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ESTUDO DIRIGIDO

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ESTUDO DIRIGIDO
MEL
Conceito, obtenção extrativa (apicultura), composição química, valor nutritivo, formação do mel, variedades de mel (fatores determinantes), cristalização do mel, efeitos benéficos para a saúde.
O mel é um produto natural elaborado por diversas espécies de abelhas, sendo a Apis mellifera a mais utilizada. Originária da Europa, África e Ásia, essa espécie não apenas produz mel, mas também cera e própolis. A utilização do mel remonta aos primórdios da história humana. O mel é produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores ou de outras secreções vegetais. Após coletarem e armazenarem essa substância em seus estômagos, as abelhas misturam o néctar com enzimas em suas glândulas, transformando-o em mel. Ao retornarem à colmeia, depositam o mel nos alvéolos dos favos, onde é selado com cera. Com o tempo, o mel adquire consistência e é usado como alimento pelas abelhas. O mel é notavelmente rico em sua composição química, abrigando uma variedade significativa de substâncias essenciais à saúde humana. Entre elas, encontram-se carboidratos, vitaminas, minerais e proteínas em quantidades substanciais. O mel apresenta propriedades físico-químicas determinadas pelo tipo de flores utilizadas pelas abelhas para a coleta de néctar. Suas características incluem: Sabor: Determinado pela variedade e quantidade de açúcares e ácidos presentes, podendo variar entre doce, amargo ou azedo; Taxa de umidade: Deve manter-se entre 16,8% e 20%, conforme legislação brasileira, para evitar a proliferação de bactérias e processos fermentativos indesejáveis; Viscosidade: Em comparação com água, o mel é mais viscoso, porém sua viscosidade pode variar de acordo com sua composição química e teor de água; Acidez: Varia conforme o tipo de néctar e processos de maturação, apresentando uma diversidade de ácidos como glicônico, succínico, málico, acético, cítrico, fórmico, lático, fólico e butírico; Teor de cinzas: A quantidade de minerais não deve ultrapassar 1,2%, sendo os tipos e quantidade de minerais dependentes da fonte floral, ambiente e processamento; Hidroximetilfurfural (HMF): É formado pela reação de açúcares e ácidos do mel e sua presença é regulada pela legislação, permitindo no máximo 60 mg por quilograma. Quantidades maiores indicam que o mel não deve ser consumido. O mel oferece uma série de propriedades terapêuticas notáveis, atuando como um substituto saudável do açúcar. Suas ações abrangem desde propriedades antibacterianas, combatendo o crescimento de bactérias, até características anti-inflamatórias, depurativas e cicatrizantes. Além disso, o mel é reconhecido por seu papel energético, imunoestimulante e emoliente, suavizando a pele e contribuindo para o fornecimento de energia. No entanto, é importante observar que, apesar de seus benefícios, o mel pode apresentar riscos toxicológicos caso sua produção ou processamento sejam inadequados, ou se as plantas visitadas pelas abelhas contiverem substâncias tóxicas.
PRÓPOLIS
Conceito, obtenção, composição química, valor nutritivo, tipos, efeitos benéficos para a saúde.
As abelhas utilizam uma variedade de materiais provenientes de diferentes processos botânicos e partes das plantas para produzir própolis. Esses materiais incluem substâncias ativamente secretadas pelas plantas, bem como exsudatos de feridas nas plantas, como materiais lipofílicos encontrados em folhas e brotos, látex, resinas, entre outros. A tonalidade da própolis é influenciada pela sua origem, apresentando uma gama de cores que vão do marrom escuro ao esverdeado e ao marrom avermelhado. Além disso, seu odor característico pode variar entre diferentes amostras. A composição química da própolis é complexa e variada, determinada pela flora local e pela região de coleta das abelhas. Essa composição inclui flavonoides como galangina, quercetina, pinocembrina e kaempferol, ácidos aromáticos, ésteres, terpenoides, ácidos fenólicos, aminoácidos, polissacarídeos, elementos inorgânicos como cobre, manganês, ferro, cálcio e outros compostos em pequenas quantidades. A análise da composição química é crucial para identificar a origem botânica da própolis, influenciando sua aplicação terapêutica. A própolis brasileira apresenta diferenças notáveis em relação àquela encontrada em regiões temperadas, como a presença de compostos distintos na própolis verde produzida em São Paulo e Minas Gerais. Técnicas como cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG-MS) e cromatografia líquida de alta performance (HPLC) são frequentemente usadas para essa análise. Recentemente, foi identificada uma nova variedade de própolis vermelha no nordeste do Brasil, com composição química distinta, sugerindo potenciais atividades biológicas únicas não observadas em outros tipos de própolis. A própolis é amplamente utilizada globalmente para melhorar a saúde e prevenir diversas doenças, desde inflamações até problemas cardíacos, diabetes e câncer. Seus usos terapêuticos incluem tratamento de mau hálito, eczema, infecções de garganta, úlceras e infecções urinárias. Disponível em várias formas, como cápsulas, extratos hidroalcoólicos ou glicólicos, enxaguatórios bucais e pós, a própolis também é empregada na indústria cosmética e alimentícia, sendo usada em alimentos funcionais. No mercado brasileiro, existem cerca de noventa produtos à base de própolis, como cápsulas, xampus, condicionadores, dentifrícios, cosméticos e alimentos, muitos deles registrados no Ministério da Agricultura, que estabelece padrões de identidade e qualidade para esses produtos.
REFERÊNCIAS
DIAS, Diogo Lopes. Importância e composição química do mel, Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/importancia-composicao-quimica-mel.htm. Acesso em 11 de dezembro de 2023.
CARVALHO, L. B. De; PINTO, L. M. A; PRADO, N. R. T. Do. Propriedades, usos e aplicações da própolis. Revista Eletrônica de Farmácia. v. 8 n. 3, p. 76-100, 2011.
GALINDO, Alexandre B.; LUSTOSA, Sarah R.; NETO, Pedro J. Rolim; NUNES, Lívio C.C.; RANDAU, Karina P. Própolis: atualizações sobre a química e a farmacologia. Revista Brasileira de Farmacognosia. v. 18 n. 3, 2008.
		 Semestre letivo 2023.2

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