Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 Professora: Nutricionista Rosane Caldas. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 As Boas Práticas Nutricionais (BPN) são um conjunto de medidas a serem adotadas a fim de garantir a adequação nutricional das refeições e dos produtos alimentícios às necessidades da população a que se destinam. Leva em consideração a nova realidade nutricional da população brasileira: Aumento do excesso de peso: Homens: saltou de 18,5% (2008) para 50,1% (2009) – Principalmente homens com maior renda Mulheres: 28,7% (2008) para 48% (2009) – Todas as faixas de renda GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 O aumento de peso está intimamente associado aos agravos a saúde: GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 OBJETIVO DO GUIA: Orientar os restaurantes coletivos a adotarem as Boas Práticas Nutricionais no preparo das refeições, de forma a contribuir para a oferta de uma alimentação mais saudável à população. COMO? REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE: açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio no produto final. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 SAL: Aumento da pressão arterial (Problemas renais, edema, doenças cardiovasculares) 70% da população adulta consome mais de 5g de sal por dia. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 COMO FAZER A REDUÇÃO DE SAL? Gradativamente – 30% não diminui a aceitabilidade As metas de cada estabelecimento devem partir da elaboração das Fichas Técnicas de Preparação para análise do teor de sal e sódio e a redução gradual dos mesmos até a oferta média nas grandes refeições de 920 mg para o somatório das porções das preparações servidas. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DE SAL NAS PREPARAÇÕES Retirada dos saleiros das mesas; Retirada dos cardápios de alimentos ultra processados; Substituição total ou parcial do sal de adição por temperos ou especiarias, bem como por sal adicionado de ervas; Produção de caldos (carne, galinha, legumes) na própria unidade; Deve-se, também, evitar o uso de temperos prontos, produzidos na unidade ou não e caldos industrializados. SAL DE ERVAS: 1 parte de sal, 3 partes ervas (orégano, manjericão, louro, alecrim) GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 O caldo pode ser congelado em pequenas quantidades para ser utilizado em diversas preparações. AÇÚCAR: Nos últimos 30 anos o consumo de açúcar triplicou no mundo 61% da população brasileiro consome açúcar em excesso Obesidade Dislipidemia (colesterol e triglicerídeos Diabetes Má nutrição Vício GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 AÇÚCARES LIVRES Consumo de açúcar livre diário: Até 10% do Valor energético total (VET) VET: 2000KCAL – 10% = 200KCAL – 50g de açúcar POPULAÇÃO BRASILEIRA: CONSUMO DIÁRIO CHEGA A 43% DO VET. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DE AÇÚCAR NAS PREPARAÇÕES Substituir a oferta de sucos e refrigerantes por água; Controlar a oferta de doces em 2 a 3 vezes por semana, sendo que quando o doce for ofertado ainda deverá ter como opção uma fruta; Substituir a adição de açúcar em molhos por cenoura crua ou cebola, que também são eficientes para reduzir a acidez dessas preparações; Servir café sem açúcar deixando que o consumidor o adoce caso deseje. Se o restaurante necessitar servir café adoçado recomenda-se que a adição de açúcar não ultrapasse 3%, o que equivale a 1,5g para cada copo de 50 ml; Não adoçar com açúcar, ou mel, ou leite condensado, ou refrigerante as saladas de frutas ou as frutas simples servidas como sobremesa; GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 Obs: Sucos ácidos como os de maracujá e limão podem necessitar de 5% de açúcar, o que aumenta para 15g de açúcar para a mesma quantidade de polpa e água. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 GORDURA TRANS: 1% (2g) GORDURAS TOTAIS: 15 A 30% DO VET (55 g) GORDURA SATURADA: 10% (22g) GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 QUANTIDADE DE GORDURAS TRANS NOS ALIMENTOS aumenta o mau colesterol e diminui o bom colesterol GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 TIPO DE CORTE 100g CALORIAS GORDURA SATURADA (G) Acém 214 4,56 Contrafilé 207 3,70 Costela 269 8,11 Coxão duro/mole 189 2,93 Alcatra 208 4,46 QUANTIDADE DE GORDURAS SATURADA NOS ALIMENTOS aumenta o mau colesterol – acumula nos vasos sanguíneos. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DE GORDURAS NAS PREPARAÇÕES Priorizar a escolha dos alimentos na hora da compra, escolhendo as carnes mais magras – peixes e aves; Substituir as preparações à base de fritura por preparações assadas ou cozidas; Evitar o uso de azeite misturado com óleo para o tempero de saladas ou outras preparações, utilizar molhos artesanais com especiarias, ervas, limão e azeite puro; Controlar o uso do azeite pelos comensais com campanhas educativas demonstrando que é uma gordura de boa qualidade nutricional, mas apresenta o mesmo valor energético que qualquer outro tipo de óleo; Evitar o uso de margarinas no preparo das refeições; Evitar o uso de molhos a base de queijos gordurosos, creme de leite, substituir por molhos de tomate natural e a base de hortaliças ou iogurtes desnatados. GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 GUIA DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS RESTAURANTES COLETIVOS – ANVISA, 2014 FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Receita padronizada que apresenta todos os ingredientes da preparação, as perdas, as técnicas de preparo e o rendimento. VANTAGENS: Maior controle das compras, estoque e gerenciamento dos custos das refeições; Possibilita que o responsável pela produção das refeições seja capaz de informar aos usuários sobre o tipo e a quantidade dos ingredientes em suas receitas; Permite o planejamento da quantidade de alimentos que deverá ser comprada; Permite calcular o custo per capita da refeição; Facilita o treinamento de novos trabalhadores;
Compartilhar