Prévia do material em texto
TUTORIA 3.1 1) DEFINIÇÃO, EPIDEMIOLOGIA, ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO DA HEPATOPATIA ALCOÓLICA (INCLUIR TRATAMENTO DO ALCOOLISMO – FARMACOLÓGICO E NÃO FARMACOLÓGICO) ANATOMIA HEPATOPATIA ALCOÓLICA DEFINIÇÃO A HEPATOPATIA ALCOÓLICA APRESENTA 3 ESTÁGIOS DE DANO AO FÍGADO: ESTEATOSE HEPÁTICA (FÍGADO GORDO), HEPATITE ALCOÓLICA (INFLAMAÇÃO E NECROSE) E CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA. TODOS SÃO CAUSADOS POR CONSUMO ABUSIVO CRÔNICO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS. EPIDEMIOLOGIA O consumo de álcool é muito elevado na maioria dos países ocidentais. A proporção homem:mulher é 2:1. Doenças hepáticas que ocorrem em pessoas com alcoolismo, geralmente incluem, em ordem de ocorrência Esteatose hepática (em > 90%) Hepatite alcoólica (em 10 a 35%) Cirrose (em 10 a 20%) OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DE DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA SÃO Quantidade e duração do consumo de álcool (geralmente > 8 anos) O conteúdo alcoólico é estimado pelo volume de líquido (em mL) multiplicado pela porcentagem de álcool. Por exemplo, o teor alcoólico de 45 mL de uma bebida de 80 amostras (40% de álcool) é 18 mL por volume. Cada mL de álcool contém aproximadamente 0,79 g de álcool. Apesar de os valores variarem, a porcentagem de álcool da maioria das cervejas varia entre 2 e 7%; dos vinhos, entre 10 e 15%. Portanto, um copo de cerveja contém 5 a 20 g de álcool, e uma taça de vinho contém cerca de 12 a 18 g, e uma dose de destilado contém cerca de 14 g. O risco de doença hepática aumenta acentuadamente em homens que bebem > 40 g, principalmente > 80 g de álcool/dia (p. ex., cerca de 2 a 8 latas de cerveja, 3 a 6 doses de destilado ou 3 a 6 taças de vinho) durante > de 10 anos. Para o desenvolvimento de cirrose, o consumo é geralmente > 80 g/dia, por > de 10 anos. Se o consumo exceder 230 g/dia durante 20 anos, o risco de cirrose é cerca de 50%. Sexo Mulheres são mais suscetíveis que os homens, mesmo após ajuste para peso corporal. As mulheres precisam de apenas 20 a 40 g de álcool/dia para estarem em risco — metade da quantidade para homens. O risco em mulheres pode ser maior porque elas têm menos álcool desidrogenase na mucosa gástrica; assim mais álcool intacto alcança o fígado. Fatores genéticos e metabólicos A hepatopatia alcoólica muitas vezes está presente em um padrão familiar, o que sugere a influência de fatores genéticos (p. ex., a deficiência de enzimas citoplasmáticas que eliminam o álcool). Obesidade Uma dieta rica em gordura insaturada aumenta a suscetibilidade, assim como a obesidade aumenta ETIOLOGIA A esteatose hepática, a hepatite alcoólica e a cirrose geralmente são consideradas manifestações independentes e progressivas da doença hepática alcoólica. Entretanto, frequentemente se sobrepõem. Esteatose hepática é a consequência inicial e mais comum do consumo exagerado de bebidas alcoólicas. A esteatose hepática é potencialmente reversível. A esteatose hepática é o acúmulo de macrovesículas de gordura sob a forma de grandes gotas de triglicerídios que deslocam o núcleo hepatocitário, principalmente nos hepatócitos perivenulares. O fígado aumenta suas dimensões. Hepatite alcoólica (esteatoepatite) é a combinação de esteatose hepática, inflamação hepática difusa e necrose hepática (geralmente focal), em diversos graus de gravidade. Os hepatócitos lesionados estão edemaciados com um citoplasma granular (balonização hepatocitária) ou contêm proteínas fibrilares no citoplasma (corpúsculos de Mallory ou hialinos alcoólicos). Hepatócitos intensamente lesionados tornam-se necróticos. Sinusoides e vênulas hepáticas terminais tornam-se estreitas. Cirrose pode estar presente. Cirrose alcóolica é a doença hepática avançada caracterizada por fibrose extensa, que altera a arquitetura hepática normal. O acúmulo de gordura presente varia. A hepatite alcoólica pode coexistir. A fraca tentativa de regeneração hepática compensatória provoca a formação de nódulos hepáticos relativamente pequenos (cirrose micronodular). Como resultado, o fígado frequentemente encolhe. Com o tempo, mesmo após a abstinência, a fibrose forma bandas largas, separando o tecido hepático em grandes nódulos DIAGNÓSTICO Antecedente de consumo de álcool confirmado Testes de função hepática e hemograma completo (HC) Algumas vezes, biópsia hepática Quando o consumo de álcool do paciente é duvidoso, a história deve ser confirmado por familiares. Os pacientes podem ser triados para alcoolismo usando-se o questionário CAGE Não existe um teste específico para doença hepática alcoólica, mas se o diagnóstico for suspeito, testes de função hepática (tempo de protrombina, bilirrubina, aminotransferases e albumina sérica) e hemograma completo são realizados para detectar sinais de lesão hepática e anemia. A elevação de aminotransferases é moderada (< 300 UI/L) e não reflete a extensão do dano ao fígado. A explicação para os níveis baixos de ALT é a deficiência dietética de fosfato de piridoxal (vitamina B6), necessária para a função enzimática. Esses efeitos são menos intensos na AST. A gama-glutamiltransferase (GGT, gamma-glutamyltransferase) sérica aumenta, como resultado de uma indução da enzima pelo consumo de álcool, bem como pelo uso de outros fármacos, pela colestase e pela lesão hepática. A albumina sérica pode estar baixa, geralmente refletindo desnutrição, mas ocasionalmente refletindo clara falência hepática com deficiência enzimática. ÍNDICES DE GRAVIDADE DA DOENÇA HEPÁTICA SÃO: Bilirrubina sérica, que representa a função secretória Tempo de protrombina ourazão normalizada internacional que reflete a capacidade de síntes Trombocitopenia pode resultar do efeito tóxico direto do álcool na medula óssea ou da esplenomegalia, que acompanha a hipertensão portal. Leucocitose neutrofílica pode ser resultante da hepatite alcoólica, entretanto, infecções (principalmente pneumonia e peritonite bacteriana espontânea) também devem levantar suspeitas. TESTES DE IMAGENS DO FÍGADO: não são rotineiramente necessários para o diagnóstico. Se feitas por alguma razão, ultrassonografia abdominal ou tomografia podem sugerir esteatose hepática ou mostrar esplenomegalia, evidência de hipertensão portal ou ascite. A elastografia mede o grau de rigidez hepática e detecta fibrose avançada. Esse valioso método diagnóstico pode evitar a necessidade de biópsia hepática para verificação de cirrose e ajudar na avaliação prognóstica A BIÓPSIA HEPÁTICA não é consenso entre os especialistas. As indicações propostas incluem: ❖ Diagnóstico clínico duvidoso (p. ex., achados clínicos e laboratoriais conflitantes, elevação inexplicada dos níveis de aminotransferases) ❖ Suspeita clínica de > 1 causa para doença hepática (p. ex., álcool e hepatite viral) ❖ Desejo de uma avaliação precisa do prognóstico A biópsia hepática confirma a doença hepática, ajuda a identificar o consumo excessivo de álcool como provável causa e a estabelecer o grau de lesão hepática. Se houver acúmulo de ferro, a quantificação deste acúmulo e a realização de exames genéticos podem excluir a hemocromatose hereditária como a causa da doença hepática. PROGNÓSTICO O prognóstico da doença hepática alcoólica é determinado pelo grau de fibrose hepática e da inflamação. A esteatose e a hepatite alcoólica sem fibrose causadas pelo consumo de álcool são reversíveis, uma vez interrompido o consumo de álcool. Com a abstinência, a completa resolução da esteatose hepática pode ocorrer em 6 semanas. Fibrose e cirrose costumam ser irreversíveis. Alguns achados na biópsia (p. ex., neutrófilos, fibrose perivenular) indicam um prognóstico reservado. Índices quantitativos foram propostos para predizer a gravidade e a mortalidade usando achados laboratoriais de falência hepática, como tempo de protrombina, creatinina (para síndrome hepatorrenal) e nível de bilirrubina.TRATAMENTO (PARA ETILISTA CRÔNICO): Os corticoides (p. ex., prednisolona 40 mg/dia por via oral por 4 semanas, seguida de desmame) melhoram o resultado nos pacientes com hepatite alcoólica aguda grave (função discriminante de Maddrey ≥ 32) e que não têm infecção, sangramento gastrintestinal, insuficiência renal ou pancreatite No guideline publicado pelo American Journal of Psychiatry em janeiro de 2018 são listadas opções medicamentosas com boa evidência, que podem ser utilizadas em caso de falha de tratamento não farmacológico. propiciar ambiente calmo, confortável e com pouca estimulação audiovisual. A dieta é livre, devendo haver atenção especial com a hidratação Especial atenção deve-se ter com relação à reposição vitamínica com o objetivo principal de evitar a Síndrome de Wernick (tríade clássica de sintomas de ataxia, confusão mental e anormalidades de movimentação ocular extrínseca). Além disto, a reposição vitamínica posterga os prejuízos da síndrome de Wernick-Korsakoff (Fase crônica) e obtém –se melhora relativa dos quadros demências. Recomenda-se a tiamina intramuscular (1 amp IM ao dia) nos primeiros 7-15 dias e após este período a prescrição passará a ser via oral. Recomenda-se a dose de 300 mg/dia de tiamina (Benerva®). A primeira opção é o naltrexona, cuja contra indicação é insuficiência hepática ou hepatite. A posologia recomendada do NTX no tratamento do alcoolismo é de 50 mg/dia. A segunda opção é o dissulfiram, que se consumido com bebida alcoólica causa muito mal estar. O objetivo é que uma vez ingerido o medicamento, o paciente terá medo de ingerir bebida alcoólica e não beba. O DSF deve ser iniciado somente 12 horas após a última ingestão de álcool, podendo ser prescrito inicialmente 500 mg/dia, por 1-2 semanas. Na manutenção, poderão ser utilizadas doses menores, em torno de 250 mg/dia. O tempo de tratamento é definido pelos padrões de melhora no status psicossocial do paciente e pela aquisição do autocontrole do comportamento de beber. Antes do uso é importante solicitar glicemia de jejum, função hepática, função tireoidiana e eletrocardiograma (ECG) TOPIRAMATO Nos últimos anos, o topiramato tem se mostrado uma possibilidade de intervenção farmacológica também no tratamento das dependências químicas, apesar de poucos ensaios clínicos controlados. Os estudos clínicos com a droga começaram em 1986, sendo que a mesma foi introduzida no mercado em dezembro de 2000 pelo laboratório Janssen-Cilag (Topamax) O TPM tem apresentações em comprimidos de 25, 50, 100, 200, 300 ou 400 mg ou cápsulas de 15, 25 e 50 mg. A dosagem recomendada em adultos é de 200 a 400 mg/dia. A sugestão é iniciar com 25 mg/dia e aumentar de forma lenta em 3 a 8 semanas até se atingir a dose de 300 mg/dia ou 400 mg/dia. Outras opções menos comuns, porém com alguma evidência são gabapentina e topiramato. Carbamazepina mais uma vez não é citada como droga com eficácia para tratamento do alcoolismo, embora alguns médicos ainda a prescrevam. Benzodiazepínicos também não devem ser usados, exceto nos casos de abstinência aguda e antidepressivos só devem ser prescritos quando existe outra doença psiquiátrica que indique seu uso. CIRROSE: DEFINIÇÃO: ESTÁGIO TERMINAL DE TODAS AS DOENÇAS HEPATOCELULARES. • DEPOSIÇÃO DE TECIDO FIBROSO NO PARÊNQUIMA HEPÁTICO • PERDA DA ARQUITETURA LOBULAR E VASCULAR NORMAL HEPÁTICA • FORMAÇÃO DE NÓDULOS DE REGENERAÇÃO • DIMINUIÇÃO DO TAMANHO E AUMENTO DA CONSISTÊNCIA DO FÍGADO, BORDAS ROMBAS E SUPERFICIE IRREGULAR ETIOLOGIA: METABÓLICA / VIRAL / ALCOÓLICA / INDUZIDA POR TOXINAS E FÁRMACOS/ AUTOIMUNE / BILIAR / OBSTRUÇÃO DO FLUXO VENOSO HEPÁTICO / CREPTOGÊNICA QUADRO CLÍNICO: INESPECÍFICO • ALTERAÇÃOD DA FUNÇÃO HEPÁTICA OU CITOPENIAS EM ASSINTOMÁTICOS • PERDA DE PESO • ASTENIA • DÉFICTS NEUROLÓGICOS DE COONCENTRAÇÃO E MEMÓRIA • ALTERAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL E LIBIDO • GINECOMASTIA • ICTERÍCIA • ASCITE • ESPLENOMEGALIA • TELANGIECTASIA • SPIDER/ ARANHAS VASCULARES • ERITEMA PALMAR • FLAPPING • HÁLITO HEPÁTICO CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL: • BASEADA EM CRITÉRIOS CRÍNICOS E LABORATORIAS • DETERMINA A GRAVIDADE DE CADA CASO • CLASSIFICAÇÃO DE CHILD-PUGH • CLASSIFICAÇÃO DE MELD DIAGNÓSTICO • ASPECTOS CLÍNICOS (SINAIS E SINTOMAS) • ALTERAÇÕES LABORATORIAIS) • ETIOLOGIA DA DOENÇA (NEM SEMPRE É POSSÍVEL) • PADRÃO HISTOLÓGICO (NA BIÓPSIA, MAS NEM SEMPRE É POSSÍVEL) O PADRÃO-OURO PARA O DIAGNÓSTICO DA CIRROSE É A ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DO TECIDO HEPÁTICO EXAME COMPLEMENTARES: • ELASTOGRAFIA: MÉTODO NÃO INVASIVO DE MAIOR SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE. ➔ GRADUAÇÃO DE NÍVEIS DE FIBROSE HEPÁTICA ENTRE OS PORTADORES DE HEPATOPATIAS CRÔNICAS ➔ SIMULA A BIÓPSIA HEPÁTICA A alanina-aminotransferase (ALT) e a aspartato-aminotransferase (AST) estão elevadas no soro, sobretudo em pacientes que continuam a beber, mas os níveis de AST são mais altos que os da ALT, geralmente a uma razão de 2:1. TRATAMENTO A meta inicial do tratamento consiste em erradicar o fator causal, uma vez que, atualmente, há vários relatos de reversão da cirrose após o tratamento da doença de base, principalmente quando a cirrose é causada por vírus, por hepatite autoimune, por hemocromatose ou por doença de Wilson. A reversão da cirrose pode ocorrer em indivíduos com poucos sintomas e naqueles com cirrose em fases iniciais, sendo pouco provável quando há retração do órgão e presença de hipertensão porta ou outras complicações • A desnutrição dos pacientes com cirrose é multifatorial e envolve a produção excessiva de citocinas (que causa um estado catabólico), a ingestão alimentar inadequada, a absorção comprometida dos nutrientes e as alterações no metabolismo de proteínas, de carboidratos e de gorduras. A terapia nutricional associa-se à melhora da qualidade de vida e à redução da mortalidade e de complicações associadas. Esses pacientes devem receber 30 a 40 kcal/kg de peso ideal/dia (não peso real), sendo 1,2 a 1,5 g/kg de proteínas, dando preferência para as proteínas vegetais e de leites e derivados • Os pacientes com cirrose podem apresentar deficiências de vitaminas (principalmente as vitaminas B1, A, D, E e K) e deficiências de minerais, que devem ser prontamente suplementados. Nesses indivíduos, a deficiência de zinco também é comum. 2) EXPLICAR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS HEPATOPATIAS CRÔNICAS (MANIFESTAÇÕES EXTERNAS: GINECOMASTIA; EDEMA; TELANGIECTASIA, VARIZES DE ESÔFAGO, EQUIMOSES, ASCITE, ICTERÍCIA ETC.) ASCITE • ACUMULO ANORMAL DE LÍQUIDO SEROSO NA CAVIDADE PERITONEAL • COMPOSIÇÃO SEMELHANTE À COMPOSIÇÃO DO PLASMA OU DILUÍDO • GERALMENTE ASSOCIADA À DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA • PRINCIPAL COMPLICAÇÃO DOCIRRÓTICO (30% DOS CASOS) • SINAIS DE MAU PROGNÓSTICO / MORTALIDADE DE 50% EM 2 ANOS ➔ ASPECTOS CLÍNICOS: AUMENTO DO VOLUME ABDOMINAL EMPACHAMENTO PÓS-PRADIAL DISPNEIA SINAIS DE MACICEZ MÓVEL, SEMICÍRCULO DE SKODA E SINAL DO PIPAROTE ➔ DIAGNÓSTICO: PARACENTESE DIAGÓSTICA: REALIZA EM TODOS OS CASOS NOVOS DE ASCITE E NOS PACIENTE COM DESCOMPENSAÇÃO ➔ GASA (GRADIENTE DE ALBUMINA SORO-ASCITE): INDICADOR ACURADO DE HIPERTENSÃO PORTAL > 1,1 G/DL → HIPERTENSÃO PORTAL ➔ CAUSAS: ➔ DIAGNÓSTICO: CLÍNICO • EXAME DE IMAGEM: SE DÚVIDA DIAGNÓSTICA E INVESTIGAÇÃO DA DOENÇA DE BASE • LAPAROSCOPIA: SUSPEITA DE NEOPLASIA MALIGNA E TUBERCULOSE. POIS É UM EXAME DE MAIOR ACURÁCIA PARA DOENÇA PERITONEAIS ➔ TRATAMENTO: • BALANÇO NEGATIVO DE SÓDIO (DIETA HIPOSSÓLICA • RESTRIÇÃO DE ÁGUA LIVRE SE NA SÉRICO <120MEQ/L • DIURÉTICOS PARA PERDER DE 0,5 A 1KG/DIA: ESPIRONOLACTONA + FUROSEMIDA • ASCITE REFRATÁRIA: AUSÊNCIA DE RESPOSTA AO DIURÉTICOS OU COMPLICAÇÕES COM O USO DESTES FAZER PARENCETESE DE ALÍVIO (SE TIRAR MAIS DE 5L → REPOSIÇÃO DE ALBUMINA 8G/LITROS RETIRADOS) DESCOMPRESSÃO PORTAL COM TIPS OUTROS TRATAMENTOS EM ESTUDOSPERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE) • INFECÇÃO DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA) PREVIAMENTE ESTÉRIO, SEM PERFURAÇÃO DE VÍSCERAS E SEM CONTAMINAÇÃO DIRETA • TRANSLOCAÇÃO DE BACTÉRIAS INTESTINAIS • LA COM POUCO CONTEÚDO PROTEÍCO E BAIXO PODER BACTERICIDA E DE POSONIZAÇÃO • DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO DO SISTEMA RETICULOENDOTELIAL NOS CIRRÓTICOS E BACTERIEMIAS • PACIENTE DE ALTO RISCO PARA PBE: BAIXOS NÍVEIS DE PROTEÍNAS DO LA • ALTA MORTALIDADE (60%) • RECIDIVA DE 70% EM 1 ANO ➔ DIAGNÓSTICO: DOR ABDOMINAL E FEBRE / PIORA CLÍNICA DOS CIRRÓTICOS → SUSPEITA CLÍNICA PARACENTESE DIAGNÓSTICA: CONTAGEM DE POLIMORFONUCLEARES DO LA > 250 CÉLULAS/ML + CULTURA POSITIVA EM 50 A 90% DOS CASOS ➔ ETIOLOGIA: E. COLI, PNEUMOCOCO E KLEBSIELLA ➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: BACTERIASCITE / ASCITE NEUTROCÍSTICA (CULTURA NEGATIVA) / PERITONITE BACTERIANA SECUNDÁRIA ➔ TRATAMENTO: • ANTIBIÓTICOTERAPIA: ESCOLHA CEFALOSPORINA DE 3° GERAÇÃO, POR 5 DIAS CEFOTAXIMA 2G, A CADA 3H CEFTRIAXONA 1G, A CADA 12H • INFUSÃO DE ALBUMINA INTRAVENOSA: 1,5G/KG NO 1° DIA DO DIAGNÓSTICO 1G/KG NO 3° DIA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA (EH): • PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA OU SHUNT PORTOSSISTÊMICO • ALTERAÇÃO NEUROPSÍQUICA, COMO DÉFICITS DE MEMÓRIA E ATENÇÃO • DETERIORAÇÃO NEUROPSÍQUICA • ALTERAÇÃO DE PERSONALIDADE • ALTERAÇÕES NO NÍVEL DE CONCIÊNCIA, VARIANDO DA SONOLÊNCIA AO COMA • ALTERAÇÕES MOTORAS ➔ FISIOPATOLOGIA • DECORRE DA DEFICIÊNCIA DE DEPURAÇÃO DE TOXINAS E METABÓLITOS • ANASTOMOSES PORTOSSISTÊMICA ESPONTÂNEAS • PATOGÊNESE MULTIFATORIAL ACÚMULO DE AMÔNIA PRESENÇA DE FALSOS NEUROTRANSMISSORES SINERGISMOS DE NEUROTRANSMISSORES SINERGISMOS DE NEUROTOXINAS ALTERAÇÕES DO METABOLISMO CEREBRAL ➔ CLASSIFICAÇÃO DE WEST HAVEN ➔ FATOR PRECIPITANTES DA EH ➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ENCEFALOPATIA METABÓLICAS SANGRAMENTO INTRACEREBRAL DOENÇA ISQUÊMICA CEREBRAL INFECÇÕES DO SNC DELIRIUM TREMENS ALCOOLISMO STATUS PÓS-ICTAL ➔ DIAGNÓSTICOS: ANAMNESE E EXAME FÍSICO AVALIAÇÃO GERAL DO DOENTE E BUSCA DE FATORES QUE PRECIPITARAM A ENCEFALOPATIA TESTE LABORATORIAIS DE ROTINA AFASTAR INFECÇÕES: REALIZAR PARACENTESE DIAGNÓSTICA AFASTAR LESÕES ESTRUTURAIS DO SNC ➔ TRATAMENTO: DIETA: PROTEÍCA VEGETARIANA E AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA LECTULOSE: ENTRE 20 A 40 ML DE 8/8H A 4/4H ANTIBIÓTICOS ORAIS: RIFAXIMINA / METRONIDAZOL / NEOMICINA SÍNDROME HEPATORRENAL: INSUFICIENCIA RENAL E ALTERAÇÕES DA CIRCULAÇÃO ARTERIAL ➔ FISIOPATOLOGIA: VASOCONSTRIÇÃO RENAL EM PACIENTES COM CIRROSE AVANÇADA HIPOPERFUSÃO RENAL MAU PROGNÓSTICO E ALTA MORTALIDADE ➔ FATOR PRECIPITANTES: PBE OUTRAS INFECÇÕES HEPATITE ALCOÓLICA AGUDA PARACENTESE DE GRANDE VOLUME SEM REPOSIÇÃO DE ALBUMINA HEMORRAGIA DIGESTIVA SANGRAMENTO INTRAPERITONEAL USO DE DIURÉTICOS ➔ DIAGNÓSTICO ➔ TRATAMENTO: ICTERÍCIA O fígado cirrótico não consegue eliminar a bilirrubina produzida, que passa a se acumular na corrente sanguínea. O excesso de bilirrubina deposita-se na pele, deixando o paciente com a pele e os olhos com uma coloração amarelada. Esse fenômeno chama-se icterícia. Além da pele amarelada, a icterícia da cirrose também costuma causar urina escura e fezes claras. A urina escura ocorre porque o excesso de bilirrubina no sangue é filtrado pelos rins, o que deixa a urina com uma coloração semelhante ao do mate ou da Coca-Cola. A este sinal damos o nome de colúria. Em pessoas saudáveis, a cor escura das fezes se dá pela presença de bilirrubina. Como na cirrose a drenagem da bilirrubina para o intestino encontra-se afetada, as fezes começam a sair cada vez mais claras, podendo ficar quase brancas. Este sinal chama-se acolia fecal. GINECOMASTIA Por mecanismos pouco conhecidos, a cirrose hepática altera a homeostase dos hormônios sexuais. Pode-se dizer que o achado característico da cirrose hepática é a associação de hiperestrogenismo com hipoandrogenismo. Assim, nas fases iniciais, pode-se detectar aumento dos níveis séricos de estrona, em virtude de maior conversão periférica de androgênios em estrogênios no tecido adiposo. O aumento dos níveis de globulina ligadora de hormônio sexual (SHBG) também é característico da cirrose e pode contribuir para a detecção de níveis altos de estrógenos nesses pacientes. Com o avançar da hepatopatia, caem os níveis séricos de testosterona pela diminuição da síntese desse hormônio nas gônadas Nos homens, o aumento dos níveis séricos de estrogênio e o hipogonadismo (redução dos androgênios) justificam a disfunção erétil, a infertilidade, a redução dos pelos corporais, a ginecomastia (aumento do tecido mamário em homens – figura a seguir), a diminuição de libido e a atrofia dos testículos e da próstata. Nas mulheres, podemos encontrar amenorreia, infertilidade e irregularidade menstrual. EDEMA Na cirrose, ocorre substituição do tecido hepático por fibrose e, nos casos graves, ocorre disfunção hepática com retenção de sódio. Os mecanismos envolvidos na formação do edema são: https://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/ictericia-doencas.jpg diminuição da resistência periférica: provavelmente a causa mais importante para retenção renal de sódio. O volume sanguíneo total está usualmente aumentado mesmo antes da formação de edema. Aparentemente a lesão hepática diminui a depuração ou aumenta a produção de fatores vasodilatadores. Esses fatores inicialmente levam à diminuição da resistência vascular mesentérica, com ativação da vasoconstrição simpática e do sistema renina-angiotensina-aldosterona; hipertensão portal por obstrução do fluxo na veia porta: ocorre aumento da pressão hidrostática e acúmulo de líquido no espaço peritoneal (ascite); diminuição da síntese hepática de albumina ocasiona a hipoalbuminemia com diminuição da pressão oncótica plasmática, favorecendo o fluxo de líquido para o interstício. TELANGIECTASIA (ARANHA VASCULAR) O hiperestrogenismo é o responsável pelas alterações vasculares cutâneas da cirrose, representadas pelo eritema palmar e pelas telangiectasias do tipo “aranha vascular”. Sabe-se que os níveis altos de estrogênios causam proliferação e vasodilatação de vasos cutâneos, especialmente em algumas áreas da porção superior do corpo. Esses achados também são vistos em outras condições fisiológicas de hiperestrogenismo, como na gestação As telangiectasias do tipo “aranha vascular” (ou spider angioma) são caracterizadas por dilatação arteriolar central que se liga a capilares dilatados com disposição radial. São encontradas principalmente no pescoço, na porção superior do tronco e dos membros superiores. Já o eritema palmar é decorrente da vasodilatação cutânea restrita à região palmar, principalmente nas regiões tenar e hipotenar. O fluxo sanguíneo para essa região pode aumentar até 6 vezes. Não era de se estranhar o aparecimento dessas lesões cutâneas do hiperestrogenismo. Durante a gestação, uma condição fisiológica de hiperestrogenismo, observamos o aparecimento de telangiectasias do tipo “aranha vascular” e eritema palmar em até 70% dos casos. Essas lesões costumam desaparecer, em média, três meses após o parto. Na doença hepática aguda e, eventualmente, em pessoas normais, tais lesões também podem ser encontradas Outros achados em pele dos portadores de doença hepática crônica são os white spots, manchas esbranquiçadas que aparecem em geral nos membros inferiores, de etiologia não definida VARIZES DE ESÔFAGO (HIPERTENSÃO PORTAL) Na cirrose hepática, assim como na hipertensão portal não cirrótica, é o aumento da resistência vascular ao fluxo portal que provoca o aumento da pressão portal. Na tentativa de descomprimir o sistema portal, ocorre comunicação entre a circulação portal e a sistêmica. Os locais mais comuns de aparecimento de colaterais portossistêmicas são:submucosa do esôfago e estômago (varizes) HIPERTENSÃO PORTAL: SANGUE DO BAÇO E INTESTINO VAI PARA O FÍGADO CAUSAS: PRÉ-HEPÁTICA (ESQUISTOSSOMOSE) / INTRA-HEPÁTICA (CIRROSE) / PÓS-HEPÁTICA (IC, PERICARDITE CONSTRICTIVA) SINTOMAS: VARIZES ESÔFAGO-GÁSTRICAS, ESPLENOMEGALIA, VARIZES RETAIS, CABEÇA DE MEDULA, ENCEFALOPATIA. PODE LEVAR: TROMBOSE DA VEIA PORTA E ESPLÊNICA (PRÉ-HEPÁTICA) / TROMBOSE DA VEIA CAVA E HEPÁTICA (PÓS-HEPÁTICA) DIAGNÓSTICO: USG COM DOPPLER: AUMENTO DA PORTA E ESPLÊNICA EQUIMOSES (HEMORRAGIA DIGESTIVA) 3) EXPLICAR A FISIOPATOLOGIA DA ICTERÍCIA A maior parte da bilirrubina é produzida quando a hemoglobina é quebrada em bilirrubina indireta (e outras substâncias). Esta é ligada à albumina e transportada no plasma para o fígado, onde é captada pelos hepatócitos e conjugada com ácido glicurônico para se tornar hidrossolúvel. Bilirrubina direta é excretada pela bile no duodeno. No intestino, bactérias metabolizam a bilirrubina para formar urobilinogênio. Parte desse urobilinogênio é eliminada nas fezes e parte é reabsorvida, extraída pelos hepatócitos, reprocessada e reexcretada na bile Disfunções hepáticas podem resutar de uma grande variedade de lesões, incluindo infecções, fármacos, toxinas, isquemia e autoimunidade. Ocasionalmente, disfunções hepáticas ocorrem no pós-operatório. A maior parte das disfunções hepáticas produz algum grau de dano hepatocelular e necrose, resultando em várias alterações em exames laboratoriais e, algumas vezes, sintomas. Os sintomas podem ser resultados diretos da hepatopatia (p. ex., icterícia secundária à hepatite aguda) ou de complicações da doença hepática (p. ex., sangramento digestório agudo secundário a cirrose ou hipertensão portal). Apesar da necrose, o fígado é capaz de se regenerar. Mesmo necrose extensa pode desaparecer completamente (p. ex., na hepatite viral aguda). Entretanto, pode haver regeneração incompleta e fibrose como resultado de agressões que comprometem todo um lóbulo hepático ou por lesões menos intensas, mas contínuas. Algumas doenças específicas acometem preferencialmente certas estruturas ou funções do sistema hepatobiliar (p. ex., a hepatite viral aguda manifesta-se principalmente por danos aos hepatócitos ou lesão hepatocelular; colangite biliar primária, por deficiência da secreção biliar; e cirrose, por fibrose hepática e consequente hipertensão da veia porta). A parte do sistema hepatobiliar atingido determina os sinais, sintomas e as alterações laboratoriais (ver Exames para distúrbios hepáticos e biliares). Algumas doenças (p. ex., doença hepática alcoólica grave) comprometem várias estruturas do fígado, resultando em uma combinação de padrões de sinais, sintomas e alterações laboratoriais. O prognóstico de complicações graves é pior em idosos, os quais são menos capazes de se recuperar de agressões fisiológicas graves e de tolerar acúmulos tóxicos. 4) DEFINIR A FISIOPATOLOGIA DA ASCITE Os mecanismos são complexos e não completamente compreendidos. Os fatores são a vasodilatação esplâncnica induzida pelo óxido nítrico, as alterações das forças de Starling nos vasos do sistema porta (baixa pressão oncótica em razão da hipoalbuminemia, além do aumento da pressão na veia porta), avidez renal pela retenção de sódio (a concentração urinária de sódio é tipicamente < 5 mEq/L [5 mmol/L]), e possivelmente aumento da formação de linfa hepática. Mecanismos que aparentemente contribuem para a retenção renal de sódio incluem ativação do sistema renina- angiotensina-aldosterona, aumento do tônus simpático, derivação sanguínea intrarrenal que provoca desvio do fluxo do córtex renal, aumento da formação de óxido nítrico e formação ou metabolismo anormais do hormônio antidiurético, cininas, prostaglandinas e fator natriurético atrial. A vasodilatação do sistema arterial esplâncnico pode ser o fator desencadeador, mas o papel específico e a inter-relação desses fatores ainda permanecem desconhecidos. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica/disfun%C3%A7%C3%A3o-hep%C3%A1tica-p%C3%B3s-operat%C3%B3ria https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica/icter%C3%ADcia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/cirrose https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica/hipertens%C3%A3o-portal https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/fibrose-hep%C3%A1tica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/vis%C3%A3o-geral-da-hepatite-viral-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/colangite-biliar-prim%C3%A1ria-cbp https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/colangite-biliar-prim%C3%A1ria-cbp https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/exames-para-dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/exames-laboratoriais-para-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica-alco%C3%B3lica/doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica-alco%C3%B3lica 5) DECORRER SOBRE OS FATORES DE PIORA DA FUNÇÃO HEPÁTICA DO PACIENTE CIRRÓTICO (CARCINOMA) TUMORES BENÍGNOS DO FÍGADO: EPIDEMIOLOGIA: MULHER JOVEM QUE FAZ UM EXAME DE IMAGEM, SEM QUEIXAS ➔ DIAGNÓSTICO: EXAME DE IMAGEM HEMAGIOMA HEPÁTICO (O MAIS COMUM) NÓDULO MAIS COMUM 0,5 A 20% DA POPULAÇÃO – 7% CONGÊNITA OU ADQUIRIDA EVOLUÇÃO BENÍGNA RNM: MESMO PADRÃO DE CONTRATE QUE O TC (HIPERSINAL EM T2) ➔ TRATAMENTO: OBSERVAÇÃO CLÍNICA CIRURGIA SE SINTOMAS COMPROVADOS (MELHORA EM METADE DOS CAOS APENAS) HIPERPLASIA NODULAR FCAL MAIS FREQUENTE EM MULHERES QUE EM HOMENS ➔ TRATAMENTO: OBSERVAÇÃO ADENO HEPÁTICO COM ADVENTO DOS CONTRACEPTÍVOS ORAIS, SE TORNOU MAIS COMUM, ASSIM COMO O USO DE ESTEROIDES O PRINCIPAL PROBLEMA: ELE PODE ROMPER E SANGRAR, E ALÉM DISSO PODE SE TORNA MALÍGNO ➔ TRATAMENTO: TUMORES MALÍGNOS DO FÍGADO: EPIDEMIOLOGIA PRIMÁRIO HEPATOCARCINOMA (MALIGNO PRIMÁRIO + COMUM) COLANGIOCARCINOMA ANGIOSSARCOMA HEPATOBLASTOMA (CRIANÇA) SECUNDÁRIO METÁSTASES (TUMOR MALIGNO MAIS COMUM) HEPATOCARCINOMA: CIRROSE HEPÁTICA É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO NO BRASIL 98% TEM CIRROSE POR: VÍRUS DA HEPATITE C (54%) VÍRUS DA HEPATITE B (16%) CONSUMO DE ÁLCOOL (14%) TEM UMA INTENSA VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL ➔ DIAGNÓSTICO: POR RASTREAMENTO (ALFABETOPROTEÍNA (AFP) E USG) → A CADA 6 MESES: COM CIRROSE: É NECESSÉRIO LESÃO >1CM NA USG E AFP > 20NG/ML SEM CIRROSE: É NECESSÉRIO PARA O DIAGNÓSTICO A BIÓPSIA SINTOMÁTICOS ➔ QUADRO CLÍNICO: DESCOMPENSAÇÃO DE HEPATOPATIA DOR ABDOMINAL MASSA ABDOMINAL DISTENSÃO ANOREXIA MAL-ESTAR, ICTERPICIA E ASCITE RUPTURA ESPONTÂNEA DO TUMOR ➔ TRATAMENTO: CURATIVO: RETIRADA DO TUMOR (RESSECÇÃO OU TX) METODOS ALTERNATIVOS: QUIMIOEMBOLIZAÇÃO: REDUÇÃO DO TUMOR, TORNANDO-O PASSÍVEL DE CIRURGIA OU CONTROLE TEMPORÁRIO DE SINTOMAS. NÃO HÁ AUMENTO DE SOBREVIDA ABLAÇÃO QUÍMICA POR INJEÇÃO PERCUTÂNEA (IPE): ETANOL ABSOLUTO OU ÁCIDO ACÉTICO A 50 ATÉ TRÊS NÓDULOS MEDINDO NO MÁXIMO 3 CM COLANGIOCARCINOMA: SEGUNDO TUMOR PRIMÁRIO MAIS COMUM 5% DOS CAOS 6 A 7° DÉCADA DE VIDA NA MAIORIA DAS VEZES NÃO TEM FATORES DE RISCO IDENTIFICADO ➔ ETIOPATOGENIA: ➔ TRATAMENTO: RESSECÇÃO É A ÚNICA CHANCE DE CURA (TUMOR DE MAU PROGNÓSTICO) METÁSTESE HEPÁTICA DOENÇA SISTÊMICA TODS OS PACIENTEVÃO SER SUBMETIDOS A QUIMIOTERAPIA POUCOS CASOS, NÉTODOS MODERNOS DE RADIOTERAPIA RESSECÇÃO (CA COLORRETAL, CARCINOIDES, TU WILMS)