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TICs Semana 17 – Hiperplasia adrenal congênita Discente: Cecília da Silva Tourinho Turma: XXXIII – SOI V Hiperplasia adrenal congênita: que ocorre neste grupo de distúrbios? Como detectar esta patologia no recém-nascido? A hiperplasia adrenal congênita (HAC) consiste em um grupo de sete distúrbios inatos do metabolismo, transmitidas de forma autossômica recessiva, decorrente de mutações em genes codificadores de enzimas atuantes na biossíntese do cortisol. Tais alterações resultam na produção deficitária desse hormônio pelo córtex adrenal e, consequentemente, promovem a hipersecreção secundária de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que ocasiona a hiperplasia do córtex adrenal e hiperfunção das vias de síntese não comprometidas pela deficiência enzimática. Devido a secreção aumentada dos precursores e outros produtos, o perfil esteroide final leva a quadros clínicos variáveis, combinados à insuficiência de glicocorticoides, insuficiência ou excesso de mineralocorticoides e falta ou excesso de androgênios. As manifestações distintas da síndrome, clínica e bioquimicamente, dependem da enzima envolvida, do grau de intensidade da deficiência e do comprometimento gonadal concomitante. O defeito mais comum (90-95% dos casos) é a deficiência de 21-hidroxilase (CYP21A2), em resposta a mutações no gene CYP21A2. O diagnóstico da HAC em recém-nascidos pode ser feito através da triagem neonatal. Esta permite o diagnóstico precoce da doença, além de prevenir e/ou minimizar a gravidade da crise perdedora de sal, evitando complicações a longo prazo, como retardo mental e/ou déficits cognitivos, relacionados à hiponatremia neonatal. O processo de triagem consiste na coleta de sangue em papel-filtro por meio de punção no calcanhar (“teste do pezinho”), recomendada entre o 2º e 5º dia após o nascimento, realizando-se a dosagem da 17-hidroxi-progesterona (17-OHP), considerada o marcador bioquímico da doença. Posteriormente, determinam-se limites de convocação para nova coleta e de emergência para consulta médica imediata. Em caso de anormalidades nos resultados iniciais, exames confirmatórios séricos também são solicitados, incluindo medições adicionais de hormônios específicos, devendo ser obtidos o mais precocemente possível. Dentre esses testes, inclui-se 17-OHP (radioimunoensaio ou espectrometria de massa), cortisol, androstenediona, testosterona, sódio e potássio (ionograma). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Triagem neonatal: hiperplasia adrenal congênita. Brasília: 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_hiperplasia_adrenal_c ongenita.pdf. Acesso em: 20 nov. 2023. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Hiperplasia adrenal congênita: triagem neonatal. Departamento Científico de Endocrinologia, n. 7, 2019. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22106c-GPA_- _Hiperplasia_Adrenal_Congenita-TriagemNeonatal.pdf. Acesso em: 20 nov. 2023. VILAR, L. Endocrinologia Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_hiperplasia_adrenal_congenita.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_hiperplasia_adrenal_congenita.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22106c-GPA_-_Hiperplasia_Adrenal_Congenita-TriagemNeonatal.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22106c-GPA_-_Hiperplasia_Adrenal_Congenita-TriagemNeonatal.pdf
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