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a célula • definicao É a unidade estrutural e funcional fundamental dos seres vivos. Pode existir isoladamente, nos seres unicelulares, ou formar arranjos ordenados, os tecidos, que constituem o corpo dos seres pluricelulares. Existem duas classes de célula: as procariontes (pro primeiro, e cario, núcleo), cujos cromossomos não são separados do citoplasma por membrana, e as eucariontes (eu, verdadeiro, e cario, núcleo), com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. célula procariontes • definicao As células procariontes são caracterizadas pela escassez de membranas. Nelas, geralmente a única membrana existente é a membrana plasmática. Ao contrário das células eucariontes, as células procariontes não contêm membranas que separam os cromossomos do citoplasma. Os seres vivos que têm células procariontes são denominados procariotas; essas células constituem as bactérias (as cianofíceas, ou algas azuis, também são bactérias). • Estrutura celular A célula é separada do meio externo por uma membrana plasmática semelhante à que envolve as células eucariontes. Por fora dessa membrana existe uma parede rígida. Conforme a bactéria, a espessura dessa parede é muito variável. o Parede bacteriana: tem, sobretudo, função de proteção mecânica, é rígida e é composta por duas camadas: uma interna de peptidoglicano e outra conhecida como membrana externa. O peptidoglicano é uma macromolécula contínua composta por carboidratos não usuais unidos por peptídeos curtos. Já a membrana externa é uma bicamada de lipoproteínas e lipossacarídios semelhante à estrutura da membrana plasmática. Um dos complexos proteicos presentes na membrana externa é conhecido como porina, por formar um canal transmembranoso que possibilita a livre difusão dos solutos. o Membrana plasmática: é uma estrutura lipoproteica que atua como barreira aos elementos presentes no meio circundante. Essa membrana, ao controlar a entrada e a saída dos solutos, contribui para estabelecer um meio perfeitamente regulado no protoplasma da bactéria. o Ribossmos: no protoplasma são encontradas partículas denominadas ribossomos, constituídas por ácido ribonucleico (RNA) e proteínas. Os ribossomos têm uma subunidade grande e outra pequena. Encontram-se agrupados em polirribossomos e neles ocorre a síntese proteica. Além disso, o protoplasma contém água, íons, outros tipos de RNA, proteínas estruturais e enzimáticas, diversas moléculas pequenas etc. o Cromossomo bacteriano: é uma molécula circular única de DNA não recoberto, compactamente dobrado dentro do nucleoide. célula eucariotos • definicao A célula eucariótica é maior e estruturalmente mais complexa do que a célula procariótica. Característica Procariótica Eucariótica Tamanho da célula 0,2 - 2μm 10 - 100μm Núcleo Geralmente sem membrana nuclear ou nucléolo Núcleo verdadeiro, consistindo em membrana nuclear e nucléolo Organelas revestidas por membrana Relativamente poucas Presentes Flagelo Consistem em dois blocos construtivos de proteína Complexos, consistem em múltiplos microtúbulos Glicocálice Presente como cápsula ou camada limosa Presente em algumas células sem parede celular Parede celular Geralmente presente; complexa do ponto de vista químico (peptideoglicano) Quando presente, quimicamente simples (celulose e quitina) Membrana plasmática Carboidratos e geralmente não apresente esteróis Esteróis e carboidratos, que servem como receptores Citoplasma Citoesqueleto; ausência de fluxo citoplasmático Citoesqueleto; presença de fluxo citoplasmático Ribossomos Tamanho menor (70S) Tamanho maior (80S); tamanho menor (70S) nas organelas Cromossomo (DNA) Geralmente um único cromossomo circular e sem histonas Múltiplos cromossomos lineares com histonas Divisão celular Fissão binária Envolve mitose Recombinação sexual Nenhuma; somente transferência de DNA Envolve meiose membranas celulares • Estrutura e composicao A estrutura básica das membranas celulares corresponde a uma dupla camada lipídica. Elas contêm importantes quantidades de proteínas. Contém de 2 a 10% de carboidratos que se encontram ligados covalentemente a lipídios e proteínas da membrana, ou seja, como glicolipídios e glicoproteínas. Quando encontrados na face externa da membrana formam glicocálice que tem por função: proteger a superfície da célula de agressões mecânicas e químicas, atrair cátions do meio extracelular, para processos de reconhecimento celular. • funcoes o Manutenção de constância do meio intracelular, que é diferente do extracelular; o Permeabilidade seletiva: controle da movimentação de substância para dentro e para fora da célula; o Receptores: reconhecimento de outras células ou moléculas específicas (ex.: hormônios); o Inibição por contato; o Estabelecimento de sistemas de transporte; o Tradução de sinais extracelulares. • Propriedades o Mosaico fluido: capacidade das proteínas girarem em torno de seus próprios eixos e deslocar lateralmente no plano da dupla camada. o Fluidez: seus componentes não ocupam posições definidas e são suscetíveis de deslocações. o Assimetria: as cargas elétricas se distribuem diferentemente. Em geral a carga negativa tem a face para o citoplasma. o Permeabilidade: impermeável a íons e diferentemente permeável às outras moléculas e à água e gases. • Transporte - movimentos Mediados o Difusão facilitada: ocorre a favor do gradiente sem o gasto de energia. Responsável pela passagem de moléculas hidrofílicas, como açucares e aminoácidos. Uma molécula solúvel, como a glicose, se liga à superfície da membrana, a uma proteína chamada de carreadora ou permeasse, sofrendo mudanças conformacionais. o Transporte ativo: ocorre contra o gradiente de concentração e é feita por proteínas transmembrana chamadas ATPases ou bombas. Quebram ATP e liberam energia. Transporta sempre íons e moléculas polares, como glicose e aminoácidos. Não mediados o Osmose: passagem de H2O do meio hiptônico para o meio hipertônico, através da membrana semipermeável, sem gasto de energia. o Difusão simples: movimento de substância a favor do gradiente de concentração, não há gasto de energia, nem intervenção de moléculas transportadoras. Transporta gases, moléculas lipossolúveis, solvente orgânicos e pequenas moléculas polares não carregadas. • Transporte de quantidade Transporte de macromoléculas ou células inteiras através da membrana. o Endocitose: processo pelo qual a membrana plasmática engloba líquidos, macromoléculas e partículas do meio extracelular. Esse material é encerrado no interior de uma vesícula endocítica e o processo compreende dois mecanismos: o Pinocitose: a célula ingere líquidos e pequenas moléculas por invaginações da membrana plasmática formando vesículas denominadas pinossomos. o Fagocitose: a célula ingere grandes partículas, como microrganismos e fragmentos de células, pela emissão de pseudópodes. A vesícula é chamada de fagossomo. o Exocitose: consiste na eliminação de certas quantidades de material pela célula, como corpos residuais ou vacúolos excretores ou vesículas de secreção. • Juncoes celulares São especializações da membrana plasmática que ocorre entre células vizinhas ou entre célula matriz extracelular que permitem a integridade tecidual. citoplasma • composicao O citoplasma das células eucariontes contém as organelas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos e peroxissomos. O conceito de organela não é bem definido; varia um pouco de um autor para outro. Alguns consideram organelas apenas asestruturas envolvidas por membrana, como as mitocôndrias e os lisossomos, por exemplo; outros admitem como organelas todas as estruturas intracelulares presentes em todas as células e que desempenham funções bem definidas, mesmo que não sejam delimitadas por membrana (p. ex.: centrossomos, corpúsculos basais dos cílios). Além das organelas, o citoplasma pode apresentar depósitos de substâncias diversas, como grânulos de glicogênio e gotículas lipídicas. citoesqueleto • composicao É uma estrutura celular composta por um conjunto de três tipos de filamentos proteico: o Filamento de actina: mantém o vigor e a fórmula celular, colaboram na movimentação e funções da membrana e contração celular. o Filamento intermediários: mantém as organelas celulares no lugar. o Microtubulos: da forma a célula, e participa do movimento dos cromossomos durante a divisão celular. • funcoes o Manutenção e organização celular, tanto em sua forma quanto em seu conteúdo. É responsável também pela movimentação das células; o Possibilita o movimento circular do citoplasma no interior, atuando no processo de transporte de substâncias; o Permite a união das células; o Atua no processo de contração musculas (capaz de convergir energia química em forma de ATP em energia mecânica). retículo endoplasmático • composicao É organizado em um labirinto de túbulos ramificados e de vesículas achatadas que estendem através do citosol. Tem papel na síntese de lipídeos e proteínas, servindo como fonte de armazenamento de Ca2+. • Reticulo endoplasmatico rugoso (RER) Possui ribosssmos aderidos a sua cisterna e está relacionado com a síntese proteica. As membranas do RER são lipoprotéicas e assimétricas. o Síntese proteíca: se inicia no citoplasma com destino determinado pelo sinal de distribuição. As proteínas são importadas pelas organelas por 3 mecanismos diferentes, todos com gasto de energia, sendo o transporte por poros nucleares o principal No processo de importação de moléculas pelo núcleo, a molécula a ser importada contém um sinal de localização nuclear (SLN) que é reconhecido pela importina e se liga a ela. O complexo importina-molécula importado liga-se às sequências FG das Nup (1), que funcionam como trilhos e fazem a translocação do complexo através do canal central do poro (2 e 3). No interior do núcleo (4), a RanGTP liga-se à importina, fazendo com que ela libere a molécula importada no nucleoplasma. Já o processo de exportação se inicia quando a molécula a ser exportada, contendo um sinal de exportação nuclear (SEN), é reconhecida pela exportina, liga- se a ela e à RanGTP (1). Esse complexo é reconhecido pelas sequências FG das Nup (2) e é translocado através do canal central do poro (3). Já no citoplasma, a Ran, ativada pela RanGAP, hidrolisa o GTP, assumindo a configuração RanGDP. A molécula exportada e a exportina são liberadas no citoplasma (4). • ribossomos Os ribossomos livres no citosol são idênticos aos que estão aderentes à face externa do RER, sendo que o que os diferencia é a proteína que estão sintetizando. A localização intracelular de um ribossomo é ditada pela sequência dos primeiros aminoácidos da cadeia polipeptídica, que dele emerge à medida que é sintetizada. • Reticulo endoplasmatico liso (REl) Responsável pela síntese de lipídeos componentes das membranas celulares, como os fosfolipídios, glicolipídios e colesterol, sendo estes sintetizados na face cistólica do REL a partir de uma molécula de glicerol e dias de ácidos graxos, ligadas a coenzima A. Alguns lipidos são sintetizados inicialmente no REL e depois completados no Golgi, e a exportação é feita através de vesículas COPII para a superfície cis de Golgi. complexo de Golgi • composicao Conjunto de cistenas empilhadas e rodeadas por numerosas vesículas, sua principal função é produzir glicoproteínas e proteoglicanos. As moléculas proteicas chegam ao CG pela incorporação de vesículas de transporte, advindas do RER, na face cis. Saí migram, também através de vesículas transportadoras, para as cisternas medianas, e finalmente, para a cisterna trans, de onde serão endereçados à membrana plasmática, aos lisossomos, ao RE ou ao próprio Golgi. lisossomos • composicao Organelas intracelulares presente em organismos eucariotos, delimitados por membrana e cheios de enzimas hidrolíticas ácidas, cuja principal função é a digestão celular. peroxissomos • composicao São geralmente esféricos, e se encontram próximos a mitocôndrias. São responsáveis pela degradação de peróxido de hidrogênio sob a ação da enzima catalase. 〖2𝐻〗_2 𝑂_2 →〖2𝐻〗_2 𝑂 + 𝑂_2 Ainda, atuam na quebra dos ácidos graxos em acetil Co-A nas mitocôndrias, e na degradação do ácido úrico. mitocôndria • composicao As mitocôndrias têm a responsabilidade de transportar energia para as células. Os aspectos dessa organela podem variar de forma, tamanho e a quantidade. Elas são encontradas em células presentes no coração, nos sistemas nervoso e muscular. A mitocôndria apresenta composições e estruturas formadas por membranas. A membrana interna é formada por dobras que constituem as cristas mitocondriais. Já a membrana externa tem como característica o aspecto liso e é composta por lipídios e proteínas chamadas de deporinas. A membrana interna e a externa têm na composição bicamadas de fosfolipídios e proteínas. Porém as duas possuem propriedades diferentes. As mitocôndrias tem na estrutura partículas sintetizadoras, matriz, espaço intermembranoso, ribossomos, cristas, grânulos, DNA próprio (chamado também de DNA mitocondrial) e a membrana externa e a interna. • respiracao celular A respiração celular corresponde a um processamento químico que acontece no interior das células. O objetivo é gerar energia para o organismo. Essa ação é classificada de duas formas: aeróbica ou anaeróbica. A respiração celular aeróbica é feita por grande parte dos seres vivos. Ela é caracterizada por ter a presença de oxigênio. Já a respiração celular anaeróbica acontece sem a presença de oxigênio. No interior da mitocôndria ocorre a respiração celular. Esse processo ocorre quando as moléculas orgânicas reagem com o gás oxigênio e resulta em gás carbônico e água, e libera energia. Ao ocorrer a liberação da energia, as moléculas de adenosina trifosfato, conhecidas como ATP fazem a armazenagem para fornecer energia para as células. Todo o processo é representado através da expressão química abaixo: 𝐶_6 𝐻_12 𝑂_6 + 𝑂_2 →〖6𝐶𝑂〗_2 +〖6𝐻〗_2 𝑂 + 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 O processo químico é resultado de ações que contêm enzimas e coenzimas. Essas realizam oxidações na molécula de glicose. As mitocôndrias são encarregadas por procedimentos significativos para conseguir energia para a célula, são eles: cadeia respiratória, Ciclo de Krebs e ß- oxidação de ácidos graxos. núcleo • composicao Ocupa 10% do volume total da célula e nele se encontra o DNA. Se encontra invidualizado do citoplasma pelo invólucro nuclear. Os diversos tipos de RNA são sintetizados no núcleo, e exportados através de poros. • envoltorio nuclear (carioteca) É composto por 2 membranas concêntrica, que se unem ao nível dos poros. A membrana nuclear interna é sustentada pela lamínula nunclear, que é uma malha delgada de filamentos laminares entrecruzados. Ela interrompe-se na altura dos poros. Algumas proteínas integrais servem de ancoragem para os filamentos laminares. • membranas nucleares o Membrana nuclear externa (MNE): presença de polirribossomos à superfície. o Membrana nuclear interna (MNI): apresenta características únicas de associação com a lâmina nuclear e com a cromatina ou cromossomos. • Complexo poro Ponto de fusão entre as MNI e MNE. É o local onde ocorre o transportede proteínas, RNA e suas combinações, entre o núcleo e o citoplasma. • Lamina nuclear Mantém a forma e da suporte ao invólucro nuclear. Ligação das fibras de cromatina ao invólucro nuclear; e reorganização e desorganização do invólucro nuclear na interfase e na mitose. • Nucleoplasma Solução aquosa de enzimas como RNA polimerase, DNA polimerase/ligase/topoisomerase, helicase, assim como RNAs, nucleosídeos e íons. É onde mergulhados os nucléolos e a cromatina. • nucleolo Sua principal função é produzir ribossomos. E também o local onde outros RNAs são produzidos, como o tRNA. • nucleossoma Unidade fundamental da cromatina. Consiste em uma unidade de DNA dividida em duas espirais, que se enrosca em torno de um disco proteico, composto por proteínas denominadas histonas que são solúveis em água. • cromatina Complexo formado por material genético enrolado em histonas. Nas regiões mais claras, onde a cromatina está menos condensada (eucromatina), nas mais escuras e condensadas (heterocromatina). Os genes ativos estão na eucromatina. • cromossomos DNA dobrado sobre si mesmo. Este enovelamento ajuda no processo de divisão celular, pois assim o DNA fica mais organizado e fácil de ser movimentado pela célula. o Cromátide: cada cromossomo é formado por 2 segmentos em forma de bastão, as cromátides que corresponde a uma cópia de um dos 46 filamentos de DNA que possuímos. ciclo celular • definicao Ciclo celular é o nome dado às diversas modificações que ocorrem em uma célula, desde o seu surgimento até a sua divisão em duas células- filhas. A interfase e a mitose constituem as principais fases do ciclo celular. • Fases O ciclo celular é formado por duas fases: interfase e mitose. A interfase corresponde à maior parte do ciclo, sendo um momento de grande atividade metabólica e também de crescimento celular. A mitose, por sua vez, é mais curta e é quando se observa a divisão da célula em duas células-filhas. • interfase A interfase é quando a célula apresenta intensa atividade, sendo a mitose precedida e sucedida por ela. A interfase pode ser subdividida em três fases: G1, S e G2. o G1 (primeiro intervalo): ocorre logo após a mitose. Nesse período, observa-se a síntese de RNA, proteínas e organelas celulares, sendo considerada uma etapa de grande atividade. A célula recupera seu volume nesse momento, sendo observado um grande aumento de tamanho celular. É também quando se encontra o chamado ponto de restrição, que impede que células com material genético danificado, por exemplo, continuem o ciclo. A fase G1 é, geralmente, curta em tecidos que apresentam grande renovação; já nos tecidos que não se renovam, as células saem de G1 e entram numa fase chamada de G0. o S (fase de síntese): seu principal evento é a duplicação do DNA. o G2 (segundo intervalo): observa-se o acúmulo de energia necessária para a realização da divisão celular. Além disso, ocorre a verificação da duplicação dos cromossommos e de possíveis danos no DNA reparados. É também nesse momento que a tubulina, necessária para a formação dos microtúbulos, é sintetizada. • mitose É um processo de divisão celular em que a célula-mãe dá origem a duas células-filhas, com mesmo número de cromossomos da célula que as originou. Esse processo pode ser dividido, didaticamente, em cinco etapas, as quais ocorrem continuamente. o Prófase: observa-se a presença dos cromossomos duplicados como duas cromátides-irmãs unidas pelo centrômero. Inicia-se a formação do fuso mitótico, formado por microtúbulos que partem do centrossomo e são responsáveis por garantir a movimentação dos cromossomos durante a mitose. Nessa fase os nucléolos desaparecem. o Prometáfase: observa-se a fragmentação da membrana nuclear e uma maior condensação dos cromossomos. Os microtúbulos ligam-se em regiões especiais do cromossomo denominadas cinetocoro. o Metáfase: os cromossomos estão dispostos no plano equatorial da célula. Eles migram para essa região graças à ação dos microtúbulos. Nessa etapa os cromossomos atingem o maior grau de condensação. o Anáfase: as cromátides-irmãs separam-se e migram para cada polo da célula devido ao encurtamento dos microtúbulos. Durante essa etapa, que é a mais curta de toda a mitose, observa-se o alongamento da célula. Ao final, em cada extremidade, será encontrada uma coleção completa de cromossomos. o Telófase: os envoltórios nucleares são reconstruídos, dando origem a dois núcleos. O nucléolo também reaparece, e os cromossomos descondensam-se. Os microtúbulos do fuso desaparecem. Durante as últimas etapas da mitose, ocorre a chamada citocinese, que consiste na divisão do citoplasma. Nela observa-se a formação de um sulco de clivagem que divide a célula em duas. • meiose A meiose é um tipo de divisão celular em que há formação de quatro células-filhas com metade do número de cromossomos da célula-mãe. Nesse processo, ocorrem duas divisões celulares consecutivas, as quais são chamadas de meiose I e meiose II. Na meiose I, temos as seguintes etapas: prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Já na meiose II, temos as etapas: prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II. A meiose I é considerada como a etapa reducional, uma vez que, no final, teremos duas células com metade do conjunto cromossômico original. o Prófase I: fase marcada pela condensação progressiva dos cromossomos, troca de material genético entre cromátides não irmãs, formação do fuso (feixe de microtúbulos), quebra do envoltório nuclear e início da migração dos cromossomos homólogos em direção à placa metafásica. Essa fase é geralmente dividida em cinco subfases (leptoteno, zigoteno, paquiteno, diploteno e diacinese). → Leptóteno: nessa etapa verificam- se cromossomos duplicados, formados por duas cromátides irmãs (cada uma das cópias do cromossomo duplicado que estão ligadas entre si) conectadas pelo centrômero, e o início da condensação desses cromossomos. → Zigoteno: os cromossomos pareiam-se com seus homólogos de maneira que os genes ficam alinhados. Como cada cromossomo está duplicado, o par de homólogos possui quatro cromátides. Forma-se nesse ponto um complexo proteico, denominado de complexo sinaptonêmico, que lembra um zíper e mantém os cromossomos homólogos unidos. → Paquiteno: quando o complexo está formado, dizemos que os cromossomos homólogos estão em sinapse e os pares de homólogos associados são chamados de bivalentes. O paquiteno inicia-se quando os cromossomos estão em sinapse. Durante esse emparelhamento, ocorre a permutação (crossing-over), processo que se caracteriza pela quebra das cromátides e a ligação dessas porções ao segmento correspondente na cromátide não irmã. A permutação é importante porque aumenta a variabilidade genética. → Diploteno: o complexo sinaptonêmico desaparece, sendo verificada uma leve separação dos homólogos, mas eles ainda permanecem unidos como consequência da coesão das cromátides irmãs. Nos pontos em que ocorreu a permutação, os cromossomos estão unidos em uma configuração em forma de X, que recebe o nome de quiasmas. → Diacinese: os cromossomos homólogos estão separados, unidos apenas pelos quiasmas. Observam- se, nessa fase, a quebra do envelope nuclear e o desaparecimento do nucléolo. o Metáfase I: verifica-se que os cromossomos homólogos estão dispostos na placa metafásica. Essa disposição é conseguida graças à ação dos microtúbulos, que se ligam aos cromossomos de cada bivalente. Na metáfase I, verifica-se um cromossomo em cada par direcionado para um polo. o Anáfase I: os cromossomos homólogos separam-se e são puxados para polos opostos da célula, sendo guiados pelas fibras do fuso. É importantedeixar claro que, na anáfase I, os centrômeros não se separam e as cromátides irmãs permanecem unidas. A separação é observada exclusivamente nos homólogos. o Telófase I: nessa etapa verifica-se que cada polo da célula apresenta um conjunto haploide completo de cromossomos, os quais estão duplicados. Os cromossomos começam a se descondensar e, em alguns casos, o envelope nuclear volta a se formar. O nucléolo reaparece. A divisão do citoplasma (citocinese) geralmente acontece de maneira simultânea com a telófase, sendo responsável por gerar duas células-filhas. A meiose II é a segunda divisão da meiose, sendo essa etapa considerada equacional. Ela é chamada de equacional porque ocorre apenas a separação das cromátides. o Prófase II: verificam-se a formação das fibras do fuso, a desorganização do envoltório nuclear, caso ele tenha sido reconstruído, e o desaparecimento do nucléolo. Os cromossomos, os quais ainda estão formados por duas cromátides irmãs, iniciam sua movimentação em direção à placa metafásica. Nessa etapa, os cromossomos voltam a se condensar. o Metáfase II: os cromossomos estão alinhados na placa metafásica e os cinetocoros (complexo formado por proteínas e localizado no centrômero) das cromátides irmãs estão ligados aos microtúbulos dos polos opostos. o Anáfase II: os centrômeros separam-se, e as cromátides, agora separadas, migram para os polos opostos. As cromátides, a partir desse momento, ficam como cromossomos individuais. o Telófase II: última etapa da meiose, há uma reorganização da célula. O envoltório nuclear e o nucléolo reaparecem, os cromossomos começam a se descondensar e, ao mesmo tempo em que a telófase ocorre, o citoplasma divide-se (citocinese). Nessa etapa, formam-se duas células-filhas para cada célula que iniciou a meiose II. ácidos e bases de Bronsted • definicao Ácidos: substâncias capazes de doar prótons. Exemplo: HCL, H2SO4, NH4 +, pois podem dissociar-se liberando prótons. Bases: substâncias capazes de receber prótons. • equacao de d11issociacao 𝐻𝐴 → 𝐴 + 𝐻^ + ou 〖𝐻𝐵〗^+→ 𝐵 + 𝐻^ + O íon ou molécula resultante da dissociação é denominado base conjugada do ácido, já que pode receber um próton, convertendo-se novamente no ácido conjugado respectivo. Alguns ácidos dissociam-se totalmente quando em soluções diluídas (ácidos fortes) e outros ionizam-se muito pouco (ácidos fracos) 𝐻𝐴 ⇌ 𝐴 + 𝐻^ + Esta equação indica que, em solução aquosa, o ácido fraco HÁ dissocia-se, produzindo as espécies A e H+ que juntamente com a parte não dissociada, HÁ, compõem um equilíbrio químico. A constante de equilíbrio desta dissociação é: 𝐾_𝑒𝑞 = [𝐴][𝐻^+ ]/[𝐻𝐴] = 𝐾_𝑎 Em reações deste tipo, a contante de equilíbrio é geralmente chamada de constante de dissociação ou de ionização representada por Ka. Quanto menor o valor de Ka, mais fraco será o ácido e mais forte será sua base conjugada. O pKa é análogo ao pH e é definido pela equação: 〖𝑝𝐾〗_𝑎 = 𝑙𝑜𝑔 1/𝐾_𝑎 = −𝑙𝑜𝑔𝐾_𝑎 Quanto mais forte a tendência de dissociar um próton, mais forte será o ácido e mais baixo será seu pKa. • ionizacao da agua O grau de ionização da água no equilíbrio é baixo e sua constante de equilíbrio para ionização reversível da água é: 𝐾_𝑒𝑞 = [𝐻^+ ][〖𝑂𝐻〗^− ]/(〖[𝐻〗_2 𝑂]) Kw = 10 -14 M2 (produto iônico da água). Este é a base para a escala de pH, que é definido pela expressão: 𝑝𝐻 = 𝑙𝑜𝑔 1/[𝐻^+ ] = −log [𝐻^+ ]sistema tampão • definicao Tampões são sistemas aquosos que tendem a resistir a mudanças e pH quando pequenas quantidades de ácido (H+) ou base (OH-) são adicionadas. Um sistema tampão consiste em um ácido fraco (doador de prótons) e sua base conjugada (o aceptor de prótons). Os sistemas tampões são capazes de impedir grandes variações de pH quando da adição de ácidos ou álcalis. O tamponamento resulta do equilíbrio entre duas reações reversíveis ocorrendo em uma solução de concentrações quase iguais de doador de prótons e de seu aceptor conjugado. Sempre que H+ ou OH- é adicionado em um tampão, o resultado é uma pequena mudança no pH. O decréscimo na concentração de um componente do sistema é equilibrado exatamente pelo aumento do outro. A soma dos componentes do tampão não muda, somente sua razão. • tampoes biologicos São aqueles encontrados nos seres vivos, na espécie humana, o pH do sangue é mantido próximo a 7,4, sendo as proteínas, o tampão bicarbonato e tampão fosfato os principais responsáveis pela manutenção desse valor de pH. O efeito tamponante das proteínas é devido aos grupos ionizáveis dos seus resíduos de aminoácidos, que são ácidos fracos, entretanto o pKa da maioria desses grupos é muito distante de 7,4, tornando-os ineficazes como tampões neste pH. Os aminoácidos que apresentam um grupo com pKa compatível com o tamponamento a pH fisiológico são a histidina e cisteína. aminoácidos • definicao Ácidos orgânicos formados por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. São as unidades fundamentais das proteínas. • Estrutura geral São compostos que apresentam, na sua molécula, um grupo amino (− NH2) e um grupo carboxila (–COOH). Diferem uns dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R, que variam em estrutura, tamanho e carga elétrica, e que influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água. • classificacao As propriedades das cadeias laterais dos aminoácidos — principalmente a afinidade pela água — são importantes para a conformação das proteínas e, portanto, para sua função. De acordo com a polaridade do grupo R, os aminoácidos são classificados em duas grandes categorias: aminoácidos apolares (grupo R hidrofóbico) e aminoácidos polares (grupo R hidrofílico). Aminoácidos apolares: têm grupos R com caráter de hidrocarboneto que não interagem com a água e encontram-se frequentemente no interior da molécula proteica. Pertencem a este grupo: glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, metionina, prolina, fenilalanina e triptofano. Aminoácidos polares: têm, nas suas cadeias laterais, grupos com carga elétrica líquida ou gripo com cargas residuais, que os capacitam a interagir com a água. São geralmente encontrados na superfície da molécula proteica. São subdivididos em 3 categorias, de acordo com a carga apresentada pelo grupo R. → Aminoácidos básicos (positivamente): lisina, arginina e histidina. → Aminoácidos ácidos (negativamente): aspartato e glutamato. → Aminoácidos polares sem carga: serina, treonina, tirosina, asparagina, glutamina e cisteína. O carbono α de todos os aminoácidos, com exceção da glicina, é assimétrico, já que está ligado a quatro grupos. Os aminoácidos com carbono α assimétrico apresentam dois isômeros opticamente ativos, os isômeros D e L, que são imagens especulares um do outro. • Ionizacao dos aminoacidos As propriedades das Os grupos amino e carboxila de aminoácidos, em conjunto com os grupos ionizáveis R de alguns aminoácidos, funcionam como ácidos e bases fracos. Quando um aminoácido sem um grupo R ionizável é dissolvido em água em pH neutro, ele permanece na solução como um íon bipolar, ou zwitteríon (do alemão “íon híbrido”), que pode agir como ácido ou base. Substâncias com essa natureza dupla (ácido-base) são anfotéricas. Um simples α-aminoácido monoamino monocarboxílico, como a alanina, é um ácido diprótico quando completamente protonado; ele tem dois grupos, o grupo ¬COOH e o grupo ¬NH3 +, que pode produzir dois prótons: A carga elétrica total da molécula de um aminoácido resulta da soma algébrica das cargas apresentadas pelos seus grupos ionizáveis, as quais, por sua vez, dependem dos valores de seus pKa e do pH do meio. A curva de titulação de um aminoácido monoamínico e monocarboxílico,inicia-se em pH muito baixo, menor do que o pKa do grupo carboxila. Nesta situação, tanto a carboxila quanto o grupo amino estarão protonados, o que confere à maioria das moléculas do aminoácido uma carga líquida positiva. À medida que se adiciona álcali, o valor do pH sobe gradativamente, aumentando a dissociação do grupo carboxila e, consequentemente, a concentração da forma com uma carga negativa e uma positiva, a forma eletricamente neutra. Prosseguindo a adição de álcali, o valor do pH continua aumentando, promovendo a dissociação do grupo amino e o aumento da concentração da forma com carga negativa. peptídeos • definicao Aminoácidos com ligação covalente que podem ocorrer no interior das células e tem função biológica em hormônios e antibióticos. • Estrutura As propriedades da ligação peptídica impõem restrições ao dobramento do polímero formado. Apesar de ser representada por um único traço de ligação, ela tem características intermediárias entre uma ligação simples e uma dupla ligação, devido à ressonância entre duas formas: A consequência desse caráter parcial de dupla ligação é não haver possibilidade de rotação em torno da ligação peptídica, e os quatro átomos dos argumentos que participam da ligação peptídica ficam dispostos em um plano rígido constituindo um grupo ou unidade peptídica. Entretanto, há pontos de dobramento entre as unidades peptídicas graças à possibilidade de rotação em torno das ligações com o carbono α que são ligações efetivamente simples. • classificacao A cadeia polipeptídica pode conter um número variável de aminoácidos Dipeptídio: número de aminoácidos é igual a 2. Tripeptídio: número de aminoácidos é igual a 3. Oligopeptídios: Polímeros contendo até 30 aminoácidos. Polipeptídios: quando o número é maior, podendo chegar a centenas ou milhares. Proteínas: cadeias polipeptídicas que podem ser associadas a uma função. proteínas • definicao São as moléculas orgânicas mais abundantes nas células. Formadas por aminoácidos através das ligações peptídicas, e contêm, geralmente, mais de 50 aminoácidos. • classificacao As proteínas são classificadas como globulares ou fibrosas, segundo sua forma. Proteínas globulares Apresentam uma ou mais cadeias polipeptídicas organizadas em uma forma final aproximadamente esférica; são geralmente solúveis e desempenham funções dinâmicas. Proteínas fibrosas Têm forma alongada e são formadas pela associação de módulos repetitivos, possibilitanto a construção de grandes estruturas. São geralmente insolúveis e desempenham um papel basicamente estrutural nos sistemas biológicos. • funcao As proteínas exercem diversas funções biológicas, como: o Catalise enzimática; o Transporte molecular (proteínas transportadoras); o Nutrição (proteínas nutrientes de armazenamento); o Motilidade do organismo (proteínas contrateis); o Papeis estruturais (proteínas estruturais); o Defesa do organismo (proteínas de defesa); o Regulação (proteínas reguladoras) • niveis de estrutura A organização espacial da proteína é resultante do tipo de aminoácidos que a compõem e de como eles estão dispostos uns em relação aos outros. A sequência dos aminoácidos irá determinar o tipo de interação possível entre as cadeias laterais, que apresentam características de carga, volume e reatividade com a água muito variáveis. → Estrutura primária: refere-se à sequência de aminoácidos da cadeia peptídica, sem levar em consideração outras ligações. Nessas cadeias, o aminoácido correspondente ao terminal nitrogenado, ou seja, o aminoácido contendo o grupo amino livre, é denominado N- aminoácido, e o aminoácido correspondente ao terminal com o grupo carboxila livre é denominado C-aminoácido. Os aminoácidos que compõem a cadeia peptídica podem ser facilmente identificados pela hidrólise total da proteína e separação dos produtos resultantes, sem oferecer a ordem em que esses aminoácidos se situam na cadeia. → Estrutura secundária: descreve as estruturas tridimensionais regulares, formadas por segmentos da cadeia polipeptídica. Duas organizações são particularmente estáveis: o enrolamento da cadeia ao redor de um eixo e a interação lateral de segmentos de uma cadeia polipeptídica ou de cadeias diferentes. Estas conformações são denominadas, respectivamente, α-hélice e folha β-pregueada. A α-hélice e a folha β-pregueada estabilizam-se por ligações de hidrogênio entre o nitrogênio e o oxigênio dos grupos – NH e – C = O, constituintes das unidades peptídicas. A α- hélice é mantida por ligações de hidrogênio formadas entre uma unidade peptídica e a quarta unidade peptídica subsequente; estas ligações dispõem-se paralelamente ao eixo da hélice, contendo em cada volta de 3 a 5 unidades de aminoácidos estabilizadas por ligações de hidrogênio intramolecular. A folha β-pregueada é uma estrutura também mantida por ligações de hidrogênio entre as unidades peptídicas. Neste caso, entretanto, as ligações são estabelecidas entre cadeias polipeptídicas diferentes ou entre segmentos distantes de uma mesma cadeia. → Estrutura terciária: refere-se a posteriores dobras e enrolamentos que as cadeias peptídicas sofrem, resultando em uma estrutura complexa e mais compacta para as proteínas. A estabilização dessa estrutura é atribuída a ligações covalentes de ligações -S-S em proteínas ricas em aminoácidos contendo enxofre, e em ligações eletrovalentes causadas pela atração que as cadeias laterais carregadas positiva e negativamente exercem entre si. → Estrutura quaternária: uma proteína natural pode ser formada por duas ou mais cadeias peptídicas associadas, e nesta associação estão envolvidas as mesmas ligações das estruturas secundárias e terciárias, com exceção das ligações covalentes. Esta formação se dá principalmente devido as superfícies hidrofóbicas das proteínas oligoméricas. • dominios e motivos A estrutura terciária pode apresentar padrões de elementos estruturais que se repetem em proteínas diferentes, chamados de domínios e motivos. As regiões denominadas como domínios são regiões diferenciadas da molécula com organização espacial compacta e formada por dobramentos da cadeia polipeptídica. Desempenham funções especificas em inúmeras reações do metabolismo. Os motivos são diferentes formas de organização da estrutura secundária das proteínas globulares e cada motivo tem um padrão dobramento característico que envolve a interação entre segmentos da cadeia peptídica em α-hélice e/ou β-pragueada. • propriedades Fisicas das proteinas Especificidade: cada espécie sintetiza suas próprias proteínas, as quais apresentam estruturas primárias características, sendo que mesmo dentro de uma espécie, pode haver variações entre indivíduos. Solubilidade: depende do número de grupos hidrofílicos e hidrofóbicos, bem como da distribuição desses grupos na molécula. Essa propriedade varia entre limites muito amplos e o comportamento das proteínas com relação a diferentes solventes. As proteínas globulares tendem a expor os grupos R hidrofílicos e a interiorizar grupos R hidrofóbicos, são pouco solúveis em água e tornam-se cada vez mais solúveis a medida que aumenta a concentração de sal da solução. Proteínas fibrosas tendem a apresentar R hidrofóbicos expostos, o que torna possível sua função estrutural. Tamponamento: as proteínas possuem também caráter anfótero, uma vez que são compostos com grande número de cargas positivas e negativas, provenientes dos grupos amínicos e carboxílicos livres dos resíduos de aminoácidos carregados positivamente ou negativamente, e assim têm excelente ação tamponante. Ponto isoelétrico: a carga elétrica total de uma proteína é dada pelo somatório das cargas dos R dos aminoácidos,as quais dependem dos pKas e do pH do meio, e o ponto isoelétrico de uma proteína corresponde ao valor de pH em que a molécula se encontre eletricamente neutra. No pI, as proteínas apresentam um número de R ácidos desprotonados (COO-) igual ao número de R básicos protonados (NH3+). Desta forma, as proteínas apresentarão carga líquida positiva em pH menor que o pI e carga líquida negativa em pH maior que o pI. Desnaturação: a desnaturação diz respeito a perda da funcionalidade da proteína em decorrência de uma alteração conformacional, originada ela ruptura de algumas ligações de sua estrutura. Ela pode ser reversível ou irreversível, e os fatores que podem ocasionar a desnaturação proteica são variações de temperatura, pH, ureia, radiação ultravioleta e solventes orgânicos como a guadina. enzimas • definicao São proteínas com a função específica de acelerar reações químicas que ocorrem sob condições termodinâmicas não favoráveis. Algumas podem requerer um cofator químico para serem ativadas-ligadas. • classificacao As enzimas são classificadas de acordo com as reações que catalisam e possuem diversas maneiras de ser nomeadas, sendo algumas das principais: adição do sufixo “ase” ao nome dos seus substratos” ou uma palavra que descreve sua atividade, em razão de uma função ampla antes que fosse conhecida a reação específica catalisada por elas, baseada no tipo de reação catalisada. Classificação internacional • estrutura Uma enzima completa, cataliticamente ativa junto com a sua coenzima e/ou íons metálicos, é denominada holoenzima. A parte proteica de uma dessas enzimas é denominada apoenzima ou apoproteína. Coenzima: qualquer molécula não proteica cuja associação com uma enzima é indispensável a sua atividade catalítica. • Cinetica quimica A propriedade característica das reações catalisadas por enzimas é que a reação ocorre confinada em um bolsão da enzima denominada sítio ativo. A molécula que liga no sítio ativo e sobre a qual a enzima age é denominada substrato. O contorno da superfície do sítio ativo é delimitado por resíduos de aminoácidos com grupos nas cadeias laterais que ligam o substrato e que catalisam a sua transformação química. A reação enzimática é descrita pela seguinte expressão: 𝐸 + 𝑆 ⇌ 𝐸𝑆 ⇌ 𝐸𝑃 ⇌ 𝐸 + 𝑃 Em que E, S e P representam enzima, substrato e produto; ES e EP são complexos transitórios da enzima com o substrato e com o produto. A função do catalisados é aumentas a velocidade da reação. A catálise não afeta o equilíbrio da reação. A reação 𝑆 ⇌ 𝑃 pode ser descrita por um diagrama de coordenadas da reação que representa a variação de energia durante a reação. No diagrama de coordenadas da reação, a energia livre do sistema é colocada no gráfico em função do progresso da reação. O ponto de partida tanto da reação direta quanto da reação reversa é denominado estado fundamental, a contribuição que uma molécula média (S ou P) fornece para a energia livre do sistema, sob dadas condições do sistema. O equilíbrio entre S e P reflete a diferença entre as energias livres dos seus estados fundamentais. Há uma barreira energética entre S e P: a energia necessária para alinhar os grupos reagentes, para a formação de cargas instáveis transitórias, rearranjos de ligações e ainda outras transformações necessárias para que a reação ocorra em qualquer direção. Para que a reação ocorra, as moléculas devem suplantar essa barreira e atingir um nível de energia mais alto. O topo da curva de energia é um ponto a partir do qual o decaimento para o estado S ou para o estado P tem a mesma probabilidade de ocorrer. Isso é denominado estado de transição. O estado de transição é um momento molecular transitório em que eventos como a quebra de ligação, a formação de ligação ou o desenvolvimento de carga ocorrem com a mesma probabilidade de seguirem tanto para formar novamente o substrato como para formar o produto. A velocidade da reação reflete essa energia de ativação: uma energia de ativação maior corresponde a uma reação mais lenta. A velocidade da reação pode aumentar pela elevação da temperatura e/ou da pressão, o que aumenta o número de moléculas com energia suficiente para suplantar a barreira energética. Os catalisadores aumentam a velocidade das reações por diminuírem as energias de ativação. A energia de ativação é uma barreira energética para as reações químicas. A velocidade na qual uma molécula sofre uma determinada reação diminui à medida que a barreira da reação aumenta. Sem essas barreiras energéticas, as macromoléculas complexas poderiam reverter espontaneamente para formas moleculares mais simples, e as estruturas complexas e altamente ordenadas e os processos metabólicos das células não poderiam existir. O equilíbrio da reação é ligado à variação da energia livre da reação e a velocidade da reação está ligada à energia de ativação, e um equilíbrio como 𝑆 ⇌ 𝑃 é descrito por uma constante de equilíbrio: 𝑘 = [𝑃]/[𝑆] A velocidade de uma reação é determinada pela concentração do reagente e por uma constante de velocidade, normalmente designada por k. Para uma reação 𝑆 → 𝑃, a velocidade da reação (quantidade de substrato que reage por unidade de tempo) é expressa por uma equação de velocidade: 𝑣 = 𝑘[𝑆] Nessa reação, a velocidade depende apenas da concentração de S, sendo uma reação de primeira ordem. O fator k é uma constante de proporcionalidade que reflete a probabilidade de que a reação ocorra em determinado conjunto de condições. Se a velocidade da reação depender da concentração de dois compostos diferentes, ou se a reação for entre duas moléculas de um mesmo composto, a reação será de segunda ordem, e k a constante de velocidade de segunda ordem: 𝑣 = 𝑘[𝑆_1 ][𝑆_2 ] Um fator-chave que afeta a velocidade das reações catalisadas por enzimas é a concentração do substrato, entretanto devido dificuldade do monitoramento da modificação deste durante a conversão de substrato em produto, medir a velocidade inicial em uma reação típica é um método mais simples. Baseando-se nisso e no conceito da formação do complexo ES como intermediário, Michaelis-Menten propuseram uma equação para a velocidade das reações enzimáticas: 𝑣_0 = (𝑣_𝑀Á𝑋 [𝑆])/(𝑘_𝑀 + [𝑆] ) Inibidores Nem todas as reações enzimáticas seguem a teoria clássica de Michaelis-Menten, apresentando muitas vezes problemas de inibições, seja por compostos que podem estar presentes Enzimas: cinética de reações; equação de Michaelis-Menten; inibidores, enzimas alostéricas (256), coenzimas carboidratos - açúcares • definicao São carboidratos poli-hidroxialdeídos ou poli- hidroxicetonas, ou substâncias que quando hidrolisadas liberam estes compostos. Devido a sua insolubilidade, são elementos estruturais e de proteção, lubrificantes das articulações, reconhecimento e coesão entre células. • funcao Nos seres vivos, possuem as seguintes funções: o Alimentos de reserva (amido e glicogênio); o Servem de sustentação (celulose, hemicelulose, quitina, ácido hialurônico); o Participam da estrutura das paredes microbianas; o Servem na defesa (glicoproteínas e imunoglobulinas); o Heparina: anticoagulante do sangue. • estrutura Os carboidratos possuem fórmula empírica: (𝐶𝐻_2 𝑂)_𝑛 • classificacao Os carboidratos são classificados pelo número de unidades componentes em três classes: monossacarídeos, oligossacarídeos ou dissacarídeos e polissacarídeos. monossacarídeos • definicao São os carboidratos mais simples e constituem os demais. São incolores, sólidos cristalinos e solúveis em água. Sua principal característica é sua cadeia carbônica simples, não ramificada. Correspondem a aldeídos ou cetonas com dois oumais hidroxilas, sendo esses geralmente ligados ao centro quiral. Muitos dos átomos de carbono aos quais os grupos hidroxilas estão ligados são centros quirais, o que origina os muitos esteroisômeros de açúcares encontrados na natureza. Os estereroisômeros são muito importantes, pois as enzimas que agem sobre os açúcares preferem estereoisômeros. Seus esteroisômeros são divididos em dois grupos. Quando o grupo hidroxila (-OH- no carbono de referência está à esquerda, o açúcar é L-isômero, e quando está à direita, D-isômero. Açúcares que diferem somente na configuração ao redor do átomo de carbono são chamados epímeros. Os monossacarídeos com cinco ou mais átomos de carbono na cadeia, em geral, ocorrem em soluções aquosas como estrutura cíclica. O átomo de carbono carbonila ou hemiacetal é chamado de carbono anomérico. • agentes redutores Os monossacarídeos são agentes redutores e podem ser oxidados por agente relativamente suaves tais como os íons férrico (Fe3+) e cúprico (Cu2+). oligossacarídeos • definicao São carboidratos formados por um pequeno número de monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas, formadas entre duas hidroxilas e duas moléculas de monossacarídeos, pela exclusão de uma molécula de água. Os oligossacarídios mais comuns são os dissacarídeos. • dissicarideos São constituídos de dois monossacarídeos unidos covalentemente entre si por ligação O- glicosídica, a qual é formada quando um grupo hidroxila de um açúcar reage com o átomo de carbono anomérico de outra molécula de açúcar. Moléculas de lactose (A) e sacarose (B), dois importantes dissacarídeos. A lactose comporta-se como açúcar redutor devido ao carbono 1 do resíduo de glicose livre. polissacarídeos • definicao São polímeros de alto peso molecular, também chamados de glicano, e difere-se entre si na identidade das suas unidades monossacarídicas e nos tipos que as unem. • homopolissacarideos Constituídos por apenas um único tipo de unidade monomérica, são a forma de armazenamento de monossacarídeos, servindo como fonte de energia para as células e compõem os elementos estruturais. Celulose: glicoses polimerizadas por ligações glicosídicas. Carbonos 1(β) e 4 (ligações β – 1,4). Amido: formado por dois tipos de polímeros de glicose. o Amilose: cadeias longas e não ramificadas (ligações α – 1,4). o Amilopectina: cadeia ramificada (ligações α – 1,4), ramificada (ligações α – 1,6). Glicogênio: fonte de energia (ligações α – 1,4), ramificada (ligações α – 1,6). É armazenado nas células animais como grânulos citosólicos, que constituem unidades funcionais dinâmicas: as enzimas necessárias ao seu metabolismo associam-se aos grânulos ou deles se dissociam, dependendo do conteúdo celular do carboidrato. Quitina: resíduos de N-acetil-glicosamina. Carbonos 1(β) e 4 (ligações β – 1,4). • heteropolissacarideos Constituídos por dois ou mais monossacarídeos, e tem função de suporte extracelular nos organismos. lipídeos • definicao Os lipídeos são um grupo de compostos quimicamente diversos, cuja característica em comum que os define é a sua baixa solubilidade ou insolubilidade em água, e solubilidade em solventes orgânicos. São compostos anfipáticos, ou seja, apresentam na molécula uma porção polar, hidrofílica, e uma porção apolar, hidrofóbica. São formados a partir da reação entre ácidos graxos e álcool. • funcao As funções biológicas dos lipídeos são tão diversas quanto a sua estrutura química, podendo atuar como: o Componentes estruturais (fosfolipídios e colesterol); o Armazenamento e transporte de combustível metabólico; o Película protetora (cerídeos); o Isolante térmico (triglicerídeos e esfingomielina). • Formacao de lipideos ácidos graxos • definicao Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos derivados de hidrocarbonetos, com cadeias de comprimento variando de 4 a 36 carbonos, sem ramificações, podendo ser saturada ou conter uma ou mais ramificações. • Estrutura e nomenclatura A nomenclatura dos ácidos graxos não ramificados especifica o comprimento da cadeia e o número de ligações duplas, separados por dois pontos. • Propriedades fisicas Solubilidade em água: quanto maior a cadeia carbônica do ácido graxo e menor o número de duplas ligações da cadeira, menor será sua solubilidade. Ponto de fusão: os saturados têm consistência cerosa e os insaturados são oleosos. Interação entre si: quanto mais longa, maior o grau de interação entre as moléculas. • degradacao de acidos graxos Os ácidos graxos são degradados por meio de sua oxidação, e para que isso ocorra, assim como a glicose, necessitam inicialmente em ser convertidos para uma forma ativada, neste caso, uma acil-CoA. Essa conversão é feita através da enzima acil-CoA sintetases. A acil-CoA presente na matriz mitocondrial é oxidada por uma via denominada β-oxidação ou ciclo de Lynen. Esta via consta de uma série cíclica de quatro reações, ao final das quais a acil- CoA é encurtada de dois carbonos, liberados sob a forma de acetil-CoA. lipídeos de armazenamento • triglicerois Os lipídeos mais simples são os trigliceróis, ou triacilgliceróis, são compostos por dois ou três ácidos graxos diferentes, cada um em ligação éster com uma molécula de glicerol. São compostos essencialmente apolares, pois as hidroxilas polares do glicerol e os carboxilatos polares dos ácidos graxos estão em ligações éster. São compostos apolares, e por isso, possuem caráter hidrofóbico, armazenado nas células de forma anidra (sem água). • gorduras x oleos As gorduras animais e os óleos vegetais são misturas de triacilgliceróis, que diferem na sua composição em ácidos graxos. Gorduras animais: ricos em ácidos em graxos saturados, o que atribui uma consistência solida a esses lipídeos à temperatura ambiente. Óleos vegetais: ricos em ácidos graxos insaturados, e à temperatura ambiente, assumem forma líquida. • saponificacao A hidrólise dos triacilgliceróis é feita em meio alcalino (NaOH e KOH), liberando ácidos graxos e glicerol através da saponificação. • Gordura trans O processo de hidrogenação parcial converte muitas das duplas ligações cis dos ácidos graxos em ligações simples e aumenta o ponto de fusão dos óleos vegetais, de forma que eles ficam mais próximos ao estado sólido à temperatura ambiente. Entretanto, algumas ligações duplas cis são convertidas em ligações duplas trans. O consumo de ácidos graxos trans leva uma maior incidência de doenças cardiovasculares pois aumentam o nível de triacilgliceróis e de colesterol LDL no sangue e diminuem o nível de colesterol HDL. lipídeos estruturais em membranas As membranas biológicas são formadas por dupla camada de lipídeos e atuam como barreira à passagem de moléculas polares e íons. Esses lipídeos são anfipáticos, e suas interações hidrofóbicas entre si, bem como as interações hidrofílicas com a água direcionam o seu empacotamento em camadas. • Glicerofosfolipidios Os glicerofosfolipidios são lipídeos de membrana derivados de glicerol que contêm fosforo em sua estrutura (ácido fosfático). Neles, dois ácidos graxos estão unidos por ligação éster ao primeiro e ao segundo carbono do glicerol e um grupo fortemente polar carregado está unido por ligação fosfodiester ao terceiro carbono. Diferem entre si pelo tipo de ácido graxo que ocupa a posição 1 ou 2. • Esfingolipideos Os esfingolipídeos também são lipídeos de membrana, que não possuem glicerol a sua estrutura básica, e sim aminoálcool contendo uma longa cadeia de hidrocarboneto, comumente a esfigosina. Estão presentes nas membranas plasmáticas das células animais, principalmente na bainha de mielina que envolve e isola os axônios de alguma neurônios,as esfingomielinas. • esterois Já os esteróis, são lipídios presentes nas membranas da maioria das células eucarióticas, que em sua estrutura possui quatro anéis fusionados, três com seis carbonos e um com cinco. O colesterol é o principal esterol nos tecidos animais, e apresenta caráter anfipático porque o grupo hidroxila é polar o restante da molécula é apolar. É transportado pelas lipoproteínas plasmáticas. transporte de lipídeos Por serem insolúveis em meio aquoso, os lipídios são transportados em agregados moleculares hidrossolúveis, sendo que em humanos, eles se associam a lipídios anfipáticos e proteínas formando as lipoproteínas plasmáticas, que são partículas esféricas com um núcleo central de lipídios apolares circundado por uma monocamada de lipídios anfipáticos à qual estão associadas moléculas de proteína. VLDL (very low density lipoproteins): origem hepática e transportam triacilgliceois e colesterol para outros tecidos; IDL (intermediate density lipoproteins) e LDL (low density lipoproteins): ricas em colesterol (principal fonte de colesterol para tecidos menos fígado e intestino) HDL (high density lipoproteins): atuam na remoção do colesterol dos tecidos para o fígado. membranas biológicas • definicao e funcao Membranas definem os limites externos das células e controlam o tráfego molecular por esses limites, e em células eucarióticas, dividem o espaço interno em compartimentos para separar processos e componentes. Possibilita a captação de sinais extracelulares participando de processos de reconhecimento e comunicação entre as células. Sua flexibilidade permite mudanças na forma da célula e, em alguns casos, sua locomoção. As membranas são impermeáveis para a maioria dos solutos polares ou carregados, mas são permeáveis a compostos apolares. • composicao As membranas biológicas são compostas por proteínas e lipídios polares, responsáveis por quase toda a massa das membranas biológicas, e carboidratos. Os fosfolipídeos formam uma bicamada na qual as regiões apolares das moléculas lipídicas em cada camada são orientadas para o centro da bicamada e seus grupos polares são orientados para fora, interagindo com a fase aquosa de cada lado. As proteínas estão embebidas nessa lâmina da bicamada, mantidas por interações hidrofóbicas entre os lipídeos de membrana e os domínios hidrofóbicos nas proteínas. As unidades lipídicas e proteicas individuais na membrana formam um mosaico fluido com um padrão que é livre para mudar constantemente. • Interacao entre lipidios anfipaticos Lipídios anfipáticos como os glicerofosfolipídios, esfingolipídios e os esteróis são praticamente insolúveis em água, em quando misturados com essa formam agregados lipídicos, agrupando-se com suas porções hidrofóbicas em contato entre si e com seus grupos hidrofílicos interagindo com a água ao redor. Esse agrupamento reduz a superfície hidrofóbica exposta à água e assim minimiza o número de moléculas da camada de água ordenada da interface lipídeo-água, formando uma estrutura que tem sua geometria determinada pela molécula do lipídio anfipático. Dependendo das condições exatas e da natureza dos lipídeos, três tipos de agregados de lipídeos podem ser formados quando lipídeos anfipáticos são misturados com água: Micelas: estruturas esféricas que contêm desde poucas dúzias até alguns poucos milhares de moléculas anfipáticas, que se dispõem com suas regiões hidrofóbicas agregada na parte interna, enquanto a água é excluída, e com seus grupos polares hidrofílicos na superfície, em contato com a água. Bicamada: duas camadas monolipídicas formam uma lâmina bidimensional, que é favorecida quando as áreas da secção transversal dos grupos polares e as cadeias acil laterais são similares, como no caso dos glicerofosfolipídeos e dos esfingolipídeos. Vesícula: quando a bicamada bidimensional se dobra sobre ela mesma, ela forma uma bicamada fechada, uma vesícula oca tridimensional (lipossomo) envolvendo uma cavidade aquosa, devido aos grupos polares hidrofílicos que interagem com a água na superfície da bicamada, fazendo com que as regiões hidrofóbicas estarem em contato com a água. • Componentes da membrana plasmática A bicamada lipídica é a estrutura básica comum a todas as membranas biológicas, e como nos lipossomos, seve como uma barreira impermeável à maioria dos íons e moléculas hidrossolúveis. É composta por uma mistura complexa e heterogenia de lipídios anfipáticos, sendo, em organismos superiores, constituídas por fosfolipídios (glicerofosfolipidios e esfingomielinas). O movimento de moléculas de fosfolipídeos através da bicamada é catalisado e regulado por proteínas específicas, que viabilizam o transporte de determinados solutos, e desempenham inúmeras outras funções características de cada membrana. Fosfolipídeos: além da função estrutural, são precursores de moléculas reguladoras. Colesterol: precursor de hormônios esteroides nas glândulas suprarrenais e gônadas, e de sais biliares no fígado. Proteínas integrais de membrana: associadas à bicamada lipídica, sendo removíveis apenas por agentes que interferem com reações hidrofóbicas, como detergentes, solventes orgânicos, ou agentes desnaturantes. Proteínas periféricas de membrana: associam-se à membrana por interações eletrostáticas e ligações de hidrogênio com domínios hidrofílicos de proteínas integrais e com grupos polares dos lipídeos de membrana. Proteínas anfitrópicas: encontradas tanto no citosol quanto em associação com membranas, sendo que suas afinidades pelas membranas resultantes das interações não covalentes das proteínas com uma proteína ou lipídeo de membrana, e em outros casos, da presença de um ou mais lipídeos covalentemente ligados à proteína anfitrópica. Carboidratos: presentes nas membranas de células eucarióticas ocorrem como cadeias de oligossacarídios ligados covalentemente a proteínas e a lipídios. Estas cadeias são muito hidrofílicas e projetam-se para o lado externo da membrana plasmática ou para o interior de organelas como o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi. Sua estrutura é muito variada, podendo conter dezenas de resíduos de açúcares, organizados em cadeias ramificadas. A grande diversidade de configuração dos oligossacarídios justifica sua atuação como marcadores característicos de cada tipo de célula. São os mediadores da comunicação entre as células, sendo reconhecidos por proteínas que se ligam especificamente a carboidratos em inúmeros processos importantes, resumidos a seguir. transporte através da membrana Toda célula viva deve obter materiais brutos de seu ambiente para a biossíntese e a produção de energia, devendo liberar os produtos de seu metabolismo para o meio. Alguns compostos apolares podem dissolver-se na bicamada lipídica e atravessar a membrana sem auxílio, mas, para o movimento transmembrana de qualquer composto polar ou íon, uma proteína de membrana é essencial. Em alguns casos, a proteína de membrana simplesmente facilita a difusão do soluto a favor de seu gradiente de concentração, mas o transporte também pode ocorrer contra um gradiente de concentração, de carga elétrica, ou ambos, e nesse caso o processo requer energia. A energia pode vir diretamente da hidrólise de ATP ou pode ser suprida na forma de um soluto movendo-se a favor de seu gradiente eletroquímico, que provê energia suficiente para conduzir outro soluto contra o seu gradiente. Os íons também podem se mover através da membrana via canais iônicos formados por proteínas, ou eles podem ser transportados por ionóforos, moléculas pequenas que mascaram a carga dos íons e os permitem difundir através da bicamada lipídica. Com poucas exceções, o tráfego de pequenas moléculasatravés da membrana plasmática é mediado por proteínas como canais transmembrana, carreadores ou bombas. • Transporte passivo ou difusao simples Quando dois compartimentos aquoso contendo concentrações desiguais de um composto solúvel ou íon são separados por uma divisória permeável e o soluto se move por difusão simples da região de maior concentração para a região de menor concentração, até que os dois compartimentos tenham concentrações iguais de soluto. • Transportadores e canais ionicos As proteínas de membrana que agem aumentando a velocidade de movimento do soluto através das membranas são denominadas transportadores ou carreadores, por meio da redução da energia de ativação para o transporte de compostos polares e íons ao prover um caminho alternativo para solutos específicos atravessarem a membrana. Existem dois tipos gerais de transportadores: os transportadores passivos, que facilitam o movimento a favor de um gradiente de concentração, aumentando a velocidade do transporte (difusão facilitada) e os transportadores ativos, que podem mover substratos através da membrana contra um gradiente de concentração. Os transportadores ativos primários usam a energia fornecida diretamente por uma reação química e os transportadores ativos secundários independem diretamente do ATP e o seu movimento está associado à diferença de concentração de íons. Os canais iônicos aumentam a velocidade da passagem de íons inorgânicos através das membranas por um mecanismo diferente do mecanismo dos transportadores. Eles fornecem um caminho aquoso através da membrana, no qual íons inorgânicos podem se difundir com altas velocidades. Os canais possuem um portão regulado por sinais biológicos, que quando aberto, os íons movem-se através da membrana por meio do canal na direção determinada pela carga do íon e do gradiente eletroquímico. Apresentam grau de especificidade por um determinado íon, mas não são saturáveis pelo íon substrato, e o fluxo é encerrado quando o mecanismo do portão é fechado ou quando não há mais um gradiente eletroquímico. • Bombas movidas por atp As ATPases usam energia da hidrólise do ATP para mover íons ou moléculas pequenas por uma membrana contra um gradiente de concentração química, ou potencial elétrico. São proteínas transmembranas com um ou mais sítios de ligação para ATP, localizados nas subunidades ou nos segmentos da proteína e sempre voltados para o citosol. reconhecimento celular As células utilizam oligossacarídeos específicos para codificar informações célula a célula, a diferenciação celular e o desenvolvimento de tecidos, além de os utilizarem como sinais extracelulares. metabolismo • definicao O metabolismo é uma atividade celular altamente coordenada, em que muitos sistemas multienzimáticos (vias metabólicas) cooperam para obter energia química capturando energia solar ou degradando nutrientes energeticamente ricos obtidos do meio ambiente; converter as moléculas dos nutrientes em moléculas com características próprias de cada célula, incluindo precursores de macromoléculas; polimerizar precursores monoméricos em macromoléculas (proteínas, ácidos nucleicos e polissacarídeos); e sintetizar e degradar as biomoléculas necessárias para as funções celulares especializadas, como lipídeos de membrana, mensageiros intracelulares e pigmentos. Os organismos vivos podem ser divididos em dois grandes grupos de acordo com a forma química pela qual obtêm carbono do meio ambiente. Os autotróficos podem usar o dióxido de carbono da atmosfera como sua única fonte de carbono, a partir do qual formam todas as suas biomoléculas constituídas de carbono. Alguns organismos autotróficos, como as cianobactérias, também podem utilizar nitrogênio atmosférico para gerar todos os seus componentes nitrogenados. Os heterotróficos não conseguem utilizar o dióxido de carbono atmosférico e devem obter carbono a partir do ambiente na forma de moléculas orgânicas relativamente complexas, como a glicose. O metabolismo, a soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou em um organismo, ocorre por meio de uma série de reações catalisadas por enzimas que constituem as vias metabólicas. Cada uma das etapas consecutivas em uma via metabólica produz uma pequena alteração química específica, em geral a remoção, a transferência ou a adição de um átomo particular ou um grupo funcional. O precursor é convertido em um produto por meio de uma série de intermediários metabólicos chamados de metabólitos. O termo metabolismo intermediário frequentemente é aplicado às atividades combinadas de todas as vias metabólicas que interconvertem precursores, metabólitos e produtos de baixo peso molecular. O catabolismo é a fase de degradação do metabolismo, na qual moléculas nutrientes orgânicas (carboidratos, gorduras e proteínas) são convertidas em produtos finais menores e mais simples (como ácido láctico, CO2 e NH3). As vias catabólicas liberam energia, e parte dessa energia é conservada na forma de ATP e de transportadores de elétrons reduzidos (NADH, NADPH e FADH2); o restante é perdido como calor. No anabolismo, também chamado de biossíntese, precursores pequenos e simples formam moléculas maiores e mais complexas, incluindo lipídeos, polissacarídeos, proteínas e ácidos nucleicos. As reações anabólicas necessitam de fornecimento de energia, geralmente na forma de potencial de transferência do grupo fosforil do ATP e do poder redutor de NADH, NADPH e FADH2. • atp As moléculas de ATP (trifosfato de adenosina) têm função de captar a energia liberada nas reações químicas e transferi-la quando a celular necessitar. Os ATPs são formados por uma molécula de adenosina (base nitrogenada adenina + açúcar ribose). A energia liberada pela quebra de nutrientes é temporariamente armazenada nas ligações da cadeia de fosfatos. Quando a célula precisa de energia para realizar alguma reação química, as ligações entre os fosfatos são quebradas e a energia é liberada e utilizada no metabolismo celular. Essa quebra é feita pela hidrólise entre o 2º e 3º grupo fosfato. • aceptores intermediarios de hifrogenio São aceptores intermediários de hidrogênio, ligando-se a prótons H+ produzidos durante as etapas da respiração e cedendo-os para o oxigênio, que é aceptor final de hidrogênios. Nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD): é uma coenzima que apresenta dois estados de oxidação NAD+ (oxidado) e NADH (reduzido). A forma NADH é obtida pela redução do NAD+ com dois elétrons e aceitação de um próton (H+). Faz a transferência de elétrons em sua forma reduzida durante a fosforilação oxidativa. Flavina adenina dinucleotídeo (FAD): são coenzimas derivadas da vitamina riboflavina que catalisam reações de oxidação-redução, sendo FAD+ (oxidado) e FADH2 (reduzido). respiração celular É o processo de conversão ou extração da energia das ligações químicas das moléculas orgânicas que será utilizada para todas as formas de trabalho biológico. A organela responsável por esse mecanismo é a mitocôndria. Neste processo ocorre a liberação de dióxido de carbono e energia e o consumo de oxigênio e glicose, ou outra molécula orgânica. Na respiração aeróbia, a desmontagem da glicose pode ser reduzida da seguinte maneira: 1. DESCARBOXILAÇÃO: quebra gradativa das ligações entre os carbonos e saída de CO2; 2. DESIDROGENAÇÃO: remoção dos hidrogênios da gliose em vários momentos do processo; 3. OXIDAÇÃO: queima dos hidrogênios, na cadeia respiratória; 4. Liberação de energia capturada pelo sistema ADP/ATP e formação de água; 5. Na ausência de O2, o processo no interior da mitocôndria é interrompido e tem início a fermentação. É dividida em duasfases: 1. Anaeróbia: não necessita de oxigênio para ocorrer e é realizada no citoplasma; 2. Aeróbia: requer a presença de oxigênio e ocorre dentro das mitocôndrias. glicolise A glicose tem quatro destinos principais: 1. Ela pode ser usada na síntese de polissacarídeos complexos direcionados ao espaço extracelular; 2. Ser armazenada nas células (como polissacarídeo ou como sacarose); 3. Ser oxidada a compostos de três átomos de carbonos (piruvato) por meio da glicólise para fornecer ATP e intermediários metabólicos; 4. Ser oxidada pela via das pentoses-fosfato (fosfogliconato) produzindo ribose-5- fosfato para a síntese de ácidos nucleicos e NADPH para processos biossintéticos redutores. Na glicólise uma molécula de glicose é degradada em uma série de rações catalisadas por enzimas, gerando duas moléculas do composto de três átomos de carbono, o piruvato. Durante as reações sequenciais da glicólise, parte da energia livre da glicólise é conservada na forma de ATP e NADH. A quebra da glicose em duas moléculas de piruvato ocorre em 10 etapas, sendo as 5 primeiras partes da fase preparatória, em que a glicose é fosforilada e convertida em gliceraldeído-3- fosfato. Nas duas reações de fosforilação, o ATP é o doador de grupos fosforil., ou seja, nessa etapa a energia do ATP é consumida, aumentando o conteúdo de energia livre dos intermediários, e as cadeias de carbono de todas as hexoses metabolizadas são convertidas a um produto comum. O ganho de energia provém da fase de pagamento em que cada molécula de gliceraldeído-3-fosfato é oxidada e fosforilada por fosfato inorgânico para formar as duas moléculas de piruvato. Grande parte dessa energia é conservada pela fosforilação acoplada de quatro moléculas de ADP a ATP. O rendimento líquido são duas moléculas de ATP por moléculas de glicose utilizada, já que duas moléculas de ATP foram consumidas na fase preparatória. A energia também é conservada na fase de pagamento com a formação de duas moléculas dos transportador de elétron NADH por molécula de glicose. Na primeira etapa nenhum ATP é produzido e começa com a conversão de glicose em frutose 1,6- bifosfato, que consiste em três etapas: fosforilação, isomerização e uma segunda reação de fosforilação. Inicialmente, (1-irreversível) a glicose é fosforilada (ganha grupo fosfato) no grupo hidroxila em C-6 para liberar glicose-6- fosfato, com gasto energético de uma molécula de ATP, catalisada por enzima hexoquinase. Em seguida, (2) a D-glicose-6-fosfato é convertida em D-frutose-6-fosfato, pela enzima fosfoexose isomerase. (3-irreversível) A frutose-6-fosfato é fosforilada em frutose-1,6-bifosafato, catalisa pela fosfofrutoquinase. (4) Ocorre a clivagem da frutose-1,6-bifosfasto em duas trioses (gliceraldeído-3-fosfato e diidroxiacetona-fosfato), catalisada pela frutose-1,6-bifosfato aldolase. (5) Apenas a aldose gliceraldeído-3-fosfato segue a via glicolítica e ocorre a interconversão dessa triose, completando a fase preparatória. No segundo estágio forma-se ATP quando os fragmentos de três carbonos são oxidados a piruvato. (6) O primeiro passo da fase de pagamento é a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-bifosfoglicerato pela enzima glicraldeído- 3-fosfato desidrogenase, em que o grupo aldeído é desidrogenado formando o grupo acil-fosfato. A coenzima NAD+ é o receptor de hidrogênio da reação catalisa, para liberar a coenzima reduzida NADH (endotérmico). (7) A enzima de transferência fosfoglicerato quinase catalisa a transferência do fosfato de alta energia do grupo carboxila 1,3-bifosfoglicerato para o ADP e 3- fosfoglicerato (exotérmico). Em seguida ocorre um processo acoplador de transferência de energia que tem o 1,3-bifosfoglicerato em intermediário comum. Após, há conversão de 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato, auxiliada pela enzima fosfogliceratomutase. (9) Ocorre a desidratação do 2-fosfoglicerato para fosfoenolpiruvato catalisada pela enzima enolase, e por fim (10-irreversível) há transferência do grupo fosforil do fosfoenolpiruvato para o ADP catalisada pela enzima piruvato quinase. Nas reações seguintes da glicólise, três tipos de transformações químicas são particularmente notáveis: 1. A glicólise é apenas o primeiro estágio da degradação completa da glicose; 2. O segundo destino do piruvato é a sua redução a lactato por meio da fermentação láctica; 3. A terceira rota principal do catabolismo do piruvato leva à produção de etanol. ciclo do ácido cítrico O principal objetivo da glicólise é promover a quebra de uma molécula orgânica (glicose, ácidos graxos, aminoácidos) a fim de liberar energia (ATP) para que seja utilizada no processo de respiração e as duas moléculas de NADH liberadas entre o passo 5 e 6 transferem energia ao ATP na última fase da respiração celular, enquanto os dois piruvatos liberados (saldo positivo) são, em seguida, transferidos para mitocôndria para que se tenha início o ciclo do ácido cítrico, com liberação de CO2 (aeróbico). Antes de entrarem no ciclo do ácido cítrico as moléculas orgânicas são convertidas ao grupo acetil da acetil-CoA, a forma na qual a maioria dos combustíveis entra no ciclo. O piruvato, sofre o processo de descarboxilação, sendo convertido em acetil-CoA, pelo complexo da piruvato-desidrogenase (PDH), Equação geral: 𝑪𝟔𝑯𝟏𝟐𝑶𝟔 + 𝟐 𝑨𝑫𝑷 + 𝟐 𝑷𝒊 + 𝟐 𝑵𝑨𝑫+ → 𝟐𝑪𝟑𝑯𝟒𝑶𝟑 + 𝟐 𝑨𝑻𝑷 + 𝟐 𝑵𝑨𝑫𝑯 + 𝟐 𝑯+ + 𝟐𝑯𝟐𝑶 𝚫𝑮 = +𝟐𝟖𝟒𝟎𝒌𝑱/𝒎𝒐𝒍 o qual será utilizado para dar início a via aeróbica de produção de energia denominada ciclo de Krebs. Essa reação de oxidação é irreversível no qual o grupo carboxil é removido do piruvato na forma de uma molécula de CO2, e os dois carbonos remanescentes são convertidos ao grupo acetil da acetil-CoA. A energia liberada e armazenada pelo NAD+ que se transforma em NADH, armazenador de energia, dessa forma são formados dois NADH. O ciclo do ácido cítrico é dividido em oito etapas: 1. Formação do citrato: condensação de acetil-CoA e oxaloacetato para a formação do citrato, catalisada pela citrat-sintase; 2. Formação de isocitrato via cis-aconitato: a enzima aconitase catalisa a transformação reversível do citrato a isocitrato, pela formação intermediaria do acido tricarboxilico cis-aconitato, o qual normalmente não se dissocia do sítio ativo; 3. Oxidação do isocitrato a α-cetoglutarato e CO2: a isocitrato-desidrogenase catalisa a descarboxilação oxidativa do citrato para formar α-cetoglutarato; 4. Oxidação do α-cetoglutarato a succinil- CoA e CO2: α-cetoglutarato é convertido a succinil-CoA e CO2 pela ação do complexo da α-cetoglutarato- desidrogenase. NAD+ é o aceptor de elétrons e CoA é o transportador do grupo succinil. 5. Conversão de succinil-CoA a succinato: esta reação reversível é catalisada pela succinil-CoA-sintease, que indica a participação de um nucleosídeo trifosfatafo na reação; 6. Oxidação do succinato a fumarato: o succinato é oxidado a fumarato pela flavoproteina (FAD) succinato- desidrogenase; 7. Hidratação do fumarato a malato: a hidratação reversível do fumarato a L- malato é catalisada pela fumarase; 8. Oxidação do lato a oxaloacetato: a L- malato-desidrogenase ligada ao NAD catalisa a oxidação de L-malato a oxaloacetato. A função principal do ciclo do ácido cítrico é a geração de energia, direta ou indiretamente, na forma de ATP ou produção de elétrons altamente energéticos e prótons, que passarão pelo processo de sistema transportador de elétrons. cadeia respiratória • cadeia transportadora de eletrons Os processos de oxidação de glicose, ácidos graxos e aminoácidos levam a produção de actil- CoA que, no ciclo de Krebs, é totalmente oxidada a CO2. O ciclo de Krebs constitui o estágio final e máximo de oxidação
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