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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO CLÍNICO DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES DOR OROFACIAL ✓ Etiologia multifatorial ✓ Neuropática - Neuralgia trigeminal/pré-trigeminal, pós-herpética; neuroma; síndrome da ardência bucal, odontalgia atípica, etc ✓ Cefaleias crônicas - Enxaqueca, cefaleia tensional... ✓ Cefaleias secundárias - Artrite temporal (artrite de células gigantes); responsiva à indometacina ✓ DTMs DOR, DISFUNÇÃO NA ATM OU AMBOS? ✓ Pontos-chaves do exame clínico: - Localização, intensidade, cronologia, tempo de evolução, fatores potencializadores ou remissivos, manifestações associadas - Palpação dos músculos mastigatórios - Avaliação dos movimentos mandibulares e da região da ATM - Escala visual analógica (recurso adicional) ✓ Exames complementares - RX panorâmica/continuada - TC - RM ✓ Sintomas comuns à DTM - Cefaleia - Distúrbio do sono - Trismo - Má-oclusão - “Zumbido” - Queixas psicológicas: ansiedade, depressão (predisponentes) Quando a função normal é associada a algum fator que exceda a tolerância fisiológica. EXAME FÍSICO PALPAÇÃO ✓ Muscular - Fasciculações - Sensibilidade - Espasmos - Trigger-points ✓ ATM - Sensibilidade (local da sensibilidade, movimentos de abertura e fechamento) - Ruídos (estalido, creciptação); auxílio de estetoscópio pode ser necessário Andressa Vasconcelos Avaliação sistemática dos músculos da mastigação: A) Palpação do Músculo Masseter B) Palpação do Músculo Temporal C) Palpação da inserção do tendão temporal no processo coronoide e ramo ascendente Avaliação da articulação temporomandibular quanto à sensibilidade e crepitação: A) Na posição fechada B) Na posição aberta AMPLITUDE DE MOVIMENTOS MANDIBULARES EXAMES DE IMAGEM RADIOGRAFIA PANORÂMICA A. Anatomia normal do côndilo direito. B. Alterações degenerativas de côndilo esquerdo por remodelagem. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A. Imagens coronais ilustram arquitetura normal do côndilo direito (R) com alteração do côndilo esquerdo resultante de uma história de traumatismo. B. Vista axial retrata a anatomia alterada do côndilo com relação à articulação contralateral. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A. Posicionamento normal do disco articular entre eminência articular e côndilo durante a translação. B. Deslocamento anterior do disco sem redução, limitando a amplitude de movimento. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMS ✓ Dor e Disfunção Miofascial - Hiperatividade muscular - Causas: apertamento diurno; bruxismo noturno; oclusão; modificador ou agravante; distúrbios de deslocamento de disco; doença articular degenerativa - Dor difusa (com ou sem do referida), mal localizada, pré-auricular. Dor em função ou após hiperatividade ✓ Distúrbios de Deslocamento de Disco - Anatomia do disco articular - Estruturas adjacentes - Movimentos mandibulares ✓ Posição Condilar - Rotação (primeiros 20 mm) - Translação (20-45 mm) ✓ Doença articular degenerativa (Artrose, osteoartrite) - Traumatismos - Lesão por hipóxia/reperfusão (pressão intracapsular) - Inflamação neurogênica (várias causas, incluindo deslocamentos de disco) ✓ Artrites Sistêmicas - Artrite Reumatóide - LES ✓ Deslocamento (luxação) recidivante crônico - Hipermobilidade mandibular Mensuração da amplitude do movimento da mandíbula: A) Abertura vertical voluntária máxima B) Avaliação do movimento de excursão lateral (deve ser de aproximadamente 10 mm). O movimento da protrusão deve ser semelhante à excursão. ✓ Anquilose - Intracapsular (fusão côndilo, disco e fossa articular) - Extracapsular (prox. coronoide, m. temporal) – hiperplasias, traumas, etc. ✓ Neoplasias ✓ Infecções DISTÚRBIOS DE DESLOCAMENTO DE DISCO ✓ Estágio I - assintomáticos - ruído articular (clique) em abertura e fechamento ✓ Estágio II - sensibilidade articular, cefaléia, bloqueio articular transitório - ruído articular (clique) em abertura e fechamento ✓ Estágio III - sem ruídos articulares - aderência do disco à fossa mandibular (sem deslizamento) ou deslocamento anterior - impede abertura máxima; desvio da mandíbula para o lado afetado A. O disco bicôncavo está situado anterior à superfície de articulação do côndilo. Quando o côndilo translada para a frente, eventualmente passa sobre a banda posterior espessa do disco, criando um ruído de clique. B. Depois da ocorrência do clique, o disco permanece na relação adequada com o côndilo através do restante do ciclo de abertura. C. Posição máxima de abertura. Quando a mandíbula se fecha, a relação entre o côndilo e o disco retorna para a posição, como mostrado em A. A. O disco que tem sido cronicamente deslocado anteriormente é amorfo, em vez da estrutura bicôncava distinta. B. Quando o côndilo começa a transladar para frente, o disco permanece anterior ao côndilo. C. Na posição de abertura máxima, o tecido discal permanece anterior ao côndilo, com o tecido de fixação posterior interposto entre o côndilo e a fossa. TRATAMENTO CLÍNICO NÃO CIRÚRGICO ✓ Orientações ao paciente ✓ Medicação - Analgésicos - AINEs - Coxibes - Relaxantes musculares - Antidepressivos - Ansiolíticos ✓ Toxina botulínica ✓ Injeção de corticoides + anestésico local ✓ Viscossuplementação ✓ Placa miorrelaxante TRATAMENTO CLÍNICO CIRÚRGICO ✓ Artrocentese ✓ Artroscopia ✓ Cirurgia de reposicionamento de disco ✓ Reparo ou remoção do disco ✓ Condilotomia modificada ✓ Substituição total da articulação ✓ Cirurgia ortognática combinada a reconstrução aloplástica da ATM ✓ Eminectomia
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