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Emergência de Pequenos Animais Drogas vasoativas · · Utilizada em casos de hipotensão na maioria das vezes O que é hipotensão? · Alteração da função cardiovascular observada durante o transoperatório e situações emergenciais. · Força propulsora cardíaca e resistência periférica total. O que leva a um quadro de hipotensão? · Afecções cardiovasculares; · Condições inerentes ao período trans operatório; · Choque; · Fármacos utilizados durante anestesia geral. Como devemos agir durante um caso de hipotensão? · Instituir protocolo diagnostico-terapêutico específico ao estado clínico, além da causa base da hipotensão determina o restabelecimento da perfusão tecidual adequada e a manutenção da função circulatória. Pressão arterial · Débito cardíaco X resistência periférica total · A pressão sanguínea no sistema arterial é gerada e mantida através da relação entre: 1. Força propulsora cardíaca; 2. Capacidade de dilatação elástica da aorta; 3. Resistência ao fluxo de sangue exercida. Qual a função do sistema arterial · Distribuir sangue aos leitos capilares, por todo corpo; · Artérias: transportam o sangue, sob alta pressão, para os tecidos; · Arteríolas: condutos pelos quais o sangue é liberado para os capilares. Quando podemos caracterizar um quadro de hipotensão? · Em pequenos animais, a PAM abaixo de 60 mmHg, por ser a PAM necessária para promover adequada perfusão. Valores fisiológicos · Cães: PAS (<140mmHg) · Gatos: PAS (<140mmHg) Regulação à curto prazo · Oxigenação tecidual é determinante no tônus arterial; · Mecanismo de auto regulação miogênica; Endotélio: tem função endócrina que modula a motricidade vascular. · Angiotensina II e os prostanóides. · Temperatura: é um fator de ação local, o resfriamento do sangue deprime a atividade miogênica do músculo liso vascular; · Os neurônios simpáticos e parassimpáticos: liberando neurotransmissores adrenalina, noradrenalina e acetilcolina; · Barorreceptores. Regulação à longo prazo · Rins: Exercem papel predominante na regulação na PA → aumento da pressão arterial por meio de alterações no volume de líquido extracelular; · Sistema: renina-angiotensina-aldosterona · A Angiotensina II promove o aumento de PA pela vasoconstrição intensa, em muitas partes do corpo, incluindo · Constrição venosa = Aumento da pré-carga cardíaca; · Diminuição da excreção de sal e água pelos rins. Monitoração: direta X indireta · Doppler, Oscilométrico, Circuito de Pressão Arterial Invasiva O que são drogas vasoativas? · Fármacos que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses, com respostas dose dependentes rápidas e curtas, por meio de receptores localizados no endotélio vascular. · Qual a sua principal função? · As drogas vasoativas possuem ação principalmente voltadas, aos parâmetros que regulam o DC. · DC = VS X FC · O VS depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga) · Quando devemos utilizá-la? · Em tese, inicia-se a utilização de drogas vasoativas quando a ressuscitação hídrica não obtiver melhora clínica · Quais são e como funcionam? · Dopamina: é o precursor imediato da noradrenalina. Age através da estimulação direta nos receptores Beta 1 e indiretamente nos demais receptores através da liberação noradrenalina. Indicado quando há baixo débito com volemia controlada ou aumentada, devido efeito vasodilatador renal. · Doses de cães e gatos: 1 a 10mcg/kg · Dobutamina: ação predominante em Beta 1, é inotrópica seletiva com pequeno efeito vascular periférico. Não depende de reservas liberáveis de noradrenalina. Indicada para melhorar o desempenho cardíaco. Como em situações de choque cardiogênico, ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva). · Doses de cães e gatos: 1 a 20mcg/kg/min. · Adrenalina: é um hormônio endógeno, liberado em resposta ao estresse. Potente estimuladores de Alfa e Beta adrenérgicos, com notáveis ações sobre o miocárdio, músculos vasculares e outros músculos lisos. · O mecanismo de elevação da PA é devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular (inotropismo positivo), um aumento da frequência cardíaca (cronotropismo positivo) e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares. · Indicada em choque circulatório, choque cardiogênico, tratamento de anafilaxia, e manobras de RCP. · Doses de cães e gatos: 0,01mg/kg (baixa) OU 0,1mg/kg (alta). · Noradrenalina: é um neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da adrenalina. Atividade no receptor Alfa e Beta 1 adrenérgico, com pouca ação em Beta 2. · Aumenta volume sistólico, diminuição reflexa da FC e importante vasoconstrição periférica. · É a droga de eleição no choque séptico. · Doses de cães e gatos: 0,1 a 0,6mcg/kg/min. Prova de carga · A prova de carga de carga consiste na administração de solução de Ringer Lactato na dose de 10-15 ml/kg de 10 a 15 minutos. · A intenção dessa manobra é reestabelecer a volemia · Muito utilizada como gatilho inicial de resgate à pressão, antes da utilização de fármacos, se for pertinente o uso da mesma Solução hipertônica – salgadão · A solução hipertônica de cloreto de sódio a 7,5% é indicada em emergências no tratamento de choque hemorrágico, traumático e séptico. Ocorre a restauração da pressão arterial, do débito cardíaco e da oferta de oxigênio. · Efeito transitório, dura em torno de 30 minutos · Dose: 4-6ml/kg · Solução preparada na proporção de 35% de NaCl20% + 65% de Solução fisiológica (NaCl 0,9%) Anotações durante a aula · Droga vasoativa nunca se utiliza de primeira opção, pois nem sempre é uma causa só. · DC= VS x FC · Pré carga – volume circulante · Contratilidade · Pós carga Prova de carga? - Estabelecer volemia, se funcionar, pode ficar sem usar droga vasoativa, se não der certo, começa a administrar as drogas, de forma gradual, até chegar na ideal. · Efedrina – somente duas doses, se não der certo – next Dobuta + Nora = combinação de fármacos em casos de sepse, com FC baixa, vai diminuir a utilização a nora (vasoconstrição) e a dobuta sustenta até poder retirar as duas Conotropismo Adrenalina – escalonar dose se o animal estava em bradicardia e a norepinefrina não fez efeito e o animal parou Anotações Paulo · Cadela, piometra rompida a 24: taquicardia, hipotérmica e hipotensa. Droga vasoativa – aquecer, prova de carga (2x), nora, avaliar o coração? · Prova de carga, aquecer, hidrata. Inicia com efedrina, se não resolver – nora, avalia o coração, se há boa contratilidade, se não, associa nora com dobuta, se não, tenta o salgadão. · Cão, aumento de volume abdominal, prostado a 2h30min, cardiopata com leve bradicardia, qual a conduta? · Dobuta – ele é cardiopata, avaliar se pode usar. Como é cardiopata – não usar (opções: nora, efedrina...) · Norepinefrina · Prova de carga (avaliar volemia) · RUPTURA DO BAÇO -
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