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Estrutura de Mercado 
e Tomada de Decisão
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Bruno Leonardo Silva Tardelli
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Custos
• Conceitos Básicos de Custos
• Custos: Curto Prazo e Longo Prazo
• Custo Médio e Custo Marginal
• Do Curto Prazo ao Longo Prazo
• Isocusto
• Escolha de Fatores de Produção
• Caminho de Expansão
• Economias e Deseconomias de Escala
• Economias e Deseconomias de Escopo
• Considerações Finais
Os objetivos desta Unidade são:
 · Apresentar o problema de restrição do ponto de vista da oferta, 
salientando as alterações de custos quando há modificação do 
volume de produção e da composição dos fatores de produção
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta unidade, serão discutidos aspectos relacionados aos custos de 
produção, tanto no curto quanto no longo prazo. Portanto, preste bastante 
atenção ao conteúdo para melhor compreensão do tema abordado, bem 
como às atividades propostas na unidade.
ORIENTAÇÕES
Custos
UNIDADE Custos
Contextualização
Os custos são limitadores da produção empresarial. Por isto, para maximizar 
o lucro, a firma deve “estar de olho” na combinação ideal de insumos.
6
7
Conceitos Básicos de Custos
Alguns conceitos iniciais envolvendo custos precisam ser apresentados antes de 
serem analisados. A tabela 1 apresenta a separação de conceitos importantes para 
a continuidade do aprendizado.
Tabela 1 – Conceitos Básicos de Custos
Alguns Tipos de Custos Definição
Custos Contábeis
Despesas correntes mais as despesas relacionadas pela 
depreciação dos equipamentos de capital.
Custos Econômicos 
Custos que uma empresa tem para utilizar os recursos 
econômicos, incluindo os custos de oportunidade.
Custos Fixos
Custos que não variam com o nível da produção e só podem 
ser eliminados se a empresa deixar de operar.
Custos Variáveis Custos que variam quando o nível de produção varia.
Custo Total
Custo econômico total da produção, consistindo em custos 
fixos e variáveis.
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 194 a 196).
Os custos contábeis se diferenciam dos custos econômicos pelo fato de aqueles 
estarem associados a gastos ao longo de um processo produtivo (como aluguel 
de uma fábrica, depreciação contábil de equipamentos, salários de mão de obra 
voltados ao processo produtivo) ou, no caso de uma empresa ligada ao comércio, 
o custo está associada ao gasto com a compra de mercadorias para revenda. Para 
mais detalhes sobre terminologia de custos contábeis, ver Martins (2010). Por outro 
lado, os custos econômicos, além de incluírem gastos gerais para a produção de 
uma mercadoria, incluem o custo do dinheiro que está aplicado em qualquer fator 
de produção (custo de oportunidade).
Além de serem separados em contábeis e econômicos, os custos podem ser fixos 
ou variáveis. A distinção entre estes diz respeito ao nível de produção. Os custos 
que não variam em função da quantidade produzida são denominados custos fixos. 
Por outro lado, os custos variáveis são aqueles que não variam em função do nível 
produtivo. O aluguel de uma fábrica, por exemplo, poderia ser visto como fixo, 
pelo menos, no curto prazo, enquanto o gasto com matéria-prima, normalmente, 
é um custo variável.
7
UNIDADE Custos
Custos: Curto Prazo e Longo Prazo
A diferenciação de curto prazo e longo prazo é importante no estudo de custos 
de produção. 
A diferença entre curto prazo e longo prazo não está em um tempo pré-
determinado. O curto prazo é o período em que, pelo menos, um dos custos é visto 
como fixo. No longo prazo, por sua vez, todos os custos são considerados variáveis, 
pois o longo prazo é o período em que a empresa possui ampla capacidade de 
flexibilizar suas operações, como a expansão de unidades produtivas, ou alteração 
da quantidade de todos os fatores de produção.
Custo Médio e Custo Marginal
A nomenclatura de custos não se limita a custos contábeis, econômicos, fixos e 
variáveis. Outros tipos de custos são custo marginal, custo total médio, custo fixo 
médio e custo variável médio. A tabela 2 traz a definição e equação para cálculo. 
Considere q como quantidade produzida; CMg, custo marginal; C, custo total de 
produção; CTMe, custo total médio; CFMe, custo fixo médio; e CVMe como o 
custo variável médio.
Tabela 2 – Custo Marginal e Custos Médios
Definição Equação
Custo Marginal
Aumento no custo resultante da 
produção de uma unidade adicional 
de produto.
 
C
CMg
q
∆
=
∆
Custo Total Médio Custo total da empresa dividido pela 
quantidade produzida.
 
C
CTMe
q
=
Custo Fixo Médio Custo fixo dividido pela quantidade 
produzida.
 
CF
CFMe
q
=
Custo Variável 
Médio
Custo variável dividido pela quantidade 
produzida.
 
CV
CVMe
q
=
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 198 a 199).
O custo marginal (CMg) é o custo de uma adicional de produção. Por exemplo, 
se uma empresa de equipamentos eletrônicos, ao produzir 10 notebooks, possui 
custo total de $1000 e, ao produzir a 11ª unidade, passa a ter custo total de 
$1155, então, o custo marginal entre a 10ª e 11ª unidade foi de $155.
8
9
Além do custo marginal, a tabela 2 apresenta o conceito de custo total médio 
(CTMe). Esse custo apenas expressa a média dos custos com as unidades produzidas. 
No exemplo da empresa que fabrica notebooks, o CTMe será de $ 100 para a 
produção de 10 unidades $1000
10
    e de $ 105 para a produção de 11 unidades 
$1155
11
   .
A partir da exploração de exemplos dos conceitos, você irá compreender como 
é possível uni-los. A tabela 3 apresenta o desenvolvimento dos custos de uma 
empresa à medida que ela eleva o nível de produção (coluna 1). É possível observar 
que o custo fixo total (coluna 2) independe do volume de produção e o custo variável 
total (coluna 3) se eleva conforme o nível produtivo, o que já é esperado, a partir 
dos conceitos apresentados anteriormente. Observe também que o custo total de 
produção – que representa a soma do custo fixo e do custo variável – altera-se na 
mesma medida que o custo variável e, esta variação pode ser encontrada no cálculo 
do custo marginal. Por exemplo, entre o nível de 3 a 4 unidades de produção do 
bem, o custo variável salta de $98 para $112 e o custo total, de $148 para $162, 
sendo que ambos possuem variação de $14. Essa variação está representada na 
coluna de custo marginal na linha do nível de produção de 4 unidades. Por fim, 
apresentam-se o custo variável médio e custo fixo médio nas colunas seguintes, 
calculados a partir de equações apresentadas anteriormente. 
Tabela 3 – Exemplo de Custos 
Nível de 
produção 
(unidades por 
ano)
Custo fixo 
(unidades 
por ano)
Custo variável 
($ por ano)
Custo total 
($ por 
ano)
Custo marginal 
($ por unidade)
Custo fixo médio 
($ por unidade)
Custo variável 
médio ($ por 
unidade)
Custo total 
médio ($ por 
unidade)
  CF CV C CMg CFMe CVMe CTMe
0 50 0 50 -   - -
1 50 50 100 50 50,0 50,0 100,0
2 50 78 128 28 25,0 39,0 64,0
3 50 98 148 20 16,7 32,7 49,3
4 50 112 162 14 12,5 28,0 40,5
5 50 130 180 18 10,0 26,0 36,0
6 50 150 200 20 8,3 25,0 33,3
7 50 175 225 25 7,1 25,0 32,1
8 50 204 254 29 6,3 25,5 31,8
9 50 242 292 38 5,6 26,9 32,4
10 50 300 350 58 5,0 30,0 35,0
11 50 385 435 85 4,5 35,0 39,5
Fonte: Pindick e Rubinfeld (2010, p. 199).
Uma característica importante da tabela é explorar o custo marginal de produção 
(coluna 5), que mostra a variação do custo total (e do custo variável) em função da 
quantidade produzida (coluna 1).
9
UNIDADE Custos
Observe que o custo marginal (CMg) está inicialmente em um patamar de $50 
e, à medida que se produz, o custo marginal se reduz. Uma explicação para esse 
fato é o de que o produtomarginal do fator trabalho é crescente na empresa. Qual 
a relação disso com o custo marginal? Isso será detalhado na sequência. 
A partir do fator de produção trabalho, considerado variável e o capital 
considerado fixo, por conta do produto marginal do trabalho ser crescente à 
medida que o nível produtivo se eleva, ser mais produtivo, significa que os mesmos 
trabalhadores são capazes de produzir mais. E cada um deles produzindo mais e 
recebendo o mesmo salário (w), independente do nível produtivo, o custo de cada 
unidade a mais que está sendo produzida diminuirá. Ou seja, o custo marginal 
estará em queda, em função do crescimento do produto marginal do trabalho. Por 
outro lado, quando a lei dos rendimentos decrescentes entra em cena, o produto 
marginal do trabalho seria decrescente, de modo que cada trabalhador a cada 
unidade adicional de produto estaria produzindo menos em relação à unidade 
anterior. Assim, o custo por cada unidade adicional estaria em ascensão. Ou seja, 
o custo marginal se eleva. É o que está representado na tabela 3 entre a quarta e 
a quinta unidades produzidas. 
Análise da curva de Produto Marginal e a Lei dos Rendimentos Decrescentes 
Relacionando a presença de dois insumos, capital e trabalho, sendo este variável 
e aquele fixo, Pindyck e Rubinfeld (2010) explicam a lei da seguinte forma:
A lei dos rendimentos marginais decrescentes diz que, à medida que 
aumenta o uso de determinado insumo em incrementos iguais (mantendo-se 
fixos os demais insumos), acaba-se chegando a um ponto em que a produção 
adicional resultante decresce. Quando a quantidade utilizada do insumo 
trabalho é pequena (e o capital é fixo), pequenos incrementos de insumo 
trabalho geram substanciais aumentos no volume de produção, à medida 
que os funcionários são admitidos para desenvolver tarefas especializadas. 
Inevitavelmente, entretanto, a lei dos rendimentos marginais decrescentes 
entra em ação. Quando houver funcionários em demasia, alguns se tornarão 
ineficientes e o produto marginal do insumo trabalho apresentará queda. 
(PINDICK e RUBINFELD, 2010, p.175)
Do Curto Prazo ao Longo Prazo
No longo prazo, a empresa possui a flexibilidade para escolher todos os seus 
insumos, de modo a não haver a restrição de um dos insumos, como existe no curto 
prazo. Até o momento, foi visto o curto prazo, em que os exemplos mantiveram o 
insumo capital como fixo e o trabalho, como representante de insumo variável. A 
partir de agora, os exemplos serão vinculados ao longo prazo.
10
11
Isocusto
O estudo econômico é pautado sempre de um “porém”, que normalmente 
denota alguma limitação que se possui. Quando se escolhe algo, normalmente 
tem-se que deixar de ter outro item, de modo que da mesma forma que para você 
como consumidor existe limitação, o produtor também a enfrenta. A análise de 
longo prazo se inicia a partir da restrição orçamentária que o produtor possui.
O produtor, ao se defrontar com a livre escolha de insumos, encontra-se no 
longo prazo. Em função disso, deve escolher como será a composição de fatores 
de produção para gerar os bens ou serviços que a empresa deseja. Acompanhado 
dos insumos, vêm os custos associados a cada um deles. Assim, a empresa terá 
limitação de insumos que poderá utilizar no processo produtivo, em função dos 
recursos financeiros que esta dispõe. 
Como no longo prazo todos os custos são variáveis, levando em consideração 
apenas dois tipos de insumos, quais sejam, capital (K) e trabalho (T), a empresa 
terá de pagar pelo uso deles. O custo do uso do trabalho, que é o salário, será 
representado por w. Por outro lado, deve-se avaliar qual será o custo do capital, o 
que merece uma atenção especial.
 Partindo de uma análise simples, o custo do capital é o que se “perde” o 
utilizando. O custo do uso do capital é representado pelo custo de oportunidade, 
sendo este o que poderia ser ganho em outro local, como em alguma aplicação 
financeira de renda fixa por exemplo. Adicionalmente, o custo do uso do capital 
inclui a depreciação. Ao comprar e utilizar uma máquina, por exemplo, o produtor 
gasta recursos vinculados ao desgaste da máquina, mesmo que a mantenha sem 
uso. Assim, o custo do uso do capital também seria o que se “corrói” de recursos 
ao utilizá-lo, o que recebe o nome de depreciação.
De forma geral, portanto, o custo do uso do capital é a soma do custo de 
oportunidade mais a depreciação econômica. O custo do uso do capital será 
aplicado nesta unidade como uma taxa percentual r, a qual “remunera” o capital 
investido na empresa. Por exemplo, se o montante aplicado para a montagem da 
empresa for de $1.000.000 e o r for de 8% por ano, isto significa que o custo do 
uso do capital será de $80.000 por ano.
Uma vez que o custo total de produção no longo prazo representa a soma 
dos custos variáveis – vinculados no exemplo a gastos com capital e trabalho –, a 
equação do custo total pode ser formada por:
C = wT + rK
Em que:
C é o custo total de produção;
T é o número total de trabalhadores;
K é o número de unidades de capital investidos na empresa;
w é o salário por trabalhador; 
r é a taxa de uso do capital por cada unidade de recurso investida na empresa.
11
UNIDADE Custos
Assim, como uma função linear pode assumir a forma y = a + bx, a equação 
C = wT + rK será reescrita até assumir a forma de y em função de x, sendo o y 
representado pelo K, e o x, pelo T. Observe as manipulações a seguir:
= +
− + =
− =− + 
C wT rK
rK C wT
rK C wT
Multiplicando toda a equação por (-1):
= −
= −
 
 
rK C wT
C
r
K w 
r
T
Em que −
w
r
 é a inclinação da equação linear e c
r
, o intercepto.
A equação = −c wK T
r r
 representa a linha de “restrição orçamentária” do 
produtor, a chamada Isocusto.
A partir da equação = −
c w
K T
r r
, pode-se criar o gráfico com a isocusto. O 
gráfico 1 apresenta três linhas de isocusto em diferentes níveis – as quais adquirem 
o mesmo formato das linhas de restrição orçamentárias quando o assunto é o 
consumidor. Das linhas retas mais próximas da origem do gráfico (0,0), seguindo 
para as linhas retas mais afastadas, a capacidade de recursos para arcar os custos 
da empresa aumenta. A isocusto C1 seria superior à isocusto Co e C2, por sua vez, 
seria superior à isocusto C1. 
Observe que se − w
r
 representa a inclinação da isocusto, então, modificações em 
w ou em r, ou em ambos, podem ser capazes de alterar a inclinação da reta.
Gráfico 1 – Escolha de insumos: produção versus custos
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 206)/ Fernando e Ivonn Quijano (2010).
12
13
Agora que já foi comentado sobre como é formada a isocusto, a empresa precisa 
decidir o quanto produzir e qual a combinação de insumos que escolherá de modo 
a maximizar a produção devido à restrição de custos da empresa. O tópico seguinte 
será dedicado a estas questões.
Escolha de Fatores de Produção
A escolha da proporção de fatores a serem utilizados na produção de qualquer 
bem depende dos custos que a empresa pode assumir. Assim, a partir da isocusto 
que a empresa possui, pode-se realizar uma série de combinações entre os fatores 
de produção, capital e trabalho. As combinações de fatores de produção que 
geram a mesma produção formam a curva denominada isoquanta. No gráfico 1, a 
isoquanta está indicada por q1. 
Observe pelo gráfico 1 que, para a empresa atingir o nível de produção q1, 
pode fazê-lo aos níveis de custo C1 (ponto K1, L1) e C2 (pontos K2, L2 e K3, L3). 
Entretanto, ao nível Co não é possível, pois esta isocusto não alcança o nível de 
produção q1.
Apesar de ser possível produzir q1, por meio dos custos C1 e C2, o custo assumido 
em C1 é menor. Se for observado no gráfico 1, a isocusto C1, no ponto K1, L1, 
apresenta o menor custo o qual é possível atingir o nível de produçãoq1. Assim, 
caso o produtor intenção de produzir q1 unidades de um bem, o menor custo será 
atingido ao escolher a combinação K1, L1 – que pertencem à linha isocusto C1.
A forma de explicitar matematicamente esse ponto máximo de produção 
a um determinado custo ou, da mesma forma, o mínimo de custo sujeito a um 
determinado patamar de produção, é através da inclinação neste ponto K1, L1.
Do ponto de vista da produção, a Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST) 
exibe as inclinações da isoquanta e, colocando a quantidade de trabalhadores em 
função da quantidade de capital, é dada por: 
∆ ∆
= = −
∆ ∆
(ou para tonar o resultado positivo)
K K
TMST TMST
L L
Por outro lado, a inclinação da isocusto é − w
r
. Assim, o ponto K1, L1, é o ponto 
em que a inclinação da isoquanta é a mesma inclinação da linha de isocusto, ou seja:
∆
= −
∆
K w
L r
13
UNIDADE Custos
Taxa Marginal De Substituição Técnica (TMST)
No longo prazo, a firma não estará mais limitada pela fixação de insumos. A possibilidade de 
variar todos os insumos no longo prazo trará à empresa a possibilidade de encontrar diversas 
formas de alcançar um mesmo nível de produção, de modo a construir uma isoquanta.
Entretanto, uma isoquanta revela mais do que simplesmente revelar as formas de se ter o 
mesmo patamar produtivo.
Cada ponto de uma isoquanta revelará uma inclinação, que pode ser a mesma ao longo 
da curva, no caso de insumos que sejam substitutos perfeitos, ou uma inclinação distinta 
a cada ponto.
A inclinação de cada ponto (ou de um trecho) revelará a taxa marginal de substituição 
técnica entre os fatores de produção, também conhecida como taxa marginal de 
substituição técnica (TMST).
A ideia da TMST é de que, ao deixar de utilizar uma determinada quantidade de um tipo 
de insumo, deve-se acrescentar uma quantidade de outro insumo caso se queira manter 
o mesmo nível de produção. Por exemplo, se, ao produzir uma mesa em uma marcenaria, 
utilizam-se 5 funcionários e uma máquina, ao utilizar um maquinário inferior, para que a 
produção da referida mesa ocorra, é necessário o acréscimo de trabalhadores, ou pelo 
menos o uso de mais horas de trabalho dos atuais funcionários. 
A variação da quantidade do insumo que deixou de ser usado e a variação da quantidade 
do insumo que passou a ser acrescentado será a base para estabelecer o valor da TMST.
Conforme Pindyck e Rubinfeld (2010), a taxa marginal de substituição técnica (TMST) é a 
quantidade que se pode reduzir um determinado insumo quando se eleva uma unidade 
de outro insumo, de modo a manter a produção constante.
Caminho de Expansão
A empresa terá uma decisão ótima quando souber sua limitação de custos, bem 
como o nível de produção que deseja atingir, de acordo com a função de produção 
que ela possui. Entretanto, para cada nível de custo que a empresa tiver e, portanto, 
para cada linha de isocusto, esta poderá atingir outro patamar de produção, de 
modo que também haverá outro ponto ótimo de escolha de insumos para este nível 
superior de produção. Chama-se caminho de expansão, a linha que forma todas as 
combinações ótimas de insumos, à medida que a isocusto e o nível de produção, 
conjuntamente, alteram-se. Formalmente, o caminho de expansão é a “[...] curva 
que passa pelos pontos de tangência entre as linhas de isocusto e as isoquantas de 
uma empresa.” (PINDYCK e RUBINFELD, 2010, p. 211).
A partir do gráfico 2.a, é possível verificar um exemplo de como o caminho de 
expansão de longo prazo poderia ser apresentado. Como no longo prazo, ambos 
os insumos podem se alterar, o caminho de expansão se desenha ao longo da 
ampliação de capital e trabalho, o que também onera mais a empresa e, portanto, 
também, aumenta o custo total de longo prazo (Gráfico 2.b).
14
15
Gráfico 2 – Caminho de Expansão de Longo Prazo
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 211)/ Fernando e Ivonn Quijano (2010).
Por outro lado, o caminho de expansão também é válido para o curto prazo. 
Entretanto, como neste período o produtor está restrito em pelo menos um dos 
insumos, o caminho de expasão terá uma modificação em relação ao longo 
prazo. Observe que, no gráfico 3, o caminho de expansão de curto prazo aparece 
“deitado”. Isto ocorre, pois a restrição, no exemplo deste gráfico, é em relação 
ao fator de produção capital (K1), de tal modo que os pontos de maximização de 
lucro e expansão de custo total no curto prazo dependeriam, exclusivamente, das 
modificações no fator de produção trabalho.
15
UNIDADE Custos
Gráfico 3 – Caminho de Expansão de Longo Prazo versus Caminho de Expansão de Curto Prazo
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 213)/ Fernando e Ivonn Quijano (2010).
Na próxima seção, a análise de longo prazo continuará com o tópico de 
economias e deseconomias de escala.
Economias e Deseconomias de Escala
Algumas empresas possuem vantagem de custo ao produzir uma quantidade 
maior de produtos. Essas empresas conseguiriam aumentar a produção, sem 
aumentar seus custos na mesma proporção. Um dos motivos para isso ocorrer 
é que os funcionários poderiam se especializar nas atividades em que são mais 
produtivos. Outra justificativa seria o fato de a empresa comprar um lote maior 
de insumos para a produção e, poderia conseguir alguns descontos com isso. 
Nesses casos, a empresa teria economias de escala. Formalmente, para Pindyck e 
Rubinfeld (2010, p. 214), uma empresa apresenta economias de escala quando 
se pode dobrar o produto, mas não o custo.
Por outro lado, existem empresas as quais, por questões de dificuldades 
operacionais em função da expansão, por exemplo, ao dobrar a produção, é 
necessário que os custos mais do que dobrem. Nesse caso, diz-se que a empresa 
enfrenta deseconomias de escala.
Uma forma bastante utilizada de mensurar as economias de escala de uma empresa 
é por meio da variação percentual do custo total da produção em relação à variação 
percentual da quantidade produzida, ou seja, por meio de cálculo de elasticidade.
16
17
A equação para medição das economias de escala (se houver) é:
∆   
=
∆   
c
C
CE
q
q
Em que:
∆C é a variação no custo de produção;
∆q é a variação na quantidade produzida;
C é o custo total de produção inicial; 
q é a quantidade produzida inicial.
Caso o Ec seja menor que 1, então a empresa apresenta economias de escala. Por 
outro lado, caso o Ec seja maior que 1, a empresa apresenta deseconomias de escala.
Por exemplo, caso a quantidade produzida por uma empresa se modifique 
de 100 para 150 unidades e, ao mesmo tempo, o custo total de produção seja 
inicialmente de $ 600 e altere para $ 720 ao produzir 150 unidades, então:
 
 −        
= = = =
−         
$720 $600 120
$600 0,20600 0,20
300 150 150 1,00
150 150
cE
Portanto, essa empresa apresenta economias de escala. Nesse exemplo, a 
empresa apresenta um grau de economia de escala bastante expressivo, pois dista 
bastante do nível que mostraria a presença de deseconomias de escala.
Economias e Deseconomias de Escopo
Uma pergunta que pode ser feita é: se uma empresa se unir a outra para 
produzir um determinado produto, elas serão capazes de produzir mais do que 
individualmente? Esse questionamento diz respeito aos conceitos de economias e 
deseconomias de escopo.
Conforme Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 218), ocorrem economias de escopo 
quando a produção conjunta de uma única empresa é maior do que aquilo que 
poderia ser produzido por duas empresas diferentes, cada uma das quais gerando 
um único produto. Por outro lado, ocorrem deseconomias de escopo quando a 
produção conjunta de uma única empresa é menor do que aquilo que poderia ser 
produzido por duas empresas que geram produtos únicos.
17
UNIDADE Custos
O fato de terem maior produtividade conjuntamente quando existemeconomias de 
escopo significa que as empresas acabam por reduzir seus custos totais, pois utilizam 
menos insumos para gerar determinada quantidade de produtos. Assim, o grau de 
economia de escopo pode ser medido por meio da existência de custos adicionais 
quando as empresas se juntam, ou da redução destes custos. Para se medir o grau de 
presença de economias de escopo, portanto, pode-se utilizar a equação: 
( ) ( ) ( )
( )
+ −
=
 , 
, 
A B A B
A B
C q C q C q q
GES
C q q
Em que:
C(qA) é o custo total da quantidade produzida q pela empresa A.
C(qB) é o custo total da quantidade produzida q pela empresa B.
C(qA,qB) é o custo total da quantidade produzida q pelas empresas A e B.
Formalmente, o grau das economias de escopo (GES) significa “[...] porcentagem 
de economia nos custos quando dois ou mais produtos são produzidos em conjunto em 
vez de serem gerados individualmente.” (PINDYCK e RUBINFELD, 2010, p. 218). 
A equação indica que: 
1. Caso o resultado seja positivo, significa que a soma dos custos individuais 
de produção são maiores que conjuntamente, então existem Economias 
de Escopo.
2. Caso o resultado seja negativo, a soma dos custos individuais são menores 
que conjuntamente, então existem Deseconomias de Escopo.
Por exemplo, caso:
C(qA) = 50
C(qB) = 100
C(qA, qB) = 120
Então, 
+ −
= = =
50 1 00 1 20 30
 0,25
120 120
GES
Assim, haveria economias de escopo num grau de 25%.
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Por outro lado, se:
C(qA) = 50
C(qB) = 100
C(qA, qB) = 200
 
+ −
= =− = −
50 1 00 200 50
 0,25
200 200
GES
 Nesse caso, haveria deseconomias de escopo num grau de 25%.
Considerações Finais
Nesta unidade você teve a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento 
dos custos empresariais, tanto no curto como no longo prazo. Assim, foi possível 
entender que os custos podem não somente ser variáveis, mas possuir trajetória 
bem definida, a partir do conceito de margem, que foi bastante explorada no curto 
prazo. Além disso, no longo prazo verificou-se a existência de um ponto ótimo que 
define a maior produção possível para um dado montante de custos que podem ser 
assumidos. Por fim, dedicou-se a complementar a análise de longo prazo, a partir 
dos conceitos de economias e deseconomias de escala, bem como pelas economias 
e deseconomias de escopo. 
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UNIDADE Custos
Material Complementar
 Sites
No link abaixo, você pode conferir uma reportagem do portal Exame de 29 de março 
de 2014, sobre o livro The Zero Marginal Cost Society (A Sociedade do Custo Marginal 
Zero, em tradução livre) de Jeremy Rifkin. A reportagem salienta o objetivo incessante 
do capitalismo em aumento da produtividade (reduzindo custos). Tal estratégia poderia 
gerar custo marginal igual a zero, de modo que as pessoas não teriam mais empregos 
e isto seria o fim do capitalismo. 
http://goo.gl/6VXNZG
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Referências
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: O Uso da Contabilidade de Custos Como 
Instrumento Gerencial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2010.
VASCONCELLOS, M. A. S.; OLIVEIRA, R. G.; BARBIERI, F. Manual de 
Microeconomia. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
VARIAN, H. R. Microeconomia: Princípios Básicos. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Campus, 2005.
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