unidade você reconhecerá a atuação da enfermagem na área 
ambiental, e entenderá porque a educação ambiental é vista como uma es-
tratégia de promoção de saúde.
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5.1 EDUCAÇÃOAMBIENTAL E ENFERMAGEM
As ações voltadas à educação ambiental são essenciais para que se possam 
criar hábitos e comportamentos mais saudáveis na população, de modo que 
o meio ambiente não sofra tantos impactos. Dentre as áreas que podem atu-
ar com vistas à educação ambiental, destaca-se a atuação do enfermeiro, que 
pode intervir nas questões ambientais, uma vez que sua formação é voltada 
ao cuidado e a preocupação com a saúde humana, incluindo a preocupação 
com os fatores que podem interferir nela, como as questões ambientais.
5.1.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental é definida por Dias (2018), como um conjunto de pro-
cessos e meios pelos quais as pessoas e as comunidades constroem conhe-
cimento, valores, habilidades e atitudes; sempre voltadas ao objetivo de con-
servação do meio ambiente, através do 
uso comum deste bem. A educação am-
biental considera esses processos essen-
ciais para sustentabilidade e a garantia de 
qualidade de vida da sociedade.
Na prática da educação ambiental, deve-
-se compreender que o ser humano faz 
parte do meio ambiente e por isso, ele é 
responsável por sua manutenção. Nesse 
sentido, todas as ações de educação am-
biental devem pautar-se na ideia de que 
o indivíduo é responsável pelo ambiente 
em que se encontra inserido.
Saiba mais
A Educação Ambiental é 
normatizada na legislação 
brasileira pela Lei n. 9.795/99, 
que pode ser acessada por 
este link.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm
117
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
RESPONSABILIDADE DE CADA INDIVÍDUO PELO MEIO AMBIENTE
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
A imagem mostra as mãos de uma pessoa segurando um globo terrestre (ilustrado) e sobre 
ele há uma ilustração de uma árvore, representando a responsabilidade de cada um pelo 
meio ambiente.
Ibrahin (2014) reforça que a definição de meio ambiente utilizada em educa-
ção ambiental, deve considerar também as múltiplas e complexas relações 
que possam impactar sobre o meio ambiente, incluindo fatores políticos, eco-
nômicos, sociais, científicos, culturais e éticos.
Portanto, ao se falar em educação ambiental, deve-se lembrar que ela não se 
refere apenas aos temas relacionados à preservação do meio ambiente, mas 
a integridade ambiental, incluindo o comportamento individual, o compor-
tamento social e coletivo; considerando todos os fatores que impactam no 
meio ambiente.
A educação ambiental deve pautar-se, sobretudo na conscientização dos in-
divíduos, através de ações formais ou não formais, propondo o desenvolvi-
mento de valores ético-ambientais como uma estratégia de transformação; 
capaz de superar os problemas do meio ambiente e os problemas que im-
pactam de algum modo sobre ele (DIAS, 2018).
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
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Você sabe o que é a ética ambiental?
São valores que devem fazer parte das ações 
voltadas a educação ambiental. Se pauta na ideia 
de que o meio ambiente é uma herança entre as 
gerações e deve ser capaz de lembrar que o ser 
humano é parte indissociável do meio e que a terra 
é a sua casa (IBRAHIN, 2014).
O objetivo primordial da educação ambiental é formar uma sociedade preo-
cupada e consciente com o meio ambiente e seus problemas. Além disso, ob-
jetiva que a sociedade tenha motivação, autonomia, conhecimento, atitude e 
compromisso para executar ações, tanto individuais como coletivas, na busca 
de soluções para os problemas ambientais já existentes (IBRAHIN, 2014).
Ampliando estes objetivos, espera-se também que a população possa pen-
sar nas futuras gerações, buscando soluções que previnam o surgimento de 
novos problemas ambientais ao longo dos anos, estabelecendo a educação 
ambiental como uma estratégia preventiva.
Segundo Ibrahin (2014), a educação ambiental deve trazer o respeito ao meio 
ambiente, o respeito ao ser humano e ainda, a preocupação o futuro que ire-
mos proporcionar a nossos descendentes. Em consonância com Ibrahin (2014), 
Phillipi Jr. e Pelicioni (2014) citam a educação ambiental como estratégia es-
sencial para novos rumos, com uma sociedade vivendo de forma sustentável.
A seguir, são descritos alguns pontos acerca dos objetivos da educação am-
biental (IBRAHIN, 2014).
Compreensão integrada do meio ambiente
respeito aos aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, 
econômicos, científicos, culturais e éticos.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Democratização
as informações ambientais devem ser de acesso a todos.
Consciência crítica
estímulo ao pensamento crítico.
Participação popular
estímulo à participação individual e coletiva.
Cooperação
união entre as diferentes regiões (níveis micro e macrorregionais).
Integração da ciência e tecnologia
fortalecimento desta interação.
A educação ambiental pode ser vista como um instrumento capaz de pro-
porcionar meios e ideias para a superação dos problemas existentes no meio 
ambiente. Para isso, pode utilizar-se de ações de educação em saúde que 
se propõem a formar indivíduos mais comprometidos, que assumam suas 
responsabilidades em relação às decisões, contribuindo positivamente para a 
proteção do meio ambiente.
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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO
Fonte : Freepik (2021).
#PraCegoVer
Foto dos braços e das mãos de um senhor de idade passando uma muda para uma criança, 
representando assim os ensinamentos e a consciência ambiental de geração para geração.
5.1.2 PROMOÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL
A educação ambiental é vista como um dos meios mais eficazes de promo-
ção de saúde (DIAS, 2018). Esta afirmação foi construída ao longo dos anos, 
através de discussões voltadas às possibilidades de se efetivar a promoção da 
saúde. Nesse sentido, defende-se que as ações educativas devem se pautar 
nas causas promotoras de saúde, como o meio ambiente.
Ao se falar em ações de promoção de saúde em 
saúde ambiental, pensa-se em um estilo de vida 
mais saudável, por meio de ações que contemplem 
a interação do homem com o meio em que ele vive, 
considerando que um ambiente saudável é um dos 
fatores que colaboram com o desenvolvimento da 
saúde (BESERRA et al., 2010).
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Embora se possa promover saúde através da educação ambiental, é impor-
tante destacar que nesse caso, a educação ambiental não se trata apenas 
de uma disciplina, ou área de conhecimento, mas sim; de um conjunto de 
conhecimentos voltados à educação ambiental; de modo que as pessoas se 
sintam responsáveis pelo ambiente em que vivem e a partir disso, contribu-
am para o cuidado e respeito com o mesmo.
Segundo Ibrahin (2014), a educação ambiental pode ser vista como um instru-
mento capaz de proporcionar meios e ideias para a superação dos principais 
problemas que acometem o meio ambiente e com isso, proporcionar maior 
qualidade de vida e saúde a sociedade. Dias (2018) reforça que promover saú-
de ambiental é promover melhores condições de saúde e de qualidade de 
vida para a população.
Para consolidar a educação ambiental, Ibrahim (2014), sugere ações voltadas 
à promoção da educação ambiental, as quais devem se pautar em alguns 
princípios básicos, que incluem:
a. o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo das ações;
b. a concepção ampliada de meio ambiente;
c. as ações interdisciplinares e transdisciplinares;
d. a garantia de processos educativos com avaliações e abordagens per-
manentes;
e. abordagens articuladas em cunho local, regional, nacional e global 
(com objetivos interrelacionados);
f. reconhecimento da diversidade cultural e das diferentes necessidadesde cada comunidade.
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AÇÕES INTERDISCIPLINARES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL LOCAIS, 
REGIONAIS, NACIONAIS E GLOBAIS.
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
A imagem mostra as mãos de diferentes pessoas desenhando juntas ao redor de uma 
ilustração do planeta e representa as ações interdisciplinares de promoção da saúde 
ambiental.
Diferentes profissionais podem atuar de 
modo a promover a educação ambien-
tal, e consequentemente, melhores con-
dições de saúde. A pessoa envolvida com 
estas ações recebe o nome de educador, e 
é o sujeito capaz de desenvolver e exercer 
papel ativo junto a de modo a consolidar 
as ações de educação ambiental (BESER-
RA et al., 2010).
Nesse sentido, os enfermeiros podem 
atuar neste aspecto ambiental, através de 
ações que visem a promoção de saúde e 
prevenção de doenças relacionadas ao ambiente; uma vez que são profis-
sionais que atuam no cuidado da comunidade. Ao se atuar com base nestes 
princípios básicos, é possível que esses profissionais promovam ações de edu-
cação ambiental que realmente garantam a proteção do meio ambiente e ao 
Questões
Mas quem deve atuar 
estimulando a promoção da 
saúde ambiental?
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
mesmo tempo, favoreçam o bem estar, a saúde física e mental, e a qualidade 
de vida das pessoas. Estas ações, dentre outros benefícios, impactam positi-
vamente na saúde das pessoas.
Beserra et al. (2010) ainda reforçam que a enfermagem é capaz de direcionar 
as ações de educação ambiental com base nas vulnerabilidades ambientais 
existentes no território de atuação destes profissionais, reduzindo as possibili-
dades de danos à saúde humana causados pelas questões ambientais.
AÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA A CRIANÇAS
Fonte : Monteiro, Prefeitura de Sorocaba (2018).
#PraCegoVer
Foto de crianças sentadas em roda com uma monitora do zoo, realizando atividade 
relacionada à educação ambiental.
Você sabia que o estímulo à agricultura orgânica é uma das estratégias para 
promoção de saúde? Isso porque, ela visa a produção de alimentos mais sau-
dáveis, impactando positivamente nas condições de saúde das pessoas? A se-
guir, são descritos alguns pontos acerca dos objetivos da educação ambiental 
(BARSANO; BARBOSA, 2014).
Definição
trata-se do uso de métodos alternativos para manejo do solo, na 
produção e no comércio de alimentos mais saudáveis.
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Respeito à natureza
visa reconhecer a dependência do ser humano de recursos naturais 
não renováveis.
Respeito ao solo
considera o solo um organismo vivo, essencial para suprir as 
necessidades básicas.
Sobras vegetais
estimula o uso de sobras vegetais destinadas a reciclagem dos 
nutrientes do solo.
Rotação no plantio
estimula o plantio de diferentes culturas para criação de barreiras 
naturais.
Preservação da biodiversidade
pauta-se na eliminação de ervas daninhas através de ações 
biomecânicas.
Substituição de insumos industriais
visa a utilização de outros meios.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
5.1.3 AÇÕES TRANSVERSAIS NOS 
PROBLEMAS AMBIENTAIS
Considerando o contexto amplo da educação ambiental, as ações nesta área 
não podem ser reduzidas apenas aos problemas ambientais relacionados à 
degradação do meio ambiente; e sim, devem considerar tudo o que repre-
senta e engloba a educação ambiental, de modo que passa a se desenvolver 
práticas que incentivem comportamentos conscientes em relação às ques-
tões ambientais.
Deste modo, a questão ambiental requer 
da sociedade uma resposta integral, a 
qual vai muito além de ações apenas da 
esfera ambiental, voltada a proteção do 
meio ambiente; e demanda de outras 
ações de cunho interdisciplinar. Segundo 
Dias (2018), a educação ambiental pode 
ser vista como uma estratégia para solu-
ção dos problemas ambientais, todavia, 
para que isso seja real, as ações devem ser 
pautadas na abordagem interdisciplinar, 
requerendo deste modo, ações mais complexas e discutidas de forma con-
junta entre diferentes profissionais.
Deve-se destacar, que a abordagem interdisciplinar nesse caso, visa integrar 
as especificidades de cada campo disciplinar, promovendo a integração de 
saberes e conhecimentos em prol de ações mais efetivas na área ambiental 
(IBRAHIN, 2014).
Essa premissa da educação ambiental reforça a ideia de que o cuidado e a 
preocupação com o meio ambiente são de todos os profissionais, incluindo 
profissionais da área da saúde, infraestrutura (no cuidado e planejamentos 
dos ambientes), economia (na garantia de renda), meio ambiente, dentre ou-
tros setores.
Questões
Mas o que é a abordagem 
interdisciplinar?
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PLANEJAMENTO DE CONSTRUÇÕES NO MEIO URBANO
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
Ilustração que apresenta uma maquete de uma cidade organizada, com ruas bem 
delimitadas e espaço destinado a árvores.
Segundo aponta Beserra et al. (2010), nas ações de educação ambiental 
voltada a promoção de saúde, diversas profissões precisam se interligar, in-
cluindo a enfermagem, de modo a atuar com um propósito único de pro-
mover a saúde através de ações voltadas ao meio ambiente em que as pes-
soas estão inseridas.
A atuação intersetorial em educação ambiental pode ser expressa por ações 
transversais. A abordagem transversal, neste caso, se caracteriza por uma ar-
ticulação de diferentes atores e setores da sociedade, construindo ações vol-
tadas à resolução dos problemas, com os mesmos objetivos de intervenção.
Estas ações voltadas à educação ambiental devem incluir a população, os 
órgãos públicos, as empresas, as instituições de educação, etc., enfim, toda 
a sociedade. Ibrahim (2014) cita alguns exemplos de ações educativas pro-
movidas em diferentes setores, e que podem e devem estar correlacionadas 
entre si, com visão interdisciplinar e transversal, de modo a garantir resulta-
dos mais efetivos.
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Em relação às instituições de ensino, Ibrahim (2014) recomenda que as ações 
educativas sejam realizadas em todas as modalidades de ensino (formal e 
não formal) e em todos os níveis, incluindo ações voltadas a crianças, ado-
lescentes, adultos e idosos, promovendo a educação ambiental de maneira 
integrada aos programas educacionais já existentes.
No Brasil, a temática de educação ambiental 
segundo é inserida no ensino fundamental e 
médio através projetos, disciplinas especiais e a 
inserção da temática ambiental nas disciplinas; 
sensibilizando os estudantes para o convívio com 
a natureza (DIAS, 2018).
As instituições públicas podem atuar de maneira associada, incorporar 
ações educativas que visem o engajamento da sociedade em atitudes de 
conservação, recuperação e melhoria das condições do meio ambiente. Estas 
instituições devem atuar através de diferentes iniciativas e setores, incluindo 
órgãos da área da educação, infraestrutura, saneamento básico, saúde, etc.
As empresas, como demonstra Ibrahim (2014), podem promover ações volta-
das à capacitação de seus trabalhadores, melhorando os processos produti-
vos com vistas à preservação do meio ambiente e ainda, promover ações edu-
cativas nas comunidades localizadas ao redor de suas atividades industriais, 
por exemplo.
Além disso, as empresas podem atuar através de outras ações muito sim-
ples, como economizar água, não lançar o lixo em locais inapropriados, adotar 
práticas produtivas sustentáveis, e utilizar fontes alternativas de energia.
SegundoIbrahim (2014), os meios de comunicação também devem fazer par-
te das ações transversais voltadas ao meio ambiente, podendo colaborar de 
maneira ativa e permanente na divulgação de informações e ainda, de práti-
cas educativas acerca do ambiente, incorporando as questões ambientais em 
seus programas.
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PROGRAMA DE TELEVISÃO
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
A foto mostra uma televisão com um programa sendo exibido ao fundo e uma pessoa 
usando o controle remoto, em destaque.
Barsano e Barbosa (2014) reafirmam a importância das ações transversais de 
educação ambiental, citando a necessidade de participação de órgãos públicos, 
empresas, organizações não-governamentais e ainda, a sociedade civil na exe-
cução de ações que realmente tragam benefícios para o meio ambiente.
Na prática, mesmo aceitando-se a necessidade das ações transversais em 
educação ambiental, ainda há muitos desafios a serem resolvidos. Um deles 
diz respeitos à persistência de ações verticalizadas, que valorizam e se desti-
nam a apenas um setor; e não valorizam a importância da interdisciplinari-
dade. Outros desafios dizem respeito a problemas complexos relacionados à 
questão ambiental como a pobreza e o consumo elevado de bens naturais.
A redução da pobreza esta diretamente relacionada com melhores questões 
ambientais. Isso porque, segundo Phillipi Jr. e Pelicioni (2014), atualmente, a 
pobreza é um dos obstáculos mais importantes para o enfrentamento aos 
problemas ambientais, uma vez que a ela limita a distribuição de renda, de 
educação e de outros serviços sociais, tornando o acesso das pessoas mais 
difícil aos serviços.
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Deve-se destacar que não é a falta de renda 
o problema central, relacionado às questões 
ambientais, mas sim, a má distribuição de renda 
na sociedade. Por isso, Phillipi Jr. e Pelicioni 
(2014), afirmam que a educação ambiental tem a 
necessidade de uma reestruturação econômica 
associado, visando a redistribuição de recursos de 
maneira igualitária na sociedade.
Além do desafio da pobreza, mais especificamente, da distribuição de renda 
desigual, outros aspectos podem ser considerados ao se pensar na transver-
salidade das ações de educação ambiental. O consumo elevado de produtos 
é um destes desafios, no qual a educação ambiental precisa agir. Isso porque, 
observa-se que atualmente, a sociedade além de consumir uma quantidade 
de recursos renováveis a uma velocidade maior do que o planeta requer; ela 
ainda produz muito desperdício, necessitando de mais ações voltadas à reuti-
lização e reciclagem destes desperdícios.
Ibrahim (2014) reforça ainda a necessidade de ações transversais que ga-
rantam recursos básicos a sociedade, como água, alimentos, energia; ações 
que preservem a biodiversidade; o estímulo ao uso de fontes energéticas 
renováveis; e o controle da urbanização; além de atender a necessidades bá-
sicas, como garantir à população, acesso à escola, a serviços de saúde, lazer, 
trabalho, etc.
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GARANTIA DE TRANSPORTE PARA ACESSO À ESCOLA
Fonte : SEST SENAT (2021).
#PraCegoVer
Foto de quatro crianças enfileiradas ao lado do transporte escolar, e um monitor perto da 
porta fazendo anotações antes deles entrarem no transporte.
Desse modo, percebe-se que as ações voltadas à educação ambiental devem 
ter como base a valorização da interdisciplinaridade, a execução de ações 
transversais; além de permitir a população acesso a condições básicas e dig-
nas de vida; sendo estas condições essenciais e indispensáveis para a melho-
ria das questões e problemas ambientais. Deve-se atuar ao mesmo tempo, 
evitando o emprego de ações unilaterais e unidisciplinares; de modo a conso-
lidar ações mais efetivas.
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5.2 AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE AMBIENTAL
Além de reconhecer a importância da educação ambiental na promoção da 
saúde, é importante que o enfermeiro possa compreender o papel das ações 
educativas nesta área, e que reconheça também os eixos das ações a serem 
realizadas e a necessidade de participação da comunidade.
5.2.1 PAPEL DAS AÇÕES EDUCATIVAS 
VOLTADAS AO MEIO AMBIENTE
A questão ambiental deve fazer parte das discussões e principalmente, das 
ações educativas realizadas pelos profissionais da área de saúde, uma vez que 
estas ações favorecem o pensamento crítico, a tomada de decisão e a mu-
dança de hábitos em relação às situações ecologicamente saudáveis (BESER-
RA et al., 2010).
Para que cumpram este papel, é necessário que as ações educativas favoreçam 
o acesso e a informação, a toda a população, de modo que a sociedade tenha 
conhecimento dos problemas ambientais e dos impactos sobre a saúde.
Posterior ao caráter informativo das ações educativas faz-se necessário que 
estas informações sejam discutidas (com ênfase em discussões intersetoriais 
e interdisciplinares), para que seja elaborado um senso crítico por parte da 
sociedade e que isso impacte de algum modo na mudança de hábitos e con-
dutas em relação ao consumo, ao uso dos recursos naturais e aos problemas 
ambientais inerentes.
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ESPAÇOS DE DISCUSSÃO COLETIVA
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
A foto traz uma mulher em pé, em frente a um quadro de anotações e outras três pessoas 
sentadas, fazendo anotações e conversando sobre o tema apresentado.
Estas ações educativas podem ter a atuação dos enfermeiros, pois a partir de 
conhecimentos científicos, eles podem colaborar com a melhoria das ques-
tões ambientais e de saúde da comunidade. Dias (2018) cita que estas ações, 
quando desenvolvidas por enfermeiros, são capazes de incentivar as pessoas 
a refletirem sobre seu compromisso ambiental, permitindo deste modo uma 
conduta ativa na transformação do meio em que vivem.
Fenkder (2015) cita que no decorrer da implementação das ações de educa-
ção ambiental, é de suma importância o reconhecimento da realidade e o 
monitoramento do meio ambiente. Isso porque o meio ambiente em que as 
pessoas estão inseridas não é fixo e estável, ele sobre mudanças constantes e 
nestes casos, as ações educativas devem estar voltadas as demandas do terri-
tório e ainda, serem flexíveis e contínuas.
Nesse caso, os enfermeiros podem trazer muita contribuição, uma vez que 
estão e próximos à comunidade e convivem com suas demandas, dificulda-
des e desafios, incluindo problemas de saúde, sociais, econômicas e ainda, 
ambientais (BESERRA et al., 2010).
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O enfermeiro pode buscar alternativas que as minimizem ou solucionem es-
tes problemas, seja através da capacitação da comunidade, dos profissionais 
ou da participação em estratégias intersetoriais e interdisciplinares.
Phillipi Jr. e Pelicioni (2014) citam que nestas ações, devem-se estabelecer te-
máticas que permitam a melhor compreensão de causas e consequências 
dos problemas que afetam o meio ambiente e consequentemente, que im-
pactam na saúde humana.
Um exemplo de temática voltada à educação 
ambiental que pode ser implementada pelos 
enfermeiros é a prevenção de verminoses, que são 
doenças causadas por helmintos, e que acometem 
principalmente crianças. Estão atreladas a fatores 
ambientais, sociais e econômicos. O tratamento 
consiste em vermifugação, todavia, este tratamento 
não deve ser único e deve vir acompanhado de 
estratégias educativas da sociedade. Um exemplo 
de ação pode ser a atuação de enfermeirosjunto 
a escolares, dando ênfase a prevenção desta 
verminose, como lavagem das mãos e de alimentos 
e a importância de se conhecer a qualidade da 
água bebida. Desse modo, pode-se atuar também 
de modo preventivo (SANTOS et al., 2015).
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5.2.2 EIXOS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO 
AMBIENTE
Para que a saúde ambiental esteja inserida nas ações educativas voltadas 
a promoção da saúde, algumas diretrizes devem ser seguidas. Para Ibrahin 
(2014), há oito pontos importantes nas ações de educação ambiental, confor-
me a seguir:
PONTOS RELEVANTES NAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
Infográfico com oito diretrizes a serem seguidas nas ações de educação ambiental.
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
Além disso, Ibrahin (2014) comenta que as atividades educativas devem ter 
cunho interdisciplinar e devem incluir ações de educação permanente, de 
modo capacitar os profissionais de saúde para que atuem na perspectiva 
ambiental. O respeito a estes eixos norteadores permite que as ações de 
educação ambiental contribuam de maneira efetiva para a solução dos pro-
blemas ambientais. Além desses pontos elencados por Ibrahin (2014), re-
força-se ainda a necessidade de participação da comunidade nas ações de 
educação ambiental.
5.2.3 A PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NA 
QUESTÃO AMBIENTAL
Além de considerar todos estes enfoques abordados acerca das ações educa-
tivas em saúde ambiental, é de suma importância que elas envolvam a parti-
cipação das pessoas de modo ativo. Para isso, Dias (2017) sugere que as ações 
sejam o mais próximas da realidade vivenciada pelos envolvidos na ação edu-
cativa; de modo que realmente possam suscitar reflexão, despertar interesse 
e vontade de mudança de hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente; 
através do empoderamento destas pessoas.
PARTICIPAÇÃO ATIVA DAS PESSOAS
Fonte : Plataforma Deduca (2021).
#PraCegoVer
Foto de um grupo de pessoas diversas, sentadas em roda, ouvindo um orientador que está 
de pé. A foto representa a participação do cidadão nas questões ambientais.
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Nesse sentido, destaca-se a necessidade, de além das ações estarem voltadas 
à realidade ambiental local, que elas sejam incorporadas em atividades que 
respeitem os cenários, que se utilizem de formas de comunicação adequadas, 
que considerem a faixa etária da população e ainda, que possam valorizar e 
instigar a população a mobilizar-se em prol de melhores condições ambientais.
• Saiba mais sobre sustentabilidade, acessando este 
link.
• Para reconhecer o papel do ambiente nos casos 
de dengue, acesse o link.
• Para conhecer exemplos de ações educativas na 
área ambiental realizadas na escola, acesse este link.
• Para entender a importância do enfermeiro em 
ações educativas voltadas à gestão de resíduos 
hospitalares, acesse o link.
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental.pdf
http://www.scielo.br/pdf/icse/v19n52/1807-5762-icse-19-52-0203.pdf
https://periodicos.unifesp.br/index.php/revbea/article/view/2670/1638
https://www.researchgate.net/profile/Cleton-Salbego/publication/332407151_Processo_educativo_do_enfermeiro_frente_ao_gerenciamento_dos_residuos_de_servicos_de_saude_hospitalar/links/5cb2bf6c299bf120976455ba/Processo-educativo-do-enfermeiro-frente-ao-gerenciamento-dos-residuos-de-servicos-de-saude-hospitalar.pdf
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EDUCAÇÃO E SAÚDE
CONCLUSÃO
Esta unidade trouxe uma reflexão acerca do papel das ações educativas em 
saúde ambiental, voltadas à promoção da saúde. Isso porque, a saúde huma-
na está diretamente associada a questões ambientais; e por isso, as ações de 
educação ambiental Educação Ambiental são uma das ferramentas a serem 
utilizadas a fim de promover a saúde humana. Nestas ações, tem-se enfoque 
interdisciplinar, e dentre os profissionais que podem atuar de forma ampla, 
destaca-se a atuação do enfermeiro.
A inserção do enfermeiro nestas ações é de suma importância, uma vez que 
sua atuação se pauta no cuidado humano e na promoção da saúde e da qua-
lidade de vida; e tem, dentre outras funções, o enfoque voltado aos impactos 
que o meio ambiente pode trazer a saúde humana.
Para que esta atuação seja efetiva, e que realmente contribua com a melhoria 
das questões ambientais; as ações devem ser planejadas em conjunto om ou-
tros profissionais e outros setores da sociedade, além de envolverem de forma 
ativa as pessoas. Para isso, os enfermeiros podem planejar as ações com base 
nos eixos da promoção de saúde ambiental; de movo a contemplar nas ações, 
os pressupostos básicos a serem respeitados.
Por fim, destaca-se que estas ações visam, sobretudo a criação de auto-
nomia junto às pessoas, de modo que elas tenham uma visão ampla das 
questões ambientais, como elas impactam na saúde das pessoas e quais 
as estratégias de mudança que podem ser estabelecidas a fim de permitir 
melhorias na saúde.
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UNIDADE 6
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> identificar os 
principais impactos 
das ações educativas 
na melhoria da 
qualidade de vida da 
população;
> exemplificar 
ações de educação 
ambiental em prol da 
melhoria da saúde da 
sociedade.
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6 A ENFERMAGEM VOLTADA 
À EDUCAÇÃO AMBIENTAL: 
ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA 
SAÚDE
INTRODUÇÃO
Esta unidade traz informações sobre a atuação da enfermagem em ações 
educativas voltadas as questões ambientais, reforçando a íntima relação en-
tre o meio ambiente e o ser humano e, ainda como isso, impacta nas condi-
ções de vida da sociedade.
Todavia, esta atuação, para ser efetiva e trazer resultados positivos para a po-
pulação, deve contemplar ações estar voltada a complexidade do meio am-
biente, exigindo que esses profissionais estimulem o empoderamento das 
pessoas, tornando-as mais ativas em relação às questões do meio ambiente 
em que vivem.
Desse modo, através destas discussões, busca-se reforçar o papel dos pro-
fissionais de saúde nas questões ambientais voltadas a promoção da saúde, 
especialmente dos enfermeiros, que podem colaborar tanto para melhores 
condições de saúde como de qualidade de vida.
6.1 IMPACTOS DAS AÇÕES EDUCATIVAS DE 
ENFERMAGEM EM SAÚDE AMBIENTAL
A atual situação mundial retrata uma preocupação imensa com o meio am-
biente, em especial, porque as condições socioambientais vêm gerando pre-
juízos sobre a saúde humana. Essa relação entre saúde e meio ambiente traz 
consigo urgência de ações voltadas à proteção e recuperação ambiental e por 
isso, vem se defendendo cada vez mais, a necessidade de atuação dos profis-
sionais da área da saúde.
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Nesse sentido, Ferreira e Bampi (2018) destacam que a enfermagem, dentre 
as profissões da área da saúde, por se preocupar com o bem-estar do indi-
víduo, da família e da comunidade, deve atentar-se para o meio ambiente, 
como um importante fator relacionado à saúde humana.
6.1.1 O ENFERMEIRO COMO AGENTE 
DE EMPODERAMENTO E MUDANÇA 
COMPORTAMENTAL EM SAÚDE AMBIENTAL
A enfermagem, como uma profissão do campo da saúde, considerando as 
novas demandas em saúde ambiental existentes, necessita se envolver nesse 
debate. Este envolvimento pode se dar através de ações voltadas à preserva-ção do meio ambiente, minimizando o impacto ambiental decorrente das 
ações humanas sobre as condições de saúde (CAMPONOGARA et al., 2011).
Lembre-se que este envolvimento deve se pautar 
especialmente nos conceitos de promoção de 
saúde, entendendo este conceito como um processo 
complexo, que envolve diversas dimensões do ser 
humano, incluindo a ambiental.
Como profissionais de saúde, os enfermeiros podem e devem assumir o com-
promisso com as ações de educação em saúde ambiental, pautadas em ações 
democráticas, direcionadas para melhoria dos hábitos e comportamentos, 
melhorando as condições de saúde.
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CUIDADOS COM AS PLANTAS E O SOLO
Fonte : Carolina Grabowska, Pexels (2021).
#PraCegoVer
A foto retrata as mãos de uma pessoa plantando uma muda em um solo.
Todavia, Santos e Paschoal (2017) citam que as ações de educação em saú-
de ambiental que tratam apenas de informar a população sobre as questões 
ambientais e maneiras de minimizar estes impactos não capazes de mudar 
comportamentos, uma vez que o recebimento da informação é apenas uma 
pequena parte do processo educativo.
Para que haja mudança de hábito e de comportamento, as pessoas envolvi-
das nas ações precisam decidir mudar de forma consciente, através da cria-
ção de senso crítico em torno destas questões. Logo, o empoderamento das 
pessoas em relação às questões ambientais apenas acontece quando elas de-
cidem mudar.
Além disso, as ações desenvolvidas devem ser elaboradas em etapas ao longo 
do tempo, evitando ações pontuais, e ainda, estabelecendo ações que pos-
sam respeitar a realidade e os problemas ambientais locais e globais. Nesse 
caso, as ações voltadas às questões globais (macro), devem envolver aspectos 
de cidadania e renda de forma conjunta, e as ações locais (micro), podem 
abordar aspectos mais relacionados ao agravo em saúde em questão e a sua 
relação com o meio ambiente.
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Santos e Paschoal (2017) reforçam ainda a necessidade de ações dialógicas, 
participativas e de construção conjunta, além de encontros, grupos, aborda-
gens individuais, coletivas e atividades contínuas.
Gutierres et al. (2020) cita que os enfermeiros podem capacitar e influenciar as 
pessoas a mudanças de condutas no sentido ecologicamente correto, crian-
do ambientes mais saudáveis e estimulando a sustentabilidade, mediante 
ações de promoção de saúde.
Todavia, para que realmente consigam impactar positivamente nas questões de 
saúde, as ações precisam exercer o empoderamento e a autonomia, de forma 
que resulte na mudança de comportamento frente às questões ambientais.
Nesse sentido, o enfermeiro tem um papel primordial como agente de em-
poderamento, pois auxilia no processo, como educador em saúde, traba-
lhando de modo a criar ações educativas junto às pessoas, para que estas 
tenham melhores condições de decisão, e com isso, possam garantir as mu-
danças necessárias.
A educação ambiental é base científica para uma 
prevenção contra a contaminação do ar, da água, 
de alimentos e de outros fatores de risco comuns 
para a saúde humana. A implantação de ações 
nesta área por parte dos enfermeiros é essencial, 
considerando a função de cuidado exercida por 
estes profissionais (PERES et al., 2015).
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Esta atuação do enfermeiro como agente de empoderamento deve consi-
derar a necessidade de articulação intersetorial, envolvendo setores sociais 
e econômicos, além dos setores ambientais e de saúde. A união dos setores 
públicos, privado e da população, garante fomento as práticas de saúde, e 
contribuem de forma mais efetiva para mudanças no estilo de vida e na 
aplicação do conhecimento produzido ao longo das atividades educativas 
(COSTA, 2018).
Para Moniz et al. (2020), as ações educativas com esta finalidade podem utili-
zar-se de práticas emancipatórias para sua realização. Estas práticas incluem: 
visitas domiciliares, reuniões de equipe ou encontros para educação em saú-
de. Estas práticas possibilitam as pessoas refletirem sobre a origem dos pro-
blemas de saúde e que ao mesmo tempo, instrumentalizam estas pessoas a 
mudarem hábitos e comportamentos em prol da saúde. Tais práticas ainda 
refletem a importância de considerar o indivíduo muito além do ser biológico, 
considerando o local e as condições de vida (MONIZ et al., 2020).
Ferreira e Bampi (2018) citam que esta capacidade do enfermeiro em atuar 
como agente de empoderamento está ligado à capacidade destes profissio-
nais de atuarem como atores sociais ativos na produção de ações e educa-
ção ambiental, preocupados com a criação de pessoas com maior preocu-
pação ecológica.
Por isso, deve-se considerar os profissionais de enfermagem corresponsáveis 
pelo processo de promoção da saúde mediante o emprego de ações educa-
tivas que visem a atenção ao meio ambiente sustentável.
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RELAÇÃO ENTRE AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
REALIZADAS PELOS ENFERMEIROS
MEIO
AMBIENTE
AÇÕES DE
ENFERMAGEM
DETERMINANTES
SOCIAIS DA SAÚDE
SUSTENTABILIDADE
• Promoção de saúde
• Redução dos agravos de saúde
• Redução do aparecimento e transmissão de doenças
Fonte: Adaptada de Gutierres et al. (2020, p. 6). 
#PraCegoVer
Esquema citando a relação entre as ações de enfermagem, determinantes sociais de saúde, 
sustentabilidade e meio ambiente.
Estas ações de educação ambiental realizadas pelos enfermeiros devem ter 
foco no meio ambiente, contemplando ações ecossistêmicas, baseadas na 
sustentabilidade e com base nos determinantes sociais da saúde (em espe-
cial os ambientais), de modo que a população buque condições de manter as 
necessidades básicas causando o mínimo de impacto ambiental e prevenin-
do impactos sobre as gerações futuras.
Entretanto, durante este processo de criação de autonomia na população, 
as ações não devem deixar de considerar as dimensões biológicas, religio-
sas, sociais e psicológicas das pessoas envolvidas. Deste modo, o enfermeiro 
pode atuar na garantia de equilíbrio entre os aspectos individuais e as ques-
tões ambientais.
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Nesse sentido, a enfermagem é imprescindível nas ações de educação am-
biental, pois ela permite que as pessoas reflitam sobre suas ações, de modo 
que possam ter maior responsabilidade socioambiental na utilização de fon-
tes de recursos naturais de maneira sustentável.
6.1.2 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Além de criar nas pessoas maior autonomia, o enfermeiro pode atuar nas 
ações educativas em saúde ambiental a fim de aproximar a população das 
questões de saúde e do meio ambiente, reconhecer novas maneiras de con-
ceber conhecimento em suas práticas e ainda, no reconhecimento do territó-
rio de atuação.
A temática ambiental pode criar uma mobilização junto à sociedade. Peres e 
outros (2015) reforçam que o enfermeiro necessita atuar de modo a promover 
o cuidado nesta interface ambiente e pessoas, reforçando junto à comuni-
dade sentimento de solidariedade. É através desta mobilização que ele pode 
aproximar a população do meio ambiente e consequentemente, do entendi-
mento dos problemas nesta área.
Como a enfermagem tem se comportando 
frente às novas demandas socioambientais? Ela 
necessita repensar suas práticas de educação em 
saúde, de modo a atender novos problemas e 
novas condições de saúde que possam surgir em 
virtude da degradação do meio ambiente (PERES 
et al., 2015).
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Outropapel dos enfermeiros nas ações educativas é o de estarem abertos às 
novas maneiras de conceber o conhecimento. Peres et al. (2015) citam como 
exemplo, a necessidade dos enfermeiros de reorganizarem e reestruturarem 
suas formações e suas metodologias de trabalho, em direção a ações interdis-
ciplinares. Estas ações devem ter, conforme aponta Ruscheinski (2012), abor-
dagem inter e transdisciplinar.
Santana et al. (2021) comentam que quando as ações de educação ambiental 
são realizadas apenas pelos enfermeiros, isso expõe fragilidades, uma vez que 
não considera os saberes das diferentes áreas envolvidas nas ações. Por isso, 
a atuação conjunta de médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, dentre 
outros profissionais, é essencial.
 Em relação ao reconhecimento do território, sugere-se que a participação dos 
enfermeiros seja proativa nestas ações educativas em educação ambiental, e 
que participem ativamente do reconhecimento de áreas e de ambientes que 
ofereçam risco à saúde na comunidade em que as ações serão realizadas.
Para o reconhecimento, sugere-se que o enfermeiro seja capaz se elencar os 
problemas ambientais locais e ainda, que seja capaz de elencar os pontos po-
sitivos. Isso porque, além de atuar minimizando os problemas, os enfermeiros 
podem atuar fortalecendo os aspectos positivos do ambiente.
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DE UM TERRITÓRIO
Pontos Positivos Pontos Negativos
• sistema de tratamento e abastecimento 
de água;
• postos de coleta seletiva de lixo em alguns 
estabelecimentos comerciais;
• ciclovias;
• coleta de lixo doméstico sólido em dias 
alternados na maioria dos bairros;
• fábricas de reciclagem;
• lagoas urbanas;
• parques ecológicos.
• lixo a céu aberto;
• drenagem ineficiente de esgoto;
• focos de dispersão de resíduos de serviços 
de saúde em vias públicas;
• recicladores informais manipulando o lixo 
sem Equipamentos de Proteção Individual;
• terrenos baldios com acúmulo de pneus e 
garrafas;
• rios e córregos poluídos por ação de 
esgotos e acessíveis à população.
Fonte: Pereira, Ataide, Caetano (2012, p. 24).
#PraCegoVer
Tabela onde estão descritos pontos positivos de um território e os pontos negativos, 
exemplificando o reconhecimento de território a ser realizado pelo enfermeiro.
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Além destes papeis elencados, o enfermeiro assume papel fundamental na 
elaboração de políticas públicas para a implementação de ambientes saudá-
veis e ecologicamente corretos (GUTIERRRES et al., 2020).
6.1.3 RESULTADOS ESPERADOS DAS AÇÕES 
EDUCATIVAS AMBIENTAIS
De maneira geral, as ações educativas na área ambiental visam o melhora-
mento da saúde. Para isso, elas primeiramente necessitam atuar na garantia 
da promoção da saúde. Para Santos e Paschoal (2017), os resultados apenas 
são avançados quando os processos educativos “penetram de forma capilar” 
em toda a sociedade, pois apenas deste modo, haverá a promoção da saúde.
Luzzi (2012) reforça que as ações devem ser planejadas e executadas evitando 
o mecanicismo, ou seja, evitando que se tornem apenas uma prática de ro-
tina sem motivação, mas sim, que sejam 
capazes de induzir mudanças.
Isso porque, as mudanças de condutas 
não se baseiam apenas em impor e in-
formar a população, mas sim, atingir e 
induzir reflexões, de modo que se pense 
de maneira diferente em relação a algu-
mas questões ambientais, tanto indivi-
dualmente como coletivamente. Essas 
abordagens que garantem promoção da 
saúde atuam em favor da melhoria das 
condições de saúde na conjuntura atual.
Espera-se que a partir das ações educativas a população desenvolva atitudes 
pró ativas e que garanta ambientes mais saudáveis. Em relação às atitudes pro-
ativas, defende-se que o vínculo que se forma entre as ações de educação em 
saúde ambiental e a população é enriquecedor do ponto de vista de mudanças 
de comportamento (PERES et al., 2015).
Questões
O que se espera da 
população com as ações de 
educação ambiental?
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Isso é justificado porque ao refletir sobre as condutas e comportamentos, mas 
pessoas passam a construir uma visão crítica sobre a realidade, motivando-se 
a terem uma postura proativa em relação à sustentabilidade socioambiental 
do ambiente em que estão inseridas. Pinotti (2016) reforça ainda, que deve-
mos criar nas pessoas a ideia de que colhemos o que plantamos, em relação 
ao uso dos recursos naturais.
6.2 AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
AMBIENTAL VOLTADAS À QUALIDADE DE VIDA
As ações de educação em saúde ambiental visam a promoção de saúde, ao 
mesmo tempo em que trazem melhores condições relacionadas à qualidade 
de vida da população.
6.2.1 O IMPACTO DAS AÇÕES EDUCATIVAS 
DE ENFERMAGEM NA SAÚDE
Dentre os impactos das ações de enfermagem com as ações educativas, des-
taca-se, sobretudo a redução de riscos.
As ações educativas voltadas à temática da saúde ambiental estão atreladas 
ao objetivo de reduzir a incidência de doenças evitáveis e de mortalidade 
precoce, através da redução de fatores de risco, quando estes estão de al-
gum modo associadas às questões do meio ambiente em que o ser huma-
no está inserido.
Este objetivo das ações de educação ambiental surge a partir da definição de 
Vigilância Ambiental, que segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2002), tra-
ta-se de um conjunto de ações destinadas ao estudo e detecção de mudan-
ças nos fatores determinantes de saúde relacionados ao meio ambiente, com 
objetivo de elencar a partir disso, possíveis medidas de prevenção e controle 
dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou agravos à saúde.
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Os fatores de risco no contexto da vigilância 
ambiental referem-se a elementos, situações e 
condições, bem como os agentes patogênicos 
presentes no meio ambiente e que representam, 
sob condições especiais de exposição do ser 
humano, maiores probabilidades de gerar ou 
desenvolver efeitos adversos para a saúde humana 
(COSTA, 2018).
Costa (2018) reforça que a vigilância ambiental tem como função averiguar, 
identificar e criar metodologias de enfrentamento as fontes causadoras de 
agravos, extinguindo-os quando possível ou minimizando o impacto deles 
sobre a saúde humana. Além de averiguar e identificar os fatores condicio-
nantes, considerados fatores de riscos à saúde, a vigilância ambiental é res-
ponsável por divulgar estas informações à população.
A identificação dos fatores de risco ambientais relacionados à saúde é feito 
pela vigilância ambiental através de diferentes fontes, incluindo dados epi-
demiológicos, indicadores de saúde e pesquisas na área da saúde. Além des-
tes, ela utiliza-se do processamento e interpretação de dados disponibilizados 
pelo Sistema Único de Saúde, os quais são também utilizados como instru-
mentos para planejar as ações de promoção de saúde ambiental, e de pre-
venção e de controle de doenças relacionadas ao meio ambiente.
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VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
Vigilância ambiental → ações de 
promoção de saúde ambiental
Pesquisas na
área da saúde
Indicadores de
saúde
Dados
epidemiológicos
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
#PraCegoVer
A ilustração mostra o foco da vigilância ambiental, a qual se pauta em dados 
epidemiológicos, pesquisas na área da saúde e indicadores de saúde para promover as 
ações de promoção da saúde ambiental.
Desse modo, além de identificar os fatores de risco, a vigilância em ambiental 
ainda é responsável por promover ações de promoção de saúde (voltadas ao 
controle e recuperação do meio ambiente) e de estimular uma interação sau-
dável entre o meio ambiente e a sociedade, de modo queesta relação possa 
contribuir positivamente para a promoção da saúde e para a qualidade de 
vida (COSTA, 2018).
Dentre os pressupostos da vigilância ambiental, além dela ter importância 
sobre a vigilância dos fatores de risco não biológicos e na interferência destes 
com saúde humana, detém importância relacionada à gestão ambiental e a 
qualidade de vida.
Mas como a vigilância ambiental pode contribuir 
com as ações educativas nesta área? A partir 
do momento em que a vigilância ambiental 
identifica fatores de risco ambientais e possíveis 
formas de resolução, as ações de educação em 
saúde podem ser empregadas com base nestes 
achados (COSTA, 2018).
152
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Acerca das áreas de atuação ambiental, deve-se destacar que ela atua nos 
fatores de risco ambientais biológicos, e também, nos fatores de risco não 
biológicos, como os relacionados à vigilância da água para consumo humano, 
na vigilância da saúde de populações expostas a poluentes atmosféricos, a 
populações expostas a contaminantes químicos, a solo contaminado, a de-
sastres naturais e na vigilância relacionada a fatores físicos. Conheça outros 
tipos de vigilâncias ambientais a seguir, de acordo com Costa (2018):
Qualidade da água
visa assegurar ações contínuas que garantem acesso a agua potável 
em quantidade e qualidades adequadas, além de ações de promoção 
da saúde e prevenção dos agravos transmitidos pela água. 
População exposta a poluentes atmosféricos
recomenda e institui medidas de prevenção, de promoção e de 
atenção integral, reduzindo os impactos da poluição atmosférica na 
saúde. 
População exposta a contaminantes químicos
atua em medidas de promoção, prevenção contra doenças e agravos 
em populações expostas à contaminação química.
População exposta a solo contaminado
atua no monitoramento e nos cuidados a pessoas expostas a solos 
contaminados por mercúrio, amianto, chumbo, benzeno e agrotóxicos.
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Em Saúde Ambiental nos desastres naturais (estiagem, 
seca, inundações)
inclui a redução do risco destes desastres, através de planejamento, 
ações de prevenção, mitigação, e reabilitação, reduzindo o impacto 
destes na saúde, uma vez que reduz o risco de exposição a doenças 
e agravos decorrentes de calamidades, bem como os danos à 
infraestrutura de saúde.
Em Saúde Ambiental Relacionada aos Fatores Físicos
visa a proteção da população exposta às radiações ionizantes, não 
ionizantes e ainda, na preparação, prevenção e resposta do setor da 
saúde em caso de emergências radionucleares.
Estas ações de vigilância ambiental no que diz respeito aos fatores de risco 
não biológico são essenciais para garantir a proteção e promoção da saúde, 
uma vez que auxiliam na elaboração de ações específicas para cada situação, 
incluindo as ações educativas.
Considerando que a vigilância ambiental desempenha ainda tarefas como o 
estabelecimento de atribuições procedimentos e parâmetros nos diferentes 
níveis de competência, alguns órgãos a apoiam na temática relativa à vigilân-
cia ambiental. No âmbito do Ministério da Saúde, alguns órgãos e instituições 
elaboram programas, projetos e ações relacionados ao tema saúde ambien-
tal, contribuindo com a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Costa (2018) 
ressalta a atuação da Fundação Nacional da Saúde, Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária, Fundação Oswaldo Cruz, Assessoria de assuntos internacio-
nais, dentre outros órgãos, conforme a seguir:
Fundação Nacional da Saúde
sondável pela implementação e coordenação da vigilância ambiental 
em saúde.
154
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária
responsável pela fiscalização de produtos e serviços de saúde, bem 
como a verificação dos ambientes de trabalho e da fiscalização de 
ambientes considerados de risco à saúde pública.
Fundação Oswaldo Cruz
responsável pelo desenvolvimento de diversos programas e projetos 
de ciência e tecnologia, além da promoção de recursos humanos em 
saúde ambiental.
Assessoria de assuntos internacionais do Ministério 
da Saúde
coordena e articula os trabalhos relacionados aos acordos 
internacionais na área de saúde ambiental.
Nesse caso, os profissionais de saúde, incluindo os enfermeiros, podem utili-
zar do apoio destes órgãos para executar as ações em seus territórios.
6.2.2 O IMPACTO DAS AÇÕES EDUCATIVAS 
NA QUALIDADE DE VIDA DA SOCIEDADE
O conceito de qualidade de vida está atrelado a diferentes áreas de conheci-
mento, e ao longo dos anos, as definições relativas a este conceito passaram 
por múltiplas interpretações (SANTOS; PASCHOAL, 2017). O conceito atual 
tem âmbito integrador e multidimensional, fazendo referência a condições 
objetivas e subjetivas de vida.
155
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QUALIDADE DE VIDA
Qualidade de vida
Meio ambiente
Segurança física e proteção
Ambiente no lar
Recursos financeiros
Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade
Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades
Participação e oportunidades de recreação/lazer
Ambiente físico: poluição/ruído/trânsito/clima
Transporte 
Fonte: Adaptada de Santos; Paschoal (2017, p. 223).
#PraCegoVer
A tabela apresenta a definição de qualidade de vida e todos os fatores atrelados a ela, 
incluindo meio ambiente.
Essa definição remete à concepção de 
qualidade de vida relacionada tanto aos 
aspectos subjetivos quanto objetivos, que 
envolve a diversidade cultural, social e 
também, do meio ambiente em que as 
pessoas estão inseridas.
As ações voltadas à educação ambiental, 
quando efetivas, trazem consigo mudan-
ças nas condições de vida da população, 
nas políticas sociais e demais políticas 
públicas, de modo que tragam também 
uma melhoria radical da qualidade de 
vida. Isso porque, a qualidade de vida esta 
relacionada à promoção de saúde, à medida que a população tem melhores 
condições de vida têm-se também melhores níveis de qualidade de vida, ou 
seja, a população vê sua vida de uma forma melhor (SANTOS; PASCHOAL, 2017).
Questões
Mas de que modo as ações 
de educação ambiental 
impactam na qualidade de 
vida da sociedade?
156
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6.2.3 EXEMPLOS DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
Na prática, muitas ações educativas podem ser realizadas pelos enfermeiros 
nas questões ambientais. Estas ações podem ser desempenhadas em dife-
rentes locais (escolas, unidades de saúde, grupos, centros comunitários etc.) e 
destinadas a diferentes públicos. A seguir, são exemplificadas algumas ações 
realizadas por enfermeiros em educação ambiental.
Produção sustentável de alimentos
Dentre os eixos da promoção da saúde, há o eixo relacionado à alimentação 
adequada e saudável, que valorize as práticas alimentares apropriadas dos 
pontos de vista biológico e sociocultural, assim como do uso sustentável do 
meio ambiente. Nesse sentido, Costa (2018) cita que cerca de um terço dos 
alimentos consumidos cotidianamente, está contaminado pelos agrotóxicos. 
Essa exposição a alimentos contaminados por agrotóxicos pode causar além 
de intoxicações agudas, efeitos crônicos sobre o organismo. Nesse sentido, 
reforça-se a importância das ações educativas voltadas ao uso adequado dos 
recursos naturais na produção dos alimentos.
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE FORMA SUSTENTÁVEL
Fonte : Nataliya Vaitkevich, Pexels (2021).
#PraCegoVer
A foto retrata alimentos como milho, cenoura, tomates, abóbora e berinjela numa cesta.
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Açõesde educação ambiental no ambiente hospitalar
Furukawa e outros (2017) sugerem ações educativas com vistas à redução dos 
problemas ambientais a serem realizadas no ambiente hospitalar. Neste caso, 
os enfermeiros podem elaborar ações de educação destinadas a em reduzir 
o consumo de energia, reduzir o desperdício e ainda, lidar com os resíduos de 
maneira responsável.
Além disso, este autor aponta que as ações educativas no ambiente hospi-
talar podem auxiliar na redução da exposição a produtos químicos tóxicos, 
criando deste modo, ambientes de trabalho mais sustentáveis.
Os agrotóxicos são os produtos destinados à 
produção, armazenamento e beneficiamento 
de produtos agrícolas, nas pastagens, e também 
utilizados em áreas urbanas, cujo objetivo é 
modificar a composição da flora ou da fauna, a 
fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos 
considerados nocivos (COSTA, 2018). 
Comportamento ecológico na profissão
Gutierres et al. (2020) citam que umas das principais ações educativas de 
enfermagem como foco na sustentabilidade e promoção da saúde ambien-
tal devem estar atreladas a estimular os próprios profissionais enfermeiros a 
adotarem um comportamento mais ecológico no ambiente de trabalho.
Deste modo, estes profissionais podem atuar também na preservação e con-
servação do ambiente durante a realização das suas atividades profissionais.
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Incentivo a consultas de enfermagem voltadas a temática ambiental
Outro meio de ação a ser ressaltado, pode ocorrer por meio da consulta de 
enfermagem. Nesse caso, o enfermeiro pode utilizar da consulta com finali-
dade ambiental, criando junto ao paciente uma visão sistêmica do processo 
saúde doença, e elencando a importância de criar oportunidades de cuidado 
integral em relação aos fatores de risco ambientais (GUTIERRES et al., 2020).
CONSULTA DE ENFERMAGEM
Fonte: Gustavo Fring, Pexels (2021).
#PraCegoVer
A ilustração mostra uma enfermeira e uma paciente sentadas em um consultório.
Controle de zoonoses
Outra área de educação em saúde voltada à questão ambiental que o enfer-
meiro pode atuar é em ações destinadas à prevenção de zoonoses. Segun-
do Costa (2018), as zoonoses são doenças infecciosas transmitidas de animais 
para humanos ou de humanos para os animais.
Na grande maioria dos casos, as zoonoses são resultado da deterioração do 
meio ambiente, onde o homem altera as condições naturais do meio am-
biente. As ações de neste caso, devem ser direcionadas ao desenvolvimento 
de atividades de educação em saúde na comunidade como um todo, visando 
à prevenção de zoonoses (COSTA, 2018). Todavia, é necessário que durante 
as ações educativas voltadas a esta problemática, priorize-se as regiões mais 
vulneráveis, de modo a atingir o público-alvo.
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• Para aprofundar os conhecimentos acerca da 
vigilância ambiental – acesse o livro: SOLHA, R. K. de 
T. Vigilância em saúde ambiental e sanitária. São 
Paulo, Érica, 2014. (1 recurso online). Acesso pelo link.
• Para conhecer as consequências das ações de 
educação ambiental, acesse este link. 
• Como enferemeira/o, você deve ir além do ambiente 
hospitalar e precisa incorporar uma postura crítica 
e comprometida com a questão ambiental. Leia o 
artigo “Meio ambiente e saúde: um olhar a luz da 
enfermagem” e se aprofunde no assunto. Acesso 
pelo link.
• Você sabia que nas dependências da Unidade 
Básica de Saúde do Crato-CE foi construída e 
desenvolve-se uma horta para produção de 
hortaliças e ervas? Leia o artigo que relata tais 
experiências. Acesse-o pelo link.
• Quer conhecer mais sobre emergências de 
zoonoses? Acesso o link. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536513201/recent
https://www.scielo.br/j/tce/a/dHx7J9BMzPsTZwSdJ7CTSRG/?lang=pt&format=html
https://desafioonline.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/7676
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CONCLUSÃO
Os enfermeiros podem desempenhar ações direcionadas às questões am-
bientais junto à comunidade, criando nas pessoas maior autonomia e senso 
crítico em relação aos problemas ambientais e os impactos dessas na saúde 
humana. Isso resulta em mudanças de comportamentos e hábitos que se-
riam prejudiciais ao meio ambiente, dando espaço a ações sustentáveis.
De maneira geral, quando bem planejadas e executadas, as ações de educa-
ção ambiental impactam positivamente nas condições de vida, nas questões 
de saúde, e ainda, na qualidade de vida das pessoas.
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te, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, 
a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, 
a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. 
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https://www.scielo.br/j/rgenf/a/dwgSHpZrv3KrvMByzKHLBqn/?format=html&lang=pt
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http://periodicos2.univasf.edu.br/index.php/extramuros/article/view/624/346
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https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/27473
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https://periodicos.unifesp.br/index.php/revbea/article/view/2670/1638
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https://revistas.ufpi.br/index.php/nupcis/article/view/6708/pdf
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168
EDUCAÇÃO E SAÚDE
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SOUZA, M. C. M. R. de. Enfermagem em saúde coletiva: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2017.
SOUZA, M. C. M. R. de.; HORTA, N. de C. Enfermagem em saúde coletiva: teoria e prática 2. Rio 
de Janeiro, Guanabara Koogan, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788527732369/cfi/6/10!/4/2/4@0:0. Acesso em: 2 jul. 2021.
TELES, V. R.; SILVA, B. A.; QUETZ, A. V. R.; SILVA, I. S. et al. Ações educativas na promoção do aleita-
mento materno: a enfermagem como protagonista a partir da Teoria do Relacionamento Inter-
pessoal. Revista Fluminense de Extensão Universitária, v. 11, n. 1, p. 15-18, jan./jun. 2021. Disponível 
em: http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RFEU/article/view/2732. Acesso em: 
6 jul. 2021.
ZARPELLON, L. D.; SKUPIEN, S. V. Ações educativas: papel do enfermeiro na estratégia saúde 
da família. EDUCERE - XII Congresso Nacional de Educação, 26 a 29 out. 2015. Disponível em: 
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18175_11300.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021.
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	Focos e estratégias da promoção da saúde
	Estruturação dos grupos educativos
	Estratégias de educação em saúde com base na fase 
de desenvolvimento
	Aspectos positivos e negativos de um território
	Qualidade de vida
	Profissionais da saúde
	Termos similares de educação em saúde
	Revolta da Vacina 
	Esquema dacomunicação em saúde no modelo
tradicional e no modelo atual 
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	Reunião de estudos entre profissionais da equipe
	Ações de autoeducação
	Visita domiciliar
	Meios de comunicar em saúde 
	Pressupostos da educação em saúde 
	Atuação do enfermeiro no cuidado em saúde 
	Ação educativa através de visita domiciliar
	Rodas de conversa
	Grupo educativo
	Eixos do planejamento das ações educativas 
	Fragmentação das temáticas 
	Etapas das ações educativas 
	Problema relacionado ao uso de drogas
	Setores a serem trabalhados nas ações de educação em saúde 
	Locais de lazer
	Urbanização intensa
	Fatores do meio ambiente que interferem na saúde
	Condições de moradia
	Atividade industrial
	Poluição da água
	Poluição do solo por lixo
	Crianças em ambientes insalubres
	Vetores de doenças
	Poluição do ar
	Plantio de árvores
	Responsabilidade de cada indivíduo pelo meio ambiente
	Consciência ambiental de geração para geração
	Ações interdisciplinares de promoção da saúde ambiental locais, regionais, nacionais e globais.
	Ação de educação ambiental voltada a crianças
	Planejamento de construções no meio urbano
	Programa de televisão
	Garantia de transporte para acesso à escola
	Espaços de discussão coletiva
	Pontos relevantes nas ações de educação ambiental 
	Participação ativa das pessoas
	Cuidados com as plantas e o solo
	Relação entre as ações de educação ambiental 
realizadas pelos enfermeiros
	Vigilância ambiental 
	Produção de alimentos de forma sustentável
	Consulta de enfermagem
	Apresentação da disciplina
	1 INTRODUÇÃO
	1.1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE
	1.2 CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
	2 Processos educativos em saúde
	INTRODUÇÃO
	2.1 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
	2.2 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NOS PROCESSOS EDUCATIVOS
	3 Estruturação das ações de educação em saúde
	INTRODUÇÃO
	3.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
	3.2 PLANEJAMENTOS DAS AÇÕES EDUCATIVAS
	4 Educação em saúde e meio ambiente
	INTRODUÇÃO
	4.1 Educação ambiental como meio de promoção da saúde
	4.2 Problemas ambientais
	5 Promoção da saúde através da educação ambiental
	INTRODUÇÃO
	5.1 Educação ambiental e enfermagem
	5.2 Ações educativas em saúde ambiental
	6 A enfermagem voltada à educação ambiental: estratégia de promoção da saúde
	INTRODUÇÃO
	6.1 Impactos das ações educativas de enfermagem em saúde ambiental
	6.2 Ações de educação em saúde ambiental voltadas à qualidade de vida

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