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Resumo – Ovariohistectomia · Nomenclatura: · Castração ou esterilização: · Ovariosalpingohisterectomia (OSH) – remoção dos ovários, trompas e útero. · Ovariohisterectomia (OVH) – remoção dos ovários e útero. · Ovariectomia (OVE) – remoção dos ovários · Cesárea: · Histerotomia – abertura do útero. · Indicação: · Eletiva: · Solicitação do cliente. · Controle populacional. · Terapêutica: · Desequilíbrio hormonal. · Tumor mamário. · Pseudociese persistente. · Epilepsia. · Piometra. · Distocias. · Quando fazer: · Anestro · No cio não se deve fazer (estrogênio diminui a agregação plaquetária) e dai vai sangrar muito. · Final da gestação. · Antes do primeiro cio – (0,5%) - 5-6 meses de idade. · Após o primeiro cio – (8%). · Após o segundo cio – (26%). · Instrumentais cirúrgicos: · Instrumentais básicos (D/H/S) + auxiliares + especiais · Cabo de bisturi número 4. · Tesoura operacional de Mayo reta ponta romba-romba. · Pinça hemostática traumática de Halsted reta e curva. · Porta agulha de Mayo-Hegar. · Pinça tecidual de Allis. · Pinça de dissecção de Cushing. · Afastador manual de Farabeuf. · Pinça de Backhaus. · CELIOTOMIA TÉCNICA: · 1 - Incisão de pele com bisturi: · Cão: retro umbilical - as vezes pré retro umbilical. · Gata: retro umbilical caudal (dois dedos da cicatriz umbilical). · 2 - Hemostasia plano a plano. · 3 - Incisão de subcutâneo. · 4 - Identificação da linha alba. · 5 - Colocação de duas pinças de Allis. · Laterais à linha alba · 6 - Elevação das pinças de Allis. · 7 - Incisão tipo punção com bisturi na linha alba. · 8 - Entrar com tesoura de Mayo romba fechada pela incisão. · 9 - Deslocar cranial e caudalmente a tesoura. · Observar se não há aderências · 10 - Entrar com uma lâmina da tesoura dentro e outra fora. · 11 - Incisar a linha alba. · 12 - Colocação das compressas umedecidas em solução. · 13 - Uso dos afastadores de Farabeuf. · 14 - Acesso ao órgão alvo (Ovários e útero). · OVARIOHISTERECTOMIA TÉCNICA · 1 - Localização do ovário esquerdo e direito: · Localizar útero: · Dorsal a vesícula urinária (durante a cirurgia abaixo). · Utilização do dedo indicador como gancho. · Gancho de Ovariohisterectomia. · 2 - Técnica das 3 pinças convencionais: · Assegura completa remoção do ovário. · De preferência usar pinças curvas. · I - Segurar ovário com uma mão. · II - Com uma pinça hemostática fazer uma janela no mesométrio. · III - Colocar 2 pinças proximal ao ovário. · IV - 1 pinça sobre o ligamento próprio do ovário. · V - Incisar com bisturi rente sobre a segunda pinça. · VI - Ligadura em massa abaixo da primeira pinça. · Artéria ovariana + veia ovariana + ligamento suspensor do ovário. · Fio sintético, absorvível, monofilamentoso (2-0 ou 3-0). · Primeiro nó de cirurgião. · Remover primeira pinça. · Demais nós quadrados (3 a 4 nós). · Passar o fio para o outro lado e repetir o procedimento. · Ponto-chave: · Durante a colocação das pinças hemostáticas, o cirurgião deve envolver o ovário/bolsa ovárica com a mão não dominante. Assim, evita que parte dos ovários permaneçam e ocorra a síndrome dos ovários remanescentes. · 3 - Técnica das 3 pinças convencionais (útero): · I. Segurar útero com uma mão. · II - Seccionar o excesso de mesométrio (pinça hemostática). · III - Localizar cérvix (Cérvix não deve ser removida). · IV - Colocação de 2 pinças hemostáticas acima da cérvix e outra no corpo uterino. · V - Incisão com bisturi rente a segunda pinça. · VI - Ligadura transfixante da artéria e veia uterina isoladas (poliamida 2-0, 3-0). · VII - Ligadura transfixante em massa abaixo da primeira pinça (poliamida 2-0, 3-0). · VIII - Após ligadura, não cortar o fio. · IX - Envolver o coto uterino com omento maior e fixar com Pinça de Allis. · X - Utilizar o mesmo fio da ligadura para omentopexia. · Ponto-chave: · Na região uterina, serão feitas uma ligadura isolada para os vasos uterinos (um em cada lado) e depois uma ligadura em massa envolvendo o útero e novamente os dois vasos uterinos (um em cada lado) ao mesmo tempo. · CELIOTOMIA TÉCNICA (fechar): · 15 - Conferir hemostasia. · 16 – Celiorrafia: · Síntese da linha alba ou bainhas (Suturas isoladas: sultan, isolado simples. Evitem suturas contínuas). · Fio absorvível, sintético, monofilamentoso (Polidiaxonona, Poligliconato, Poliglecaprone). · <10 kg: 3-0. · >10 kg: 2-0 · >20kg: 1-0, 2-0. · >300kg: 3; 4. · Síntese do subcutâneo (Suturas contínuas: continua simples, Zig-Zag). · Fio absorvível, sintético, monofilamentoso (Polidiaxonona, Poligliconato, Poliglecaprone). · <10 kg: 4-0. · >10 kg: 3-0, 4-0. · >20kg: 2-0, 3-0. · >300kg: 1, 1-0 · Síntese da pele (Suturas isoladas: isolado simples, sultan, wolff, donatti…). · Fio inabsorvível, sintético, monofilamentoso (Poliamida, Polipropileno). · <10 kg: 4-0, 5-0. · >10 kg: 3-0, 4-0. · >20 kg: 3-0, 4-0. · >300kg: 2-0. · COMPLICAÇÕES: · Hemorragia: Falha na ligadura. Coto escapou. · Em caso de perda de coto: Lembrar, é ramo direto da aorta. Se prepare para sangramento (compressas, gazes, aspirador cirúrgico). Prolongar a incisão cranial para acesso ao polo caudal do rim. Coto estará lá. Pinçar com pinça hemostática e realizar ligadura. · Ligadura dos ureteres: Geralmente após hemorragias. · Ovário remanescente: Ligadura encima do ovário. · Eventração ou Evisceração: Falha na sutura. · PÓS OPERATÓRIO · Colar elizabetano ou roupa cirúrgica até retirada dos pontos. · Limpeza da ferida com solução fisiológica SID até retirada dos pontos. · Analgesia: · Meloxicam 0,1-0,2mg/kg SID por 3 dias. · Dipirona 25mg/kg TID por 5 dias. · Tramadol 2-4mg/kg TID por 2 dias – não é necessário se realizado epidural. · Remoção dos pontos em 7 a 10 dias. · NÃO necessita antibiótico no pós operatório!!!
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