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NUTRIÇÃO BÁSICA DIGESTÃO DE CHO’S Prof. Diego Righi Benedicto Mestrando em Ciência e Tecnologia dos Alimentos – UFES Pós-graduado em Nutrição Clínica e Esportiva Pós-graduando em Fisiologia do Exercício Digestão de Polissacarídeos • Lactose ▪ É mediada pela enzima lactase, produzida pelo pâncreas, quando ocorre a sinalização para ele que existe lactose no trato gastrointestinal. A lactase promove a hidrolise da Lactose, ou seja, quebrando seu esqueleto carbono em 2 – Glicose + Galactose. Intolerância a Lactose Síndrome caracterizada pela incapacidade primária ou secundária de hidrolisar a lactose em monossacarídeos (glicose + galactose) Lactose não é hidrolisada, ficando no lúmem intestinal e é fermentada pela microbiota Diarreia aquosa, dor abdominal, flatulência, vômitos, déficit de crescimento (crianças) A intolerância pode ser: - Primária: Defeito intrínseco da enzima. - Secundária: Devido a dano na mucosa intestinal - deficiência da enzima Diagnóstico: anamnese alimentar dirigida, exame físico e testes que avaliem a digestão e absorção de CHO Osmolaridade do lúmen Tolerância Oral x Alergia Alimentar Diarreia aquosa, dor abdominal, flatulência, vômitos, déficit de crescimento (crianças) Proteína alimentar Via oral INFLAMAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA ANTÍGENO- ESPECÍFICO Tolerância ORAL Hiperatividade local com produção de IgA e citocinas não inflamatórias Hiporesponsividade sistêmica com baixa produção de IgG e IgE ( células T e B, anticorpos) Imunização sistêmica e Alergia da resposta imune células T e B, anticorpos (IgG ou IgE) Quebra da Homeostasia Destruição tecidual acompanhada de SINAIS E SINTOMAS Clínicos Intolerâncias Alimentares • Alergia alimentar: • Não depende da quantidade de alimento ingerido para desencadear o processo alérgico, basta apenas ter o contato. • Intolerância Alimentar: • Ocasionalmente irá depender da quantidade de alimento ingerido; • Estão relacionados sintomas como cansaço, desatenção, cólicas, enxaquecas, tonturas, náuseas, flatulências, constipação, diarreia, arritmia cardíaca, conjuntivite, edemas, dores articulares, psoríase, acne etc. Índice Glicêmico • Mede o aumento nos níveis de glicose na corrente sanguínea, provocado pela ingestão de carboidratos de algum alimento. • IG: • Baixo: <55 • Médio: 55-69 • Alto: >Alto Jenkins et al., 1981 Alto IG • São rapidamente digeridos e absorvidos, provocam flutuações acentuadas nos níveis de glicose na corrente sanguínea. • Exemplos: • Batata inglesa, pão francês (ou feito com farinha branca), flocos de milho, mel. Baixo IG • Apresentam digestão e absorção lentas, produzem aumento leve e duradouro nos níveis séricos de glicose. • Exemplos: • Caju, frutas vermelhas, maçã, arroz integral, aveia. ALIMENTO IG ALIMENTO IG Bolos 87 Cuscus 93 Biscoitos 90 Milho 98 Crackers 99 Arroz branco 81 Pão branco 101 Arroz integral 79 Sorvete 84 Arroz parboilizado 68 Leite integral 39 Tapioca 115 Leite desnatado 46 Feijão cozido 69 Iogurte com sacarose 48 Feijão manteiga 44 Iogurte sem sacarose 27 Lentilhas 38 All Bran 60 Ervilhas 68 Corn Flakes 119 Feijão de soja 23 Musli 80 Spaguete 59 Aveia 78 Batata cozida 121 Mingau de aveia 87 Batata frita 107 Trigo cozido 105 Batata doce 77 Farinha de trigo 99 Inhame 73 Maçã 52 Chocolate 84 Suco de maçã 58 Pipoca 79 Damasco seco 44 Amendoim 21 Banana 83 Sopa de feijão 84 Kiwi 75 Sopa de tomate 54 Manga 80 Mel 104 Laranja 62 Frutose 32 Suco de laranja 74 Glicose 138 Pêssego enlatado 67 Sacarose 87 Pêra 54 Lactose 65 T A B E L A D E Í N D I C E G L I C Ê M I C O Adaptado de Jenkins et al., 1981 OBS: Fatores como a presença de fibra solúveis, processamento do alimento, a interação amido-proteína e amido-gordura, podem influenciar nos valores do índice glicêmico. Fatores que interferem no IG • Quantidade de CHO’s presente nos alimentos; • Grau de amadurecimento de frutas; • Natureza do amigo; • Amilopectina (maior IG); • Amilose (Menor IG); • Tamanho da partícula do alimento: • Trituração • Mastigação • Moagem Fatores que interferem no IG • Composição química dos alimentos • Fibras Insolúveis: • Aceleram o trânsito intestinal; • Diminuem a absorção de glicose – menor o IG; • Fibras solúveis: • Menor Ig – Aumento da viscosidade do bolo alimentar – absorção mais lenta. • Presença de LIP na composição dos alimentos: • Reduzem o IG; • Retardam o esvaziamento gástrico (você demora mais a ir no banheiro evacuar). Carga Glicêmica • Carga Glicêmica (CG) • Conceito introduzido em 1997; • Quantifica o impacto de uma porção típica do alimento sobre a glicose séria; • A CG quantifica o efeito total de uma determinada quantidade de CHO sobre a glicose plasmática, resultante do produto do IG de um alimento pelo seu conteúdo de CHO disponível. CG = %IG x total de CHO da porção / 100 Exemplo • Um alimento tem 55% de IG em 50g de CHO na porção; • Qual é a sua carga glicêmica? 55 × 50 100 = 27,5 Carga Glicêmica x Índice Glicêmico Digestão de CHO’s • Alguns polissacarídeos, como celulose, hemicelulose e pectina não sofrem digestão ao longo do trato gastrointestinal; • Os únicos polissacarídeos que são digeridos pelo homem são os amidos e o glicogênio. Precisam ser quebrados em monossacarídeos, que são as moléculas aptas a passar através das células da mucosa intestinal. Digestão de CHO’s • O processo de digestão começa na boca pela ação da α - amilase salivar (ptialina). • A eficácia da amilase salivar, depende do grau de mistura do alimento com a saliva e do tempo que a enzima permanece em contato com o substrato. • O significado da digestão salivar é limitado pela curta passagem e incompleta mastigação do alimento na boca. Boca Glândula salivar -amilase salivar amilose glicose maltose maltotriose amilopectina Digestão de CHO’s • As enzimas do estômago não são específicas para carboidratos. • Alfa-amilase inativada pelo baixo pH gástrico. Digestão de CHO’s • O intestino delgado é o principal local da digestão de carboidratos e quando o quimo atinge o duodeno, os CHOs sofrem o ataque de enzimas secretadas pelo pâncreas. • Enquanto o quimo se encontra na luz do intestino, a α- amilase pancreática continua a degradação do amido, onde terminou a ação da amilase salivar. • Essas enzimas agem nas ligações internas da amilose e têm pouca especificidade para as ligações no final da molécula, resultando em dissacarídeos (maltose) e trissacarídeo (maltotriose). Digestão de CHO’s Produtos da digestão das amilases: maltotriose, maltose e dextrinas limite Intestino Delgado: Digestão de CHO’s • Os estágios finais da digestão dos CHOs são feitos pelas enzimas ligadas à membrana da borda em escova (antes da absorção). Digestão de CHO’s • As enzimas mais importantes, que atuam na digestão dos CHOs nessa parte do aparelho digestivo são: • Isomaltase ou α(1→6) glicosidase – atua nosponto de ramificação, quebrando as ligações α(1→6). • Sacarase – também chamada de invertase, desdobra a sacarose em glicose e frutose. Digestão de CHO’s • As enzimas mais importantes, que atuam na digestão dos CHOs nessa parte do aparelho digestivo são: • Isomaltase ou α(1→6) glicosidase – atua nosponto de ramificação, quebrando as ligações α(1→6). • Sacarase – também chamada de invertase, desdobra a sacarose em glicose e frutose. Digestão de CHO’s • Maltase - desdobra a maltose em 2 moléculas de glicose. • Lactase- β-galactosidade – atua sobre a lactose doando uma molécula de glicose e uma de galactose. • Os açúcares ingeridos como monossacarídeos não sofrem digestão ao longo do aparelho digestivo. Digestão – Enzimas da borda em escova Dissacaridases Maltose - Sacarose - maltase sacarase - glicose + glicose - glicose + frutose Lactose - lactase - glicose + galactose Isomaltase intestinal -1,6 glicosidase OBRIGADO
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