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CARDIOLOGIA - PRISCILA DUTRA - 8º PERÍODO SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA 1. Introdução → As Doenças Cardiovasculares representam a principal causa de morte em todo o mundo. Entre elas, a Doença Arterial Coronariana (DAC) se destaca como a forma mais prevalente e a principal causa de óbito em países desenvolvidos. A DAC é caracterizada por anormalidades funcionais ou estruturais nas Artérias Coronárias, levando a uma redução na oferta de oxigênio para o Miocárdio, principalmente devido à Doença Aterosclerótica. Essa condição é mais prevalente em pessoas com idades entre 65 e 84 anos. O desequilíbrio entre o consumo e a oferta de oxigênio ao Miocárdio é o principal mecanismo envolvido, sendo que a redução na oferta pode ocorrer devido à diminuição do fluxo sanguíneo ou à redução do conteúdo arterial de oxigênio, levando a um quadro Álgico caracterizado por Angina estável. FISIOPATOLOGIA → Os Vasos Coronários possuem uma predominância Epicárdica, que são as Artérias Coronárias principais e o seu Tronco. Desses vasos vão sair as Artérias que vão penetrar o interior do Músculo Cardíaco no sentido Epicárdio-endocárdio. Dessa forma, quando ocorre uma Isquemia, ela acontece de forma mais veemente no Endocárdio por conta de ser uma região que tem mais estresse parietal (tensão) e consequentemente mais sujeita a uma Isquemia quando existe um aumento da demanda. Assim, quanto maior a Pressão, maior é a Pressão de Perfusão e vice-versa. Dessa forma, quedas elevadas de Pressão levam a uma diminuição da Pressão de Perfusão Coronariana que se dá durante a Diástole. Daí a importância de quanto maior o Volume Diastólico final, maior o Débito Cardíaco, consequentemente maior a Perfusão Coronariana. Logo, uma das formas de abordar a melhora da Síndrome Coronariana Crônica estável é melhorar o Débito Cardíaco durante a Diástole. → A circulação coronariana é capaz de se autorregular, aumentando o seu Fluxo e a sua Pressão de Perfusão em até 5- 6 vezes do normal, que é em torno de 70-90 ml/100 g de Tecido por minuto. ANGINA ESTÁVEL → A Angina é uma Síndrome Clínica caracterizada por dor ou desconforto, geralmente na Região Torácica ou Epigástrica, podendo irradiar para o Ombro, Mandíbula, Dorso ou Membros Superiores. É tipicamente desencadeada ou agravada com a atividade física ou estresse emocional e atenuada com repouso ou uso de Nitroglicerina (Vasodilatador) e seus derivados. FATORES DE RISCO • Idade; • História Familiar; • Obesidade; • Dislipidemia; • Diabetes; • Hipertensão Arterial; • Estresse; • Tabagismo. DOR TORÁCICA CARDÍACA E NÃO CARDÍACA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Qualidade: constritiva, em aperto, peso ou opressão. • Desconforto: queimação ou pontada. • Localização: Tórax (Precordial, Retroesternal), Epigástrio, podendo irradiar para o Ombro, região Cervical, Mandíbula, Dorso (Fibras Simpáticas de T1-T5 e Parassimpáticas do Nervo Vago) ou Membros Superiores. • Irradiação: Ombro, Mandíbula, Dorso ou Membros Superiores. • Duração: segundos ou minutos. • Fatores Desencadeantes: esforço físico, atividade sexual, algumas posições em quadros avançados, alimentação, componente emocional e espontânea. Ex: Dor ao Respirar - possibilidade de origem Pleurítica. • Fatores de Alívio: repouso e uso de Nitrato Sublingual. Ex: outras origens se melhora com o uso de Analgésico, Antiácido, alimentação, posição, Apneia... • Sintomas Associados tanto na SCC E SCA: Sudorese, Náusea, Vômitos e Palidez. Ex: Dispneia, Tosse, Hemoptise, Pré-sincope e Síncope são quadros comuns de Doenças Cerebrovasculares. Estenose Aórtica: menor Débito Cardíaco e consequentemente menor Perfusão Coronariana. Miocardiopatia Hipertrófica: pode simular Dor Torácica por obstrução da via de saída do Ventrículo Esquerdo. HAS: aumento do Pós-carga. Espasmo Coronário, Dissecção de Aorta e Pericardite: podem desenvolver Dor Torácica. ANATOMIA CORONARIANA • Túnica Adventícia: rica em Fibras de Colágeno. • Túnica Média: rica em Fibras Elásticas e Músculo Liso. • Túnica Intima: rica em Células Endoteliais que revestem o lúmen do Vaso. Área de maior Pressão! ATEROGÊNESE → A Aterogênese é caracterizada pelo desenvolvimento de Placas Gordurosas, denominadas Placas Ateromatosas, na superfície interna das Paredes Arteriais. 1º Deposição de Gordura → 2º Calcificação e Fibrose = Angina Estável → 3º Instabilidade da Placa (Lise e Crescimento) → 4º Formação do Trombo Exemplo: Vaso Normal x Aterosclerose CASCATA ISQUÊMICA 1º Perfusão Heterogênea → 2º Alterações Metabólicas → 3º Disfunção Diastólica → 4º Disfunção Sistólica → 5º Alteração do ECG → 6º Angina ETAPAS NA ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA 1º Classificação Clínica da Dor Torácica; 2º Estimativa da probabilidade de DAC; 3º Avaliação da apresentação clínica da DAC; 4º Estimativa da graduação da Angina; 5º Avaliação das condições que podem causar ou exacerbar a Isquemia; 6º Estratificação do risco de eventos Cardiovasculares em pacientes com Angina. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA DOR TORÁCICA • Angina Típica/Definitiva - Desconforto Torácico Retroesternal; - Provocado por esforço ou estresse emocional; - Alivia com repouso ou uso de Nitrato. • Angina Atípica/Provável: reúne 2 características da Angina Típica. • Dor Torácica Não Cardíaca: reúne 1 ou 0 características da Angina Típica. Excluem-se nesse contexto os pacientes que não sentem dor. Nesse caso, há uma situação definida como "Equivalente Isquêmico ou Anginoso" que é caracterizada pela presença de Dispneia desproporcional ao esforço e/ou Sudorese fria em pacientes idosos, com Disautonomia, Diabetes, já Revascularizados ou Transplantados. ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE DE DAC → Quanto maior a idade, maior a probabilidade do paciente apresentar DAC. Principalmente se a idade estiver associada a Fatores de Risco como Dislipidemia, Diabetes e Tabagismo. AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO CLÍNICA DA DAC • Síndrome Coronariana Aguda (SCA) - IAM com Supra de ST - IAM sem Supra de ST - Angina Instável: Repouso, Crescendo ou Recente Começo (< 60 dias de evolução). • Síndrome Coronariana Crônica (SCC) - Angina Estável. - Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida (ICFER) de Etiologia Isquêmica; - Síndrome Coronariana Aguda com Angioplastia menor que 1 ano; - Síndrome Coronariana Aguda com Angioplastia maior que 1 ano; - Pacientes Assintomáticos com Teste Funcional positivo; Ex: Teste Ergométrico - Angina Microvascular e Vasoespástica ESTIMATIVA DA GRADUAÇÃO DA ANGINA PELA SOCIEDADE CANADENSE DE CARDIOLOGIA • Classe I: atividades físicas habituais (caminhar, subir escadas, etc) não causam sintomas. A Angina ocorre aos esforços extremos, rápidos ou prolongados no trabalho ou recreação. • Classe II: ligeira limitação da atividade física. A Angina ocorre ao caminhar ou subir escadas rapidamente, subir morros, caminhar ou subir escadas após refeições, no frio, contra o vento ou sob estresse emocional. Angina que ocorre ao caminhar mais de 2 quarteirões no plano ou subir mais de 1 andar no passo normal e em condições normais. • Classe III: acentuada limitação da atividade física. A Angina ocorre ao caminhar 1 ou 2 quarteirões no plano ou subir 1 lance de escadas no passo normal e em condições normais. • Classe IV: incapacidade para exercer qualquer atividade física sem desconforto. A Angina pode ocorrer em repouso. *Prova! AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES QUE PODEM CAUSAR OU EXACERBAR A ISQUEMIA • Causas Não Cardíacas Consumo aumentado de Oxigênio - Anemia; - Hipoxemia; - Hipertermia; - Hipertireoidismo; - Toxidade Simpatomimética (Ex: Cocaína); - Hipertensão; - Ansiedade; - Fístula Arteriovenosa; - Pneumonia; - Asma... Oferta diminuída de Oxigênio - Doença Pulmonar ObstrutivaCrônica; - Hipertensão Pulmonar; - Fibrose Pulmonar Intersticial; - Apneia do Sono Obstrutiva; - Doenças Falciformes; - Hiperviscosidade; - Policitemia; - Leucemia; - Trombocitose; - Hipergamaglobulinemia... • Causas Cardíacas Consumo aumentado de Oxigênio - Estenose Aórtica; - Miocardiopatia Dilatada; - Miocardiopatia Hipertrófica; Oferta diminuída de Oxigênio - Taquicardia Supraventricular; - Taquicardia Ventricular; - Bradicardia importante nos Bloqueios Atrioventriculares. ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM ANGIN A Avaliação Fatores Prognósticos Paciente Idade, Sexo Masculino, IAM Prévio, Fatores de Risco p/ DAC História Clínica Angina Classe III e IV Exame Físico B3, B4, Ritmo de Galope, Sopro de IM, Bradicardia, Hipotensão, Arritmias Ventriculares Complexas, Cardiomegalia e Congestão Pulmonar Resposta ao Tratamento Angina Refratária ao Tratamento Clínico Testes Não Invasivos Disfunção Ventricular • Escore de Framingham: Estima a probabilidade de ocorrer Infarto do Miocárdio ou Morte por Doença Coronária em um período de 10 anos, em indivíduos sem Diagnóstico Prévio de Aterosclerose clínica. Essa ferramenta identifica adequadamente indivíduos de alto e baixo risco. • Escore de Risco Global: Estima o risco de Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico, Insuficiência Vascular Periférica ou Insuficiência Cardíaca em 10 anos. Calculadora ER 2017 da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). • Tempo de Vida: Utilizada a partir dos 45 anos, avalia a probabilidade de um indivíduo a partir dessa idade apresentar um evento Isquêmico. • SCORE (Systematic Coronary Risk Estimation): Ferramenta utilizada para estimar o risco de eventos Cardiovasculares Fatais em 10 anos em indivíduos sem Histórico de Doença Cardiovascular. ESCORE DE DUKE - TESTE ERGOMÉTRICO → Escore de Duke: Tempo de Exercício - (5 x Infra de ST) - (4 x Índice de Angina) • Baixo Risco: Escore de Duke > 5 • Risco Intermediário: Escore de Duke entre 5 e -11 • Alto Risco: Escore de Duke < -11 Testes Funcionais que avaliam a Perfusão e Motilidade Miocárdica associados ao Escore de Duke p/ Estratificação de Risco Ex: Cintilografia Miocárdica e Ecocardiograma É importante considerar os Fatores de Risco ao definir a meta de controle do Colesterol. Na Ergometria, quanto maior o Escore de Duke, maior a mortalidade (maior que 3%). Cintilografia Miocárdica com Isquemia de mais de 10% no território muscular também apresenta alto risco. Eco Estresse, Eco com estímulo de droga para aumentar a Força de Contração do Coração, por exemplo: Dobutamina. Se 3 ou mais segmentos musculares apresentarem Hipo ou Acinesia, o paciente está em maior risco também. Se a Ressonância Miocárdica revelar 2 ou mais segmentos com defeito de Perfusão com Dipiridamol ou 3 ou mais defeitos de Contração com Dobutamina, há alto risco Coronariano. Se, no Cateterismo, o paciente apresentar muitos Vasos Comprometidos, Lesão de Tronco, Disfunção Sistólica com Fração de Ejeção menor ou igual a 25% ou Reserva de Fluxo Coronariano menor ou igual a 0,8. AVALIAÇÃO INICIAL • Hemograma • Função Renal: Creatinina e Ureia • Perfil Lipídico • Glicemia • Provas Inflamatórias: PCR e VSH • Sumário de Urina: Microalbuminúria Paciente com Lesão Vascular Renal pode apresentar Lesão Coronariana! • Eletrocardiograma - O ECG normal não exclui a presença de Obstrução Coronariana. Entretanto, o ECG tem importância diagnóstica: as alterações indicativas da presença de áreas inativas prévias (Ondas Q acompanhadas de Ondas T Negativas nas Derivações que exploram a Necrose) permitem o diagnóstico de Síndrome Coronariana Crônica (SCC). • Radiografia de Tórax: principal finalidade é o Diagnóstico Diferencial. EXAMES ESPECÍFICOS • Teste Ergométrico: ECG durante uma situação de esforço. - Critérios de Positividade p/ SCC: presença de Infra de ST; Dor Torácica típica; Queda da PA ao exercício; aparecimento de Bulhas Acessórias (Sopros) por Isquemia... - Diagnóstico de DAC, Avaliação Terapêutica, Reabilitação e Determinação Prognóstica. - Recomenda-se associar um método de imagem: Cintilografia ou Ecocardiograma com Estresse. Exercício Físico → ↑ Débito Cardíaco → ↑ Trabalho Miocárdico → ↑ Consumo de Oxigênio → ↑ Fluxo Exemplo: Presença de Infra de ST ao exercício e positivo p/ SCC • Cintilografia Miocárdica: método não invasivo indicado na avaliação da Doença Coronariana Isquêmica, utilizando o Tc-MIBI (Tecnécio-2-METOXI-ISOBUTIL-ISONITRILA) para avaliar a Viabilidade Miocárdica, e o Tálio ou Glicose marcada com Flúor 18 para a Função Ventricular. - Fase de Repouso: o radiofármaco injetado preenche homogeneamente todo o Miocárdio, indicando uma irrigação normal devido à adequada relação oferta/consumo de Oxigênio. No entanto, podem ser observadas "falhas" nesse preenchimento em áreas com Lesões Coronárias graves e Fibrose, como em casos de Infarto prévio. O uso de Drogas que aumentam a força de Contração auxilia pacientes que não podem ser submetidos a esforço físico. - Fase de Estresse (Teste Ergométrico): o radiofármaco é novamente injetado. Devido à desproporção entre a oferta e o consumo de Oxigênio causada por Obstruções Coronárias, algumas áreas do Miocárdio podem não ser alcançadas pelo radiofármaco, resultando em "falhas" que podem ser diferentes ou coincidentes com as observadas na fase de repouso, indicando áreas de Isquemia ou Infarto. Exemplo: Teste de Cintilografia positivo p/ Isquemia Miocárdica Linha de baixo = repouso Linha de cima = em exercício Alterações Crônicas (Necroses antigas) aparecem durante o repouso e não mudam com o exercício. Alterações que não estavam presentes no repouso e surgem durante o esforço são Alterações Isquêmicas Agudas Perfusionais que denotam obstrução naquele momento. • Ecocardiograma com Estresse: Pode ser feito com exercício em Bicicleta Ergométrica ou com auxílio de Drogas (Dobutamina) que aumentam a Contratilidade Miocárdica e o consumo de Oxigênio. Se esse aumento da Contratilidade e do consumo não for acompanhado do aumento de Fluxo, o paciente terá alterações da Contratilidade regional. Quando uma parede torna-se Isquêmica, ela apresenta alterações da Contratilidade Segmentar. Exemplo: Surgimento ou piora da Hipocinesia em Estresse • Tomografia Computadorizada ou Por Emissão de Pósitrons (PET-CT/PET-SCAN): uso de contraste iodado nas Veias Periféricas desenha como se fosse um Cateterismo. A Angiotomografia Coronariana vem ocupando espaço dentro da matriz diagnóstica e substituindo cada vez mais a Cineangiocoronariografia, que vem ficando cada vez mais para terapêutica. Exemplo: Placas nas Artérias Epicárdicas • Ressonância Nuclear Magnética: também mostra, com o uso de contraste, os Óstios Coronarianos e possíveis obstruções de Placas de Gordura. • Cineangiocoronariografia ou Cateterismo Cardíaco (Padrão-ouro) - Exame invasivo que tem por finalidade identificar quais as Artérias comprometidas pela Aterosclerose e quantificar o grau de Obstrução. - Grau de Obstrução: < 40% Discreta; 40-69% Moderada e ≥ 70% Grave em Vasos Periféricos ou > 50% em Tronco. 2. Tratamento NÃO FARMACOLÓGICO → Combate a condições que agravam a Isquemia: Hipertensão Arterial Sistêmica, Febre, Tireotoxicose, Anemia e Hipóxia. → Os Exercícios Pós-prandiais devem ser evitados, enquanto os Exercícios Aeróbicos graduais devem ser encorajados. Exercícios Aeróbicos > Exercícios Anaeróbicos a curto e médio prazo. → Redução dos Fatores de Risco Cardiovasculares: Obesidade, Dislipidemia, Diabetes, Hipertensão Arterial, Tabagismo... → Em pacientes com baixo risco e Angina estável, a redução agressiva dos Lipídios tem o mesmo resultado que a Angioplastia em relação à evolução dospacientes. Baixo Risco: mudança dos Fatores de Risco Alto Risco: mudança dos Fatores de Risco e Drogas Pacientes de Risco Intermediário com qualquer um dos Fatores abaixo passam a ser de Alto Risco: FARMACOLÓGICO • Prevenção de Infarto do Miocárdio e Óbito Interferem no prognóstico! - Antiagregantes Plaquetários: AAS ou Clopidogrel O uso dos Antiagregantes concomitantemente são formalmente indicados em pacientes de Alto Risco, Diabéticos ou não Revascularizados totalmente. - Estatinas - IECA ou BRA ou Valsartana - Betabloqueadores • Redução dos Sintomas e de Isquemia Miocárdica - Betabloqueadores - Antagonistas dos Canais de Cálcio - Nitratos - Trimetazidina, Nicorandil e Ranolazina - Ivabradina/Procoralan ASPIRINA/ÁCIDO ACETILSALIC ÍLICO → Inibe a Ciclooxigenase e a síntese de Tromboxano A2, que é fundamental para Agregação Plaquetária. → Grau I e Nível A. → Indicação: DAC Estável. CLOPIDOGREL → Bloqueia os Receptores Plaquetários P2Y12, reduz os níveis de Fibrinogênio e bloqueia parcialmente os receptores da Glicoproteína IIb/IIIa. → Grau I e Nível B. → Indicação: Angina Instável, Stent Convencional e Farmacológico. DUPLA ANTIAGREGAÇÃO • DAPT Score: ≥ 2 = Alto Risco de Trombose. • PRECISE-DAPT Score: < 25 = Alto Risco de Sangramento. → A Dupla Antiagregação Plaquetária na Angina Estável é indicada em pacientes que foram submetidos à ICP (Intervenção Coronária Percutânea). Também deve-se levar em consideração o DAPT Score e o PRECISE-DAPT Score. HIPOLIPEMIANTES → As Estatinas agem na HMG Coenzima A Redutase, que possui hábitos predominantemente noturnos, reduzindo os níveis de LDL e aumentando os de HDL. Também tem ação estabilizadora sobre a Placa Ateromatosa, diminuindo o processo inflamatório. → Grau I e Nível A. Classificação Europeia (2019): LDL < 116 mg/dL p/ Baixo Risco LDL < 55 mg/dL p/ Alto Risco Recomendação Brasileira (2017): Risco Baixo: baixar o Colesterol em 50% Risco Intermediário: baixar o Colesterol em 30-50% Risco Alto: baixar o Colesterol em 30% • Ezetimiba: inibidor da absorção do Colesterol nas vilosidades intestinais. Pode ser utilizado em associação com a Estatina ou nos intolerantes a mesma. • Evolocumabe: Anticorpo Monoclonal. Caríssimo. IECA OU BRA OU VALSARTANA → Atuam melhorando o Perfil Hemodinâmico (PA), a Perfusão Miocárdica e estabilizam a Placa. “Terminam em Pril” → Grau I e Nível A em pacientes com SCC com Disfunção do VE e Diabetes Mellitus e em pacientes apenas com SCC são Grau IIa e Nível B. BETABLOQUEADORES → Os Betabloqueadores bloqueiam a atividade simpática no Miocárdio e diminuem a Frequência Cardíaca, a Força de Contração, o Consumo de Oxigênio, a Pressão Arterial e Arritmias fatais. → Grau I e Nível A. “Terminam em Lol” → São Grau I e Nível B quando utilizados com a intenção de reduzir sintomas. ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO → Inibem a entrada de Cálcio intracelular na Musculatura Lisa dos Vasos e Miócitos, resultando em Vasodilatação Coronária e Periférica, diminuição da Frequência Cardíaca, redução da Contratilidade e consequente redução da demanda de Oxigênio, além de aumento da oferta. • Di-hidropiridínicos: Nifedipina... → Grau III e Nível B. → Fenilalquilamina (Verapamil) e Benzotiazepínico (Diltiazem) NÃO DEVEM SER UTILIZADAS POR CAUSAREM EFEITOS CRONOTRÓPICOS E INOTRÓPICOS NEGATIVOS. NITRATOS → Vasodilatadores com ação no Endotélio diminuem a síntese do Óxido Nítrico, consequentemente aumentando a Perfusão Miocárdica e reduzindo a demanda de Oxigênio. Ex: Isossorbida... → Grau I e Nível C. TRIMETAZIDINA → Inibidor Metabólico que diminui o consumo de Oxigênio da Célula Miocárdica e otimiza a ação da Glicose na síntese do ATP, consequentemente a pouca Glicose que chega será melhor utilizado. → NÃO interfere na Frequência Cardíaca, Débito Cardíaco ou na Pressão Arterial, atuando apenas a nível metabólico celular. → Grau IIb e Nível C. IVABRADINA/PROCORALAN → Inibidor especifico da corrente If do Nó Sinusal. Como resultado, trata-se de uma droga exclusivamente redutora da Frequência Cardíaca. → Grau IIa e Nível B. Sempre utilizar drogas de primeira escolha (IECA ou BRA e Betabloqueadores), só partindo para adicionar uma segunda ou terceira droga se o paciente não apresentar melhora clínica, persistência do quadro Álgico, intercorrência clínica (Hipotensão ou Bradicardia) ou se for refratário ao esquema inicial. Se o paciente passou por Cateterismo, usou todas as Drogas recomendadas e ainda assim continua com dor, então a cirurgia é considerada. O estudo de Isquemia publicado em Março de 2020 afirma que pacientes com SCC que antes eram tratados com Cirurgia Cardíaca, hoje o tratamento inicial passa a ser medicamentoso. Após todos os passos do Tratamento Medicamentoso e se ainda persistir a dor, aí sim é considerada a intervenção cirúrgica. Os resultados mostram que o Tratamento otimizado por Drogas e o Tratamento Invasivo Cirúrgico (Angioplastia ou Cirurgia) têm resultados semelhantes em um período de 5 anos.
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