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SEMANTICA DA LINGUA INGLESA - APROFUNDANDO-SE NA PRAGMATICA

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Autoria: Ma. Anay Cardoso Miranda
Revisão técnica: Ma. Rita de Cássia Eleutério De Moraes
SEMÂNTICA DA LÍNGUA INGLESA
APROFUNDANDO-SE
NA PRAGMÁTICA
Introdução
Você, estudante, sabe o que quer dizer dêixis? Já sabe a diferença entre
pressupostos e subentendidos? Você poderia dizer como a ética e a ideologia
fazem parte do nosso cotidiano e se relacionam com o discurso? Tais
questionamentos poderão ser elucidados com o estudo da Pragmática.
Nesta unidade, portanto, você veri�cará como esse ramo da Linguística vem
ganhando a atenção dos teóricos, pois compartilha com a Semântica o status de
trabalhar com o sentido. Você verá que o discurso se relaciona profundamente
com a Pragmática e que ela trata dos atos de fala. Você poderá veri�car que a
atenção hoje dada ao contexto trata de estar voltado para a realidade da
comunicação humana.
Você poderá entender também como os estrangeirismos povoam nosso idioma
e como esse processo de povoamento foi possível no decorrer de tempos de
convívio com a língua inglesa.
Desse modo, ao �nal dessa unidade você terá identi�cado os aspectos mais
intrínsecos que caracterizam essa linha de análise, para a qual nos voltaremos
nesse momento. Aproveite bem esse momento de pesquisa e exploração!
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 44 minutos.
Fançois Recanati (2006) nos situa quanto a dois domínios ou áreas da
Linguística que tratam sobre aspectos semelhantes: A Semântica e a
Pragmática. Para esse autor, não é possível separar as palavras do mundo, como
do uso das palavras. Desse modo, quando pensamos em palavras, e isso nos
remete a textos orais ou escritos, estamos assumindo que essas palavras se
relacionam com o mundo material no qual vivemos e compartilhamos nossas
experiências.
4.1 Pragmática - A construção do sentido no
texto
Por esse fato, nossas experiências se articulam por meio de usos que fazemos
dessas palavras. O acúmulo de usos na memória nos faz ter certa familiaridade
com contextos distintos, bem como nossa criatividade nos possibilita novos
usos e, por isso, tanto os sentidos como os contextos são necessários para
nossa comunicação.
Márcia Cançado (2008) nos apresenta bem como a Semântica se volta não só
para o signi�cado das palavras, mas também para o das sentenças. Entretanto,
como a própria autora assevera, não seria possível pensar que a Semântica
�caria restrita apenas ao campo do sistema linguístico, mesmo porque a língua
não associa palavras apenas como aglomerados sintáticos, mas também as
associa em níveis de blocos de sentidos, na medida em que as sentenças são
apresentadas a partir de implicações de diferentes ordens.
Vejamos o Exemplo 1 a seguir:
À propósito do que levanta Cançado (2008), podemos analisar os sentidos de
implicação: quando a�rmamos (1a), tivemos como pressuposto (1b), do mesmo
modo que (1a) acarretou (1c), tanto quanto (1a) acarretou (1d). Assim, quando
dizemos algo, devemos considerar que há aspectos que estão implícitos no jogo
da associação dos termos na oração e na organização das sentenças, ou seja,
que compreendem uma consciência do falante com relação ao que foi dito e ao
a) Luciano bateu o carro dele nas férias do trabalho.
b) Luciano possui um carro.
c) Alguém trabalha.
d) Alguém estava de férias.
que não foi dito, mas também associado ao que está envolvido quando dizemos
algo, o que Cançado (2008, p. 20) aponta como “operações de natureza muito
complexa”.
Entendidos esses fatos, percebemos que o conhecimento semântico também
gera um conhecimento compartilhado entre os interlocutores, como ocorre com
a pressuposição, que está implícita na sentença que foi proferida em (1a) e foi
pressuposta em (1b). Isso quando se informou sobre o que ocorreu com
Luciano, que possuía um carro e o bateu nas férias do trabalho. Esse
conhecimento é de natureza pragmática, isto é, determinado pelo uso que os
interlocutores fazem das sentenças e como elas se comportam no sistema
complexo da consciência compartilhada, como mencionamos anteriormente.
A Pragmática trata da interpretação do que foi dito por um falante/escritor em
uma dada situação. Esse aspecto nos remete imediatamente à recepção por
parte do ouvinte/leitor que processa esse estímulo linguístico por meio de sua
experiência nos usos de formas da língua. O ouvinte/leitor detém o
conhecimento enciclopédico, o conhecimento pressuposto e as normas sociais
necessárias para essa interpretação.
Purpura (2004) nos apresenta exemplos interessantes sobre a interação de
interlocutores face a face. Esse teórico, que faz parte da linha de Herbert Paul
Grice (1913-1988), de tradição �losó�ca, pontua que a denominada gramática do
sentido incorpora o sentido literal e intencionado de um enunciado. Isso signi�ca
que há um interesse por parte desses teóricos em inserir a Pragmática no
campo da Gramática. Desse modo, o que ele denomina de Pragmática do
Signi�cado abriga os sentidos diversos que abrangem a interação pela
linguagem. Um exemplo que pode ilustrar bem a questão apontada aqui trata
que, algumas vezes, podemos extrapolar limites sociais:
A. Can I have another doughnut, honey?
B. You keep it up and you’re gonna look like one.
A: Posso comer outro doughnut, querido(a)?
B: Continue assim e você se parecerá com um. (PURPURA,
2004, p. 75, tradução nossa)
Observe que em A, o autor nos faz pensar que o sentido literal e o sentido
pretendido tratam da solicitação de um outro doce, porém, em B, o sentido literal
passa a ser que se A continuar a comer outros doces, A engordará e tomará a
forma de um doce, no caso um doughnut.
Perceba que a palavra “querido(a)”, expressada pelo adjetivo  honey,  que pode
estar no masculino ou no feminino na língua inglesa, denota o tipo de relação
entre os participantes da interação, ou seja, são próximos, quem sabe uma casal,
porém, B, ao externar o comentário sobre A manter a calma quanto à ingestão
do doce, B extrapola até os limites de intimidade advindos do nível de relação,
pois chega a sugerir que a forma da pessoa poderá ser semelhante ao do doce,
o qual é redondo e massudo.
Nesse ponto, compreendemos que a Pragmática nos possibilita conhecer
estruturas que habilitam os falantes a usarem fatores contextuais. Purpura
(2004) destaca que tal conhecimento depende dos aspectos funcionais e
implicatórios da linguagem, isto é, o participante deverá ter minimamente um
conhecimento funcional e um conhecimento implicatório, ambos responsáveis
pelo entendimento das formas na interação comunicativa.
James Enos Purpura é professor de Linguística Aplicada na Columbia
University. Sua pesquisa tem como foco a avaliação da Gramática, do
sentido e sobre fundamentos da avaliação. Ele realiza pesquisas sobre o
estudo da língua como L2 e como LE. Suas publicações são muito citadas
por conta do fato de ele ter como foco o sentido e o estudo dos contextos
em que os sentidos são operados na comunicação. Também há grande
ênfase em seu trabalho em relação ao conteúdo veiculado nas
mensagens encerradas nos enunciados dos falantes, suas intenções,
suas habilidades em trabalhar os aspectos envolvidos na comunicação,
como associados à cultura e às escolhas individuais.
VOCÊ O CONHECE?
Figura 1 - Interação entre participantes.
Fonte: fizkes, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Imagem de um homem jovem, de barba e de
óculos de grau, com uma camisa azul estampada
e, ao lado dele, uma mulher jovem de camisa
branca. Parecem estar conversando.
Em se tratando de textos escritos, o que se trabalha a partir da Pragmática
envolve a interpretação do que os escreventes querem dizer com seus escritos,
considerando a adequação do que será dito, momento histórico e outros fatores
que determinam essa interpretação. Entre os fatores signi�cativos de se
estabelecer essa interpretação, temos que os implícitos, os pressupostos, os
subentendidos, as anáforas são importantes aspectos de análise nos textos
escritos.
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
Leia o excerto a seguir:
“A diferença entre uso e menção de uma sentença também ajudará a
compreender asnoções de semântica e pragmática. Para entendermos essa
diferença, primeiramente vejamos o signi�cado da palavra signi�cado.
Certamente, o signi�cado em teorias semânticas não é tão abrangente quanto o
uso que se faz na linguagem cotidiana (...) o objeto de estudo da semântica é a
menção das sentenças e das palavras isoladas de seu contexto; e o objeto de
estudo da pragmática é o uso das palavras e das sentenças inseridas em
determinado contexto.”
CANÇADO, M. Manual da semântica: noções básicas e
exercícios. São Paulo: Contexto, 2008. p. 18.
A respeito das informações acima, avalie as asserções a seguir:
I.   A Semântica se volta não só para o signi�cado das palavras, mas também
para o das sentenças.
II. O conhecimento é de natureza pragmática quando determinado pelo uso que
os interlocutores fazem das sentenças
III. Seria fácil separar as sentenças e as palavras e analisá-las fora do contexto,
pois ambas são constituídas de aglomerados.
IV. O desa�o é grande quando se trata de unir Semântica e Pragmática porque
elas se opõem quanto aos objetos e objetivos.    
Está correto o que se a�rma em:
a. I e II.
b. II e III.
c. I, III e IV.
d. I e IV.
e. III e IV.
VERIFICAR
Na visão de Cançado (2008), a pressuposição trata de uma relação semântico-
pragmática, isto signi�ca que podemos compreender a pressuposição quando:
“são determinadas construções, expressões linguísticas, que desencadeiam
essa pressuposição” (CANÇADO, 2008, p. 33). A autora exempli�ca de modo
bastante didático, como vemos no Exemplo 2:
Se forem colocadas quaisquer das sentenças acima, ninguém poderá negar que
existe um conteúdo em comum entre elas, que trata do fato de João ter tido o
hábito de fazer caminhadas. Todas as realizações acima, ou seja, todas as
sentenças acima, pressupõem esse fato. Assim são as construções linguísticas
que desencadeiam essa pressuposição. Veri�ca-se também que outro fato
signi�cativo que trata da “família” de uma determinada sentença, ou seja, como
no exemplo, quando usamos: “as quatro formas dessa sentença: a declaração
a�rmativa, a negação dessa a�rmativa, a interrogação e a condição
antecedente.” (CANÇADO, 2008, p. 33).
4.1.1 Estruturação textual – pressuposto e subtendido
a. O João parou de fazer caminhadas.
a' O João não parou de fazer caminhadas.
a" Se o João parou de fazer caminhadas...
a’’’ O João parou de fazer caminhadas?
Figura 2 - Imagem de sentenças.
Fonte: Africa Studio, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Imagem de sentenças escritas em giz branco em
um quadro verde. Uma mão escreve duas
sentenças com um giz branco: John is reading
(João está lendo) e John reads everything (O
João lê tudo).
A partir dessas orientações, entendemos que existem conteúdos
compartilhados por aqueles que participam da comunicação. Teremos que
entender também que o pressuposto está vinculado a uma dada situação, de
cunho histórico e de acordo com as condições atribuídos à produção, circulação
e consumo dessas informações e que é fundamental ter em mente que os
pressupostos estão ligados à componentes sintáticos, como vimos na família de
determinadas sentenças, isto é, ele se prende, por exemplo à negação, à
interrogação.
Situando historicamente, veri�camos que o primeiro a tratar da questão do
pressuposto foi Friedrich Ludwig Gottlob Frege, matemático e �lósofo alemão,
que associou a pressuposição à referência. Frege (1978) publicou, em 1892, um
livro intitulado Sobre o sentido e a referência (On Sense and Reference). Para ele,
a pressuposição evidencia uma relação entre orações, sendo que ele pensava
nela como uma condição de verdade, presa a seu referente. Desse modo, temos
que para esse autor o pressuposto entra na particularidade da linguagem em
armazenar conteúdos falsos e verdadeiros a partir de organizações linguísticas.
Frege utilizou nomes próprios, personagens ilustres como Ulisses, da Odisseia,
de Homero, Cristóvão Colombo, navegador europeu, e outras denominações,
como a de planetas como Vênus, por exemplo, para evidenciar que os referentes
têm uma associação com o sentido da enunciação proferida em relação a eles,
bem com o critério de verdade se baseia nessa referência ilustre. Desse modo,
existe o critério do compartilhamento do conhecimento, do sentido e do
referente, para a validação da verdade sobre o que se comunica.
Oswald Ducrot (1987), em seus estudos a partir dos anos oitenta (1981 a 1987),
defende a associação da pressuposição com aspectos como a negação, a
interrogação, as várias vozes nos textos e discursos e, ainda, com o
encadeamento. Sendo a negação e a interrogação critérios importantes para
revelar a pressuposição, temos que, como visto em Frege, podemos fazer uma
enunciação, negá-la ou fazer um questionamento sobre ela e ainda assim
prevalecer o conteúdo pressuposto. Observe o Exemplo 3:
3 Ele pouco me visitou ultimamente.
3’ Pressuposto: Ele me visitou.
3a É falso que ele pouco me visitou ultimamente.
3b É verdadeiro que ele pouco me visitou ultimamente?
Pela apresentação da negação e da interrogação, vemos que o pressuposto não
se altera em ambos. Essa é a realização do pressuposto, apresentado por
Ducrot, (1987) decorrente da aplicação de transformações sintáticas da negação
Um �lme que sintetiza a lógica matemática voltada para a informação e,
por conseguinte, para a linguagem, foi O jogo da imitação, de Morten
Tyldum, de 2014. No �lme, Alan Turing, da Cambridge University, foi
chamado para decifrar os códigos nazistas, no período da Segunda
Guerra Mundial. A conexão da criação da programação computacional de
Turing e as ideias de Friedrich Ludwig Gottlob Frege relacionam-se à
compreensão da linguagem, pois há di�culdades na língua que podem ser
identi�cadas a partir do sentido e da referência. É um �lme que
problematiza a questão da guerra, da lógica e da linguagem. Vale a pena
conferir.
VOCÊ QUER VER?
e da interrogação do conteúdo pressuposto.
Ducrot (1987) também vai tratar do subtendido, porém com menor ênfase que o
pressuposto. O subtendido está ligado aos objetivos do falante/escrevente e
relaciona-se ao que ele pode sugerir quando faz uma enunciação. No exemplo
acima (3), teríamos como subentendidos:
(3) Ele pouco me visitou ultimamente.
3d Visitar alguém com frequência demonstra interesse.
3e Ele não demonstra interesse em sair para me visitar.
3d Ele não gosta mais de mim.
Perceba que os subentendidos estão para os objetivos que o locutor do
enunciado, ou ainda o redator do texto, tem quando enuncia, por exemplo, aqui
representado por (3). Para Ducrot (1987), mesmo quando se trata de subtendido,
ainda aponta que no interior dessa criação existem pressupostos, o interesse é
demonstrado pela frequência de visitas de alguém e ele não demonstrou tal
interesse, ele não gosta mais de mim.
Portanto, para esse teórico, o pressuposto é importante por manter-se como
elemento de sentido, isto é, que marca o sentido dado pelo que é enunciado ou
posto pelo falante/escritor.
Assim, a estruturação textual, seja ela em nível de fala ou de escrita, é marcada
por fenômenos da linguagem que nos remetem a propriedades que estão
associadas ao sentido, à referência, aos aspectos discursivos relativos às vozes
nas enunciações que determinam que seu corpo de estruturação depende do
que é dito e do que não é dito nas enunciações. Isso signi�ca que, para
estruturar um texto oral ou escrito, teremos que recorrer aos fatos apontados.
Leia o trecho a seguir:
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
“A sentença ‘Ulisses profundamente adormecido foi desembarcado em Ítaca’
tem um sentido. Mas, assim como é duvidoso o nome ‘Ulisses’, que aí ocorre,
tenha uma referência, é também duvidoso que a sentença inteira tenha uma.
Entretanto, é certo que se alguém tomasse seriamente a sentença como
verdadeira ou falsa, também atribuiria ao nome ‘Ulisses’ uma referência e não
somente um sentido; pois é da referência deste nome que o predicado é
a�rmado ou negado.”  
FREGE, G. Sobre o sentido e a referência. In: ALCOFORADO, P
(org. e trad.). Lógica e �loso�a da linguagem.São Paulo:
Cultrix/Edusp, 1978. p. 68.
Para compreender melhor essa observação do autor, é necessário: 
a. A pressuposição evidencia uma relação entre orações, sendo
que ele existe uma condição de verdade, presa a seu referente.
b. O sentido decorre de uma enunciação falsa que se torna
verdadeira por causa do referente que é, indubitavelmente,
verdadeiro. 
c. A avaliação da verdade é muito complexa do ponto de vista da
lógica matemática e requer do pesquisador esforço em entendê-
la.
d. Há um critério importante em relação ao sentido que diz
respeito à dissociação com o referente nas sentenças em que há
dúvidas sobre a verdade.  
e. O impeditivo da verdade em uma sentença é seu referente que
paira em uma aura de incertezas que devem ser comprovadas. 
VERIFICAR
Para David Crystal, a Pragmática relaciona-se a: “Um estudo da língua do ponto
de vista dos usuários, especialmente das escolhas que eles fazem, as restrições
que eles encontram em usar a língua em interação social e de efeitos de seus
usos da língua têm nos outros participantes no ato de comunicação” (CRYSTAL,
1997, p. 301). Por essa noção, já podemos compreender que se estabelece aqui
uma visão que abrange a produção e interpretação como re�exo da vivacidade
com que os participantes lidam com a língua.
Se aceitamos que a dinâmica da comunicação que de fato está pontuada por
Crystal e dá voz a muitos teóricos na Linguística, teremos, então, que nos
remeter a outros fatos que emergem dessa noção, a questão dos participantes,
seus lugares e funções na e para a interação. Cançado (2008) nos mostra a
questão da dêixis, termo que vem da língua grega e signi�ca “mostrar”, “apontar”
e diz respeito à identi�cação “de pessoas, coisas, momentos e lugares a partir
da situação da fala, ou seja, a partir do contexto”  (CANÇADO, 2008, p. 53). 
Assim, veri�camos que podemos localizar, por meio de esses traços do contexto
e esses são elementos linguísticos, como: os demonstrativos, os pronomes, os
tempos verbais, os advérbios de tempo e lugar e outros elementos que se
associam às enunciações. Cançado (2008, p. 53, grifo nosso) nos fornece dados
desses elementos, como vemos no Exemplo 4:
4.2 Pragmática e dêixis
a) Este gato é muito bonito.
b) Eu adoro chocolate.
c) Aqui é o país da impunidade.
d) Aquele ali, eu levo.
Por esses exemplos, veri�camos que cada um dos termos, grifados por nós,
denota um ponto de partida para a compreensão do enunciado tendo em vista
um índice, um ponto para iniciar a de�agração da interpretação vinculada ao
contexto de uso. Ora demonstrando, como em  a  e  d, ora localizando como
em  b  e  c, devemos buscar seus referentes para efetivar a compreensão,
devemos investigar suas fontes e lugares.
Figura 3 - Imagem de perguntas que podem nos remeter a dêiticos.
Fonte: pixelbliss, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Imagem de um quadro negro, onde estão
escritas perguntas em inglês (Who? What?
When? Where? Why? How? - Quem? O que?
Quando? Onde? Por quê? Como?) com a
representação de uma lâmpada ao centro, cuja
luz se representa com uma folha de papel
amassada, o bocal e a representação da luz
emitida pelo objeto estão desenhadas no
quadro.
Veri�que que no caso dos demonstrativos, nós precisamos, além de comunicá-
los, apontá-los, gestualizar, ritualizar a referência de modo a indicá-la para os
interlocutores. Temos que nos servir de outros mecanismos além dos
linguísticos para nos fazer entender, nesse sentido. Partimos, então, de pontos
de referência para nos comunicar, deixamos nossas trilhas para o nosso
interlocutor nos acompanhar.
Stephen C. Levinson (1983), em Pragmatics, nos traz à análise a questão dos
dêiticos de pessoa, de lugar e de tempo. Ele inicia o capítulo 2 sobre as dêixis
mostrando que ela pertence ao campo da Pragmática na medida em que as
estruturas se ancoram no contexto, de modo que, sem ele, não seria possível
compreender o que se deseja comunicar.
No que se refere a dêixis de pessoa, o autor assevera que ela se assenta nas
categorias de pessoas, como os pronomes pessoais, existem os lugares dos
participantes (participants-roles). Ele nos coloca que em termos de base
gramatical, temos a primeira, a segunda e terceira pessoas. Nessa relação, ele
nos mostra que, na primeira pessoa, vê-se o falante, ou inclusão dele (+S), como
representação; no caso da segunda, o destinatário está incluído (+A); na terceira
pessoa, ambos estão excluídos (-S) (-A), em que: S representa o subject, A
representa Addressee.
Nesse sentido, temos que fazer uma distinção entre dêixis e anáfora. Cançado
(2008) apresenta exemplos que, didaticamente, podem nos auxiliar, como vemos
no Exemplo 5:
Em 5a. temos o exemplo, em itálico, da dêixis, pois sem o apoio do contexto, não
podemos saber quem é Ela. Entretanto, quando se trata de 5b., temos a anáfora,
recuperando com o  ela  a pessoa concreta de quem se fala,  Maria. Eis a
diferença: uma não se pode recuperar sem o contexto, a dêixis, a outra se pode
4.2.1 Dêiticos de pessoa, lugar e tempo
a) Ela já saiu.
b) A Maria estava na sala, mas ela já saiu. (CANÇADO,
2008, p. 55).
recuperar por meio de correferências, ou presença física no mundo. Existe,
quanto à anáfora, uma dependência de expressões antecedentes, no caso de
5b., de Maria.
Quanto a dêixis de lugar, Levinson (1983) a relaciona à importância de
especi�cações locais para fomentar a interpretação. Quando temos, por
exemplo, em: (6) A casa de Pedro �ca à direita do Museu, veri�camos duas
referências, uma em relação a outra e se trocamos por: (7) Ela �ca à direita do
Museu, sem evidentemente termos qualquer antecedente, vamos estar na
presença de um dêitico em  Ela,  sem a possibilidade de compreender sem o
contexto, porém se houver referências antecedentes, com em: (8) A casa de
Pedro �ca à direita do Museu. Ela é tem três quartos. Ela é anafórico.
Entretanto, o autor exempli�ca com a língua inglesa que temos em aqui, ali e lá e
em  este e aquele, são puramente palavras dêiticas, pois elas dependem dos
pontos de referências gestuais que devem constar no mundo físico e que não se
apresentam no nível do enunciado.
Em termos de dêiticos temporais, Levinson (1983) pontua que a dependência do
tempo em que o participante, na interação, faz sua enunciação, com em: (9)
Carlos fez a tarefa agora. Ora, para compreender o agora, necessitamos de
informações como quando o agora se comporta em relação ao seu enunciador,
em outras palavras, qual foi o momento em que o enunciador colocou tal
enunciação? Sem esse dado, não podemos imaginar nem que se trate do século
XX!
Um livro interessante para professores é “Referenciações dêiticas em
livros didáticos do Ensino Médio”, de Ana Cátia Silva de Lemos, editado
por Novas Edições Acadêmicas, 2018. No livro, a pesquisadora apresenta
de modo claro como se comportam os dêiticos a partir da análise de
livros didáticos do Ensino Médio. As obras analisadas compreenderam
uma pesquisa robusta sobre essa questão e vale muito a pena ler por se
tratar de referência importante para professores que desejem saber um
pouco mais sobre esse assunto.
VOCÊ QUER LER?
Temos, como ele acrescenta, que identi�car o CT (coding time), isto é, momento
da enunciação, do RT (receiving time), ou seja, do momento da recepção da
enunciação. Esses aspectos auxiliam na análise ou na interpretação do que se
deseja comunicar. Por isso, vemos tantas referências necessárias em textos
escritos, como datas e locais, pois a mensagem escrita denota a distância que
temos entre os participantes das interações comunicativas. Por isso, temos que
realizar gravações com referências claras de tempo e espaço, a �m de evitar que
tenhamos falhas de codi�cação de nossas mensagens.
Pela história da colonização, da ocupação do nosso território e pelos processos
políticos relacionados à educação e às relações internacionais no país,
observamos que a língua inglesa, a espanhola e a francesa têm grande
representatividade em nossa vida. Por se tratar de línguas que se apresentam no
currículo de muitas escolas no país, devemos considerarque o estudo de sua
in�uência é importante.
Em termos de estrangeirismos, veri�camos o uso de expressões estrangeiras
emprestadas, ou também denominadas de empréstimos linguísticos, em
diferentes âmbitos, porém com a crescente evolução tecnológica e cientí�ca,
vemos que os termos estrangeiros passaram a se tornar bem comuns e aceitos
por alguns grupos.
Em nível de língua inglesa, temos a sua inserção desde o século XIX, quando
foram instituídas duas línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias no
país, a língua francesa e a língua inglesa. Desde então, vemos a circulação de
termos na língua inglesa não apenas em nível educacional, mas também como
re�exo de políticas internacionais de gerenciamento de bom entendimento entre
os países onde a língua inglesa é instituída e o Brasil.
Embora muitos teóricos, denominados puristas da língua, defendam que
devemos adaptar os termos estrangeiros para o nosso idioma, vemos que o
empréstimo direto é uma realidade evidentemente clara. E também podemos
4.3 Estrangeirismos
4.3.1 Anglicismos, significações e interferências na língua
materna
destacar que o uso direto do termo estrangeiro tem representado um diferencial
de oferta de modernidade.
Uma pesquisa que vale ser referenciada é de Pâmela Maria Pereira Rocha,
apresentada como monogra�a de Especialização do Curso em Ensino de
Línguas Estrangeiras Modernas, pela Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, em 2015,  Rocha apresentou em sua monogra�a a análise de termos
estrangeiros em anúncios de carros, de produtos tecnológicos e de cosméticos.  
A autora destaca dois pontos importantes que requerem nossa atenção. Os
dados coletados em revistas brasileiras apresentam os termos diretamente na
língua inglesa, o que caracteriza um empréstimo direto, sendo que ela avalia
como representativos da valorização do produto, status e prestígio à
comercialização. Outro fato, relaciona-se à concepção da autora quanto ao
enriquecimento da língua com esses acréscimos. Termos como cool, soft,
shampoo, air-bag fazem parte desse inúmero grupo de termos que nos
encantam a percepção.
Figura 4 - Imagem relativa a um termo estrangeiro na língua portuguesa.
Fonte: Joylmage, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Imagem de uma propaganda de um shampoo,
com uma embalagem no centro da imagem e
dentro de uma pequena caixa. Ao fundo,
encontram-se folhas verdes de plantas.
Esses fatos fortalecem nossa concepção de que cada vez mais os
estrangeirismos fornecem, além de potencial lexical, mais ganhos vocabulares e
enriquecimento de nossa descrição e aprimoramento linguístico. Nesse sentido,
Barros (2001) pontua que devemos compreender que o enunciador faz suas
opções terminológicas ou lexicais a partir de suas orientações, valores e
convenções e que é fundamental que esse enunciador possa ter uma
diversidade de registros a seu dispor a �m de melhor comunicar esses
conteúdos.
O discurso se apresenta como um desa�o para o pro�ssional de Letras, na
medida em que ele está inserido nos vários textos de trabalho desse
pro�ssional, nos seus próprios textos, en�m na linguagem social em circulação.
Quando tratamos de ideias sobre o mundo e sobre os fatos da língua, remetemo-
nos aos inúmeros discursos que fazem parte da nossa história humana, não
apenas pessoal, mas coletiva.
Fiorin (2012) nos adverte que um mesmo discurso pode gerar inúmeros textos e
acrescentamos que esses textos podem se manifestar em diversos gêneros. Por
exemplo, ao tratarmos de racismo, podemos selecionar algumas ideias sobre o
tema, discursos que circulam socialmente, porém, são inúmeros os modos de
produzir material falado ou escrito sobre ele, como manifesto, palestra, carta-
denúncia, artigo e inúmeros outros gêneros.
4.4 Discurso, ética e ideologia
4.4.1 Análise de aspectos éticos e ideológicos no texto
Figura 5 - Imagem de um gênero textual denominado palestra.
Fonte: Matej Kastelic, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, vemos uma mulher de costas, à
direita da imagem. Ela se encontra frente a um
público para o qual parece palestrar. Existem um
microfone e um computador à sua frente.
Um aspecto signi�cativo que Fiorin (2012) pontua é justamente a relação dos
discursos com outros discursos, o que caracteriza uma visão “translinguística”
dessa relação. De fato, vemos que os discursos em circulação se interpenetram
e se atravessam de modo que eles ganham sentido nessa relação, como
também ganham identidade a partir de parcimônia.
Entretanto, devemos destacar que Fiorin (1998) também assevera que um objeto
crítico do nosso trabalho com a língua e com a linguagem é a ideologia. Esses
campos de determinações ideológicas, advindas de inúmeras fontes, políticas,
sociais, econômicas e até psicológicas fomentam a produção de enunciados
pelo falante/escritor que veicula essas ideias nas várias instituições por onde
circula: família, trabalho, religião e outros meios, como até as redes sociais, em
que se tem veri�cado uma maior incidência de discursos de diferentes ordens.
Essas determinações fazem parte do campo da semântica discursiva e passam
diretamente para as enunciações e para os textos, pois apresentam elementos
semânticos muito especí�cos, palavras, frases, sentenças, que marcam o
critério ideológico na linguagem, por isso, é fundamental que usemos de ética na
produção e circulação dos discursos na sociedade, em especial, no ambiente
escolar, no qual vemos uma agência ideológica muito signi�cativa da veiculação
de ideias.
Figura 6 - Imagem de princípios éticos importantes.
Fonte: PX Media, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
A imagem mostra setas que estão pregadas em
um poste de madeira. Esse poste encontra-se
centralizado na imagem e apresenta em cada
seta uma palavra diferente: ethics (ética),
respect (respeito), code (código), honesty
(honestidade) e integrity (integridade). Todas
essas setas são todas de madeira clara.
Em termos da linguagem, vemos que a ética deve percorrer nossas formulações
de pensamento e determinar nossas enunciações, a ética vem do grego ethikos,
que signi�ca comportamento, portanto, temos que essa parte da �loso�a nos
demanda a re�exão sobre os sistemas sociais, por isso, Cortella (2009) nos
adverte sobre os “exercícios de conduta”, ou ações recorrentes que geram
condutas.  
Nesse sentido, devemos escolher a ética, o respeito, a tolerância e outros valores
necessários a uma linguagem mais livre de ideologias que estejam associadas
ao preconceito e à violência, fatores que devem estar ausentes de nossos
textos.
No aspecto voltado ao enunciado, percebemos que o falante/escritor tem a seu
dispor mecanismos que determinam não apenas sua operacionalização com a
língua, mas também com a busca de melhor estabelecer a interação
comunicativa.
Muito tem sido compreendido sobre o que os falantes/escritores fazem em
relação à língua e ao mundo físico com o qual se relacionam em nível de
apreensão.
A ética, a discursividade e a expressão ganham imensa força ideológica a �m de
permitir que essa expressão seja cada vez mais limpa e honesta em termos de
relação com o outro. Há, hoje, imensa preocupação com o que se diz e com o
que se interpreta sobre o que é dito, por isso, é necessário ser um falante-
analista dos fatos da língua e da linguagem sem esquecer de ainda tornar
ambas vivazes e capazes de atualizar as concepções humanas e históricas
presentes na atualidade.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
CONCLUSÃO
A partir das noções de Pragmática estudadas,
bem como dos aspectos mais particulares
relacionados a ela, produza um texto
dissertativo, com extensão mínima de dois
parágrafos, apresentando noções-chave na sua
opinião e fornecendo exemplos baseados nos
exemplos apresentados e fornecendo
informações novas a respeito desse ramo da
Linguística.
VAMOS PRATICAR?
identi�car o conceito de Pragmática e a construção do
sentido no texto;
compreender a relação entre estruturação textual,
pressuposto e subentendido;
identi�car o conceito de dêixis e sua relação com anáfora;
identi�car o conceito de estrangeirismo;compreender as relações entre discurso, ética e ideologia;
Clique para baixar conteúdo deste tema.
BARROS, D. L. P. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 2001.
CANÇADO, M. Manual da semântica: noções básicas e exercícios. São
Paulo: Contexto, 2008.
CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre
gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2009.
CRYSTAL, D. Cambridge Encyclopedia of the English Language. 2nd ed.
New York: Cambridge University Press, 1997.
DUCROT, O. Pressupostos e subentendidos: a hipótese de uma
semântica linguística (1969). In: DUCROT, O. O dizer e o dito. Campinas:
Pontes, 1987.
Referências
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BRAIT, B.; SOUZA-e-SILVA, M. C (org.) Texto ou discurso? São Paulo:
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FIORIN, J. L. Linguagem e ideologia. 6a Ed. São Paulo: Editora Ática,
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trad.). Lógica e �loso�a da linguagem. São Paulo: Cultrix/Edusp, 1978. p.
68.
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Médio. São Paulo: Novas Edições Acadêmicas, 2018.
LEVINSON, S. C. Pragmatics. Cambridge, UK: Cambridge University Press,
1983.
O JOGO da Imitação. Direção: Morten Tyldum. Adaptação de: Alan Turing:
The Enigma. Intérpretes: Benedict Cumberb; Keira Knightley; Matthew
Goode; Mark Strong. Música: Alexandre Desplat. Studio Canal; The
Weinstein Company, 2014. 1 DVD (114 min).
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ROCHA, P. M. P. A utilização dos estrangeirismos: a importância do uso
de estrangeirismos em língua inglesa nas propagandas de revistas de
informação de língua portuguesa. 2015. 19 f. Monogra�a
(Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas) - Pós-
graduação em Línguas Estrangeiras Modernas, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

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