Resumo Behaviorismo - of 2

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Estudo Dirigido: Oficial 2 
Período: 4º 
Disciplina: Matrizes do Pensamento em Psicologia - Behaviorismo 
Docente: Stefanie Bracarense Nuvem 
 
 
ANIELLY ALVES RODRIGUES RA: 324354036437 
 
1) O BEHAVIORISMO METODOLÓGICO 
➢ Para John B. Watson, a psicologia não deveria analisar exclusivamente estudos da 
mente, mas sim estudos comportamentais. Assim, acreditava ser possível prever o 
comportamento humano; 
➢ Possuia base a teoria do condicionamento clássico, do fisiologista e médico russo 
Ivan Pavlov (1849 - 1936); 
➢ O meio externo determina grande parte do comportamento humano; 
➢ Realidade subjetivas e espirituais não são analisadas na teoria — positivismo; 
➢ Realidades não comportamentais, como genética e outros aspectos biológicos, 
possuem pouca ou nenhuma importância para a personalidade; 
➢ Experimentos exercem grande importância na elaboração das teorias: 
 O cão de Pavlov; 
 O bebê Albert; 
 A caixa de Skinner; 
➢ O Behaviorismo metodológico (ou clássico), se opõe ao mentalismo e 
introspeccionismo, ou seja, descarta os estudos relacionados à mente, pensamento e 
emoções. É baseado através de observação e experimentação; 
➢ Essa abordagem defende que o comportamento pode ser previsível e controlado a 
partir de estímulos; 
➢ Para estudar o comportamento, os behavioristas se baseiam nos pressupostos de que: 
 O comportamento deve ser estudado por si mesmo e sua causa não se 
deriva de processos introspectivos, nem de uma suposta alma ou da mente; 
 Oposição ao mentalismo e à concepção dualista do ser humano. Para o 
behaviorismo, o corpo é o que compõe todo o indivíduo, não havendo 
portanto uma divisão entre o corpo e a mente, ou entre o corpo e a alma; 
 Adesão ao evolucionismo biológico. Leva-se em conta as condições 
filogenéticas herdadas da espécie. Possui também uma estreita relação com 
a psicologia evolucionista, que explica o comportamento a partir da 
necessidade de sobrevivência das espécies. 
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 Adoção do determinismo materialístico. O que chamamos de “mente” é 
apenas o fruto de ligações entre circuitos de sinapses neuronais, para os 
behavioristas. Essa modelagem neurológica ocorreria ao longo do 
desenvolvimento ontológico do ser humano em interação com o ambiente 
(como a sua história de vida), compondo a “personalidade” ou, na linguagem 
behaviorista, o “repertório comportamental” do indivíduo. 
 Adoção da metodologia científica de base positivista. Os behavoristas 
utilizam procedimentos objetivos na coleta de dados para análise do 
comportamento, rejeitando a introspecção. Eles possuem como base 
epistemológica (o fundamento de sua teoria) a ciência Positivista, 
mensurando, realizando experimentações e testes de hipótese com grupo 
controle. 
 Evitam interpretações particulares sobre o comportamento. A busca é 
por uma observação consensual do comportamento, ou seja, o que é 
observável também por qualquer indivíduo. Evitando interpretações 
subjetivas da realidade. 
➢ O comportamento para Watson é um fenômeno observável, passível de mensuração 
e concordância entre todos os observadores; 
➢ Esse comportamento surge a partir de um estimulo presente no ambiente externo ao 
indivíduo, ou seja, os estímulos ambientais são as causas dos comportamentos; 
➢ Comportamento aqui pode ser definido como qualquer mudança observável em um 
organismo que é consequência de algum estímulo ambiental. Na perspectiva do 
behaviorismo clássico, um comportamento é sempre resposta a um estímulo, visão 
que é superada mais tarde por outras perspectivas mesmo dentro da Psicologia 
comportamental. 
 
2) O BEHAVIORISMO RADICAL 
➢ B. F. Skinner, 1942, sucede Watson; 
➢ Skinner levou ao máximo a tese behaviorista. Segundo ele, o comportamento 
humano é uma resposta às recompensas do meio externo; 
➢ A base da corrente skinneriana está na formulação do condicionamento operante; 
➢ O Behaviorismo radical, corrente comportamentalista de Skinner, surgiu em 
oposição ao behaviorismo metodológico; 
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➢ Afirmou que sentimentos, emoções e outros fatores mentalistas não dão origem à 
conduta; são, na verdade, parte integrante dela; 
➢ Assim, o comportamento consistiria em uma mescla de manifestações externas 
desses fatores, e na consequência de atos praticados; 
➢ O indivíduo controla a forma como vai se comportar com base no que aprende sobre 
a relação entre seu comportamento e as consequências que seus atos acarretam 
possíveis consequências como: 
 Reforço positivo -> um prêmio ou gratificação como estímulo pela ação realizada 
 Reforço negativo -> retirada de um estímulo desagradável 
 Punição -> sanção por um comportamento não desejado 
➢ Então, é possível condicionar as ações a partir de associações com possíveis 
consequências. Essas associações seriam suficientes para condicionar o 
comportamento; -> Exemplo: Dar um chocolate aos bons alunos (reforço positivo); 
Permitir que os alunos que terminarem uma tarefa possam sair (reforço negativo); 
Suspensão ou castigos físicos como palmatória ou ajoelhar no milho (punições); 
 
 
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2.1) MODELAGEM x MODELAÇÃO 
➢ A modelação foca na aprendizagem por meio da observação, já a modelagem 
cria o ensino por meio de aproximações sucessivas de reforços para o 
comportamento alvo; -> o reforço pode ser utilizado quando desejamos um condicionar um 
comportamento já existente 
 O termo "modelagem" no contexto do behaviorismo refere-se ao processo 
de aprendizagem no qual um indivíduo observa o comportamento de outra 
pessoa (um modelo) e reproduz esse comportamento. 
 
3) ANALISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO 
➢ É o processo de coletar e analisar informações em relação aos antecedentes e 
conseqüências contingentes a ocorrência de um comportamento; 
 
 Antecedente: criança está brincando de colorir e a terapeuta pede o lápis 
verde. “Dá o lápis verde.” 
Comportamento: criança joga o lápis e chora 
Consequência: terapeuta diz “Jogar não” pega o outro lápis e, 
imediatamente, repete a pergunta e aumenta o suporte garantindo que a 
criança realize a resposta. 
 
 Antecedente: no encerramento de uma brincadeira a terapeuta guarda o 
brinquedo 
Comportamento: criança chora, se levanta e tenta, fisicamente, obter o 
objeto 
Consequência: terapeuta diz que acabou e tira o brinquedo do alcance da 
criança. 
 
 Antecedente: O aluno senta-se à mesa com livros e material de estudo. 
Comportamento: O aluno lê e faz anotações. 
Consequência: A compreensão do material aumenta, e o aluno recebe boas 
notas nas avaliações. 
 
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 Antecedente: Tarefa difícil ou entediante a ser realizada. 
Comportamento: Adiar a execução da tarefa. 
Consequência: Alívio temporário do desconforto associado à tarefa. 
 
 Antecedente: Ambiente socialmente aversivo (por exemplo, situações de 
grupo). 
Comportamento: Retirar-se ou evitar interações sociais. 
Consequência: Redução do desconforto social. 
 
 Antecedente: Ausência de atenção. 
Comportamento: Comportamentos chamativos ou disruptivos. 
Consequência: Recebimento de atenção. 
 
 Antecedente: Sentimento de energia acumulada. 
Comportamento: Exercício físico. 
Consequência: Liberação de energia, sensação de bem-estar. 
 
 
4) ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO 
➢ São padrões ou arranjos específicos de apresentação de reforço que influenciam a 
ocorrência e a frequência de comportamentos. Refere-se ao processo pelo qual um 
estímulo ou evento consequente aumenta a probabilidade de que um comportamento 
ocorra novamente. 
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 Reforçamento Contínuo (RC) 
Cada resposta correta é reforçada. Esse esquema é eficaz para o estabelecimento 
inicial de um comportamento, mas pode levar à extinção rápida se o 
reforçamento for removido. 
 
 Reforçamento Intermitente 
Em vez de reforçar cada resposta, o reforço é apresentado apenas 
ocasionalmente. O reforço intermitente incluí: 
▪ Reforçamento Intermitente de Razão Fixa (RIRF): O reforço é 
entregue após um número fixo derespostas. 
▪ Reforçamento Intermitente de Razão Variável (RIRV): O número de 
respostas necessárias para o reforço varia, mas segue uma média. 
▪ Reforçamento Intermitente de Intervalo Fixo (IIRF): O reforço é 
entregue após um período de tempo fixo desde a última resposta. 
▪ Reforçamento Intermitente de Intervalo Variável (IIRV): O período 
de tempo entre os reforços varia, mas segue uma média. 
 
 
5) OPERANTES VERBAIS 
➢ Skinner desenvolveu a teoria do comportamento operante, que se concentra no papel 
das consequências do comportamento na modificação e manutenção desse 
comportamento. 
➢ O comportamento operante é qualquer comportamento voluntário que "opera" sobre 
o ambiente para produzir consequências. 
➢ O comportamento verbal é uma forma de comportamento operante que envolve o uso 
da linguagem, incluindo fala, escrita e leitura. Skinner argumentou que a linguagem 
pode ser analisada da mesma maneira que outros comportamentos operantes, sujeita às 
leis do reforço e punição. 
 ECOICO: é um tipo de comportamento verbal operante identificado por B.F. 
Skinner, no qual a resposta do falante é uma imitação vocal direta do 
estímulo auditivo precedente. Em outras palavras, é quando alguém repete 
ou ecoa exatamente o que ouviu; -> frequentemente observado em crianças durante 
o desenvolvimento da linguagem, quando estão aprendendo a imitar sons e palavras; 
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Ex: Estímulo auditivo: 
 Pessoa A diz "gato". 
 
Resposta ecoica: 
 Pessoa B repete imediatamente, dizendo "gato". 
 
 TATO: refere-se à emissão de um nome para algo ou alguém. É quando uma 
pessoa usa palavras para identificar ou nomear objetos, pessoas, lugares, 
eventos, etc. 
Ex: Estímulo visual: 
 Uma criança vê um cachorro na rua. 
 
Resposta de tato: 
 A criança diz "cachorro". 
 
 MANDO: por meio do mando que as pessoas são capazes de fazer pedidos, 
formular perguntas, dar conselhos e avisos, solicitar a atenção de alguém, 
identificar reforços necessitados pelas por outros; 
Ex: Situação: 
 Uma pessoa está com sede. 
 
Comportamento Mando: 
 A pessoa diz: "Por favor, passe-me a água." 
 
Consequência: 
 Outra pessoa entrega um copo de água. 
 
 INTRAVERBAL: é controlado por um estímulo discriminativo verbal, 
podendo ser vocal ou escrito. O estímulo verbal é a ocasião para que 
determinada resposta verbal seja emitida, sem correspondência ponto a 
ponto, e essa resposta é mantida por um estímulo reforçador generalizado; 
Ex: Estímulo verbal antecedente: 
 Alguém pergunta, "Qual é a capital da França?" 
 
Resposta operante intraverbal: 
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 Outra pessoa responde, "A capital da França é Paris." 
 
 TEXTUAL: a resposta verbal do leitor (falante) é controlada pelo texto. O 
estímulo antecedente é um estímulo verbal escrito ou impresso e a resposta 
é verbal vocal. Há entre o estímulo e a resposta uma correspondência formal, 
arbitrariamente estabelecida, e a consequência é um reforço generalizado; 
Ex: Estímulo textual: 
 Um livro ou uma instrução escrita que diz: "Por favor, escreva uma breve descrição do 
seu filme favorito". 
 
Resposta operante verbal textual: 
 A pessoa escreve uma resposta, como "Meu filme favorito é 'O Senhor dos Anéis'. É uma 
aventura épica que se passa em um mundo de fantasia..." 
 
 TRANSCRIÇÃO: tem-se um estímulo verbal que pode ser sonoro ou escrito 
e uma resposta verbal, que é sempre escrita. Esse operante verbal ocorre em 
duas modalidades diferentes: a cópia ou o ditado; 
 AUTOCLÍTICO: operante verbal autoclítico é descrito como secundário, 
uma vez que sua função depende dos operantes verbais primários acima 
mencionados. O autoclítico é um operante verbal que age sobre outro 
operante verbal (primário) do falante, modificando a função de outros 
operantes verbais. Em outras palavras, são palavras ou expressões que 
acompanham e modificam o significado de outras palavras, alterando o 
contexto ou a interpretação da comunicação. 
Ex: Situação: 
 João pergunta a Maria sobre o que ela acha do novo filme. 
 
Resposta de Maria: 
 "Eu acho que o filme é interessante." 
-> Em cada caso, as palavras ou expressões como "certeza de que", "pode 
ser que" e "eu duvido que" são exemplos de operantes verbais autoclíticos 
que modificam a interpretação das declarações que as seguem.