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A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS

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A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS
A Educação Integradora vem ganhando uma relevância significativa no cenário educacional brasileiro. A partir de 2008, com a divulgação da Política Nacional de Educação Especial com Enfoque na Educação Integradora pelo governo brasileiro, as discussões sobre esse movimento educativo têm se intensificado. As orientações desse direcionamento reafirmam o direito dos estudantes, independentemente de suas necessidades educacionais específicas, a participarem plenamente e construírem conhecimento na escola regular. Essa abordagem busca fomentar a igualdade de oportunidades e o respeito à diversidade, tornando a educação um direito acessível a todos os alunos (BRIDI, 2018). Com a implementação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva em 2008, ocorreu uma transformação significativa no panorama educacional. Nesse novo contexto, a equiparação entre a educação especial e o ensino comum foi substituída, permitindo que a educação especial fosse estabelecida como uma modalidade de ensino própria, com um serviço específico oferecido conhecido como Atendimento Educacional Especializado (AEE). Essa mudança promoveu o reconhecimento da inclusão educacional, compreendendo a importância de proporcionar uma educação de qualidade para todos os alunos, independentemente de suas necessidades educacionais especiais. Sob essa perspectiva, a Educação Especial reconhece que as particularidades individuais fazem parte da diversidade humana e, por isso, a aprendizagem deve ser adaptada às necessidades de cada pessoa. Nesse contexto, o termo "necessidades educacionais especiais" é usado para descrever os alunos cujas demandas são influenciadas por suas habilidades ou dificuldades no processo de aprendizado. Essas dificuldades podem estar relacionadas a questões cognitivas, físicas, emocionais, sensoriais ou sociais. Portanto, é crucial implementar estratégias e modificações pedagógicas para permitir que os estudantes aprendam e desenvolvam suas capacidades de maneira apropriada. Essa abordagem busca criar um ambiente inclusivo e garantir que todos os alunos tenham igualdade de oportunidades no processo educacional. (BRIDI, 2018).
Entendendo a deficiência intelectual
Ao longo dos diferentes períodos históricos, a história da deficiência intelectual (DI) tem sido um reflexo do contexto social da época. Durante a Idade Média, a sociedade apresentava uma atitude ambivalente em relação aos indivíduos chamados de "pessoas com deficiência intelectual". Essas pessoas eram acolhidas pela igreja, que as interpretava como sujeitas a castigos divinos, associando a "deficiência intelectual" a uma dimensão religiosa (PESSOTTI, 1984). Com o passar do tempo e os avanços na medicina, surgiu a concepção de que a deficiência intelectual, assim como outras deficiências, estava relacionada a problemas médicos, sendo considerada uma fatalidade herdada ou congênita (PESSOTTI, 1984). Essa mudança de paradigma em relação à deficiência intelectual foi solidificada por meio de estudos sobre desenvolvimento e estímulo, que gradualmente evoluíram para ações educacionais. Nesse período, emergiram os primeiros movimentos de institucionalização em conventos e hospícios para o tratamento desses indivíduos (ARANHA, 1995). Em um curto espaço de tempo, a deficiência intelectual (DI) despertou o interesse de vários educadores, levando a sociedade a defender a criação de organizações segregadas onde essas pessoas pudessem receber um atendimento mais adequado, mesmo que com recursos limitados. No entanto, somente a partir do século XIX é que se observou uma atitude de responsabilidade pública em relação às necessidades das pessoas com DI (SILVA; DESSEN, 2001). Durante os séculos XIX e XX, os estudos sobre a DI adquiriram um caráter mais científico, buscando uma tentativa de uniformização do conceito. Durante esse período, houve esforços para definir e classificar a DI de maneira mais precisa, a fim de compreender suas características e necessidades específicas. No Brasil, as primeiras iniciativas direcionadas especificamente às pessoas com deficiência intelectual ocorreram durante o século XX. Na década de 1950, discussões sobre os objetivos e a qualidade dos serviços educacionais especiais ganharam destaque no cenário mundial. Enquanto isso, no Brasil, a falta de serviços adequados e a negligência do poder público resultaram no surgimento de movimentos comunitários que levaram à criação de escolas especiais privadas
Compreendendo os aspectos gerais da deficiência intelectual
A convivência e as relações familiares que envolvem uma pessoa com deficiência intelectual tendem a ser bastante complexas, uma vez que a presença diária de alguém com DI afeta o funcionamento familiar. Muitas mães de crianças com DI assumem integralmente a responsabilidade pelos cuidados de seus filhos, dedicando-se intensamente ao papel de cuidadoras (FAVERO-NUNES; SANTOS, 2010). Ao longo das épocas, o mundo passa por transformações impulsionadas pelas dinâmicas culturais, resultando em implicações políticas, sociais e científicas que influenciam os caminhos do desenvolvimento e orientam as práticas sociais nos campos da educação e da saúde (DIAS; OLIVEIRA, 2013). Essas transformações moldam as trajetórias de desenvolvimento com impacto significativo nas experiências das famílias com membros que possuem deficiência intelectual. A partir do século XX, surgiram concepções inovadoras de desenvolvimento baseadas em abordagens dialógicas e culturais, o que permitiu redirecionar a compreensão da deficiência intelectual. A deficiência deixou de ser vista como uma impossibilidade de desenvolvimento intelectual e passou a ser entendida como uma das alternativas possíveis de desenvolvimento humano. No convívio social, as interações podem gerar situações desafiadoras ou dificuldades de comunicação. No entanto, cada pessoa elabora suas dificuldades de forma única e ao longo do tempo desenvolve processos compensatórios distintos, dependendo das situações que surgem, das dificuldades específicas associadas à deficiência e da educação recebida (PEREIRA, 2009). No entanto, é crucial romper as barreiras existentes para ir além do conhecimento das características da deficiência ou de seus aspectos quantitativos. Trata-se, portanto, de construir metodologias e práticas que coloquem em seu horizonte a finalidade de conhecer a pessoa em si, investigar o lugar que a deficiência ocupa em sua vida, como sua subjetividade se organiza diante dessa deficiência e quais mudanças pessoais foram produzidas ou se apresentam como. O foco está em valorizar a singularidade de cada indivíduo e superar as limitações impostas pelas barreiras sociais e culturais

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