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08/01/2024, 15:02 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/29
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE E GESTÃO DE
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Daiane Lolatto
08/01/2024, 15:02 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/29
CONVERSA INICIAL
Nesta etapa, vamos tratar sobre obrigatoriedades contábeis e tributárias para Microempresário
Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs),e para tanto, estudaremos
os seguintes temas:
Obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMEs;
LC 123 – Regras societárias para ME;
LC 123 – Regras tributárias para EPP;
NBC TG 1002 – Regras contábeis para ME;
NBC TG 1001 – Regras contábeis para EPP.
Aproveite a leitura e exercite os conhecimentos adquiridos resolvendo as atividades. Lembre-se
de que a melhor forma de aprender é exercitando.
CONTEXTUALIZANDO
O sistema tributário no Brasil é complexo e demanda muito estudo. Com o objetivo de facilitar o
processo de abertura e tributação das micro e pequenas empresas, o Governo criou o regime
tributário do Simples Nacional. Isso não impede as empresas de aderirem a outros regimes
tributários, mas, como veremos nesta etapa, realmente há vantagens na escolha por esse regime.
Em relação às normas contábeis, a partir do dia 1º de janeiro de 2023 passamos a aplicar a NBC
TG 1000 (R1), NBC TG 1001 e NBC TG 1002. A NBC TG 1001 estabelece as regras contábeis para as
pequenas empresas e a NBC TG 1002 estabelece as regras contábeis para as microentidades. Vamos
ver que as microempresas e empresas de pequeno porte recebem classificações contábeis e
tributárias diferentes.
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/29
Diante disso, nesta etapa, vamos conhecer as leis que regem o Microempresário Individual (MEI),
a Microempresa (ME) e as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Da mesma forma, trataremos
algumas particularidades contábeis, societárias e tributárias relacionadas a elas.
Esta etapa é fundamental para compreendermos o próximo conteúdo. Por isso, é imprescindível
atentar para todos os temas e detalhes descritos. Iniciaremos falando sobre as obrigatoriedades
contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMEs.
TEMA 1 – OBRIGATORIEDADES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS
(OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS) PARA MEI, ME E PMES
O Microempresário Individual (MEI), a Microempresa (ME) e as Pequenas e Médias Empresas
(PMEs) possuem regras contábeis e tributárias específicas. A Lei Complementar n. 123, de 14 de
dezembro de 2006, principal lei das Micro e Pequenas Empresas (MPEs), facilitou a abertura dessas
empresas, aumentando a formalidade e sua chance de sobrevivência no mercado (Lemes Jr.; Pisa,
2019, p. 244). Com a alteração dessa lei em 2008, foi criada a figura do MEI, facilitando ainda mais o
processo de abertura de negócios e reduzindo o ônus tributário sobre os empresários individuais. A
empresa de médio porte não é abrangida pela Lei Complementar n. 123/2006, pois seu faturamento
bruto anual supera R$ 4.800.000,00 e é menor ou igual a R$ 300.000.000,00.
Segundo Lemes e Pisa (2019, p. 244), o Brasil possui uma legislação rica e avançada no âmbito de
organizações societárias e tem sido inovador na desburocratização dos processos de abertura de
empresas, na simplificação da apuração e recolhimento de tributos e na redução da carga tributária
das MPEs.
No entanto, mesmo com as facilidades de abertura de empresas disposta na Lei Complementar
n. 123/2006, o empreendedor brasileiro ainda persiste na informalidade. Em um primeiro momento, a
informalidade pode ser atrativa, mas conforme a empresa cresce, passa a ser conhecida e ganha
mercado, isso será mais uma dificuldade do que uma comodidade. Uma empresa informal não possui
CNPJ, nota fiscal, qualquer documentação, que lhe permita negociar com médias e grandes empresas
ou participar de licitações públicas, dentre outras situações (Lemes Jr.; Pisa, 2019, p. 244).
Agora vamos conhecer as obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para
MEI, ME e PMES.
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1.1 OBRIGAÇÕES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS PARA MEI
De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, especificamente nos arts. 18-A a 18-C, para um
empreendedor se enquadrar como Microempreendedor Individual (MEI), ele deve ter uma receita
bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00, no máximo um empregado que receba exclusivamente
um salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional, não ter participação como sócio ou
titular em outra empresa, e exercer uma atividade permitida pela legislação (Brasil, 2006). Se o
empreendedor não iniciar suas atividades em janeiro, o limite da receita bruta anual será proporcional
aos meses restantes do ano.
O empreendedor que atender a essas condições pode se formalizar gratuitamente no Portal do
Empreendedor. Nesse processo, ele obtém o CNPJ, número de inscrição na Junta Comercial, número
de inscrição no INSS e o documento de alvará que equivale ao alvará de funcionamento, tudo de
forma instantânea, gerando um documento único chamado Certificado da Condição de
Microempreendedor Individual – CCMEI.
O processo de formalização não tem nenhum custo associado. No entanto, após a formalização,
o MEI passa a recolher mensalmente os seguintes valores a partir de maio de 2023: R$ 66,00 para a
Previdência Social (correspondente a 5% do salário-mínimo reajustado anualmente); R$ 1,00 fixo por
mês para o Estado (ICMS) se a atividade for comércio ou indústria; e R$ 5,00 fixos por mês para o
Município (ISS) se a atividade for de prestação de serviços. Esses valores são pagos por meio de um
único documento chamado DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), conforme
estabelecido na Lei Complementar n. 123/2006. No Quadro 1, é possível observar os valores a serem
recolhidos para cada atividade no ano de 2023.
Quadro 1 – DAS MEI 2023
Atividade INSS ISS e ICMS TOTAL
Comércio e indústria R$ 66,00 R$ 1,00 R$ 67,00
Serviços R$ 66,00 R$ 5,00 R$ 71,00
Comércio/indústria e serviços R$ 66,00 R$ 6,00 R$ 72,00
Fonte: Lolatto, 2023.
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Assim, mesmo que o MEI não tenha faturamento mensal, ele deve recolher os valores fixos
mensais informados no Quadro 1 aos cofres públicos. O DAS é emitido pelo Portal do Empreendedor
ou pelo aplicativo do MEI. Em relação aos aspectos fiscais, o MEI está dispensado de emitir nota fiscal
para consumidores pessoa física (CPF), mas é obrigado a emitir nota fiscal quando vender para
destinatários pessoa jurídica (CNPJ).
Saiba mais
Outra obrigação fiscal do MEI é a declaração anual, que pode ser entregue pelo próprio MEI
no Portal do Empreendedor:
DECLARAÇÃO Anual de Faturamento – DASN. Portal do Empreendedor, S.d. Disponível em:
<https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/servicos-para-mei/declaracao-a
nual-de-faturamento>. Acesso em: 29 jun. 2023.
É importante destacar que o MEI (pessoa jurídica) e o empreendedor (pessoa física) são pessoas
distintas e devem enviar a declaração nos prazos estabelecidos. A distribuição de lucros da pessoa
jurídica para a pessoa física segue a mesma regra aplicada às empresas optantes pelo lucro
presumido, conforme disposto na Lei n. 9.249/1995 (art. 15) e Lei n. 9.430/1996 (art. 1º e 25, Inciso I).
Vamos considerar a seguinte situação: um MEI obteve uma receita de R$ 80.000,00 em suas
atividades comerciais, e suas despesas operacionais totalizaram R$ 20.000,00, resultando em um lucro
de R$ 60.000,00. Como o MEI não realiza escrituração contábil, é necessário calcular o lucro que pode
ser distribuído de forma isenta do imposto sobre a renda. Para isso, devemos multiplicar a receita
bruta anual da atividade pelo percentual de presunção do lucro presumido, que é de 8% para a
atividade comercial. Assim, temos R$ 80.000,00 x8% = R$ 6.400,00. Caso o MEI opte por apresentar a
Declaração de Ajuste Anual (embora não seja obrigatório apenas com esses rendimentos), ele deverá
informar o valor de R$ 6.400,00 como rendimentos isentos e não tributáveis.
Em relação às obrigações contábeis, o MEI não é obrigado a realizar a contabilidade formal,
como o livro diário, o livro razão e o livro caixa, conforme determina o Código Civil, art. 1.179,
parágrafo 2º (regulação contábil e tributária) (Brasil, 2002). No entanto, o empreendedor tem a
obrigação tributária de registrar mensalmente o total de suas receitas em um formulário simplificado,
de acordo com o Anexo XII da Resolução CGSN 140/2018 (Brasil, 2018).
https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/servicos-para-mei/declaracao-anual-de-faturamento
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Saiba mais
O formulário está disponível no Portal do Empreendedor:
RELATÓRIO Mensal de Receitas Brutas. Portal do Empreendedor, S.d. Disponível em: <http
s://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/servicos-para-mei/relatorio-mensal>.
Acesso em: 29 jun. 2023.
Caso o empreendedor (pessoa física) opte por contratar um profissional contábil para manter a
contabilidade do MEI (pessoa jurídica) em ordem, gerando os livros comerciais devidamente
registrados no órgão competente, assim como ocorre com as demais empresas optantes por outros
regimes tributários (RIR/2018, art. 35 inciso IV), a distribuição de lucros para o empreendedor será
realizada de forma isenta e sem qualquer imposto adicional, conforme previsto na Lei Complementar
n. 123/2006, art. 14 (Brasil, 2006), e na Resolução CGSN n. 140/2018, art. 145, parágrafo 3º (Brasil,
2018). Além disso, uma contabilidade adequada proporciona uma gestão financeira de qualidade, ou
seja, o MEI pode acompanhar de perto seus resultados, identificar oportunidades de melhorias e
otimizar o desempenho financeiro da organização.
Dentre as vantagens do MEI, destacam-se a facilidade no processo de abertura da empresa, com
menos burocracia e custos reduzidos; o custo mensal fixo e simplificado da tributação; a declaração
anual simplificada, o que diminui a carga de trabalho contábil; a cobertura previdenciária do INSS,
que oferece benefícios como aposentadoria, auxílio doença, auxílio maternidade, auxílio reclusão para
o empreendedor (pessoa física) e pensão por morte para a família; a possibilidade de contratar um
empregado para auxiliar no crescimento do negócio; o acesso facilitado a crédito e linhas de
financiamento; além da dispensa da obrigatoriedade de contabilidade para o MEI (pessoa jurídica) e
emissão de nota fiscal em algumas situações.
No entanto, apesar das diversas vantagens, o MEI também apresenta algumas desvantagens. O
faturamento é limitado a R$ 81.000,00 por ano, o que pode restringir o crescimento do negócio. Caso
o valor do faturamento anual ultrapasse o limite em até 20%, atingindo R$ 97.200,00 de faturamento
no ano, o MEI deverá fazer a transição de sua condição de MEI para uma Microempresa (ME), cujo
limite de faturamento anual é de até R$ 360.000,00. Além da mudança de categoria, será necessário
efetuar o recolhimento do valor excedente por meio de um DAS complementar, emitido na
Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN-SIMEI). Se o MEI ultrapassar o limite em mais de
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20%, alcançando um valor superior a R$ 97.200,00, ocorrerá automaticamente a exclusão da
categoria, e será realizada a cobrança retroativa de impostos sobre o valor total faturado durante o
ano, com a aplicação das alíquotas de uma microempresa, acrescido de juros e multa (Lei
Complementar n. 123/2006, art. 18-A, parágrafo 7º, inciso III).
Outra desvantagem em ser um MEI envolve o limite de contratação de funcionários, sendo
permitido apenas um empregado. Ainda, a linha de crédito disponível para o MEI também pode ser
reduzida em comparação a outras categorias de empresa, o que pode dificultar o acesso a
financiamentos. Outro ponto a ser considerado é que, se a pessoa física (CPF) que tiver MEI também
estiver atuando profissionalmente em regime CLT for dispensado, ele não terá direito ao seguro-
desemprego, uma vez que o governo considera que o MEI possui outra fonte de renda.
Com suas vantagens e desvantagens, o MEI é uma oportunidade para que os empreendedores
tenham um respaldo social. Na sequência, vamos conhecer as obrigações contábeis e tributárias para
as microempresas, outro enquadramento de empresa.
1.2 OBRIGAÇÕES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS PARA ME
Assim como o MEI, a ME também segue as regras da Lei Complementar n. 123/2006 em virtude
do enquadramento por porte, porém possui obrigações contábeis e tributárias diferentes. Mas qual é
a principal diferença entre o MEI e a ME?
O MEI é aquele que tem uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00, enquanto a ME
é aquela com uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00. Enquanto o MEI recolhe um
valor fixo mensal, a ME pode optar por diferentes regimes tributários, como o Simples Nacional, Lucro
Presumido ou Lucro Real, dependendo do resultado do planejamento tributário.
As obrigações tributárias estão diretamente relacionadas ao regime de tributação. Vamos
analisar, inicialmente, as obrigações tributárias principais (arrecadação) das microempresas optantes
pelo Simples Nacional. No Simples Nacional, o contribuinte (ME) deve recolher mensalmente, em um
único Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), os seguintes tributos: Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS),
Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
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(PIS/Pasep), Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS).
O valor arrecadado mensalmente pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação
das alíquotas efetivas, calculadas com base nas alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos
I a V desta Lei Complementar n. 123/2006.
Vamos supor que uma empresa comercial obtenha mensalmente receita bruta igual a R$
130.000,00. Você pode visualizar a apuração da alíquota efetiva e do DAS no Quadro 2.
Quadro 2 – Exemplo de apuração do Simples Nacional – Comércio
Faturamento mensal R$ 130.000,00
Receita bruta acumulada 12 meses R$ 1.560.000,00
Anexo I – alíquota nominal 10,7%
Valor a deduzir R$ 22.500,00
Alíquota efetiva
 
Valor a pagar no DAS (R$ 130.000,00 x
9,26%)
R$ 12.035,00
Fonte: Lolatto, 2023.
Vamos considerar o caso em que a mesma empresa optou pelo regime tributário do Lucro
Presumido. De acordo com a Lei n. 12.814, de 16 de maio de 2013, ela pode escolher esse regime,
uma vez que o limite de receita bruta total anual é de R$ 78.000.000,00 ou R$ 6.500.000,00
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior (Brasil, 2013).
Uma característica principal desse regime é a presunção da base de cálculo do IRPJ e CSLL, que
leva em consideração a atividade exercida pela empresa, conforme previsto no art. 592 do
Regulamento do Imposto de Renda de 2018 (RIR/2018) e no art. 22 da Lei n. 10.684, de 30 de maio de
2003. O recolhimento é feito trimestralmente e o pagamento da primeira parcela dos tributos é
considerado pelo Fisco como a escolha pelo Lucro Presumido. A apuração do ICMS ocorre
mensalmente pelo regime não cumulativo,de acordo com a legislação de cada Estado. A apuração do
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PIS/Pasep e da Cofins é feita pelo regime cumulativo, aplicando-se as alíquotas de 0,65% e 3%,
respectivamente, sobre a receita bruta mensal.
No regime tributário do Lucro Real, a base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL é o lucro
real, ou seja, o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões definidas no RIR/2018. Também é
possível realizar a compensação de prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores, limitado a 30%
do lucro real antes da compensação. A legislação permite apurar o lucro real trimestralmente ou
anualmente. O ICMS, PIS/Pasep e Cofins devem ser apurados mensalmente pelo regime não
cumulativo. As empresas que faturarem mais que R$ 78.000.000,00 estão automaticamente obrigadas
a apuração pelo Lucro Real, conforme disposto no art. 257 do RIR/2018, sendo facultativo para as
demais empresas.
Assim, observa-se que o MEI realmente possui um ônus tributário menor em relação às empresas
que optam pelo regime tributário do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Os únicos tipos
de empresas que podem aderir ao Simples Nacional são as MEs e EPPs, porém ME e EPP podem optar
pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real.
As obrigações tributárias acessórias variam em função do regime tributário e da atividade
desenvolvida pela empresa. Assim, o profissional contábil deve analisar a legislação vigente para
cumprir com essas obrigações.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações (Lei das S.A.), Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de
1976, e suas alterações posteriores, no art. 176, é estabelecido que as empresas, com exceção do MEI,
são obrigadas a apresentar as seguintes demonstrações contábeis ao fim de cada exercício social:
a. Balanço Patrimonial (BP);
b. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
c. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
d. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
e. Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
f. Notas Explicativas (NE) (Brasil, 1976).
A Lei das S.A., art. 176, parágrafo 6o, ainda determina que a empresa de capital fechado, cujo
patrimônio líquido na data do balanço seja inferior a R$ 2.000.000,00, não terá a obrigação de
elaborar e publicar a demonstração dos fluxos de caixa (Brasil, 1976). Cada demonstração possui
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normas específicas para sua elaboração. Agora vamos estudar as obrigações contábeis e tributárias
para as PMEs.
1.3 OBRIGAÇÕES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS PARA PMES
As Empresas de Pequeno Porte (EPP) são aquelas que auferem receita bruta anual maior a R$
360.000,00 e menor ou igual a R$ 4.800.000,00. Considerando essa faixa de faturamento anual (receita
bruta anual), elas se enquadram nas regras dispostas na Lei Complementar n. 123/2006 e podem
optar pelo regime tributário do Simples Nacional ou optar pelos regimes tributários do Lucro
Presumido (Lei n. 12.814/2013) e Lucro Real (RIR/2018).
Em contrapartida, as médias empresas não se enquadram nas regras estabelecidas pela Lei
Complementar n. 123/2006, pois o faturamento bruto anual dessas empresas é maior que R$
4.800.000,00 e menor ou igual a R$ 300.000.000,00. Desta forma, elas só podem escolher entre o
Lucro Presumido e o Lucro Real.
A lógica de tributação (obrigações principais) das PMEs em relação ao regime tributário é a
mesma lógica das microempresas. No regime tributário do Simples Nacional, o valor arrecadado
mensalmente será determinado em função da aplicação das alíquotas efetivas, calculadas com base
nas alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar 123/2006.
No Lucro Presumido, a base de cálculo do IRPJ e CSLL é presumida de acordo com a atividade
exercida pela empresa. A apuração do ICMS ocorre mensalmente pelo regime não cumulativo e em
conformidade com a legislação de cada Estado. A apuração do PIS/Pasep e da Cofins se dá pelo
regime cumulativo, aplicando-se as alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, sobre a receita bruta
mensal.
No regime tributário do Lucro Real, a base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL é o lucro
real, ou seja, o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões definidas no RIR/2018, sendo possível
realizar a compensação de prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores, limitado a 30% do
lucro real antes da compensação. A legislação permite apurar o lucro real trimestralmente ou
anualmente. O ICMS, PIS/PASEP e Cofins devem ser apurados mensalmente pelo regime não
cumulativo.
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As obrigações acessórias (declarações) das empresas podem variar de acordo com o regime
tributário e a atividade desenvolvida pela empresa. Assim, as empresas devem cumprir as legislações
vigentes.
As demonstrações contábeis obrigatórias para as PMEs, assim como para as ME, estão
relacionadas na Lei n. 6.404/76, art. 176 (Brasil, 1976). As regras para elaboração das demonstrações
contábeis podem ser encontradas no CPC PME aderida pelo Conselho Federal de Contabilidade
mediante divulgação da NBC TG 1000 (R1) (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral 1000
(Revisão 1)). Enquanto a NBC TG 1000 (R1) equivale ao CPC PME, que é o conjunto de normas
contábeis aplicadas as médias empresas, a NBC TG 1001 é destinada para as pequenas empresas e a
NBC TG 1002 é destinada para as microentidades.
Agora vamos estudar com mais detalhes a Lei Complementar n. 123/2006, que trata das questões
tributárias e societárias das MPEs, e as normas técnicas de contabilidade NBCs 1001 e 1002 que
estabelecem os critérios e procedimentos contábeis para essas empresas.
TEMA 2 – LC 123 – REGRAS SOCIETÁRIAS PARA ME
A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, também conhecida como Estatuto Nacional das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, foi estabelecida pela Lei Complementar n.
123/2006, ou LC 123/2006. Essa legislação definiu normas gerais, tanto societárias quanto tributárias,
que visam proporcionar tratamento diferenciado e favorecido às Microempresas (ME) e às Empresas
de Pequeno Porte (EPP) em âmbito federal, estadual, distrital e municipal, em conformidade com os
arts. 146, 170 e 179 da Constituição Federal (Lemes Jr.; Pisa, 2019).
De acordo com Lemes Jr. e Pisa (2019), a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas trouxe
diversos benefícios, como a unificação do regime de tributação e simplificação das obrigações fiscais
acessórias, redução do ônus tributário em receitas de exportação e substituição tributária,
desobrigação de certas obrigações trabalhistas e previdenciárias, facilidade no processo de abertura,
alteração e encerramento de MPEs, simplificação do acesso ao crédito e mercado, prioridade nas
compras públicas, incentivo à inovação tecnológica, estímulo ao associativismo e consórcios,
regulamentação do pequeno empresário, parcelamento de dívidas tributárias para enquadramento no
Simples Nacional, entre outros benefícios.
08/01/2024, 15:02 UNINTER
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Dessa forma, a Lei Geral das MPEs passou a contribuir efetivamente com a construção de um
ambiente sustentável para o desenvolvimento e crescimento dos pequenos negócios. A categoria de
Microempresário Individual (MEI), que não se enquadra como ME ou EPP, foi criada com base na
alteração da LC 123/2006 realizada por meio da Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de
2008. O MEI possui benefícios mais amplos que as MPEs, entre os quais a garantia de que todos os
custos relacionados à abertura, alvará, funcionamento, alterações, entre outros, estão reduzidos a
zero.
Mas quais são as regras societárias relativas às microempresas dispostas na LC n. 123/2006?
A Lei Complementar n. 123/2006, em seu art. 3º, parágrafo 4º, estabelece algumas regras e
limites no âmbito societário para as microempresas e empresas de pequenoporte do Simples
Nacional, como descrito a seguir:
1. Não pode ter participação de outras empresas em seu capital;
2. Não pode ter sede no exterior ou filial, sucursal, agência ou representação no país;
3. Sócio (pessoa física) pode participar do capital de outras empresas do Simples Nacional desde
que o faturamento bruto anual não ultrapasse R$ 4.800.000,00;
4. Sócio (pessoa física) com até 10% de participação em empresa fora do Simples Nacional não
tem o faturamento somado como critério de impedimento, mas acima de 10% é somado e não
pode ultrapassar R$ 4.800.000,00;
5. Sócio ou titular (pessoa física) que atuar como administrador em outra empresa terá a receita
bruta global somada, não podendo ultrapassar R$ 4.800.000,00;
6. Empresa constituída como cooperativa, exceto cooperativas de consumo, não pode aderir ao
Simples Nacional;
7. A empresa do Simples Nacional não pode ser sócia do capital de outra pessoa jurídica;
8. Empresas que desenvolvam atividades específicas, como instituições financeiras, não podem
fazer parte do Simples Nacional;
9. Empresas que tenham realizado cisão, fusão ou incorporação nos últimos cinco anos não
podem fazer parte do Simples Nacional;
10. Sociedades por ações não podem aderir ao Simples Nacional;
11. Sócio ou titular não pode ter relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade com o
contratante do serviço, como no caso de pejotização (Brasil, 2006).
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Considerando os benefícios de ser enquadrado no Simples Nacional, é fundamental
compreender as regras societárias. A seguir, conheceremos as regras tributárias aplicáveis às
empresas de pequeno porte que possuem um tratamento jurídico diferenciado previsto na LC n.
123/2006.
TEMA 3 – LC 123 - REGRAS TRIBUTÁRIAS PARA EPP
A principal diferença entre as ME e EPP compreende o limite máximo que cada uma delas pode
faturar anualmente. Segundo a LC n. 123/2006, uma ME pode faturar até R$ 360.000,00 por ano,
enquanto uma EPP deve ter um faturamento anual entre R$ 360.000,00 e R$ 4.800.000,00. O
faturamento bruto ou receita bruta corresponde ao valor total obtido pela empresa com a venda de
bens e serviços, antes dos descontos referentes a despesas e tributos.
As MEs e as EPPs que se enquadram nesses limites podem aderir a um a um regime tributário
simplificado, denominado de Simples Nacional, que é um regime exclusivo para MEs e EPPs. O cálculo
do tributo a pagar mensalmente é realizado com base no faturamento bruto da empresa por meio do
DAS, conforme estudado anteriormente.
A adesão ao Simples Nacional é facultativa, visto que as MEs e EPPs também podem optar pelo
Lucro Presumido ou Lucro Real. No Lucro Presumido, o cálculo do IRPJ e da CSLL é feito com base no
lucro presumido, ou seja, aplica-se percentuais de presunção sobre a receita bruta trimestral. No
Lucro Real, o lucro líquido contábil é ajustado a fim de aplicar as alíquotas do IRPJ e da CSLL.
A natureza jurídica das MEs e EPPs também é um dos critérios para aderir ao regime tributário do
Simples Nacional. Enquanto o porte está associado ao faturamento da empresa, a natureza jurídica
define as regras de abertura e direitos dos sócios.
A LC n. 123/2006, art. 3º, determina que, para se enquadrar no Simples Nacional, as MEs e as
EPPs devem ter natureza jurídica de Sociedade Limitada, Empresário Individual ou Sociedade Simples
(Brasil, 2006). Mas o que quer dizer cada uma dessas naturezas jurídicas?
A Sociedade Limitada é uma forma de sociedade contratual que pode ser de pessoas ou de
capital, conforme definido no contrato social. O contrato social de uma Sociedade Limitada de
pessoas inclui cláusulas de controle para a entrada de terceiros estranhos à sociedade, por exemplo,
condicionar a cessão de cotas sociais à aprovação dos demais cotistas ou proibir a sucessão dos
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herdeiros por morte de um sócio. Se o contrato social não estabelecer restrições à entrada de
terceiros, seja por sucessão ou cessão de cotas, então a Sociedade Limitada será considerada de
capital (Vido, 2022, p. 85).
O Empresário Individual é uma pessoa física que exerce uma atividade empresarial sem ter
sócios. Nesse caso, o empresário assume o risco total pela atividade exercida, ou seja, não há
separação entre o patrimônio empresarial e pessoal. Portanto, em caso de dívidas empresariais ou
pessoais, o patrimônio único do empresário pode ser utilizado para responder por tais obrigações
(Vido, 2022).
A Sociedade Simples é uma forma de sociedade utilizada para atividades que não são
consideradas empresariais, como é o caso de sociedades formadas por profissionais intelectuais. Por
exemplo, consultórios médicos, escritórios de advocacia e atividades similares podem optar pela
constituição de uma Sociedade Simples (Vido, 2022).
Diante disso, ao aderir ao Simples Nacional, a empresa deve identificar as tabelas de apuração
dos tributos. O Simples Nacional dispõe de cinco anexos diferentes e cada anexo possui tabelas
especificas para apuração do DAS. O Anexo I é aplicado na atividade comercial, o Anexo II é utilizado
na atividade industrial, o Anexo III é empregado nas receitas de locação de bens móveis e de
prestação de serviços não relacionados no parágrafo 5º-C do art. 18 da LC 123/2006, o Anexo IV é
aplicado nas receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no parágrafo 5º-C do art. 18
da LC 123/2006 e o Anexo V é empregado nas receitas decorrentes da prestação de serviços
relacionados no parágrafo 5º-I do art. 18 da LC 123/2006 (Brasil, 2006).
Agora que compreendemos o aspecto tributário das micro e pequenas empresas com mais
profundidade, vamos conhecer os aspectos contábeis. As NBCs TG 1001 e 1002 são as normas
destinadas para as microentidades e pequenas empresas.
TEMA 4 – NBC TG 1002 – REGRAS CONTÁBEIS PARA ME
 A NBC TG 1002 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023, revogando a ITG 1000. Essa
norma contábil é aplicada às microentidades. De acordo com a norma, as microentidades são aquelas
empresas com finalidade de lucros, que possuem receita bruta anual de até R$ 4.800.000,00. Para o
Conselho Federal de Contabilidade, as microentidades compreendem as microempresas e empresas
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de pequeno porte descritas na legislação fiscal. As microentidades que ultrapassarem o limite de
receita bruta anual de R$ 4.800.000,00 por dois anos seguidos passarão, obrigatoriamente, a seguir a
NBC TG 1001.
De acordo com a NBC TG 1002, as demonstrações contábeis têm o objetivo de apresentar
informações sobre a posição financeira (balanço patrimonial) e o desempenho (resultado) da
empresa. Para isso, as informações devem atender unicamente às características qualitativas
(princípios gerais) da compreensibilidade, relevância (materialidade), confiabilidade, prudência e
comparabilidade.
As demonstrações contábeis obrigatórias para as microentidades são o Balanço Patrimonial (BP),
a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados (DLPA) e devem ser apresentadas de forma comparativa às demonstrações do ano
anterior (NBC TG 1002). É importante observar que as contas são denominadas de forma diferente nas
microentidades quando comparadas às pequenas e médias empresas. Por exemplo, nas
microentidades temos no BP as contas caixa e bancos e nas pequenas empresas temos
disponibilidades.
A NBC TG 1002 também trata de mudanças de políticas contábeis, mudanças de estimativas e
retificação de erros, tratamento contábil de instrumentos financeiros, estoques, investimentos,
imobilizado, intangível, arrendamentos e aluguéis, passivos e provisões, patrimônio líquido, receitas,
despesas financeiras, benefícios a empregados e administradores, tributos sobre o lucro e transações
em moeda estrangeira. Na sequência, vamos ver algumas particularidadespara esse tipo de empresa.
Os estoques podem ser avaliados pelo método do Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS), ou
pelo método do custo médio ponderado, de forma consistente ao longo do tempo e aplicado da
mesma forma para estoques de natureza e uso parecido (NBC TG 1002). O método Último a Entrar,
Primeiro a Sair (UEPS) não pode ser utilizado para fins contábeis por essas entidades, diferentemente
do que ocorre nas grandes empresas. Para fins tributários, o método UEPS não pode ser aplicado.
Os investimentos societários realizados por microentidades devem ser avaliados exclusivamente
pelo método de custo, não sendo aplicável o método de equivalência patrimonial. Desta forma, os
lucros distribuídos por essas entidades investidas serão reconhecidos como receitas de dividendos ou
de lucros recebidos. Se houver uma clara desvalorização do investimento, essa perda deve ser
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registrada como um débito no resultado (NBC TG 1002). A restrição do uso da equivalência
patrimonial é aplicada apenas para as microentidades.
O imobilizado nas microentidades inclui propriedade para investimento. A propriedade para
investimento consiste na propriedade física, como um terreno que o proprietário mantém para ter
rendas e/ou valorizar o capital (NBC TG 1002). Vamos observar que o registro da propriedade para
investimento ocorre da mesma forma nas pequenas empresas e difere das médias empresas.
Os bens do ativo imobilizado devem ser reconhecidos pelo custo de aquisição e devem ser
depreciados pelo método da linha reta, considerando o prazo de vida útil definido pela Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil. Caso uma alternativa diferente proporcione uma apresentação
do balanço e um desempenho substancialmente melhores, ela poderá ser adotada. As partes e peças
de substituição nas microentidades devem ser contabilizadas como despesa do período em que
ocorrer a substituição (NBC TG 1002). Vamos ver que o reconhecimento das partes e peças de
substituição nas médias empresas recebe um tratamento diferenciado.
O ativo intangível deve ser contabilizado pelo custo de aquisição, o qual compreende o preço de
compra à vista, os tributos não recuperáveis e demais custos diretamente associados à compra. Os
gastos com pesquisa e desenvolvimento devem ser reconhecidos como despesa. A amortização do
ativo intangível deve ocorrer no prazo máximo de 5 anos, sendo iniciada quando o ativo estiver
disponível para uso ou quando o projeto estiver concluído (NBC TG 1002). Vamos observar que o
prazo limite de amortização nas pequenas empresas difere das microentidades.
De acordo com a NBC TG 1002, as contraprestações dos arrendamentos em microentidades são
contabilizadas como despesa pelo arrendatário e como receita pelo arrendador, sem distinção entre
arrendamento operacional e arrendamento financeiro. O mesmo tratamento é dado às pequenas
empresas.
As microentidades devem reconhecer as receitas quando transferirem para o comprador os riscos
e benefícios do ativo, puderem mensurar a receita com confiabilidade e for provável seu recebimento.
No entanto, elas podem, por expediente prático, reconhecer as receitas no momento da emissão da
nota fiscal, desde que representem adequadamente a posição patrimonial e o desempenho da
empresa (NBC TG 1002). O expediente prático se aplica apenas às microentidades.
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De acordo com a NBC TG 1002, as microentidades devem apresentar a despesa com tributos
sobre o lucro (IRPJ e CSLL) na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) antes do resultado
líquido do exercício, caso sejam optantes pelo Lucro Real e Lucro Presumido (CFC, 2021b). Porém, se
forem optantes pelo Simples Nacional, os tributos podem ser evidenciados como dedução da receita
bruta. Essa opção de reconhecimento dos tributos sobre o lucro pelo Simples Nacional é tratada
como expediente prático para as pequenas empresas.
As normas de contabilidade aplicadas às microentidades são mais simples do que as normas
aplicadas às demais entidades. Em seguida, analisaremos as normas aplicadas às pequenas empresas.
TEMA 5 – NBC TG 1001 – REGRAS CONTÁBEIS PARA EPP
A NBC TG 1001 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023. Essa norma contábil é aplicada
às pequenas empresas que antes eram objeto de estudo da NBC TG 1000. De acordo com a norma, as
pequenas empresas são aquelas empresas com finalidade de lucros, com receita bruta anual acima de
R$ 4.800.000,00 até R$ 78.000.000,00. Na legislação fiscal, as empresas que se encontram dentro
dessa faixa de faturamento são classificadas como empresas de médio porte. As empresas de
pequeno porte que ultrapassarem o limite da receita bruta anual de R$ 78.000.000,00 por dois anos
seguidos passarão, obrigatoriamente, a seguir a NBC TG 1000 (R1).
De acordo com a NBC TG 1001 (CFC, 2021a), o limite de R$ 4.800.000,00 está vinculado ao inciso
II do art. 3º da Lei Complementar n 123/2006 (Simples Nacional) e o limite de R$ 78.000.000,00 está
associado ao art. 13 da Lei n. 9.718/1998 (Lucro Presumido). Se o limite das referidas Leis for alterado,
considera-se também alterado o limite da Norma.
A NBC TG 1001 não pode ser aplicada de forma parcial, exceto quando não houver tratamento
contábil específico para determinada situação. Então, se a NBC TG 1001 não especificar como
contabilizar um evento, o profissional contábil deve recorrer à NBC TG 1000 (R1) e se a NBC TG 1000
(R1) não descrever como contabilizar, o profissional contábil deve adotar os CPCs de maneira geral.
A NBC TG 1001 não se aplica às entidades que possuem responsabilidade pública de prestação
de contas, como é o caso das companhias abertas e das instituições financeiras que precisam prestar
contas à Comissão de Valores Mobiliários.
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O objetivo das demonstrações contábeis, segundo a NBC TG 1001, é apresentar informações
sobre a situação patrimonial e financeira (BP), o desempenho (DRE) e os fluxos de caixa da entidade,
assim como informações qualitativas em notas explicativas e relatórios adicionais que contribuem
para a tomada de decisões dos usuários. Dessa forma, as demonstrações contábeis obrigatórias para
as empresas de pequeno porte são as seguintes:
a. Balanço Patrimonial (BP);
b. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
c. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
d. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
e. Notas Explicativas (NE), contendo o resumo das políticas contábeis mais relevantes e outras
informações explanatórias.
As informações das demonstrações contábeis devem conter as características qualitativas
(princípios gerais) da compreensibilidade, relevância (materialidade), confiabilidade, primazia da
essência sobre a forma, prudência e comparabilidade. A NBC TG 1001, em relação à NBC TG 1002,
introduziu o princípio da primazia da essência sobre a forma, registrando os eventos com base na
essência, e não apenas na sua forma legal, por exemplo, na depreciação mensal com base na vida útil
real do bem. Agora vamos entender mais algumas particularidades para esse tipo de empresa.
A entidade deve apresentar no BP os grupos do ativo circulante e não circulante, passivo
circulante e não circulante e patrimônio líquido de forma separada, assim como ocorre com os
demais tipos de empresa. No entanto, as contas que compõem o balanço recebem denominações
diferentes das microentidades e que devem ser observadas nas normas. Por exemplo, as
microentidades devem registrar a conta caixa e bancos no ativo circulante, enquanto as pequenas
empresas devem registrar a conta Disponibilidades. Em contrapartida, para as médias empresas, é
adotada a denominação Caixa e Equivalentes de Caixa.
Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), as despesas são agrupadas por função e não
por natureza, o que significa quea empresa não precisa especificar na demonstração quais são as
despesas administrativas (como pessoal, materiais, depreciações, entre outros). A entidade tem a
opção de fornecer informações adicionais por meio de notas explicativas (NBC TG 1001). Ainda, nas
pequenas empresas, a DRE deve iniciar com a receita líquida, e as informações anteriores (receita
bruta e deduções e abatimentos) podem ser explicadas nas notas explicativas, pois essas entidades
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são obrigadas a elaborar essas notas. Em contrapartida, as microentidades devem começar a DRE com
a informação da receita bruta, e a demonstração é apresentada de forma mais detalhada, uma vez
que não é obrigatória a elaboração das notas explicativas.
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) pode ser substituída pela
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Isso ocorre quando há apenas
movimentação das contas de lucros e prejuízos acumulados, ou seja, quando não há integralização de
capital ou movimentação de contas entre reservas (NBC TG 1001).
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) deve ser apresentada pelo método indireto,
baseando-se no resultado líquido do período e analisando a movimentação das contas patrimoniais e
de resultado. A DFC deve detalhar os fluxos de atividades operacionais, de investimentos e de
financiamentos. A NBC TG 1001 especifica, por exemplo, que os juros e dividendos recebidos devem
ser lançados nas atividades de investimentos e os juros e dividendos pagos devem ser registros nas
atividades de financiamos (CFC, 2021a). Essa é uma diferença importante da NBC TG 1000 (R1), pois as
médias empresas devem analisar a característica da operação para realizar o registro.
As Notas Explicativas (NEs) devem conter apenas informações relevantes aos usuários e podem
ser apresentadas em ordem de maior relevância, maior risco ou agrupadas por função na estrutura
patrimonial, com a obrigação de declarar a conformidade com a NBC TG 1001. As demonstrações
devem ser apresentadas de forma comparativa às demonstrações do ano anterior.
Os investimentos feitos por pequenas empresas devem obrigatoriamente ser avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, ao contrário das microempresas, que utilizam o método de custo
para avaliar seus investimentos. A equivalência patrimonial consiste na atualização do valor do
investimento com base em quaisquer mudanças no Patrimônio Líquido da empresa investida, levando
em consideração a participação efetiva do investidor (Santos et al., 2022, p. 99).
A propriedade para investimento das pequenas empresas recebe o mesmo tratamento contábil
das microempresas, ou seja, é reconhecida como imobilizado pelo custo de aquisição, e o valor
registrado não é ajustado ao valor justo ao longo do tempo (NBC TG 1001) (CFC, 2021a).
O imobilizado nas pequenas empresas é reconhecido pelo custo de aquisição e deve ser
depreciado pelo método da linha reta. A depreciação, ao contrário das microempresas, deve ser
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registrada com base na vida útil que melhor represente o uso do imobilizado, ou conforme definido
pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (expediente prático) (NBC TG 1001) (CFC, 2021a).
As partes e peças de substituição do imobilizado nas pequenas empresas devem ser
contabilizadas como despesa no período em que ocorrer a substituição, exceto quando as partes e
peças adicionarem benefícios futuros à entidade. Nesse caso, a entidade deve adicionar o custo ao
bem e baixar o valor contábil das partes substituídas contra o resultado (NBC TG 1001) (CFC, 2021a).
Podemos observar que, nas pequenas empresas, há a opção de incluir as partes e peças de
substituição como parte do ativo imobilizado, enquanto nas microentidades elas devem ser
reconhecidas diretamente no resultado.
Assim como nas microentidades, as pequenas empresas devem registrar os ativos intangíveis
pelo custo de aquisição, e os gastos com pesquisa e desenvolvimento devem ser reconhecidos como
despesa. No entanto, as pequenas empresas devem amortizar os intangíveis de acordo com o
período de vigência dos direitos contratuais ou outros direitos legais. Caso a amortização não possa
ser realizada com base nesses critérios, a vida útil estimada pela administração não deve ultrapassar o
limite de dez anos, e somente poderá ser menor do que cinco anos se devidamente justificado (NBC
TG 1001) (CFC, 2021a).
Conforme a NBC TG 1001, as contraprestações de arrendamentos de pequenas empresas devem
ser contabilizadas como despesa pelo arrendatário e como receita pelo arrendador,
independentemente de serem arrendamentos operacionais ou financeiros, assim como ocorre para as
microentidades (CFC, 2021a).
A classificação de um instrumento como passivo ou patrimônio líquido deve refletir a essência do
acordo contratual. Por exemplo, adiantamentos feitos pelos sócios para aumento de capital devem ser
reconhecidos como patrimônio líquido, uma vez que se entende que esses valores não serão
revertidos. Ainda, a emissão de ações ou outros títulos patrimoniais, as ações ou quotas em
tesouraria, reservas de capital e reservas de lucros devem ser reconhecidos no patrimônio líquido. Já
os valores a serem distribuídos aos sócios devem ser reconhecidos como passivo (NBC TG 1001) (CFC,
2021a).
O tratamento para os tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL) na NBC TG 1001 é semelhante à NBC TG
1002, ou seja, as entidades optantes pelo Lucro Real e Lucro Presumido devem apresentar os tributos
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sobre o lucro na DRE antes do resultado líquido do exercício. E, caso a pequena empresa seja optante
pelo Simples Nacional, ela pode evidenciar os tributos como dedução da receita bruta.
Diante desse contexto, a aplicação das normas contábeis pode ser resumida conforme
apresentado no Quadro 3.
Quadro 3 – Aplicação das normas contábeis
Tipo de entidade Porte da entidade Norma a ser aplicada Alternativa permitida
Empresas de grande
porte
(Sociedades por Ações)
Ativo total > R$ 240 milhões
ou
Receita bruta anual > R$ 300
milhões 1
Todos os CPCs Não há
Médias empresas
Ativo total até R$ 240 milhões
ou
Receita bruta anual entre R$
78 milhões a R$ 300 milhões
CPC PME (NBC TG 1000 (R1)) Todos os CPCs
Pequenas empresas
Receita bruta anual entre R$
4,8 milhões a R$ 78 milhões
NBC TG 1001
CPC PME (NBC TG 1000 (R1))
ou
Todos os CPCs
Microempresas
Receita bruta anual < R$ 4,8
milhões
NBC TG 1002
NBC TG 1001 ou
CPC PME (NBC TG 1000 (R1))
ou
Todos os CPCs
1. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, art. 3º, parágrafo único
Fonte: Lolatto, 2023.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é responsável pela tradução das Normas
Internacionais de Contabilidade, as IFRS (International Financial Reporting Standards). Os
pronunciamentos emitidos são aplicados, na maioria das vezes, pelas empresas de grande porte, e
quando as NBCs não abordarem determinado assunto. As normas são hierarquizadas de acordo com
o conteúdo apresentado no Quadro 3, quarta coluna.
O profissional da contabilidade deve estar atento a todas as normas e as mudanças que ocorrem
constantemente a fim de que as informações representam a real situação econômico-financeira da
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empresa.
TROCANDO IDEIAS
Vamos supor que você tenha uma indústria que produza produtos de higiene. A empresa está
enquadrada como EPP pela LC 123/2006. Então, ao realizar um estudo sobre o regime tributário mais
vantajoso, você identifica que o Simples Nacional gerará um ônus tributário menor. A indústria
apresenta um faturamento bruto mensal de R$ 100.000,00 e deve aplicar o Anexo II da referida Lei.
Sendo assim, apure o valor do DAS mensal a recolher com base nos dados apresentados a seguir:
Quadro 4 – Alíquotas
Receita Bruta em12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00
Fonte: Brasil, 2006, Anexo II.
Quadro 5 – Partilha do Simples Nacional
Faixas
Percentual de Repartição dos Tributos
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS
1a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
2a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
3a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
4a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
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5a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
6a Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% -
Fonte: Brasil, 2006, Anexo II.
NA PRÁTICA
Agora que conhecemos um pouco sobre as regras tributárias, societárias e contábeis das micro e
pequenas empresas, que tal exercitarmos os conhecimentos adquiridos?
Questão 1 – Sobre o MEI
A Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, é a principal lei das micro e pequenas
empresas. A instituição dessa lei favoreceu as empresas que se encontram em situação de
irregularidade, pois tornou o processo de abertura e tributação mais simples. O Microempresário
Individual (MEI) é uma das figuras mais beneficiadas com a lei.
Nesse sentido, analise as assertivas a seguir sobre os benefícios de ser MEI e assinale a alternativa
correta.
I. O tributo mensal a pagar é fixo e está associado a atividade desenvolvida.
II. A contabilidade e a emissão de nota fiscal não são obrigatórias.
III. Há a possibilidade de contratar no máximo dois empregados.
IV. Há cobertura previdenciária do INSS.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d. Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Questão 2
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Considere que uma empresa comercial aufere receita bruta mensal igual a R$ 110.000,00.
Assinale a alternativa que corresponde ao valor do DAS a recolher.
a. R$ 8.455,00.
b. R$ 9.295,00.
c. R$ 9.889,00.
d. R$ 11.770,00.
e. R$ 18.740,00.
Questão 3 – Regras societárias para ME
A Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 3º, parágrafo 4º, estabelece
algumas regras e limites no âmbito societário para as microempresas e empresas de pequeno porte
do Simples Nacional. Quando essas regras não são cumpridas, a empresa é desenquadrada do
Simples Nacional.
Assim, analise as assertivas a seguir sobre os requisitos societários para a empresa ser
enquadrada no Simples Nacional e assinale a alternativa correta.
I. A empresa não pode ter em seu capital participação de outras empresas.
II. A empresa não pode ter sede no exterior e filial no País.
III. A empresa não pode ser sócia do capital de outra pessoa jurídica.
IV. A empresa não pode constituída sob a forma de cooperativas de consumo.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
e. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Questão 4 – Regras contábeis para ME
De acordo com a NBC TG 1002, o objetivo das demonstrações contábeis consiste em apresentar
informações sobre a posição financeira (balanço patrimonial) e o desempenho (resultado) da
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empresa. Dessa forma, as informações devem atender às características qualitativas (princípio gerais)
da compreensibilidade, relevância (materialidade), confiabilidade, prudência e comparabilidade.
Sendo assim, analise as assertivas a seguir sobre os princípios gerais e assinale a alternativa
correta.
I. O princípio da relevância prevê que as informações contábeis devem ser capazes de fazer a
diferença na tomada de decisões.
II. O princípio da confiabilidade determina que a informação contábil não deve ser tendenciosa.
III. O princípio da comparabilidade estabelece que os ativos e receitas devem ser mensuradas pelo
menor valor e os passivos e despesas pelo maior valor.
IV. O princípio da prudência determina que as informações podem ser comparadas ao longo do
tempo ou com outras entidades do mesmo setor.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
e. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
FINALIZANDO
Nesta etapa, estudamos sobre obrigatoriedades contábeis e tributárias para Microempresário
Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Conhecemos as normas
aplicáveis e modelos e planos de contas e de demonstrações contábeis.
Os temas tratados nesta etapa foram os seguintes:
Obrigatoriedades contábeis e tributárias (obrigações acessórias) para MEI, ME e PMEs;
LC 123 - Regras societárias para ME;
LC 123 - Regras tributárias para EPP;
NBC TG 1002 – Regras contábeis para ME;
NBC TG 1001 – Regras contábeis para EPP.
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Posteriormente, estudaremos sobre as regras de elaboração e apresentação das demonstrações
contábeis das médias empresas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 15 dez. 2006.
BRASIL. Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 22 dez. 2008.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 17 dez. 1976.
BRASIL. Comitê Gestor do Simples Nacional. Resolução CGSN n. 140, de 22 de maior de 2018.
Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 maio 2018.
BRASIL. Lei n. 12.814, de 16 de maio de 2013. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília,
DF, 17 maio 2013.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG 1000 (R1). Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 1 nov. 2016.
_____. NBC TG 1001. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 dez. 2021.
_____. NBC TG 1002. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 dez. 2021.
LEMES JR, A. B.; PISA, B. J. Administrando Micro e Pequenas Empresas – Empreendedorismo e
gestão. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
MARION, J. C. Contabilidade básica. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2022.
SANTOS, A. dos et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades: de
acordo com as normas internacionais e do CPC. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2022.
VIDO, E. Curso de direito empresarial. São Paulo: SaraivaJur, 2022.
GABARITO
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Resposta do exercício da seção Trocando Ideias
Quadro 6 – Apuração do Simples Nacional – Indústria
Faturamento mensal R$ 100.000,00
Receita bruta acumulada 12 meses R$ 1.200.000,00
Anexo I – alíquota nominal 11,20%
Valor a deduzir R$ 22.500,00
Alíquota efetiva
 
Valor a pagar no DAS (R$ 100.000,00 x
9,33%)
R$ 9.325,00
Fonte: Lolatto, 2023.
Gabarito dos exercícios da seção Na prática
Questão 1
Correta: d. Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
Dentre as vantagens do MEI, temos:
Facilidade no processo de abertura da empresa;
Custo mensal reduzido a valores fixos (tributação);
Declaração anual simplificada;
Cobertura previdenciária do INSS, como aposentadoria, auxílio doença, auxilio maternidade,
auxilio reclusão e pensão pormorte para a família;
Possibilidade de contratar um empregado;
Crédito facilitado;
Contabilidade e emissão de nota fiscal não são obrigatórias.
Questão 2
Correta: c. R$ 9.889,00.
Quadro 7 – Apuração do Simples Nacional – Comércio
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Faturamento mensal R$ 110.000,00
Receita bruta acumulada 12 meses R$ 1.320.000,00
Anexo I – alíquota nominal 10,70%
Valor a deduzir R$ 22.500,00
Valor a pagar no DAS (R$ 110.000,00 x 8,99%) R$ 9.889,00
Questão 3
Correta: d. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
A empresa, para aderir ao Simples Nacional, não pode ter em seu capital participação de
outras empresas; não pode ter sede no exterior e filial no país; não pode ser sócia do capital de
outra pessoa jurídica; e não pode ser constituída sob a forma de cooperativas, com exceção as
de consumo.
Questão 4
Correta: a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
O princípio da relevância prevê que as informações contábeis devem ser capazes de fazer a
diferença na tomada de decisões. O princípio da confiabilidade determina que a informação
contábil não deve ser tendenciosa. O princípio da prudência estabelece que os ativos e receitas
devem ser mensuradas pelo menor valor e os passivos e despesas pelo maior valor. O princípio
da comparabilidade determina que as informações podem ser comparadas ao longo do tempo
ou com outras entidades do mesmo setor.
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