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FAMÍLIA : PASTEURELLACEAE Gênero : Pasteurella 1 - MORFOLOGIA São pequenos bacilos Gram negativos, ovalados de 1,0 X 0,5-0,8 um de tamanho no primo isolamento. Mas quando repicados em meios artificiais tomam a forma de longos bacilos de até 5 um de comprimento. Possuem tendência à coloração bipolar, não formam esporos, são móveis e possuem uma pequena cápsula. As colônia são redondas com bordos proeminentes, planas e mucóides com 2 a 3 mm de diâmetro. Morfologia 2 - DISTRIBUIÇÃO E PATOGENIA Tem sido encontradas no trato respiratório superior de animais clinicamente saudáveis e relacionados como responsáveis de uma doença em bovinos, suínos, ovinos e cavalos, denominada septicemia hemorrágica, e nas galinhas a cólera aviária. Em humanos feridas decorrentes de mordidas e arranhaduras. Contágio Febre dos transportes 3 - CARACTERÍSTICA CULTURAIS Crescem aeróbica e anaeróbicamente em atmosfera de baixa tensão de O2 , a 37 C O crescimento em meios simples é aumentado pela adição de sangue ou soro ao meio. Em agar sangue podem produzir hemólise e escurecem o meio. P. haemolytica* cresce em Mc Conkey’s. A tabela a seguir diferencia as duas espécies mais importantes do gênero. (*) Espécies P. multocida P. hemolitica Indol + - H2S + - Maltose - + Hemólise - + Dextrose + + Lactose - (+) Sacarose + + Mc Conkey’s - + Diferenciação Bioquímica 4 - RESISTÊNCIA A AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS A P. multocida é morta quando exposta à luz solar por 3 a 4 horas, quando aquecida á 55 C por 15' ou exposta ao fenol 0,5% por 15' . 5 - ANTÍGENOS E TOXINAS : Com base em testes de soro neutralização em camundongos, quatro tipos imunogênicos de pasteurela foram descritos, denominado-se de tipo I; II; III; IV de Roberts. Estes tipos identificam-se com os tipos propostos por Carter denominados de A; B; C; D. Trata-se de antígenos da superfície da cápsula. Foram descritos 11 antígenos somáticos. Um comitê de padronização adotou fórmulas estruturais ( D:2; B:2 ; A:1; A:3). Hoje postula-se a existência de 114 sorovariantes de Pasteurella multocida , 15 do sorogrupo A, 23 do sorogrupo B e 21 do sorogrupo D. Uma toxina de origem protéica e um lipopolissacarídeo nos tecidos de animais mortos por septicemia foram descritos por vários autores . 6 - ISOLAMENTO E DIAGNÓSTICO : Material : sangue do coração , fígado, baço, pulmão. Overnight 35º. C Gram Bioquimismo Patogenicidade FAMÍLIA : PASTEURELLACEAE Gênero : Haemophylus 1 - MORFOLOGIA São pequenos bacilos ou cocobacilos Gram negativos de aproximadamente 0.3 X 0.5 até 1.5 um de comprimento, isolados ou pareados . Em sub-cultivos, filamentos pleomórficos podem aparecer. Podem formar cápsulas mas não esporos, não apresentam motilidade. Em meios sólidos da lugar ao chamado fenômeno do "satelismo de colônias" com estafilococos . Satelismo de Colonias 2000 X Colonias de Haemophylus crescem somente ao redor de espécies hemolíticas pois alí absorvem fatores de crescimento . 2 - DISTRIBUIÇÃO E PATOGENIA Encontram-se implicados em infecções do trato respiratório dos animais, freqüentemente associados à viroses. Haemophylus parasuis: poliserosite e enfermidades respiratórias Haemophylus galinarum: na doença crónica respiratória das aves (DCR). Haemophylus agnii: Poliartrite em ovinos. Haemophylus somnus (Histophilus somni): meningoencefalite tromboembólica em bovinos. Haemophylus influenza: influenza humana Haemophylus ducrey: “cancro" em humanos Patogenia Poliserositis Haemophilus parasuis Doença Crônica Respiratória H. gallinarum Poliartrite H. agnni Influenza 3 - CARACTERÍSTICAS CULTURAIS São anaeróbios facultativos, crescem somente em meios que contenham sangue, devido as necessidades de fatores de crescimento denominados de "X" e “V". Desenvolvem-se melhor em ágar chocolate do que em agar sangue. Formam colônias pequenas de 0,1 - 0,2 mm , circulares convexas lisas de aspecto mucoide em 24h. Produzem ácido , mas não gás da fermentação da glicose e maltose. Não fermenta a lactose e a salicina. São oxidase positivos. Produz catalase, urease e não produz nem H2S nem indol. Com base nas necessidades do fator "X" (hemina) e “V" (difosfopiridina nucleotide) as espécies de Haemphylus podem ser diferenciadas. Características bioquímicas Tabela de diferenciação ESPÉCIES: FATOR X FATOR V H. influenza + + H. inflenza suis -/+ + H. canis + - H. galinarum - + 4 - RESISTÊNCIA A AGENTES FÍSICO-QUÍMICOS São mortos á 55 C / 30'. São sensíveis ás sulfas, tetraciclinas e cloranfenicol. Nenhuma toxina tem sido descrita . 5 - ANTÍGENOS E TOXINAS : 6 - ISOLAMENTO E DIAGNÓSTICO Material; exudato e muco das vias aéreas ou fragmentos do pulmão. Meios: agar chocolate, agar sangue . 48 H 35ºC Bioquimismo Dependência de fator X e V FAMÍLIA : PASTEURELACEAE Gênero : Actinobacillus 1 - MORFOLOGIA Nos tecidos e em culturas primárias são bacilos Gram negativos de 1,5 X 0,4 um. Em subcultivos em meios artificiais mostram acentuado pleomorfismo com forma cocobacilar ou filamentosa. Pequenas colônias translúcidas de 1-1,5 mm de diâmetro formam-se após 24 horas a 37º C em agar nutriente . Morfologia 2 - DISTRIBUIÇÃO E PATOGENIA • A. lignierese esta associado á enfermidade denominada "lingua de pau" e também á formação de abcessos granulomatosos subcutâneos em bovinos e raramente em ovinos. Sua presença tem sido notada na boca e no conteúdo ruminal de animais sadios. O A. equuli ocorre no intestino de equinos sem causar doenças, entretanto infecções septicêmicas e nefrites podem ser causadas em potros. Patogenia A. lignieresi Abcessos granulomatosos na língua Patogenia Nefrite por A equuli 3 - CARACTERÍSTICAS CULTURAIS São anaeróbios facultativos ou aeróbios, crescem bem em meios simples adicionados de soro ou sangue a 37C, crescendo mais fluentemente em subcultivos. Em meios líquido culturas puras dão lugar à turvação deficiente de forma granular, ao passo que culturas envelhecidas dão lugar á formação de película na superfície do meio. Produzem ácido mas não gás da glicose, sacarose, maltose e lactose. Reduzem nitratos, produzem gás sulfidrico mas não indol. Crescem escassamente em Mac Conkey's. 4 - RESISTÊNCIA AOS AGENTES FÍSICO-QUÍMICOS São mortos á 60ºC 15 min. e são susceptíveis aos desinfetantes comuns. 5 - ANTÍGENOS E TOXINAS Existem antígenos em comum entre as duas espécies do gênero. 6 - ISOLAMENTO E DIAGNÓSTICO Material: linfonodos locais abcessos granulomatosos, sangue septicémico, etc. Bioquimismo Nitrato + Urease + Fermentativo FAMÍLIA: NEISSERIACEAE Gênero: Moraxella 1 - MORFOLOGIA São pequenos bacilos Gram negativos de aproximadamente 1.0 X 2.0 um, geralmente pareados. No primo-isolamento podem apresentar cápsula. São imóveis e não esporulados. As colônias em agar sangue são lisas, circulares, translúcidas, acizentadas e de 3 a 4 mm após 48 h à 37º C. Produzem halo de beta hemólise 2 - DISTRIBUIÇÃO E PATOGENIA A Moraxella bovis causa a cerato conjuntivite infecciosa dos bovinos, uma doença altamente infecciosa que afeta principalmente animais estabulados. O contágio é direto através de secreções ou indireto por vetores como o mosquito. 3 - CARACTERÍSTICAS CULTURAIS São aeróbicas, crescem em agar sangue a 37 C e em meios ordinários. Não fermentam carboidratos, não reduzem nitratos e não produzem indol, mas liquefazem a gelatina. São oxidase positivos e não crescem em Mac Conkeýs. 4 - ISOLAMENTO E DIAGNÓSTICO Material: Swabs de córnea Meio : Agar sangue. Bioquimismo FAMÍLIA : ALCALIGENACEAE Gênero : Bordetella 1 - MORFOLOGIA Bacilos Gram negativos geralmente curtos, pleomórficos, podendo apresentar formas cocóides as vezes isolados . Desenvolvem flagelos peritríquios, sendo móveis entre 18 e 24ºC mas não à 37ºC. (Bordetella bronquiseptica) As demais espécies do gênero não apresentam motilidade. Cápsulas estão presentes em cultura novas mas nãoformam esporos. Em agar sangue as colônias são inicialmente iguais à gotas de orvalho e após alguns dias de incubação com 2 a 3 mm de diâmetro. Microscopia eletrônica Morfologia B. Bronchiseptica ( Gram) 2- DISTRIBUIÇÃO E PATOGENIA A Bordetella bronquiséptica é de importância médica veterinária por estar relacionada com pneumonias (secundárias á cinomose) e rinite atrófica dos suínos. Ela habita as vias respiratórias superiores de animais sadios. Rinite atrófica Pneumonias secundárias Patogenia Traqueobronquite infecciosa caninaInfecções respiratórias Patogenia • B. pertussis causa a coqueluche em seres humanos. “Tosse comprida” B. pertussis produz uma toxina que inibe a ação de fagócitos 3 - CARACTERÍSTICA CULTURAIS* É aeróbica, cresce á 37º C . No primo isolamento o crescimento é lento (48 h) causando turvação e depósito granular em caldo, necessitando de soro ou sangue para o desenvolvimento. Em agar sangue produzem hemólise. Produz catalase e urease, mas não fermenta carboidratos, utilizando o citrato como fonte de carbono. 1 – oxidação da glicose 2 – citrato + 3 – uréase + * Bordetellas em geral 4 – RESISTÊNCIA Á AGENTES FÍSICO-QUÍMICOS São mortos pelo calor a 55 C/ 30`. São sensíveis ao cloranfenicol ou tetraciclinas. 5 - ANTÍGENOS E TOXINAS Existem reações cruzadas de antígenos de superfície e de endotoxinas de B. bronchiseptica com aqueles de B. pertussis e B. parapertussis. B. bronchipsetica não produz toxina pertússica mas pode também inibir a digestão dos fagócitos causando infecção intracelular. Pode aderir aos cílios da traquéia e brônquios causando inflamação. 6 - ISOLAMENTO E DIAGNÓSTICO Material secreções ou pedaços de pulmão traquéia. Meio: Mac Conkeys glicosado + penicilina e micostatin 1 – oxidação da glicose 2 – citrato + 3 – uréase + Bioquimismo 35º C / 48 H