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Anexo1-MODELO-Oficio-Conselho

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(modelo de ofício a ser enviado ao Conselho Municipal de Saúde, com cópia, para ciência, à Secretaria Municipal de Saúde e à Câmara Municipal)
Ofício nº 
Data
Senhor(a) Presidente ____________
Cumprimentando-o(a), tenho a satisfação de dirigir-me a Vossa Excelência e aos demais ilustres membros do Conselho Municipal de Saúde de _______________.
O assunto a tratar é de particular relevância pública no atual cenário da epidemia de Covid-19 que atinge todos os Municípios do Paraná e, portanto, é de interesse direto dos seus Conselhos Municipais de Saúde, para além de o ser, também, para o próprio Conselho Estadual de Saúde.
Como se sabe, aconteceu uma certa “estabilização” do número de casos de Covid-19, registrada nos meses de setembro e outubro, houve maior flexibilização das medidas de distanciamento social nas nossas comunidades. Porém, com as dificuldades enfrentadas principalmente pelos gestores municipais, culminamos com o relaxamento em relação a aspectos fundamentais de prevenção por parte de determinados segmentos da população – com o aumento da circulação humana (e do vírus) nas cidades, descuido das medidas de higiene, intensiva ocorrência de aglomerações, incorreto uso de máscaras (ou mesmo o não uso das mesmas). 
Em face disso, nas duas últimas semanas, o Paraná apresentou crescimento substancial no número de casos da doença, com consequente aumento da taxa de ocupação de leitos, da média móvel e do índice de reprodução eficaz (RT). A tais circunstâncias alia-se a inexistência de planejamento para a (próxima) vacinação e a gradativa desabilitação de leitos Covid, que já estava em curso, o que pode complicar, ainda mais, o presente quadro epidemiológico.
A participação organizada da população nas estratégias voltadas ao combate à doença, que tanto nos faz falta atualmente, é indispensável à boa resolutividade e funcionamento do SUS.
Diante da seriedade de tal situação, cabe aqui ressaltar a forte influência que o Conselho de Saúde Municipal pode exercer na ativação da participação e do convencimento da comunidade, que são essenciais para conter o impacto da doença. Sem esse engajamento (do Conselho e da sociedade), é provável que se dê a ruptura de pontos da rede de assistência à saúde, em especial a hospitalar, o descontrole da taxa de aceleração de contágio da SarsCov2, o acúmulo dramático de doenças graves hoje havidas como ”eletivas” (a pressionar a rede de assistência próxima à saturação) e maiores danos às relações interpessoais e ao setor produtivo. 
Por isso, não é possível desistir da conscientização social. 
É o ponto de maior fragilidade no combate à epidemia.
A L.F. nº 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde) nos diz que:
“O dever do Estado [em relação à saúde] não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.” (art. 2, § 2º).
Lembremos que cabe aos Conselhos de Saúde, que representam o controle social, “fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e encaminhar denúncias aos respectivos órgãos de controle interno e externo, conforme legislação vigente” (Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 453/12). 
Que incumbe-lhe a avaliação da gestão do SUS no âmbito do respectivo ente da Federação, de acordo com o art. 31 da Lei Complementar n. 141/12.
Que deve ser ouvido no processo de planejamento da saúde (particularmente, nestes dias, em relação à Covid-19), como ordena o art. 15 do Decreto n. 7508/11.
É relevante, também, trazer à consideração que o Conselho Nacional de Saúde editou orientação para os demais Conselhos de Saúde sobre o Covid-19
, destacando que: 
(...) “precisamos reconhecer e defender a política pública de Saúde que temos: o SUS, que é nossa maior fortaleza na luta contra o vírus e contra a doença que ele produz. O SUS, patrimônio público e de acesso universal, tem exercido papel essencial no enfrentamento à pandemia, seja na coordenação e organização de ações e serviços de Saúde no enfrentamento adequado à Covid-19, seja na preservação da Saúde e da vida das pessoas que estão em território brasileiro”.
Dentre as responsabilidades dos Conselhos, o mesmo documento indica a “participação ativa, junto às autoridades constituídas, em ações de prevenção e atenção embasadas no conhecimento científico atual para o achatamento da curva de transmissão, que incluem a restrição da circulação e de aglomeração de pessoas. É importante compreender que essas medidas foram tomadas nos países que conseguiram conter ou diminuir a pressão sobre os serviços de Saúde. Do contrário, o sistema entrará em colapso muito rapidamente”.
Deve motivar, cooperativamente, o Conselho de Saúde:
“ • Garantir iniciativas de informação adequadas às pessoas sobre a importância vital do isolamento social como medida imprescindível para redução do número de infectados. Isso reduzirá, consequentemente, a necessidade de serviços de Saúde. O número alto de infectados vêm gerando o colapso dos sistemas de Saúde em vários locais. O fato tende a se agravar ainda mais, segundo as projeções dos especialistas;
• Monitorar e pressionar para que haja organização e adequação dos recursos para os serviços de Saúde, para que consigam atender adequadamente as pessoas, principalmente nos hospitais, evitando o aumento no número de óbitos, entre a população em geral, nos grupos de maior vulnerabilidade e, inclusive, entre os profissionais de Saúde.
• Estabelecer iniciativas para garantir imediatamente apoio financeiro e social adequados para que as pessoas sejam capazes de se manter em casa durante o tempo que for cientificamente necessário, com atenção especial para as populações/pessoas mais vulneráveis. Muitos países já adotaram respostas do tipo, principalmente aqueles que, como o Brasil, vêm atravessando períodos de desemprego e subemprego; 
* Defender estratégias de [continuada] capacitação dos profissionais de Saúde para manejo de situações, considerando a gravidade da Covid-19, para toda a rede de atenção, das Unidades Básicas aos serviços hospitalares. Os(As) trabalhadores(as) da Saúde precisam ser formados(as), apoiados(as), porque são fundamentais para a eficácia da resposta à pandemia;
• Garantir a adoção de medidas de proteção aos(às) trabalhadores(as) de Saúde, limpeza e apoio envolvidos no atendimento a pacientes com a doença, por meio da disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados. As taxas de infeção, de adoecimento e de morte dos(das) trabalhadores(as) da Saúde são elevadas e comprometem ainda mais as respostas dos sistemas de Saúde;
• Defender [se for o caso] a implementação de contratação emergencial de profissionais de Saúde para ampliar os serviços;
• Monitorar a organização de jornadas de trabalho dos(as) profissionais de saúde para que evitem a sobrecarga, estabelecendo atividades e garantindo recursos para apoiá-los(as) e protegê-los(as) bem como outros(as) profissionais que atuem em serviços de Saúde. O intuito é diminuir o risco de exaustão e preservar a sua saúde mental, especialmente considerando que são eles(as) que garantem a linha de frente de cuidado e defesa da vida da população brasileira. Além do contágio e adoecimento, muitos(as) profissionais de Saúde no mundo todo têm apresentado problemas graves de saúde mental pelo enfrentamento das condições que a pandemia impõe;
• Garantir [quando cabível] a realização de testagem do Coronavírus para os profissionais de Saúde e o adequado suporte àqueles(as) que apresentarem a Covid-19, com dispensa das atividades laborais, afastamento e tratamento adequados;
* Envolver toda a sociedade civil nos esforços para conter os efeitos atuais e esperados desta pandemia, com informação e comunicação sérias e baseadas nos melhores conhecimentos científicos que detemos até o momento.
No exercício, porém, de suas relevantes atribuições, muitas vezes, observa-se que, na prática, frequentemente, os Conselhos de Saúde encaram severas dificuldades na sua própria organização e funcionamento, o que aliado à ausência de apoio técnico os impedem de prestar seus serviçosem face dos problemas locais de saúde, como determina a lei.
Se for esse o caso, impõem-se reconhecer concretamente os problemas e adotar prontas providências para sua regularização.
Se cabível, poderá ser invocado o dever das “três esferas de Governo garantir autonomia administrativa para o pleno funcionamento do Conselho de Saúde, dotação orçamentária, autonomia financeira e organização da secretaria-executiva com a necessária infraestrutura e apoio técnico” (Quarta Diretriz, Res. CNS n. 453/12, homologada pelo Ministério da Saúde).
Pode, ainda, sendo a hipótese, provocar, fundamentadamente, o gestor do SUS (que, aliás, integra o próprio Conselho) a “disponibilizar, com prioridade para os representantes dos usuários e dos trabalhadores da saúde, programa permanente de educação na saúde para qualificar sua atuação na formulação de estratégias e assegurar efetivo controle social da execução da política de saúde, em conformidade com o § 2º do art. 1º da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990” (L.C. n. 141/12, art. 44). 
O momento torna imprescindível a aliança do controle social, das forças comunitárias e dos gestores públicos (inclusive das Ouvidorias do SUS). 
A esse esforço comum se associa o Ministério Público no seu papel constitucional de defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, entre os quais sobressaem a saúde e a vida.
As relações de nossas Instituições (Conselhos de Saúde e Ministério Público) têm, no Paraná, um longo histórico de respeito e bons frutos em favor e da vida e da defesa do direito à saúde.
Para nós, defendermos o princípio da democracia significa, na saúde, valorizar as funções propositivas, formuladoras, fiscalizadoras e deliberativas dos órgãos de representação social no SUS.
Assim sendo, tendo em vista o quanto exposto acima e os deveres legais dos Conselheiros e dos Conselhos Municipais de Saúde, solicita-se, no prazo de até quinze dias, transmita Vossa Excelência o teor da presente correspondência a seus pares demandando manifestação circunstanciada a respeito e, também, que seja informado à Promotoria de Justiça qual é a atual pauta de trabalho desse órgão (e sua cronologia) e as ações já desenvolvidas em relação à Covid-19, bem como que ações poderá deflagrar, exercendo sua liderança, para sensibilizar e unir a comunidade nos termos acima expostos.
Na oportunidade, manifesto-lhe a expressão da minha mais elevada consideração, reiterando que o Conselho de Saúde pode contar, como de hábito, com a permanente interlocução com o Ministério Público.
Promotor(a) de Justiça
�	 Acessível em:
	http://www.susconecta.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Documento_Orientador_CNS-covid-REVISADO-1.pdf

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