Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• • • • • Ir para conteúdo • Ir para menu principal CONTED.TECH Transtorno Global do Desenvolvimento • Tópico 1 Introdução • Tópico 2 Desafio • Tópico 3 Infográfico • Tópico 4 Transtornos Globais do Desenvolvimento [Atual] • Tópico 5 Tipos de Terapias para os TGD • Tópico 6 Histórico da Exclusão • Tópico 7 Inclusão da Criança Autista • Tópico 8 Na Prática • Tópico 9 Conclusão • Tópico 10 Atividades de Fixação • Tópico 11 Referências Bibliográficas Conteúdo do Curso: https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#menu https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html Tópico 4 Transtornos Globais do Desenvolvimento Recurso de slides: Slide AnteriorPróximo Slide • Slide 1 Conteúdo Voltar para a navegação do recurso slide Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), incluem um grupo de condições nas quais há atraso ou desvio no desenvolvimento de habilidades sociais, linguagem, comunicação e repertório comportamental. As crianças que apresentam TGD, exibem interesse em um intenso tipo de comportamento e de atividades, são resistentes às mudanças e não respondem de maneira adequada ao ambiente social. Esses fatores se manifestam logo nos primeiros anos de vida e causam disfunção pertinente. Transtorno Autista O Transtorno Autista, historicamente chamado de autismo infantil precoce, autismo da infância ou autismo de Kanner, é caracterizado por interação social recíproca anormal, habilidades de comunicação atrasadas e disfuncionais e um https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#content-slide-0 https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#content-slide-0 https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#content-slide-0 https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#navigation-0 repertório limitado de atividades e interesses. A taxa de prevalência é de cinco casos por 10 mil crianças. O início do transtorno ocorre antes dos 3 anos de idade, ainda que possa não ser reconhecido até a criança ser muito mais velha. É de 4 a 5 vezes mais frequente em meninos do que em meninas, sendo que em meninas, existe maior probabilidade de apresentar um retardo mental grave. A palavra autismo se origina do grego "auto” que significa "próprio". A criança autista pouco reage ou responde ao mundo que a rodeia. O mundo não forma os padrões necessários de símbolos interligados que torna a vida compreendida para essas crianças. As experiências sensoriais chegam à sua mente a toda hora como uma língua estranha que ela nunca ouviu. A etiologia do autismo ainda é desconhecida, mas acredita-se em alteração orgânica metabólica. De 10.000 crianças aproximadamente existem de 4 à 5 casos com menos de 12 ou 15 anos. Com retardo mental severo, a taxa pode subir para 20 casos em 10.000 crianças. E é 4 vezes mais comum em meninos do que em meninas, porém as meninas são mais seriamente acometidas. O autismo é uma síndrome de etiologia puramente orgânica, para qual existem, presentemente, três definições que podemos considerar como adequadas: A da ASA - Associação Americana de Autismo; A da OMS - Organização Mundial de Saúde, contida na CID-10; A do DSM-IV - Manual Diagnóstico e estatístico dos distúrbios Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. A definição d a ASA, foi desenvolvida e aprovada em 1997, por uma equipe de profissionais conhecidos pela comunidade científica mundial, por seus trabalhos, estudos, e pesquisas na área do autismo é resumidamente, a seguinte: O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de vinte entre cada dez mil nascidos, e é quatro vezes mais comum entre meninos do que em meninas. Não se conseguiu até agora provar nenhuma causa psicológica, no meio ambiente destas crianças, que possa causar a doença. Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, são verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Incluem: Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e linguísticas; Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo; Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Certas áreas específicas do pensar, podem estar presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de ideias. Uso de palavras sem associação com o significado; Relacionamento anormal com os objetos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos ou crianças. Uso inadequado de objeto e brinquedos. Segundo a CID-10, é classificado como F84-0, como: Um Transtorno Invasivo de Desenvolvimento (TID), definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas: de interação social, comunicação e comportamento restritoe receptivo. O transtorno ocorre três a quatro vezes mais frequentemente em garotos do que em meninas. O DSM-IV apresenta o seguinte critério de diagnóstico para o autismo: Se enquadrar em um total de seis (ou mais) dos seguintes itens: Acentuado comprometimento no uso de múltiplos comportamentos não verbais que regulam a interação social, tais como contato olho a olho, expressões faciais, posturas corporais e gestos; Falha no desenvolvimento de relações interpessoais apropriadas à idade; Ausência da busca espontânea em compartilhar de divertimentos, interesses e empreendimentos com outras pessoas. Comprometimento qualitativo na comunicação, em pelo menos um dos seguintes itens: Atraso ou ausência total no desenvolvimento da fala (sem a tentativa de compensá-la por meio de comunicação por gestos ou mímicas); Acentuado comprometimento na habilidade de iniciar e manter uma conversação, naqueles que conseguem falar; Linguagem estereotipada, repetitiva ou idiossincrática; Ausência de capacidade, adequada à idade, de realizar jogos de faz-de-conta ou imitativos. Padrões de comportamento, interesse ou atividades repetitivas ou estereotipados, em pelo menos um dos seguintes aspectos: Preocupação circunscrita a um ou mais padrões de interesse estereotipados e restritos, anormalmente, tanto em intensidade quanto no foco; Fixação aparentemente inflexível em rotinas ou rituais não funcionais; Movimentos repetitivos e estereotipados Preocupação persistente com partes de objetos. Atraso ou funcionamento anormal, antes dos três anos, em pelo menos uma das seguintes áreas: interação social, linguagem de comunicação social e jogos simbólicos ou imaginativos. O Autismo pode ocorrer isoladamente ou em associação com outros distúrbios que afetam o funcionamento do cérebro, tais como Síndrome de Down e epilepsia. Os sintomas mudam e alguns podem até desaparecer com a idade. O Q.I de crianças autistas, em aproximadamente 60% dos casos, mostram resultados abaixo dos 50, 20% entre 50 e 70 e apenas 20% tem inteligência maior do que 70 pontos. O portador de autismo tem uma expectativa de vida normal. As formas mais grave podem apresentar comportamento destrutivo, autoagressão e comportamento agressivo, e geralmente são muito resistentes às mudanças. As causas prováveis para o autismo são múltiplas. Algumas já estão associadas ao transtorno, como: fenilcetonúria não tratada, viroses durante a gestação, principalmente nos três primeiros meses (inclusive citomegalovirus), toxoplasmose, rubéola, anóxia e traumatismos no parto, patrimônio genético e outros. Segundo Kanner, o transtorno autista pode ser consequência de mães muito frias emocionalmente, porém não há validade de tal hipótese. Crianças que possuem transtorno autista podem responder com sintomas exacerbados e estressores psicossociais, incluindo discórdia familiar, nascimento de um novo irmão ou mudança familiar. Cerca de 75% das crianças afetadas apresentam um retardo mental. Um terço tem retardo mental leve a moderado, e perto da metade tem retardo mental grave ou profundo, que apresentam déficits mais importantes no raciocínio abstrato no entendimento social e em tarefas verbais do que em tarefas de desempenho. Crianças com transtorno autista podem apresentar também: Convulsões; Aumento ventricular; Anormalidades eletroencefalográficas. Nos casos de transtorno autista, estima-se que entre 2 e 4% possuem irmãos que também possuem transtorno autista, uma taxa 50 vezes maior do que na população geral. Algumas incompatibilidades imunológicas, anticorpos maternos transferidos ao feto, podem contribuir para o transtorno autista. Os linfócitos de algumas crianças autistas reagem com anticorpos maternos, o que levanta a possibilidade de que tecidos neurais embrionários ou extra embrionários possam ser danificados durante a gestação. Observa-se que há uma incidência de complicações perinatais mais alta que o esperado, nos casos de bebês, com diagnóstico tardio de transtorno autista, como nos casos de sangramento materno após o primeiro trimestre. É comum que crianças com transtorno autista, apresentem no período neonatal síndrome de sofrimento respiratório e anemia neonatal. Estudos de exames de ressonância magnética comparando indivíduos autistas e crianças “normais” demonstraram que o volume cerebral total era maior entre os primeiros, embora crianças com um retardo mental grave em geral tenham cabeças menores. Esse volume pode indicar: neurogênese aumentada; morte neuronal diminuída; e produção aumentada de tecido cerebral não neuronal, como células gliais ou vasos sanguíneos. Acredita ser que o lobo temporal seja uma área crítica de anormalidade cerebral no transtorno autista. Em algumas crianças autistas, altas concentrações de ácido homovanílico (principal metabólito da dopamina) no liquido cerebrospinal (LCS) estão associados a aumento do retraimento e estereotipias. Crianças com transtorno autista costumam ser descritas como sendo muito atraente e, à primeira vista, não apresentam nenhum sinal indicando o problema. Podem apresentar malformações das orelhas, uma vez que a formação das orelhas se dá quase ao mesmo tempo em que a formação de porções do cérebro. Também apresentam uma incidência mais alta de dematoglifia anormal (impressões digitais) do que a população em geral. São características comportamentais de crianças que apresentam transtorno autista: Prejuízos qualitativos na interação social: não apresentam afetividade com os pais e outras pessoas; Não apresentam contato visual ou o mesmo é muito pobre; Não reconhecem ou não diferenciam as pessoas mais importantes em sua vida; Ansiedade extrema em situações de mudança em sua rotina; Há um déficit notável no brincar, seu comportamento social pode ser desajeitado ou inadequado; Incapacidade de interpretar a intenção do outro (não desenvolvem a empatia). Os autistas apresentam dificuldades em formar frases significativas mesmo quando dispõem de vocabulários amplos. Apresentam comportamentos estereotipados, como: Em seus primeiros anos de vida não explora o ambiente; Os brinquedos são manuseados de formas ritualísticas, com poucos aspectos simbólicos; Suas atividades tendem a ser rígidas, repetitivas e monótonas, muitas crianças com transtorno autista apresentam retardo mental grave e exibem anormalidades no movimento; Costumam ser resistentes a transição e mudança. Nos casos de transtorno autista, as crianças apresentam os seguintes sintomas comportamentais associados: Hipercinesia; Agressão e acessos de raiva, que geralmente são induzidos por mudanças e exigências; Comportamento automutilador, como por exemplo bater a cabeça, morder, arranhar e puxar o cabelo; Período de atenção curto; Baixa capacidade de focalizar-se em uma tarefa; Insônia; Enurese; Problemas alimentares. O transtorno autista também pode estar associado a doenças físicas, como: Infecções do trato respiratório superior e de outras infecções menores; Constipação e aumento do trânsito intestinal; Convulsões febris. É muito comum a ocorrência de capacidades cognitivas ou visio motoras incomuns ou precoces crianças autistas, chamadas de funções fragmentadas ou ilhas de precocidade. Possuem memórias de hábitos ou capacidades de cálculos muitas vezes superiores aos seus pares normais. Demostram outras capacidades como: hiperlexia e boa leitura (embora não possam entender o que leem); memorização e recitação; bem como capacidades musicais, como cantar ou tocar melodias e reconhecer notas musicais. Os principais diagnósticos diferenciais para os casos de transtorno autista, são: Esquizofrenia com início na infância; Retardo mental com sintomas comportamentais; Transtorno misto de linguagem receptivo-expressiva; Surdez congênita ou transtorno auditivo grave; Privação psicossocial; Psicose desintegrativa (regressivas). É importante a realização do diagnósticodiferencial, pois crianças com retardo mental tendem a relacionar-se com adultos e outras crianças de acordo com sua idade mental, usam a linguagem que tem para comunicar se e exibem um perfil de prejuízos relativamente uniforme, sem funções fragmentadas. A afasia adquirida com convulsão é uma condição rara, às vezes difícil de diferenciar de um transtorno autista e transtorno Desintegrativo na infância. Visto que crianças autistas com frequência são mudas ou apresentam um desinteresse seletivo na linguagem falada, costumam ser julgada surda. Os fatores de diferenciação são os seguintes: bebês autistas podem balbuciar com pouca frequência, enquanto bebês surdos têm história de balbucio relativamente normal, que vai diminuindo e pode parar entre 6 meses e 1 ano de idade. Crianças surdas respondem a apenas sons altos, enquanto autistas podem ignorar sons altos ou normais e responder a sons suaves ou baixos. As crianças mesmo surdas gostam de se relacionar com seus pais, buscam sua afeição e gostam de ser seguradas enquanto bebês, diferentemente do autista. O transtorno autista é uma condição para toda a vida com um prognóstico cauteloso. Crianças autistas com um QI acima de 70 e aquelas que usam linguagem comunicativa nas idades de 5 a 7 anos tendem a ter melhores prognósticos. As áreas de sintoma que não que não apresentam melhoras com o tempo, são as que estão relacionadas a comportamentos ritualísticos e repetitivos. Em geral, cerca de dois terços dos adultos permanecem gravemente incapacitados e vivem em dependência completa ou sem dependência com seus parentes ou em instituições de longo prazo. O prognóstico melhora quando o ambiente ou lar é sustentador e capaz de satisfazer as necessidades extensivas dessas crianças. Embora os sintomas diminuam em muitos casos, automutilação grave ou agressividade e regressão tendem a desenvolver em outros. Os objetivos do tratamento de criança com transtorno autista consistem em aumentar o comportamento socialmente aceitável e pró-social, diminuir sintomas comportamentais bizarros e melhorar a comunicação verbal e não verbal. Além disso, os pais muitas vezes confusos necessitam de apoio e aconselhamento. Sendo assim, intervenções educacionais e comportamentais são mais indicadas. O treinamento em sala de aula estruturada em combinação com métodos comportamentais é o mais efetivo para muitas crianças autistas. Não há medicamentos específicos para tratar os sintomas centrais do autista, entretanto, a psicofarmacoterapia é um tratamento adjunto valioso para melhorar os sintomas comportamentais associados. Pois, atenua sintomas como agressividade, acesso de raiva grave, comportamentos automutiladores, hiperatividade, comportamento obsessivo compulsivo e estereotipias. A administração de medicamentos antipsicóticos pode reduzir o comportamento agressivo e automutilador. Síndrome de Asperger A Síndrome de Asperger é um tipo de autismo, mas sem nenhum atraso ou retardo no desenvolvimento e na linguagem. Quando adultos, os portadores podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Há indivíduos com Asperger que se tornam professores universitários. Alguns sintomas desta Síndrome são: Interesses específicos ou preocupações com um tema, em detrimento de outras atividades; Peculiaridades na fala e na linguagem; Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo; Comportamento socialmente e emocionalmente impróprio e problemas de interação interpessoal; Problemas com comunicação; Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados. As características mais comuns e importantes podem ser divididas em várias categorias amplas, como: Dificuldades sociais; Interesses específicos e intensos; Peculiaridades na fala e na linguagem. A principal característica da Síndrome de Asperger é a dificuldade com o convívio social. Pessoas que não são portadores da síndrome são capazes de captar informação sobre os estados emocionais de outras pessoas pela expressão facial, linguagem corporal, humor e ironia. Já os portadores de Asperger não têm essa capacidade, característica que é conhecida como cegueira emocional, eles não possuem a habilidade natural de enxergar a comunicação implícita da interação social, e podem não ter a capacidade de expressar seu próprio estado emocional, resultando em observações e comentários que podem soar ofensivos apesar de bem intencionados, ou na impossibilidade de identificar o que é socialmente aceitável. As regras informais do convívio social que angustiam os portadores de Asperger são aprendidas de maneira clara, seca, lógica como matemática, em vez de intuitivamente por meio da interação emocional normal. Os indivíduos com Asperger não conseguem reconhecer nem entender os pensamentos e sentimentos dos demais, são desprovidos dessa informação intuitiva, não podem interpretar nem compreender os desejos ou as intenções dos outros e, portanto, são incapazes de prever o que se pode esperar dos demais ou o que estes podem esperar deles. Isso geralmente leva a comportamentos impróprios e antissociais, como: Dificuldade em Compreender as Mensagens Transmitidas por meio da Linguagem Corporal: Os portadores de Aspergers geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não conseguem 'ler' os olhos das outras pessoas. Interpretar as Palavras Sempre em Sentido Literal: Os portadores de Aspergers têm dificuldade em identificar o uso de coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas. Ser Considerado Grosso, Rude e Ofensivo: São propensos a apresentar comportamento egocêntrico, os portadores de Aspergers não captam indiretas e sinais de alerta de que seu comportamento é inadequado à situação social. Honestidade e Ludibrio: Portadores de Aspergers são geralmente considerados “honestos demais”, “inocentes” ou “sem malícia” e têm dificuldade em enganar ou mentir, mesmo à custa de magoar alguém. Aperceber-se de Erros Sociais: À medida que os portadores de Aspergers amadurecem e se tornam cientes de sua cegueira emocional, começam a temer cometer novos erros no comportamento social, e a autocrítica em relação a isso pode crescer a ponto de se tornar fobia. Paranoia: Por causa da cegueira emocional, portadores de Asperger têm problemas para distinguir a diferença entre atitudes deliberadas ou casuais dos outros, o que por sua vez pode gerar uma paranoia. Lidar com Conflitos: A incapacidade de entender outros pontos de vista pode levar a inflexibilidade e a uma grande dificuldade de negociar soluções de conflitos. Uma vez que o conflito se resolva, o remorso pode não ser evidente. Consciência de Magoar os Outros: A falta de empatia, geralmente leva a comportamentos ofensivos ou insensíveis não intencionais. Consolar os Outros: Como carecem de intuição sobre os sentimentos alheios, portadores da Síndrome de Aspergers têm pouca compreensão sobre como consolar alguém ou fazê-los se sentirem melhor. Reconhecer Sinais de Enfado: A incapacidade de entender os interesses alheios pode levar os portadores de Aspergers a serem incompreensivos ou desatentos. Em geral, eles também não percebem quando o interlocutor está entediado ou desinteressado. Introspecção e Autoconsciência: Pessoas com Síndromes de Asperger têm dificuldade de entender seus próprios sentimentos ou o seu impacto nos sentimentos alheios. Vestimenta e Higiene Pessoal: Os portadores de Asperger tendem a ser menos afetadas pela pressão dos semelhantes do que outras. Como resultado, geralmente fazem tudo da maneira que acham mais confortáveis, sem se importar com a opinião alheia, principalmente em relação à forma de se vestir e aos cuidados com a própria aparência. Amor e Rancor Recíprocos: Os portadores de Aspergers reagem mais pragmaticamente do que emocionalmente, suas expressões de afeto e rancor são em geral curtas e fracas. Compreensão de Embaraço e Passo em Falso: Apesar do fato de pessoas comAsperger terem compreensão intelectual de constrangimento e gafes, são incapazes de aplicar estes conceitos no nível emocional. Necessidade Crítica: Os portadores de Aspergers sentem-se forçosamente compelidos a corrigir erros, mesmo quando são cometidos por pessoas em posição de autoridade, como um professor ou um chefe. Por isto, podem parecer imprudentemente ofensivos. Velocidade e Qualidade do Processamento das Relações Sociais: Como respondem às interações sociais com a razão e não intuição, os portadores de Aspergers tendem a processar informações de relacionamentos muito mais lentamente do que o normal, levando a pausas ou demoras desproporcionais e incômodas. Exaustão: Quando um indivíduo com Asperger começa a entender o processo de abstração, precisa treinar um esforço deliberado e repetitivo para processar informações de outra maneira. Isto muito frequentemente leva a exaustão mental. Como foi dito anteriormente, portadores da Síndrome de Asperger podem ter problemas em compreender as emoções alheias, pois as mensagens passadas pela expressão facial, olhares e gestual não surtem efeito. Eles também podem ter dificuldades em demonstrar empatia, o que os fazem parecer egoístas, egocêntricos ou insensíveis. Na maioria dos casos, estas percepções são injustas porque os portadores da síndrome são neurologicamente incapazes de entender os estados emocionais das pessoas à sua volta. É evidente que portadores de Asperger têm emoções. Mas, a natureza concreta dos laços emocionais que venham a ter pode parecer curiosa ou até ser uma causa de preocupação para quem não compartilha da mesma perspectiva. O problema pode ser exacerbado pelas respostas de pessoas que não são portadoras da síndrome e que interagem com elas. O aparente desapego emocional de um paciente Asperger pode confundir e aborrecer uma pessoa neurotípica, reações essas que provocam uma resposta ilógica e emocionalmente exacerbada aos portadores de Asperger, gerando um círculo vicioso que desequilibra, particularmente as famílias de pessoas que são portadoras de Aspergers. Pessoas que são portadoras da Síndrome de Asperger, possuem um modo de falar tipicamente alto e pedante, usando um registro formal muitas vezes impróprio para o contexto. Uma criança de cinco anos de idade com essa condição pode falar regularmente como se desse uma palestra universitária, especialmente quando discorrer sobre seus assuntos de interesse. Podem demonstrar aptidão avançadas demais para sua idade em relação à fala, leitura, matemática, noções de espaço ou música, às vezes no nível de "superdotados", mas estes talentos são contrabalançados por retardamentos consideráveis no desenvolvimento de outras funções cognitivas. A Síndrome de Asperger na criança pode se desenvolver como um nível de foco intenso e obsessivo em assuntos de interesse. Algumas vezes, os interesses são vitalícios, em outros casos, vão mudando a intervalos imprevisíveis. Nos dois casos, são normalmente um ou dois interesses de cada vez. Ao perseguir estes interesses, portadores de Aspergers frequentemente manifestam argumentação extremamente sofisticada, um foco quase obsessivo e uma memória impressionantemente boa para dados. Na escola, podem se ,considerados inaptos ou superdotados altamente inteligentes, claramente capazes de superar seus colegas em seu campo do interesse, e ainda assim constantemente desmotivados para fazer deveres de casa comuns (às vezes até mesmo em suas próprias áreas de interesse). As pessoas neurotípicas são mais conscientes do argumento todo, enquanto que os portadores de Asperger são mais conscientes dos detalhes. Eles são melhores nos problemas lógicos, porém menos intuitivos, o que não significa necessariamente que eles possuem memórias brilhantes, muito pelo contrário, a princípio podem ser bem distraídos para algumas coisas. A elevada sensibilidade sensorial e a constante atenção com os detalhes extras, a maioria dos quais não são importantes, podem ser uma fonte inesgotável de distração para a concentração e as habilidades de aprendizagem. Pode ser especialmente difícil captar a informação relevante referente à cultura em que vive, especialmente nas atuais sociedades evoluídas, nas quais creio que está havendo uma sobrecarga cultural. A causa primordial do autismo é uma predisposição à reavaliação de pensamentos prévios, o que justifica a repetição e os rituais. O que consequentemente reduz a capacidade para a intuição e a consciência contextual. Para avaliar uma situação social o portador da Síndrome de Asperger precisa encontrar muitas pistas e uni-las o mais rapidamente possível em um conjunto, a dedução final é muitas vezes maior do que a soma de suas partes. Além disso, para os portadores da síndrome é difícil encontrar um “ponto de equilíbrio” e isto pode ser visto em todos os níveis de conduta e relacionamento. A habilidade para adaptar-se e moldar-se ao mundo que o cerca é, sem dúvida, uma estratégia de sobrevivência extremamente antiga, que é mais relevante nos aspectos sociais da vida. Muitos dos problemas experimentados por alguém com Síndrome de Asperger podem ser atribuídos a uma inexplicável sucessão de má sorte. A única forma de poder tornar este sentimento muito menos frustrante é encarar os seus problemas como desafios a serem superados ao invés de problemas. Em outras palavras, podemos dizer que os portadores de Síndrome de Aspergers têm que compreender de forma científica o que as pessoas não autistas compreendem instintivamente. Síndrome de Rett Em 1966, Andreas Rett identificou uma condição caracterizada por deterioração neuro motora em crianças do sexo feminino, quadro clínico bastante singular, acompanhado por hiperamonemia, tendo-o descrito como uma “Atrofia Cerebral Associada à Hiperamonemia”. A condição por ele descrita somente passou a ser melhor conhecida após a publicação do trabalho de Hagberg et al, no qual foram descritas 35 meninas, e a partir do qual foi sugerido o epônimo de Síndrome de Rett (SR). A presença da hiperamonemia não foi confirmada como um sinal habitual da síndrome. Admite-se, na atualidade, uma prevalência da doença estimada entre 1:10.000 e 1:15.000 meninas, sendo uma das causas mais frequentes de deficiência mental severa que afeta o sexo feminino. No Brasil, a SR foi inicialmente identificada por Rosemberg et al (1986, 1987). Desde então, vários trabalhos foram publicados no Brasil, divulgando o quadro clínico e tornando possível a identificação de algumas centenas de meninas afetadas. A partir do que já se conhece sobre a Síndrome de Rett, focaliza as informações mais recentes da literatura internacional sobre os aspectos genéticos e etiológicos desta condição, bem como sobre a sua identificação clínica e laboratorial, neuropatologia, eletrofisiologia, e evolução clínica: Epilepsia; Distúrbios respiratorios; Distúrbios autonômicos; Aspectos nutricionais. O diagnóstico da SR, até pouco tempo, era exclusivamente clínico, existindo ainda critérios para o diagnóstico de quadros atípicos da SR, que somente devem ser firmados após os 10 anos de idade. Na atualidade, a descrição de uma alteração genética identificável em aproximadamente 80% dos casos sugere que esse recurso deva ser utilizado na elaboração final do diagnóstico. A doença evolui de forma previsível, em estágios, que foram nomeados por Hagberg & Witt-Engerström (1986) da seguinte forma: Estagnação Precoce: Inicia-se entre seis e 18 meses e é caracterizado por uma parada no desenvolvimento, desaceleração do crescimento do perímetro craniano, diminuição da interação social com consequente isolamento. Esse estágio tem a duração de alguns meses. Rapidamente Destrutivo: Inicia-se entre um e três anos de idade e tem a duração de se manas ou meses. Uma rápida regressão psicomotora domina o quadro, com a presença de choro sem motivo e períodos de extrema irritabilidade, comportamento tipo autista,perda da fala e aparecimento dos movimentos estereotipados das mãos, com subsequente perda da sua função práxica; disfunções respiratórias (apneias em vigília, episódios de hiperventilação e outras) e crises convulsivas começam a se manifestar. Em algumas crianças há perda da fala que já estava eventualmente presente, e distúrbios do sono são comuns. Pseudo-estacionário: Ocorre entre os dois e dez anos de idade, no qual há uma certa melhora de alguns dos sinais e sintomas, inclusive do contato social. Os distúrbios motores são evidentes, com presença de ataxia e apraxia, espasticidade, escoliose e bruxismo. Crises de perda de fôlego, aerofagia e expulsão forçada de ar e saliva ocorrem com frequência. Deterioração Motora Tardia: Se inicia por volta dos dez anos de idade, ocorrendo lenta progressão dos déficits motores, com presença de escoliose e severa deficiência mental. Nessa fase a epilepsia pode se tornar menos importante, e as poucas pacientes que ainda retêm a deambulação gradualmente terão prejuízos crescentes, acabando por ter que utilizar cadeiras de rodas. Observa-se, nesse período, a sobreposição de sinais e sintomas decorrentes de lesão do neurônio motor periférico aos prejuízos já estão presentes, a presença de coreoatetose é comum nessa fase. Apesar de ser habitual afirmar-se que as meninas com SR são normais ao nascimento e demonstram um desenvolvimento normal até os seis ou dezoito meses de idade, sabe-se hoje que em grande parte dos casos, senão em todos, há na verdade um atraso no desenvolvimento motor com hipotonia muscular e prejuízo no engatinhar, que são os sinais iniciais. A fala está sempre muito comprometida e, muitas vezes, totalmente ausente. Algumas crianças chegam a falar, deixando de fazê-lo à medida que a deterioração avança. Algumas poucas adquirem alguns vocábulos isolados. Na Síndrome de Rett, as crises epilépticas são de ocorrência comum, podem assumir várias formas e, eventualmente, demonstrar grande resistência à medicação antiepiléptica habitual. Afirmar a real prevalência de epilepsia nessas pacientes é difícil, porque elas podem Apresentar outras manifestações paroxísticas que são, muito frequentemente, confundidas com epilepsia. A média de idade da população era de 20 anos, variando entre quatro e 58 anos. Frequentemente crises de perda de fôlego, crises hipoxêmicas seguindo de episódios de apneia são diagnosticadas erroneamente como epilepsia, o que pode contribuir para prevalências superestimadas de epilepsia nessas crianças. A sobrevida na SR pode ser limitada, sobrevindo a morte, em geral, em decorrência de um quadro infeccioso ou durante o sono (morte súbita). Outro fator que pode limitar tanto a qualidade de vida como o tempo de sobrevida, consiste nos problemas respiratórios crônicos decorrentes de problemas secundários à escoliose, que pode chegar a comprometer seriamente a expansão pulmonar. A grande maioria dos casos de SR é composta de casos isolados dentro de uma família, exceção feita à ocorrência em irmãs gêmeas, porém, casos familiares têm sido observados. A SR pode ser considerada uma desordem dominante ligada ao cromossomo X, em que cada caso representaria uma mutação fresca, com letalidade no sexo masculino. Foram observados casos nos quais meninos, irmãos de meninas com a SR, nasciam com uma doença encefalopatia com óbito precoce. Nessa perspectiva, alguns poucos casos foram descritos nos quais um fenótipo similar ao da SR foi observado em meninos. Em geral, constituíam apenas um sugestivo do diagnóstico, com sinais e sintomas presentes de forma bastante atípica e parcial. Transtorno de Prejuízo Multidimensional (TPM) Este subgrupo dos transtornos globais de desenvolvimento é considerado como sendo o mais próximo dos transtornos psicóticos. No transtorno de prejuízo multidimensional, as crianças apresentam dificuldades em diferenciar a fantasia da realidade, incluindo distúrbios de percepção, labilidade emocional, inabilidade em relacionamentos sociais, déficits no processamento de informações, sem distúrbios de pensamento formal. Ainda que os sintomas apresentados nesse tipo de transtorno, sejam parecidos clinicamente com os sintomas de Transtorno de Espectro Autista (TEA), seus prejuízos sociais são mais leves do que no transtorno autista e o comportamento não é tão rígido e estereotipado como o apresentado por crianças com TEA. Geralmente, considera-se que o transtorno de prejuízo multidimensional poderia ser uma variante de esquizofrenia com início muito precoce. Se caracteriza por crianças que são descritas como solitárias, fantasiosas, apresentando interesses especiais e atrasos de desenvolvimento específicos, especialmente das habilidades relacionadas à linguagem. Nesses casos, não é visto prejuízo cognitivo e as comorbidades são frequentes. A principal característica deste transtorno é o desinteresse pela interação social. Transtornos de Vinculação É uma categoria dos transtornos globais do desenvolvimento, e se encontra no ponto de confluência entre duas abordagens distintas, uma clínico-descritivo e outra teórica. A partir dos trabalhos com orientação psicodinâmica de Spitz e Bowlby, um grupo de crianças foi identificado por responder inapropriadamente aos cuidadores. Uma variedade de fenótipos pode ser observada e, por definição, esses comportamentos estão relacionados a um histórico de grande abandono, falta de respostas contingentes e pouca ou nenhuma atenção, interação e afeto. Atualmente, os critérios operacionalizados mostram que dois subtipos são propostos, inibido e desinibido. A criança inibida não inicia ou responde a interações sociais, ao passo que a desinibida o faz de uma forma difusa e indiscriminada, mostrando uma excessiva familiaridade com estranhos. No entanto, as fronteiras dessas condições não estão claramente definidas, podendo dizer que o comprometimento existente por um longo período na vida afetiva, pode ser o resultado da privação materna e pode ter um efeito prejudicial global de longa duração para as habilidades sociais e comunicativas, e no funcionamento adequado do sistema límbico. • TÓPICO ANTERIOR • PRÓXIMO TÓPICO https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#app • VOLTAR PARA INÍCIO https://s3.us-east-2.amazonaws.com/simple.academy/28cb5203-e94a-47a8-ae68-9034fa4974ad/index.html#accessibility
Compartilhar