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DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Os estudos podem ser descritivos (você conta um fato sem provar nada) ou analíticos (provam uma relação de causa e efeito). Os estudos analíticos são mais importantes. Classificação 1. Investigados · População (agregado): olhar amplo · Indivíduos (individuado): avalia a resposta de cada participante do estudo 2. Investigador · Observação · Intervenção (ensaio): toda intervenção é longitudinal! 3. Tempo · Transversal (seccional/prevalência): olho o participante uma única vez (é uma foto do participante) · Ex.: “ como foi a mortalidade infantil na década de 70? ” · Longitudinal: acompanha o paciente (é um filme, momentos diferentes de avaliação) INVESTIGADOS INVESTIGADOR TEMPO NOME AGREGADO OBSERVAÇÃO TRANSVERSAL ECOLÓGICO LONGITUDINAL SÉRIE TEMPORAL INTERVENÇÃO LONGITUDINAL ENSAIO COMUNITÁRIO OU POPULACIONAL INDIVIDUADO OBSERVAÇÃO TRANSVERSAL INQUÉRITO LONGITUDINAL COORTE CASO-CONTROLE INTERVENÇÃO LONGITUDINAL ENSAIO CLÍNICO · Estudo ecológico: é agregado, observacional e transversal. É a população observada uma vez. · Estudo de série temporal: agregado, observacional e longitudinal. É a população observada mais de uma vez. · Ensaio Comunitário: é agregado, intervencionista e longitudinal. · Vacinas! O MS avalia a população vacinada, se a incidência da doença reduziu. · Inquérito: é individual, observacional e transversal. · Avaliar PA uma única vez de cada pessoa. · Coorte/Caso-controle: é individual, observacional, longitudinal. · Em observação! Vou estar observando! · Daqui pra frente: coorte (Goooogle) · Daqui pra trás: caso-controle (“vou te contar um caso” – já aconteceu) · Ensaio clínico: individual, intervencionista, longitudinal. Nível de evidência: Ensaio clínico > Coorte > Caso-controle > Transversal > Opinião de especialista ESTUDO ECOLÓGICO AGREGADO, OBSERVAÇÃO, TRANSVERSAL · É rápido, fácil, barato. · Gera suspeitas! Mas não confirma! CAUSALIDADE REVERSA · Exemplo: mortalidade infantil naquele ano/década. · Exemplo: quem veio antes, o cigarro ou o CA pulmão? Não sei, porque o fator de risco e a doença vem ao mesmo tempo. Não vejo acontecer, apenas olho uma vez. · Pode induzir o erro FALÁCIA ECOLÓGICA Estudo de Coorte INDIVIDUADO, OBSERVAÇÃO E LONGITUDINAL · Define riscos e confirma suspeitas!FATOR DE RISCO → DOENÇA · É caro, longo, vulnerável a perdas. · Ruim para doenças raras e/ou longas. · Parte de um fator de risco e caminha em direção à doença. · Trabalha com dois grupos: expostos e não-expostos (controle). · Expostos: tem fator de risco, são separados em doentes e não-doentes. · Não-expostos: sem fator de risco, são separados em doentes e não-doentes. · O mais famoso é o estudo de Framingham! O estudo de Coorte pode analisar várias doenças. Seu fator de risco pode ser raro. Estudo de Caso-Controle INDIVIDUADO, OBSERVAÇÃO E LONGITUDINAL · É sempre retrospectivo.FATOR DE RISCO ← DOENÇA · Seleciona os casos (doentes) e compara com os controles (não-doentes). · É mais rápido, barato, bom para doenças raras e/ou longas. · Parte da doença e busca um fator de risco no passado. · Estima o risco, não o define. · Vulnerável a erros. · Ruim para fator de risco raro. Pode analisar vários fatores de risco. Ensaio Clínico INDIVIDUADO, INTERVENÇÃO, LONGITUDINAL. · Fase pré-clínica: teste em animaisMYTHBUSTERS!!! · Fase clínica: teste em seres humanos. FASE I SEGURANÇA... SADIOS FASE II DOSE... POPULAÇÃO ALVO FASE III ENSAIO... FASE IV VIGILÂNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO... · Tem dois grupos, o de experimento e o controle, avaliando se o efeito do experimento está ou não presente. · Consegue controlar os fatores · Melhor para testar medicamentos. · Risco social, ético · Complexo, caro, longo, vulnerável a perdas. · Efeito Hawthorne / placebo: pode induzir o participante a mudar de comportamento apenas por estar participando de um ensaio. O ensaio clínico deve ser controlado, e o grupo controle evita o erro de intervenção. O ensaio clínico deve ser randomizado (sorteio). · A amostragem deve ser probabilística (não posso selecionar os participantes), ou seja, os pacientes devem ser aleatórios (sorteados). · Evita o erro de seleção/confusão. · Garante que os dois grupos sejam o mais homogêneo possível. O ensaio clínico deve ser mascarado (cegamento) · Evita o erro de aferição · Aberto: todos sabem quem pertence a cada grupo · Simples-cego: o paciente não sabe a qual grupo pertence · Duplo-cego: nem paciente nem médico sabem os grupos A interpretação do estudo pode ser · Final: eficácia (situação ideal) – tem apenas validade interna · Intenção de tratar: efetividade (situação real) – tem validade interna e externa Análise Frequência: medir a doença DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA · · Prevalência: transversal · Incidência: coorte/ensaio clínico 1. Associação: fator x doença FATOR DOENÇA TOTAL SIM NÃO SIM A B A + B NÃO C D C + D TOTAL A+C B+D A+B+C+D ODDS RATIO (OR): → os expostos têm risco de x vezes de estar doente hoje! CASO CONTROLE RISCO RELATIVO (RR): é a relação dos riscos. COORRTE ENSAIO CLÍNICO REDUÇÃO DO RISCO RELATIVO (RRR): REDUÇÃO ABSOLUTA DO RISCO (RAR): R-Ar → lembrar que é o maior menos o menor. NÚMERO NECESSÁRIO (“CONTRÁRIO”) AO TRATAMENTO (NNT): Quanto menor seu NNT, melhor a droga. Eficiência = custo-benefício; Eficácia = RR, potência máxima; Efetividade = realidade RR, OR OU RP · · =1: sem associação · > 1: fator de risco · < 1: fator de proteção ESTUDO FREQUÊNCIA ASSOCIAÇÃO TRANSVERSAL PREVALÊNCIA RAZÃO DE PREVALÊNCIA CASO-CONTROLE ---------- ODDS RATIO COORRTE INCIDÊNCIA RISCO RELATIVO ENSAIO INCIDÊNCIA RR/RRR RAR/NNT Estatística: posso confiar? · ERRO SISTEMÁTICO (VIÉS) · · Seleção · Aferição (informação) · · Confundimento Determina um estudo válido, acurável. · ERRO ALEATÓRIO (ACASO) · p < 0,05 (5%) – ou seja, de 100 chances, apenas 5 podem ter erros! · IC 95% - intervalo de confiança! Determina um estudo preciso, confiável. Sempre confiar no estudo no qual o IC 95% mantem-se sempre acima ou abaixo de 1! · Se for ora <1, ora >1, comportou-se como fator protetor e de risco, então não é confiável! A precisão do estudo tem a ver com o IC mais estreito! · Estudos com grande população, quando um indivíduo responde muito diferente da média, há pouca influência sobre o resultado final. Estudos com pouca gente tem maior divergência. Logo, estudos com IC menor trabalham com mais gente.
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