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Cecília Gabrielle Lima Matos - 3º PERÍODO Habilidades Médicas Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) Introdução A Pneumonia é um processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar. Agentes infecciosos: bactérias, vírus ou fungos. Se divide em: Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC): Pacientes fora de ambiente hospitalar ou de unidades especiais de saúde, ou quando manifesta nas primeiras 48h de internação. Pneumonia Nosocomial: se instala 48h após a internação. Epidemiologia Principal causa de morte no mundo Grupos etários vulneráveis às complicações: crianças menores de 5 anos e adultos maiores de 65 anos. Grupos de maior gravidade: cardiopatas, dabéticos, doenças pulmonares crônicas Maiores taxas de internação: <5 anos e >80 anos. Mortalidade aumentada em maiores de 70 anos. Meios de contaminação Aspiração de secreções da orofaringe* Inalação de aerossóis expelidos por tosse, fala ou espirros* Disseminação hematogênica - qualquer infecção que atinge a corrente sanguínea e pode chegar até o pulmão; Reativação local (imunodeprimidos); Disseminação por foco contíguo; Fatores de Risco Tabagismo Infecções virais nas VAS RN e idosos Alcoolismo Imunossupressão Insuficiência renal DPOC Doenças cardiovasculares Diabetes Melitos Desnutrição Neoplasias malignas Alteração do nível de consciência Principais Patógenos PAC Ambulatorial (Leve): Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Haemophilus influenzae, Legionella sp. Internados (não em UTI): Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Vírus respitaórios, Haemophilus influenzae. Internados em UTI: Streptococcus pneumoniae, Bacilos gram negativos, Haemophilus influenzae, Legionella sp, Staphylococcus aureus. Manifestações Clínicas Tríade sintomática principal: Dor torácica, tosse produtiva e dispneia (nem sempre os 3 estarão presentes juntos) Tosse: pode ser seca ou produtiva, evoluindo frequentemente para purulenta (amarelada, espessa, odor fétido) Dor torácica tipo pleurítica: localizada, em pontada, piora com tosse e com a inspiração profunda. Febre: presente na maioria dos casos; febre moderada a alta; Dispneia: geralmente ausente em casos leves. Calafrios, astenia, anorexia, mialgia, sudorese, escarros hemoptóicos. Crianças: tosse, taquipneia, estertores finos (crepitações), tiragem subcostal, dor torácica, estridor em repouso, recusa de líquidos (e alimentar), convulsão, alteração sensorial, vômitos incoercíveis (recorrentes e que não aliviam com medicação), hipotermia ou febre alta. Idosos: debilidade do estado geral, confusão mental, piora da condição clínica subjacente, febre pode estar ausente. OBS: Idoso geralmente não apresenta esses sintomas típicos nem febre. São manifestações mais gerais. Exame Físico do tórax Encontramos a Síndrome de Consolidação Pulmonar: expansibilidade pulmonar diminuída, FTV aumentado, macicez ou submacicez, MV diminuído, estertores finos, sopro tubário. OBS - Essas alterações normalmente são localizadas e unilaterais (específico à região pulmonar acometida) Avaliar FR (acima de 30 irpm correlaciona com a gravidade do quadro e risco de óbito) Cecília Gabrielle Lima Matos - 3º PERÍODO Avaliação completa do paciente: idade, dados epidemiológicos, antecedentes, comorbidades, uso de medicamentos. Diagnóstico O diagnóstico etiológico é difícil e não deve retardar o início do tratamento. Pode ser feito pelo exame do escarro (pode haver contaminação pela flora normal das VAS, então o exame não é específico para detectar se o patógeno x veio do brônquio...), broncoscopia (difícil acesso, custo, mais invasivo), hemocultura (hospitalizados, PAC grave, sem resposta à terapia empírica). A etiologia é sugerida com associação da história clínica e anamnese. Exames de imagem: confirmação ou exclusão de pneumonia - RX tórax (opacidades alveolares), USG de tórax (avalia derrames pequenos e suspeitos de loculação), TC de tórax (dúvidas quanto a presença de infiltrado pneumônico, complicações, suspeita de neoplasias). OBS: Derrame pleural > 5 cm na posição lateral em ortostatismo a partir do sulco posterior, o paciente deve ser puncionado. Avaliação da Gravidade da PAC Deve ser feito em todo paciente -> decisão terapêutica; Intensidade; Investigação etiológica; escolha de antibiótico. ESCORE CURB-65 C - confusão mental U - ureia > 50mg/dl R - frequência respiratória >=30 irpm B - PAS<90mmHg ou PAD<=60 mmHg, idade >=65 anos. ESCORE CRB-65 (simplificado): estratificação da gravidade no nível de atenção primária e na emergência; é o escore utilizado atualmente. OBS: A dosagem de ureia deixou de ter no escore atualizado.
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