Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 3 GESTÃO DE PESSOAS E PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL Profª Carolina Feltrin 2 CONVERSA INICIAL Vamos dar continuidade aos nossos estudos com o enfoque sobre as competências, sejam elas individuais, coletivas ou organizacionais. Para isso, iniciaremos com o tema sobre Competência Organizacional, em que estudaremos o que é, como se estrutura esse processo nas organizações e sua aplicabilidade. Em seguida, direcionaremos para as competências individuais, ou seja, como pode-se estruturar e analisar as competências no âmbito de cada profissional que atua nas empresas. Vamos, assim, olhar as competências gerais ou essenciais da organização de uma forma mais global. O que se espera do profissional do futuro? Quais serão as competências que são necessárias para atuar no mercado de trabalho com inúmeros desafios técnicos e de comportamento? Essas e outras perguntas serão nossa caminhada para os estudos do comportamento humano nas organizações. TEMA 1 – O QUE É COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL Para que falaremos de competências organizacionais? Qual é a real importância das competências no mundo organizacional? São essas reflexões que falaremos a seguir. Para desenvolver ações/processos desde a entrada dos colaboradores, suas respectivas formações e treinamentos, um dos maiores objetivos é mapear competências que regem toda a organização. Dessa forma, o desafio exige dos profissionais envolvidos não somente conhecimento técnico atrelado a sua área de atuação ou negócio, mas de conhecimentos, visões estratégicas e sistêmicas, análise de indicadores, geração de resultados etc. Os profissionais necessitam desenvolver visão ampla das competências que tem e as que precisam desenvolver. 3 Crédito: Arka38/Shutterstock. As competências organizacionais ou essenciais estão relacionadas ao planejamento estratégico da empresa e são características fundantes dos primeiros líderes da corporação. As organização e pessoas estão juntos no processo contínuo da construção e implementação das competências. A empresa disponibiliza seu Organizações Pessoas 4 patrimônio para as pessoas, desenvolvendo-as, e as pessoas transferem para a organização seu aprendizado, gerando condições para enfrentar novos desafios (Dutra, 2002). O conceito da competência admite análise em diversos níveis quando estudada no contexto organizacional, tais como: • competências essenciais; • competências organizacionais; • competências técnicas; e • competências individuais. Quando falamos de competências, alguns autores trazem a sigla CHA para esta conceituação. Também é um dos modelos mais atuais empregados pelas melhores organizações para avaliar seus colaboradores: • C, Conhecimento – refere-se ao saber. Buscar conhecimento sobre um determinado assunto, conhecer algo que tenha valor tanto para a empresa como para ela mesma. • H, Habilidade – refere-se a prática do conhecimento teórico adquirido ao gerar soluções efetivas para eventuais impasses. Consiste, portanto, no saber fazer. • A, Atitude – refere-se à postura que se assume frente ao que sabe e sabe fazer. Iniciativa de entender a situação e saber agir de forma autônoma e eficiente. É a vontade do querer fazer. Existe ainda um novo conceito sobre a nova competência do profissional do futuro: o CHAVE. Vimos até aqui o CHA, mas vermos abaixo o que significa o VE: • V, Valores – quais os valores do profissional? Se identifica com os valores e a cultura da empresa que fará parte. Não apenas a competência técnica ser boa, mas a forma que esses valores irão ser traduzidos na prática. O lado comportamental do ser humano como fundamental nesse processo. • E, Entorno – envolve o cenário, ambiente, as ferramentas, equipamentos e recursos necessários para o bom desenvolvimento do trabalho. É um elemento extrínseco, que depende da empresa para criar um cenário agradável, no qual as pessoas se sintam confortáveis, cercados da estrutura necessária para produzir o que se espera delas. 5 Crédito: Arcady/Shutterstock. É inegociável então entender o ambiente de trabalho de maneira sistêmica e orgânica, o que vai além de desenvolver pessoas somente por meio de um conjunto de competências, mas sim de todos os elementos que vimos acima. As organizações obterão sucesso e alcançarão suas metas se conseguirem alinhar os objetivos dos profissionais que fazem parte da sua equipe com os objetivos organizacionais. TEMA 2 – COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS Vimos nos estudos até aqui que a competência não diz respeito apenas um profissional ser bom tecnicamente, mas existem outras características que se relacionam com o sucesso das entregas profissionais com seus conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e no contexto em que está inserido. A partir de demandas de determinadas culturas organizacionais, sugere-se levantar ações ou comportamentos esperados para cada área de negócio e para a estrutura organizacional como um todo, além de levantar questões de como serão as entregas dos profissionais na realidade em que estão inseridos. Dessa maneira, estudarmos e analisarmos as competências individuais será fundamental para o processo de alinhamento com as competências gerais da organização específica. Como cada sujeito percebe suas entregas e características marcantes tende a ser fundamental nessa fase, pois cada ser humano se percebe e traz consigo sua autoimagem a partir da sua história de vida. Assim, as competências individuais caracterizam-se por esse fator subjetivo de cada profissional e objetivos, ou seja, existem características observáveis no comportamento, no cotidiano e em outras ainda não observáveis. Os observáveis 6 tendem a ser mais fáceis de serem identificados e, dessa forma, desenvolvidos na caminhada empresarial. Porém, questões da personalidade do sujeito e modelos mentais fixos possuem desafios na tradução dos comportamentos esperados nas instituições. Importante ressaltar que o conceito de competência procura ir além do conceito de qualificação, pois refere-se à capacidade de o indivíduo assumir iniciativas e ir além das atividades descritas no seu cargo, é capaz de compreender e dominar novas situações no trabalho, ser responsável e reconhecido pelas suas ações. Tende a propor mudanças estratégicas na organização, estimular espaço que gere autonomia e insere a competência em um processo contínuo de aprendizagem. É a forma de traduzir na prática as situações que possuem como base conhecimentos adquiridos e os desenvolvem à medida que o cenário o estimula para os movimentos de mudanças. Diz respeito em alinhar os recursos individuais e os recursos do ambiente, de maneira adequada em situações específicas. Competência é um saber agir responsável e é reconhecido pelos outros. É formada por quatro eixos: Observáveis Não observáveis 7 Assim, sendo a competência um conjunto de elementos, o processo de avaliação das competências e acompanhamento pode ser mensurada por meio de comportamento observáveis aceitos ou não pela cultura organizacional, e desenvolvida por meio de formações e treinamentos e desenvolvimentos específicos. Porém, o fato de as pessoas possuírem determinado conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes não é garantia de que irão agregar valor à organização. Considerar as pessoas por sua capacidade de entrega dá uma perspectiva mais adequada para avaliá-las, orientar seu desenvolvimento e estabelecer recompensas. Essa entrega refere-se ao indivíduo saber agir de maneira responsável e ser reconhecido por isso, de acordo com a definição sugerida por Fleury e Fleury (2001). TEMA 3 – COMPETÊNCIAS COLETIVAS Essa temática é desafiadora nos estudos até então, pois representa a soma de competências individuais de dada organização e inicia-se com “jeitos” de sócios-fundadores geralmente,o que tende a definir demais competências coletivas nos próximos passos. Portanto, existem duas perspectivas para abordarmos este tema: 1. Visão a luz da competência individual – desenvolver capacidades no âmbito individual e que dê sustentação e acesso aos recursos externos disponíveis e desenvolver formas de utilizá-los. 2. A luz da cooperação – como fazer, como operacionalizar em grupo dadas atividades em ações tangíveis. Qual a forma de comunicar cada ação, inclusive com linguagens não-verbais. Também se refere a memórias do inconsciente coletivo, que ficaram gravadas ao longo de experiências Biografia Socialização Formação educacional Experiência profissional 8 vividas por cada um no grupo, e de como lidaram para resolver por exemplo alguns conflitos. A competência coletiva resulta de aprendizagens que acontecem ao longo de uma caminhada, por vezes é dinâmico e possui caráter perene. Portanto, não basta gerar observações de determinado grupo imprimindo suas competências individuais, é necessário que aconteça uma integração de: • compartilhamento; • transformação; e • criação de novas competências. Assim, uma competência organizacional é uma ação coletiva e intencional que reúne recursos e competências elementares para se criar devido valor. Essa criação de valor remete a princípios que nascem da formação das organizações desde o princípio. Torna-se resultado de: A interligação das competências coletivas pode gerar competências entre os grupos, que tende de ser desafiadora também, mas material para muitos estudiosos da área. Pois, essa forma de agregar valor e fazer eles se articularem se dá a partir de processos alinhados, recursos disponíveis e pessoas disponíveis. Dessa forma, podem sustentar e gerar movimentos contínuos e sustentáveis nas empresas em todos os níveis, sejam eles no individual, coletivo ou organizacional. De uma forma geral, percebe-se que esse conceito de competência coletiva também passa por inúmeras versões e reflexões que dependerá de cada cultura e cenário. Porém, alguns elementos auxiliam as competências coletivas como Talentos individuais Elementos organizacionais Estilo de gestão 9 vimos nos estudos até aqui como a memória coletiva, a linguagem compartilhada e as experiências comuns e coletivas. TEMA 4 – COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS Como avaliar competências no mundo organizacional? As competências se dividem minimamente em duas esferas: Competências técnicas e comportamentais tendem a definir a escolha de profissionais desde a sua entrada em uma empresa. A competência técnica refere-se à aptidão técnica que o sujeito traz consigo ou é desenvolvido ao longo da sua jornada. Podem ser entendidas como todas aquelas adquiridas ao longo da vida e carreira, por meio da educação formal, treinamentos, formações, capacitações e cursos. Os níveis de conhecimentos técnicos podem variar, pois vão desde os básicos e imprescindíveis até os mais complexos, que tornam possível a ele contribuir para o desenvolvimento da empresa a partir da apresentação de novos conceitos, metodologias e planejamentos. A competência comportamental, por outro lado, é inerente às entregas de comportamentos observáveis e características pessoais alinhadas com as exigências do cargo. As competências comportamentais são aqueles referentes à personalidade do candidato, que contribuem para o seu sucesso no desempenho de uma função. Podem ser adquiridas ao longo dos anos, pois nem sempre a Competências técnicas Competências comportamentais 10 pessoa nasce com certas habilidades esperadas, e ela pode se valer de cursos e treinamentos para desenvolver tais habilidades. Podem ser: • intelectuais – são competências relacionadas à capacidade de pensar estrategicamente, ao reconhecimento da resolução de um problema, análise e solução de uma questão, agir de forma proativa, atuar preventivamente e transmitir conhecimentos; • comunicação – como se expressa e se comunica; • sociais – referem-se ao comportamento do profissional tanto na vida pessoal quanto no ambiente de trabalho; • comportamento – está relacionada à capacidade do profissional de tomar iniciativa, empreender, criar, inovar, aprender, mudar, agir com ética e buscar a qualidade no seu trabalho; e • organizacionais – são referentes à compreensão dos objetivos da empresa e das relações dela com a sociedade. Crédito: Trueffelpix/Shutterstock. Nesse sentido, avaliar competências técnicas neste contexto tende a ser mais objetivo e focado. Assim, o desafio está na avaliação das competências comportamentais. Os profissionais podem estar mais adequados no perfil comportamental, mas não possuir os requisitos técnicos esperados e vice-versa. 11 Este tornou-se um dilema da área de gestão de pessoas desde a contratação, desenvolvimento e possível desligamento. Sobretudo, é necessário buscar a combinação entre os dois atributos: técnicos e comportamentais. Considerando que os resultados para agregar valor na prática estarão nesse olhar criterioso e just in time. Sendo assim, para avaliar as competências técnicas e comportamentais é fundamental analisar o que o mercado de trabalho está necessitando. Pois as mudanças ocorrem de forma dinâmica e convida os profissionais a desenvolvimento a todo momento. Todavia, a área de Recursos Humanos possui desafios contates de buscar profissionais com competências e diferenciais que façam movimentos significativos nas organizações. Para a avaliação é fundamental que aconteçam algumas etapas para este processo: 1. levantamento de atividades do cargo – conhecer as atividades que serão desempenhadas pelo profissional. O que é inegociável para o cargo para ter como avaliar quais serão as competências técnicas e comportamentais que melhor se ajustam ao perfil da vaga. Quando existir descrição de cargos tende a ser um referencial para próximas fases. 2. avaliação do perfil – para avaliar as competências comportamentais, é fundamental construir um questionário baseado nas competências que se deseja avaliar. Separando-as em técnicas e comportamentais, com questões que possam avaliar suas entregas e trazer exemplos e vivências do indivíduo. Nesta fase, situações já vividas tendem a compreender comportamentos futuros. Já para a avaliação das competências técnicas, além de questionários sobre cursos e formações, também pode-se avaliar as habilidades de forma prática. 3. avaliação de competências comportamentais (sociais e emocionais) – são referentes ao relacionamento com o mundo do trabalho e com o funcionamento da sociedade. Como o profissional pode demonstrar relacionamento interpessoal, facilidade para expor ideias, lidar com situações de estresse e bom raciocínio lógico, entre outros. TEMA 5 – COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DO FUTURO Tendo em vista as mudanças significativas e rápidas no mundo, os movimentos da tecnologia a serviço de novas práticas, as organizações também estão em constantes mudanças e acompanhando as inovações que as convidam 12 a se adaptarem. Os empregos que antes eram estáveis e seguros, hoje tornam- se focados em projetos e mais da metade das profissões que existem hoje não existirão num futuro próximo. Para tanto, algumas competências são inegociáveis nesta caminhada, para conhecimento, preparação e desenvolvimento. Em geral, são competências comportamentais, pois já demonstram como há necessidade de olhar o humano e suas peculiaridades. Mesmo com a responsabilidade das empresas em relação ao desenvolvimento das competências, há de se entender que o próprio indivíduo está e estará responsável pela sua própria carreira e evolução. Apesar de passarmos por uma fase significativa de mudanças, a integração de novas tecnologias, de novas formas de atuação, de relacionamentos interpessoais e das exigênciasdo mercado de trabalho são pontos fundamentais para todo esse processo de transformação. Para adaptação a esta realidade, estudaremos 10 Competências do profissional do futuro segundo documento do World Economic Forum, da ONU, preparado em 2015. Este afirma em seu início que “em cinco anos, mais de um terço das habilidades (35%) consideradas importantes na força de trabalho atual terá mudado”. O documento também descreve 10 habilidades que o profissional precisa para prosperar na quarta revolução Industrial. Em primeiro lugar, é necessário conhecer essas habilidades e entendê-las em sua essência. 1. Flexibilidade cognitiva: diz respeito à capacidade de ampliar os modos de pensar, imaginando caminhos distintos para solucionar os problemas que surgem no cotidiano. Uma habilidade, portanto, que compreende a Novas tecnologias Novas formas de atuação Relacionamentos interpessoais Exigências do mercado de trabalho 13 expansão dos interesses tanto pessoais quanto profissionais, o relacionamento com pessoas que desafiam suas visões de mundo e a fuga da zona de conforto. Quanto mais flexível for o indivíduo, mais ele conseguirá enxergar novos padrões e criar associações únicas entre ideias. É exatamente esse tipo de habilidade que as empresas do futuro aguardarão dos profissionais. 2. Negociação: com toda a automação do trabalho e ascensão das máquinas no mercado que temos presenciado ultimamente, as habilidades sociais se tornarão mais importantes do que nunca. Até mesmo profissionais com cargos técnicos terão que demonstrar maior empenho em suas habilidades interpessoais. Sendo assim, a capacidade de fazer negociações com clientes, colegas, gestores e equipe estará no topo da lista de habilidades desejáveis. 3. Orientação para servir: a inclinação para ajudar os outros é outra habilidade muito requisitada no mercado. Além disso, empresas de serviços financeiros, de alimentos e de tecnologia da informação têm sido cada vez mais confrontadas com as novas preocupações dos clientes. As dúvidas sobre privacidade e segurança alimentar, por exemplo, são muito frequentes e, caso não sejam respondidas de maneira adequada pelas empresas, conduzem à perda de prestígio e de clientes. Como as mudanças de valores têm acontecido muito rapidamente, saber orientar os consumidores corretamente será uma habilidade fundamental. Mais do que saber orientar, o profissional deverá conhecer bem o seu público para adaptar os produtos e serviços oferecidos à realidade dele. 4. Julgamento e tomada de decisões: levando em consideração a imensa quantidade de dados que as empresas estão reunindo nos dias atuais, é cada vez maior a necessidade de profissionais capazes de fazer a leitura e interpretação dessas informações e também de tomar decisões cruciais. Logo, julgamento e tomada de decisões serão habilidades cada vez mais exigidas no mercado de trabalho. 5. Inteligência emocional: essa é uma habilidade que envolve o reconhecimento e a avaliação das emoções de outras pessoas, o estabelecimento de empatia com esses sentimentos e, claro, a produção de resultados desejados. Além disso, a inteligência emocional compreende a identificação dos nossos próprios sentimentos, para que consigamos gerir 14 as emoções. É uma habilidade social relevante para todos os seres humanos e já é necessária para os desafios atuais e futuros no mundo do trabalho. 6. Coordenação com os outros: busca-se constantemente uma conexão e colaboração entre os profissionais no ambiente de trabalho, pois são as pessoas que efetivamente interagem e se conectam. O foco na contratação de profissionais que apresentem habilidades interpessoais, e saibam manter um bom relacionamento com os colegas de trabalho, conciliando diferentes perfis. A coordenação com os outros é uma habilidade social que envolve saber trabalhar com pessoas de personalidades distintas, saber se comunicar e, acima de qualquer coisa, saber lidar com as diferenças encontradas em cada uma delas, respeitando-as e identificando traços e habilidades importantes para o desenvolvimento da própria empresa. 7. Gestão de pessoas: saber gerenciar pessoas é o mesmo que saber maximizar a produtividade, motivar as equipes e responder às necessidades dos funcionários para que se sintam acolhidos, tenham suas necessidades atendidas e possam igualmente corresponder às demandas de criatividade e produtividade da empresa. Vale destacar ainda que a gestão de pessoas é uma ferramenta de extrema relevância, que se conecta diretamente com a inteligência emocional. 8. Criatividade: o profissional criativo tem a capacidade de conectar informações aparentemente diferentes e, a partir dessa conexão, construir ideias inovadoras para apresentar algo “novo”. As novas tecnologias e os novos produtos exigem dos profissionais uma significativa dose de criatividade para que possam assimilar, usufruir e tirar vantagem de todas essas mudanças. É importante deixar claro que, mesmo com toda a evolução da robótica, as máquinas ainda não têm a capacidade criativa do ser humano. Portanto, se a criatividade já é considerada uma ferramenta essencial no mercado de trabalho hoje, nos próximos anos ela será uma habilidade imprescindível nas organizações. 9. Pensamento crítico: ser um profissional crítico será uma habilidade muito valiosa nos próximos anos. Os pensadores críticos serão muito bem-vindos a qualquer equipe de trabalho. Isso porque o pensamento crítico envolve raciocínio e lógica. O profissional do futuro deverá ser capaz de usar tanto a lógica quanto o raciocínio para questionar determinados problemas, 15 identificar os “prós” e “contras”, ponderá-los e considerar as diferentes soluções para os obstáculos. 10. Resolução de problemas complexos: essa não é uma habilidade que já nasce com o profissional, mas que é aprimorada com o passar dos anos. A habilidade, que se resume na capacidade de solucionar problemas indefinidos e novos em ambientes reais, vai ser construída a partir de uma base sólida de pensamento crítico. Sendo assim, o profissional do futuro terá de contar com uma elasticidade mental para resolver problemas que jamais viu antes, e que podem se tornar ainda mais complexos. Em muito breve, os “solucionadores de problemas difíceis” serão os profissionais mais requisitados pelas empresas. Diante de um mundo veloz e volátil, o cenário corporativo irá buscar profissionais que tenham habilidades intrínsecas aos seres humanos, habilidades essas que os distinguem e qualificam perante as máquinas que deverão saber instruir e programar, habilidades que serão reconhecidas pelos profissionais que irão liderar. 16 REFERÊNCIAS FLEURY, A. C. C.; FLEURY, M. T. Estratégias empresariais e formação de competências. 3ed. São Paulo: Atlas, 2004. World economic fórum. The 10 skills you need to thrive in the fourth industrial revolution. Disponível em https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10- skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/. Acesso em: 6 jul 2021. https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/ https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/
Compartilhar