Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE ECONOMIA A RELAÇÃO ENTRE DIREITO E ECONOMIA PELA ÓTICA DO LIBERALISMO ECONÔMICO, INTERVENCIONISMO ESTATAL E MARXISMO. Aluno: Alcindo Gomes de Moraes Neto (2019.0534.0055) Disciplina: Direito e Economia Professor: Wilson Rodrigues Ataíde Júnior Segundo o poeta chileno, Pablo Neruda, o ser humano é livre para realizar suas escolhas, contudo, se torna prisioneiro das consequências. Pode-se notar, na contemporaneidade, certa semelhança com o pensamento de Neruda, pois o individuo é direcionado conforme as diligencias de superiores, assim, no que diz respeito a conduta econômica no direito, para qualquer desvio há uma penalidade. Logo, o Direito e a economia dialogam entre si, podemos observar esse fenômeno ao notar a disciplinas de Economia nos cursos de direito do Brasil todo, tal como Economia Política. Além disso, muitos economistas tem colaborado ao lado de juristas em processos que integram a área econômica, seja na discussão de uma lei orçamentaria, preparação de propostas ou questões judiciais sobre processos judiciais na esfera da economia. É importante marcar, de início, “os sistemas jurídicos ocasionam reflexos nos fatores que determinam o desempenho econômico” (Soeiro, 2012). Na ótica do liberalismo econômico, os indivíduos são livres para tomar decisões a respeito de como dispor e utilizar seus recursos dentro de um sistema econômico, onde na sociedade e nas relações comerciais se exerce a máxima da sua liberdade. Apesar disso, Adam Smith, precursor dos ideais liberais, assentava que o Estado, por meio de ordenamentos jurídicos, deve organizar a economia com normas, protegendo o comércio interno, como a adoção de leis alfandegárias. (Hunt, 2005) Por sua vez, a ótica do intervencionismo estatal, representada por diversas escolas do pensamento econômico, a mais importante delas, a Keynesiana, coloca o Direito como um artifício moderno com o objetivo de dar harmonia a adequadas conjunturas econômicas refletidos por sujeitos políticos, com intensa intervenção do estado na regulamentação de toda a ordem no direito econômico. No qual, as normas jurídicas, a partir de diligencias do Estado, podem oferecer a estrutura adequada na promoção de transformações na economia e desenvolvimento econômico. (Perez, 2016) Portanto, uma importante linha de pensamento econômico que conversa intrinsicamente com ideais jurídicas, é a escola Marxista, assume que as relações jurídicas são verticalizadas, onde existe subordinação ao Estado em prol da coletividade, partindo do pressuposto que o individuo não é limitado a ser dono de sua liberdade, além disso, também de paridade com seus semelhantes, deliberando sobre seus bens e se associando de maneira planificada com os demais, pra isso, devem se estabelecer normas amparadas e asseguradas pelo domínio do Estado, com o objetivo de consolidar a sociedade conservando sua estrutura econômica e jurídica. (Machado, 2014) REFERÊNCIAS HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Campus, 2005. MACHADO, Antônio Alberto. Direito e Economia. Disponível em: https://avessoedireito.wordpress.com/2014/07/11/direito-e-economia/. Acesso em: 23 set. 2020. PEREZ, Pedro Vinicius. Onde a Economia encontra o Direito. Disponível em: https://perezz.jusbrasil.com.br/artigos/340414911/onde-a-economia-encontra-o-direito/. Acesso em: 23 set. 2020. SOEIRO, Susan Emily Lancoski. A Relação entre o Direito e a Economia. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-107/a-relacao-entre-o-direito-e-a- economia/ Acesso em: 23 set. 2020.