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MATERIAL EXTRA – (HISTÓRIA/FRENTE 2) 
Lista de Exercícios Extra 
Aula 1 - História e Historiografia 
Prof. Ferraro 
 
 
Página 1 de 2 
 
1. (Enem PPL 2019) Os pesquisadores que trabalham com sociedades 
indígenas centram sua atenção em documentos do tipo jurídico-
administrativo (visitas, testamentos, processos) ou em relações e informes 
e têm deixado em segundo plano as crônicas. Quando as utilizam, dão 
maior importância àquelas que foram escritas primeiro e que têm caráter 
menos teórico e intelectualizado, por acharem que estas podem oferecer 
informações menos deformadas. Contrariamos esse posicionamento, pois 
as crônicas são importantes fontes etnográficas, independentemente de 
serem contemporâneas ao momento da conquista ou de terem sido 
redigidas em período posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros 
humanistas ou pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas. 
 
PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas: um polígrafo 
na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura 
Acadêmica, 2009. 
 
 
As fontes valorizadas no texto são relevantes para a reconstrução da 
história das sociedades pré-colombianas porque 
a) sintetizam os ensinamentos da catequese. 
b) enfatizam os esforços de colonização. 
c) tipificam os sítios arqueológicos. 
d) relativizam os registros oficiais. 
e) substituem as narrativas orais. 
 
2. (Enem PPL 2019) Para dar conta do movimento histórico do processo 
de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória 
reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de 
investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências 
ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações 
de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a 
dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da 
sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por 
estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua 
condição de invisibilidade. 
 
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena 
nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008. 
 
 
O uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas 
nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por 
a) focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização 
técnica. 
b) permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais. 
c) neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico. 
d) promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem. 
e) registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita. 
 
3. (Unesp 2020) A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para 
perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho. 
Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses 
e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente 
mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele 
forja o passado, mas um passado sem duração, acabado. 
 
(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do 
tempo, 2015. Adaptado.) 
 
 
O texto afirma que a obra de Homero 
a) questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, 
pois se baseia na concepção filosófica de physis. 
b) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no 
fundamento das concepções modernas de tempo e história. 
c) é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo 
que prossegue no presente e ensina os homens a aprenderem com seus 
erros. 
d) identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado 
estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que caracteriza a 
história. 
e) desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter 
racionalista, semelhantes à da filosofia pré-socrática. 
 
4. (Uece 2020) Atenção e cuidado devem guiar a escrita historiográfica, 
que se utiliza de diferentes tipos de memória para compreender o passado. 
A memória está, de diversas maneiras, presente em todas as sociedades 
como experiência vivida; está em monumentos, em obras e manuais, e em 
tradições que instituem matrizes de pensamentos. São categorias que 
evidenciam a separação entre a memória e a história: 
a) registro oficial, categorização e esquecimento. 
b) alinhamentos entre passado, presente e futuro. 
c) aquisição, armazenamento e tempo. 
d) seletividade, cristalização e reatualização. 
 
5. (Enem 2020) A reabilitação da biografia histórica integrou as aquisições 
da história social e cultural, oferecendo aos diferentes atores históricos uma 
importância diferenciada, distinta, individual. Mas não se tratava mais de 
fazer, simplesmente, a história dos grandes nomes, em formato 
hagiográfico – quase uma vida de santo –, sem problemas, nem máculas. 
Mas de examinar os atores (ou o ator) célebres ou não, como testemunhas, 
como reflexos, como reveladores de uma época.” 
 
DEL PRIORE, M. Biografia: quando o indivíduo encontra a história. Topoi, 
n. 19 jul.-dez. 2009. 
 
 
De acordo com o texto, novos estudos têm valorizado a história do indivíduo 
por se constituir como possibilidade de 
a) adesão ao método positivista. 
b) expressão do papel das elites. 
c) resgate das narrativas heroicas. 
d) acesso ao cotidiano das comunidades. 
e) interpretação das manifestações do divino. 
 
6. (Enem PPL 2019) O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) 
reuniu historiadores, romancistas, poetas, administradores públicos e 
políticos em torno da investigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo 
sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos como projeto, reproduzia 
o modelo centralizador imperial. Assim, enquanto na Corte localizava-se a 
sede, nas províncias deveria haver os respectivos institutos regionais. 
Estes, por sua vez, enviariam documentos e relatos regionais para a capital. 
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo: 
Planeta do Brasil, 2010 (adaptado). 
 
 
De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II, o referido instituto 
objetivava 
a) construir uma narrativa de nação. 
b) debater as desigualdades sociais. 
c) combater as injustiças coloniais. 
 
 
 
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d) defender a retórica do abolicionismo. 
e) evidenciar uma diversidade étnica. 
 
7. (Udesc 2018) O conhecimento histórico acadêmico ou científico é 
construído, prioritariamente, por meio de práticas de investigação e análise. 
Para a construção do conhecimento histórico, as fontes ou vestígios são, 
portanto, elementos fundamentais. 
 
Analise os itens abaixo, e coloque (V) para o que for fonte histórica e (F) 
para o que não for fonte histórica. 
 
( ) Jornais e Revistas 
( ) Fotografias 
( ) Documentos oficiais de Estado 
( ) Cartas e documentos pessoais 
 
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo. 
a) V – V – V – V 
b) V – F – F – F 
c) F – V – V – V 
d) V – V – F – F 
e) F – V – V – F 
 
8. (Ufu 2018) Objeto de estudo da nova historiografia, a “(...) história da 
vida cotidiana e privada é a história de pequenos prazeres, dos detalhes 
quase invisíveis, dos dramas do banal, do insignificante, das coisas 
deixadas ‘de lado’.” 
DEL PRIORI, Mary. História do cotidiano e da vida privada. In: CARDOSO, 
Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da história: ensaios de 
teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
 
 
Esse fragmento de texto aborda a inovação do conhecimento histórico a 
partir da segunda metade do século XX, conhecida como Nova História. 
Desde então, novos sujeitos tornaram-se objetos da pesquisa histórica, 
observando-se o seu protagonismo em diferentes esferas sociais. 
 
Com base nessa informação, é INCORRETO afirmar que compuseram o 
novo grupo deindivíduos estudados 
a) as mulheres atenienses na Grécia clássica. 
b) os imperadores e os generais da Roma antiga. 
c) as comunidades manicomiais e as étnicas. 
d) os afrodescendentes no continente americano. 
 
9. (Uel 2018) Leia o texto a seguir. 
 
Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao 
largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de 
Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas 
na chuva. Hora de morrer. 
(Disponível em: <https://pt.wikiquote.org/wiki/Blade_Runner>. Acesso em: 
11 jul. 2017.) 
 
 
Esta é uma fala do androide Roy que queria eliminar Decard, no filme Blade 
Runner, o Caçador de Androides (1982), dirigido por Ridley Scott. No 
entanto, no combate, Roy o salvou da morte. Essa reflexão apresenta a 
noção de uma existência construída por múltiplas experiências as quais, 
que por serem as memórias de Roy, se perderiam para sempre. 
 
Com base nos conhecimentos hoje predominantes sobre os fundamentos 
da história, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. 
 
( ) A História privilegia, nos seus estudos, as experiências coletivas dos 
grandes grupos humanos, excluindo a vida do indivíduo comum. 
( ) A historiografia desconsidera a memória oral para registrar as formas 
culturais de compreensão do mundo. 
( ) Nos museus e cemitérios, descansam os personagens históricos cujas 
ideias não mais afetarão os vivos. 
( ) Memória e história são noções diferentes, mas se complementam e 
interagem quando depoimentos orais são registrados em 
documentos. 
( ) Um fato histórico gera uma diversidade de documentos, e as 
interpretações sobre ele ressignificam o seu teor. 
 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, F, F, V, F 
b) V, F, V, F, V 
c) V, V, F, V, F 
d) F, F, F, V, V 
e) F, V, V, F, V 
 
10. (Udesc 2018) A História, segundo o historiador Marc Bloch, pode ser 
definida como a ciência do homem no tempo. Quando estudada em 
instituições escolares, ela é, comumente, dividida em: Idade Antiga, Idade 
Medieval, Idade Moderna e Idade Contemporânea. 
 
Sobre este modelo de organização do tempo histórico em períodos ou 
idades, analise as proposições. 
 
I. O modelo acima foi instituído na Grécia durante o século IV a.C. por 
Aristóteles que, na época, assumia as funções de tutor de Alexandre da 
Macedônia. 
II. A adoção deste modelo demonstra o forte vínculo existente entre os 
programas escolares de história e a tradição europeia, na medida em 
que as idades são organizadas a partir de processos ocorridos 
majoritariamente no Continente Europeu. 
III. O modelo citado foi desenvolvido e institucionalizado em 1837, pelo 
Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, e refere-se, exclusivamente, 
aos processos ocorridos a partir do Descobrimento do Brasil, em 1500. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
b) Somente a afirmativa III é verdadeira. 
c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
e) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
 
 
 
 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: [D] 
 
O texto questiona o uso dos chamados “registros oficiais” para o estudo dos 
povos pré-colombianos porque os mesmos foram escritos por aqueles que 
tinham a função de subjugar tais povos. Logo, a visão desses registros pode 
não corresponder à realidade ou pode corresponder apenas a uma parte 
dela. Ao mesmo tempo, o texto identifica a importância do uso das crônicas, 
feitas em especial por viajantes, para o estudo dos povos ameríndios. 
 
 
Resposta da questão 2: [E] 
 
O uso da História Oral é imprescindível para o entendimento e o estudo de 
sociedades que não tem a língua escrita desenvolvida, como é o caso das 
populações indígenas brasileiras. É através dos relatos falados de 
integrantes dessas sociedades que os Historiadores podem ajudar a contar 
a História desses povos. 
 
Resposta da questão 3: [D] 
 
A História, e seu estudo enquanto ciência, é sempre temporal. 
Necessitamos da temporalidade para tratar sobre História. Já os mitos, ou 
o estudo das mitologias, é anterior à própria História, sendo, também, 
atemporal. Por isso, não existe diálogo entre eles. 
 
Resposta da questão 4: [D] 
 
O trabalho historiográfico parte sempre da seleção de algo (um assunto, um 
tema, um personagem histórico, um questionamento) para que, então, 
através do olhar do Historiador sobre a memória já constituída sobre tal, se 
cristalize e se reatualize a História. 
 
Resposta da questão 5: [D] 
 
Mary Del Priore nos mostra que o estudo de atores históricos de maneira 
individualizada “como testemunhas, como reflexos, como reveladores de 
uma época” ajuda a integrar o entendimento social e cultural de um 
determinado período, abrindo acesso ao cotidiano de diferentes 
comunidades a partir dos laços desenvolvidos por esses atores. 
 
Resposta da questão 6: [A] 
 
Fundado em 1838, o IHGB foi concebido para construir e narrar a História 
da Nação brasileira, que havia se tornado independente em 1822. D. Pedro 
II foi um grande incentivador de tal projeto, contribuindo, inclusive, com o 
financiamento de pesquisas sobre o país. 
 
Resposta da questão 7: [A] 
 
Todos os elementos citados constituem fontes históricas. Fonte Histórica é 
todo elemento capaz de apresentar algum indício de um tempo passado. 
 
Resposta da questão 8: [B] 
 
Somente a alternativa [B] está correta. Tributária da Escola dos Analles, a 
Nova História ampliou a noção de documento e novos sujeitos históricos 
tornaram-se objetos de pesquisa, tais como, a bruxaria, as mulheres, as 
festas, a morte, etc. Os imperadores e os generais romanos já eram 
estudados pela historiografia tradicional. 
 
Resposta da questão 9: [D] 
 
Somente a alternativa [D] está correta. 
[I] Falsa. A História não privilegia o estudo das experiências coletivas de 
grupos humanos, pois também estuda a vida de indivíduos comuns, não 
estando, portanto, excluídos de sua análise. 
[II] Falsa. A História se utiliza também da memória oral de indivíduos e 
coletividades, registrando as culturas e formas de compreensão do 
mundo, tornando, assim, o conhecimento histórico sobre as diversas 
experiências mais completo e plural. 
[III] Falsa. Os personagens históricos com suas obras expressam por meio 
delas suas ideias; dessa forma, são constantemente relembrados por 
essas contribuições, que continuam influenciando nossas sociedades. 
[IV] Verdadeira. Quando a memória, por meio de depoimentos orais, fica 
registrada em documentos, como gravações, por exemplo, interage 
com a história porque produz novas possibilidades de compreensão 
dos acontecimentos. 
[V] Verdadeira. Um determinado fato histórico se expressa em diversos 
documentos (pinturas, fotografias, diários, leis), e as atividades de 
interpretação sobre esses materiais podem mudar e aprimorar a 
compreensão sobre o teor do referido fato. 
 
Resposta da questão 10: [E] 
 
As afirmativas [I] e III] estão incorretas porque a linha do tempo foi feita à 
posteriori dos principais acontecimentos que ela descreve, já no século XX. 
Logo, não foi desenvolvida na Grécia Antiga. Além disso, os marcos 
referenciais da linha são europeus e, por isso, ela não foi desenvolvida pelo 
IHGB.

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