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Componentes químicos da célula 
Cada célula do nosso organismo necessita de uma combinação organizada de moléculas de forma ordenada para originar diferentes estruturas. Essas moléculas podem ser de origem orgânica e inorgânica e a concentração delas estimula a abertura de canais na membrana plasmática e também o movimento de moléculas, do citoplasma, contração muscular etc. (DE ROBERTIS; HIB, 2014).
De acordo com Vanputte et al. (2016), cada componente inorgânico e orgânico da célula, em condições de equilíbrio, apresenta uma concentração: oxigênio: 65%; carbono: 18%; hidrogênio: 10%; nitrogênio: 3,0%; cálcio: 1,80%; fósforo: 1,20%; potássio: 0,35%; enxofre: 0,25%; sódio: 0,15%; cloro: 0,15%; magnésio: 0,05%; flúor: 0,007%; ferro: 0,005% (subtotal : 99,962%). Outros componentes são: zinco, bromo, cobre, iodo. A combinação das moléculas forma os íons (Ca2+, Na+, K+ e outros), muito importantes para o funcionamento do organismo.
Substâncias inorgânicas: água 
A água é a substância mais abundante nos tecidos do organismo. Apresenta uma molécula formada por dois átomos de Hidrogênio (com carga +) e um átomo de Oxigênio (com carga -). A água é considerada um solvente universal de íons e facilita a separação de coloides. Auxilia nas atividades metabólicas da célula, pois funciona como meio aquoso, favorecendo reações de união e lise (separação) das soluções (DE ROBERTIS; HIB, 2014). Os fluídos do organismo podem transportar nutrientes, gases e resíduos celulares (um exemplo é o plasma). A água também apresenta grande teor de coeficiente calórico e, por esse motivo, é responsável por absorver calor na célula (DE ROBERTIS; HIB, 2014).
Você sabe qual é o percentual aproximado de água em nosso organismo? Aproximadamente “50% do peso de uma mulher jovem adulta e 60% do peso de um homem jovem adulto são decorrentes da água presente nesses organismos” (VANPUTTE et al., 2016).  
Sais minerais 
ara manter a homeostase (equilíbrio) da célula, é necessário que a concentração de íons dentro da célula (intracelular) seja diferente em quantidade e tipos de íons em relação ao meio externo da célula (extracelular). Segundo De Robertis e Hib (2014), “a célula apresenta elevada concentração de cátions K+ e Mg2+, enquanto o Na+ e o Cl- estão localizados, principalmente, no líquido extracelular”.
A diferença na carga elétrica é importante na pressão osmótica (transporte de água) e no equilíbrio acidobásico da célula. Quando ocorre um aumento na quantidade de sais, também ocorre um aumento na retenção de água na célula, interferindo na pressão osmótica. O pH é um fator muito importante no funcionamento do organismo e, se não estiver no seu valor ideal, nas diferentes células do organismo, pode causar a morte. Segundo Vanputte et al. (2016), regulamos o pH utilizando substâncias denominadas tampão.
Componentes orgânicos: glicídios, lipídeos e proteínas 
Carboidratos são considerados a principal fonte de energia da célula. Na sua composição encontramos carbono, hidrogênio e oxigênio. As moléculas de oxigênio que estão presentes nos carboidratos fazem com que a molécula seja polar e apresente solubilidade com a água (VANPUTTE et al., 2016). A principal característica dos lipídios é a insolubilidade na água, mas é solúvel em solventes orgânicos. A molécula de lipídio é considerada hidrofóbica em relação à água. As proteínas são formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que se reúnem para formar unidades denominadas aminoácidos. As proteínas podem ter função de regulação, transporte, proteção, contração, estrutura e energia em nosso organismo.  
Componentes orgânicos: enzimas, ácidos nucleicos e vitaminas 
Segundo Vanputte et al. (2016), “as enzimas são proteínas catalisadoras que alteram a velocidade das reações químicas sem que sejam alteradas” e são específicas para cada substrato (substância que sofre a ação da enzima). As enzimas possuem sítios ativos modelados conforme a molécula que se liga a ele. De acordo com De Robertis e Hib (2014), “os ácidos nucleicos são macromoléculas de enorme importância biológica. Todos os seres vivos têm dois tipos de ácidos nucleicos, chamados ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA). Os vírus, que não possuem estrutura celular, possuem apenas um tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA”. De acordo com Vanputte et al. (2016), “muitas vitaminas funcionam como coenzimas, que se combinam com enzimas para torná-las funcionais. Sem as enzimas e suas coenzimas, muitas reações químicas ocorreriam muito lentamente para dar suporte a saúde e a vida”. 
Membrana plasmática 
A membrana plasmática separa o meio interno das células do meio externo. Apresenta de 6 a 10 nm de espessura e sua presença ao redor da maioria das organelas celulares é uma das características das células eucariontes (De Robertis, Hib, 2014).
O modelo que melhor explica como a membrana plasmática está organizada é denominado modelo do mosaico fluído, pois apresenta uma bicamada lipídica e moléculas de proteína, que ficam total ou parcialmente inseridas nesta bicamada, associadas a moléculas de carboidratos. Delimita o citoplasma e o interstício, funcionando também como proteção, e tem uma permeabilidade seletiva.
O fluxo de moléculas através da membrana é denominado transporte através da membrana e pode ocorrer a favor ou contra um gradiente de concentração da célula (De Robertis, Hib, 2014). O transporte através da membrana pode ser realizado de forma passiva ou ativa.
Citoplasma e Complexo de Golgi 
O citoplasma também pode ser denominado citosol ou matriz citoplasmática. Nas células eucariontes, por causa da grande quantidade de membranas internas formando compartimentos, o citoplasma apresenta uma série de estruturas que não são encontradas em células procariontes, que não apresentam um sistema interno de membranas. Consideramos citoplasma todo o conteúdo localizado entre o núcleo e a membrana plasmática, com pH de 7,2 (neutro).
O Complexo de Golgi “é constituído de sacos membranosos achatados com cisternas que se dispõem empilhadas como pratos de cozinha”. Cada unidade empilhada é denominada dictiossomo e a quantidade dessas estruturas depende da atividade metabólica da célula. O conjunto de dictiossomos sempre apresenta forma arredondada com a face convexa relacionada ao núcleo (face de entrada ou face cis) e a face côncava relacionada com a membrana plasmática da célula (face de saída ou trans) (Vanputte et. Al, 2016).
Lisossomos e retículo endoplasmático 
De acordo com Vanputte et. al (2016), lisossomos “são vesículas formadas a partir do aparelho de Golgi”. Os endossomos secundários originam os lisossomos, que no seu interior apresentam enzimas capazes de digerir a maioria das moléculas que são endocitadas pela célula. As enzimas dos lisossomos digerem organelas que perderam a função, este mecanismo é denominado autofagia (Vanputte et. al, 2016). O retículo endoplasmático está distribuído por todo o citoplasma, desde o núcleo até a membrana plasmática. Consiste em uma rede tridimensional de túbulos e estruturas saculares aplanadas totalmente interconectadas (De Robertis, Hib, 2014).
Diferenciamos dois tipos de retículo endoplasmático na célula: retículo endoplasmático rugoso (RER, que está associado a síntese de proteínas pela presença dos ribossomos) e retículo endoplasmático liso (REL, que é responsável por sintetizar fosfolipídios, hormônios esteroides, colesterol e carboidratos).
Núcleo e mitocôndrias 
Núcleo é a estrutura que mais caracteriza uma célula eucarionte. Segundo De Robertis e Hib (2014), “ocupa 10% do volume total da célula e, em seu interior, está o DNA, exceto o das mitocôndrias [...] Está envolto pela membrana nuclear ou carioteca e normalmente é central e único e acompanha a forma da célula”.
No nosso organismo, as hemácias são formadas com núcleo na medula óssea, porém quando são jogadas na corrente sanguínea, liberam o núcleo tornando-se as únicas células anucleadas do organismo.
Mitocôndrias são organelas responsáveis pela transformação de energianas células. Possuem membrana externa que é lisa e envolve a organela, uma membrana interna que apresenta dobras, mas não separa o interior da mitocôndria em compartimentos. A matriz mitocondrial contém enzimas responsáveis pelo ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico) que é uma das etapas para a síntese do ATP. Possui DNA mitocondrial.
Divisão celular – mitose e meiose 
Existem dois tipos de divisão celular: a mitose e a meiose. O término da interfase marca o início da mitose que se estende até o final da telófase. O resultado das 4 fases da mitose é a formação de 2 novas células-filhas com a mesma carga genética da célula-mãe. Apresenta 4 etapas: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase.
A meiose só ocorre em organismos que se reproduzem de forma sexuada. É responsável por formar células especializadas denominadas gametas (espermatozoide – gameta masculino e ovócito – gameta feminino) que apresentam metade da carga genética e quando se unem originam uma célula-ovo ou zigoto. A meiose apresenta 2 etapas com 4 fases de divisão e, após ocorrer, observamos a redução da carga genética das células-filhas, recombinação genética e a separação aleatória dos cromossomos maternos e paternos.
Neurônios – corpo celular e dendritos 
Os Neurônios são as células funcionais do sistema nervoso: recebem e transmitem impulsos nervosos. O corpo do neurônio abriga o núcleo e tem forma variável, conforme sua função. É lá que tem início o estímulo elétrico. Tem uma alta atividade metabólica (gasta muita energia para realizar as suas funções), com grande quantidade de ribossomos, reticulo endoplasmático rugoso, Complexo de Golgi e mitocôndrias no citoplasma.
Os dendritos são ramificações curtas, numerosas, não mielinizadas, que emergem do corpo celular e vão se comunicar com outros neurônios. À medida que se ramificam, vão ficando mais finos. Os dendritos têm como função captar impulsos aferentes, sendo que os sinais podem ser ou excitatórios ou inibitórios.
Neurônios - axônio e terminal sináptico 
Axônio é por onde passam os impulsos nervosos. A bainha de mielina funciona como isolante, pois recobre o axônio. No final do axônio, encontramos o terminal sináptico, que tem uma dilatação, e o botão sináptico, que contém diversas vesículas. É dentro das vesículas que existem os neurotransmissores. A fenda sináptica é um pequeno espaço, entre os neurônios, que não têm contato direto entre si.
As sinapses podem ser do tipo: axodendrítica; axo axonica; axo somática; dendro dendrítica. As sinapses elétricas são a minoria. As sinapses químicas ocorrem através de neurotransmissores, que estão nas vesículas sinápticas, conforme já comentamos, e fazem a conexão entre dois ou mais neurônios.
São exemplos de neurotransmissores: glutamato, adrenalina, acetilcolina, dopamina, serotonina, GABA e outros, sendo alguns excitatórios e outros inibitórios.
Astrócitos 
As neuróglias ou células da glia são células de sustentação e nutrição, e mais numerosas que os neurônios. Dentre as células da glia, os astrócitos são as maiores e em maior número. Possuem um núcleo grande, e nucléolo central. Comunicam-se uns com os outros por junções gap. Quando apresentam muitos prolongamentos, mas curtos e espessos, são chamados de protoplasmáticos (encontrados na substância cinzenta). Quando apresentam menos prolongamentos, são mais longos, são chamados de fibrosos (encontrados na substância branca).
Contribuem tanto no suporte físico quanto metabólico dos neurônios e ainda para a manutenção da homeostase. Através das extremidades dos prolongamentos dos astrócitos que circundam os vasos sanguíneos, nutrientes são levados para os neurônios. Neurotransmissores e íons em excesso são retirados do fluído extracelular.
Oligodendrócitos 
Podemos encontrar tanto na substância cinzenta (onde estão próximos aos corpos celulares dos neurônios) quanto na substância branca (onde, por meio dos prolongamentos, envolvem axônios) do SNC. São menores do que os astrócitos e apresentam poucos prolongamentos. As células de Schwann são responsáveis por formar a camada de mielina que envolve os axônios no SNP, enquanto os oligodendrpocitos formam a camada de mielina que envolve os axônios no SNC.
Lembrem-se de que a bainha de mielina é fundamental para a transmissão do impulso entre os neurônios e, nos casos onde ela não existe da forma adequada, os estímulos nervosos são comprometidos, e consequentemente podem gerar comprometimento nas vias sensoriais e motoras.
Células de Schwann 
As células de Schwann são responsáveis por formar a camada de mielina que envolve os axônios no SNP, enquanto os oligodendrócitos formam a camada de mielina que envolve os axônios no SNC. As células de Schwann são alongadas e possuem núcleo também alongado, Complexo de Golgi pouco desenvolvido e um pequeno número de mitocôndrias. Não possuem prolongamentos, envolvem o axônio com seu próprio corpo. A bainha de mielina isola o axônio do espaço extracelular e aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso. Lembrando, as células de Schwann são encontradas em torno dos axônios do sistema nervoso periférico. 
Células do tecido conjuntivo 
O tecido conjuntivo tem como principais funções a sustentação e o preenchimento dos espaços entre os tecidos. Pode absorver impactos, ter elasticidade ou resistir à tração. Pode ser especializado em armazenar gordura ou íons, como o Ca2+, contribuir na defesa do organismo, coagulação sanguínea, cicatrização, transporte de nutrientes e outros. O tecido conjuntivo é composto por células e por matriz extracelular. Conforme a sua composição, pode ser classificado em: tecido elástico (ligamentos da coluna vertebral, artérias de grande calibre e outros); tecido reticular (órgãos que variam no volume, como os linfoides); tecido mucoso; tecido adiposo; tecido cartilaginoso; tecido ósseo (sustentação, possibilita o movimento do corpo, proteção, armazena íons como o cálcio); tecido hematopoiético e tecido sanguíneo. 
Células do tecido ósseo 
O tecido ósseo lamelar (maduro) pode ser classificado como esponjoso (trabecular) e cortical (compacto), conforme sua organização estrutural. O tecido ósseo é vascularizado e inervado. Existe um canal central, o canal de Havers, por onde passam nervos e vasos sanguíneos. A estrutura formada pela matriz concêntrica junto ao canal de Havers é chamada de osteônios ou sistema de Havers. As células da linha osteoblástica passam por uma série complexa de etapas de proliferação e diferenciação até se transformem em osteoblastos maduros. Os osteoblastos são responsáveis pela formação da matriz óssea e também pela sua mineralização. Osteócitos são os osteoblastos maduros. Os osteoclastos são essenciais no processo de remodelação e renovação do tecido ósseo e atuam reabsorvendo o osso. 
Células do tecido cartilaginoso 
É um tecido conjuntivo especializado, com funções de: suporte para alguns tipos de tecidos moles; revestimento de articulações (o que ajuda na absorção dos choques); precursor do tecido ósseo e outros. Temos três tipos de cartilagem: hialina (mais comum, no adulto está presente entre as fossas nasais, na traqueia, nos brônquios, nas costelas e superfícies articulares dos ossos longos); elástica (presente no pavilhão auditivo e laringe) e fibrosa (presente nos discos intervertebrais, tendões e sínfise púbica). 
Células do tecido epitelial 
Uma das funções do epitélio é o revestimento. Além de cobrir a superfície do corpo, também o protege. Tem importante função de revestimento nos tratos digestório, respiratório e urogenital, também das cavidades corporais e dos vasos sanguíneos e linfáticos. Outras funções do tecido epitelial são a absorção que faz nos intestinos, a excreção que faz nos túbulos renais e, nas glândulas, contribui com a secreção. Ainda, alguns tipos têm função sensorial, como nos órgãos sensoriais. As células epiteliais são muito próximas, apresentando pouco material extracelular entre elas. O tecido epitelial pode ser classificado de acordo com a forma (pavimentoso, cúbico ou prismático);o arranjo (simples, estratificado, pseudoestratificado ou transição); ou a sua função (revestimento, glandular). 
Células do tecido sanguíneo 
Hemocitopoese ou hematopoese é o processo de produção contínua/renovação das células do sangue. O sangue é constituído de glóbulos sanguíneos (hemácias, plaquetas e vários tipos de leucócitos) e plasma. O sangue tem como principais funções o transporte de oxigênio, nutrientes, dióxido de carbono, produtos de excreção dos tecidos, além da função de defesa por meio dos leucócitos. As hemácias transportam oxigênio e dióxido de carbono; os leucócitos têm função de proteção contra infecções; as plaquetas contribuem na coagulação do sangue e na reparação da parede dos vasos sanguíneos. 
Tecido muscular liso 
O músculo liso não apresenta estriações, diferente dos músculos esqueléticos e cardíacos. Tem formato fusiforme e pode ser de dois tipos: a) unitário (ou visceral), quando as fibras musculares se contraem em conjunto (esse tipo está presente nas vísceras); b) multiunitário, com fibras musculares que se contraem independentemente umas das outras (como no caso dos músculos piloeretores).
É importante ressaltar que a inervação da musculatura lisa é autonômica (sua inervação acontece por meio do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático), com atividades excitatórias e inibitórias, independente da nossa vontade. O movimento será mais rápido e preciso quanto mais inervada for a musculatura lisa. A musculatura lisa pode responder à ação dos hormônios, sendo um exemplo a ação da ocitocina no músculo liso do útero.
Tecido muscular cardíaco 
O coração é um órgão cuja função é bombear o sangue para o organismo. O músculo cardíaco apresenta estrias transversais, é mononucleado e tem contração involuntária. O envoltório da musculatura cardíaca é chamado de pericárdio, que contribui em relação à posição do coração no mediastino: possui uma camada interna (serosa) e uma camada externa (fibrosa).
Miocárdio é o músculo do coração propriamente dito (a contração e o relaxamento levam ao bombeamento do sangue). Endocárdio é a camada interna do coração. O coração possui um sistema capaz de gerar e conduzir impulsos: Nodo sinoatrial; Nodo atrioventricular; Feixe de His; Fibras de Purkinje. A fase de contração é chamada de sístole e a de relaxamento diástole.
Tecido muscular esquelético 
O músculo estriado esquelético tem caráter voluntário, diferente do liso e cardíaco, que são involuntários. A membrana plasmática da célula muscular é chamada de sarcolema e o citoplasma da célula muscular é chamado de sarcoplasma.
O músculo estriado esquelético é composto por duas proteínas fundamentais: actina e miosina. Elas interagem entre si no processo de contração muscular. A miofibrila é um miofilamento, polinucleado e responsável pelas estriações que o músculo apresenta. Como assim? Cada miofibrila apresenta filamentos grossos e finos: os filamentos grossos são formados pela miosina e os filamentos finos têm três proteínas: actina, troponina e tropomiosina. O sarcômero é a unidade contrátil da fibra muscular. Um conjunto de miofibrilas forma as fibras musculares; um conjunto de fibras musculares forma o fascículo. Um conjunto de fascículos forma o ventre muscular.
Sinapses e potencial de ação 
As sinapses são a comunicação entre neurônios e neurônios ou órgãos alvo. Dependendo da parte do neurônio envolvida, podem ser: sinapse axodendrítica; axo axonica; axo somática; dendro dendrítica. As sinapses elétricas são a minoria. As sinapses químicas ocorrem através de neurotransmissores: são necessários pelo menos 2 neurônios, sendo um pré sináptico e outro pós sináptico; apresentam o terminal sináptico.
O potencial de ação acontece em locais onde seja necessária a condução de energia elétrica – por exemplo, neurônios e células musculares. No meio intrecelular predominam cargas elétricas negativas e no meio extracelular predominam cargas elétricas positivas. Quando excitadas, irá acontecer a inversão da polaridade (processo extremamente rápido)/despolarização, que é quando acontece o potencial de ação.
Sistema sensorial 
Os cinco sentidos são: paladar (azedo, salgado, doce e amargo), olfato, audição, visão e tato. Vamos detalhar, aqui, o tato.
A nossa pele é responsável pelo tato, percebido por mecanorreceptores (da pele), sendo: o “tato” percebido pelo estímulo de receptores mais superficiais; a “pressão” percebida pelo estímulo de receptores mais profundos e a “vibração” percebida quando recrutados receptores capazes de detectar estímulos repetitivos e rápidos. A dor é percebida quando ocorrem estímulos lesivos e/ou potencialmente lesivos. A sensação térmica pode ser percebida graças aos receptores térmicos para o calor e frio. A propriocepção, por meio da estimulação de receptores mecânicos presentes dos músculos, tendões e articulações, informa o sistema nervoso sobre a posição e os movimento dos segmentos corporais.
Posição anatômica, planos e eixos 
A posição anatômica pode ser descrita como: postura ereta, face para frente, membros superiores ao lado do corpo, palmas das mãos para frente com os punhos, dedos e polegares em extensão. É utilizada como referência para descrição dos planos e eixos e dos movimentos articulares. Os eixos são linhas imaginárias, ao redor das quais acontecem os movimentos. São três, que formam um ângulo de 90° entre si: sagital (ântero-posterior), coronal (látero-lateral) e longitudinal (cranio-caudal).
Existem três planos (os movimentos deslizam no plano), também imaginários, que formam ângulos retos entre si: sagital (divide o corpo – direita e esquerda), coronal (divide o corpo – anterior e posterior) e transverso (divide o corpo – superior e inferior).
Movimentos articulares 
Flexão é o movimento anterior da cabeça, pescoço, tronco, membros superiores, quadris; e o movimento posterior dos joelhos, tornozelo e do pé; extensão é o movimento posterior da cabeça, pescoço, tronco, membros superiores quadris; e o movimento anterior dos joelhos, tornozelo e do pé. Abdução é o afastamento do segmento corporal do plano médio sagital, e a adução é a aproximação em direção (retorno) ao plano médio sagital do corpo. Flexão lateral é o termo utilizado para descrever o movimento látero-lateral de tronco e cabeça/pescoço. Circundução é a combinação dos movimentos de flexão, abdução, extensão e adução cuja parte em que o segmento corporal em movimento descreve um cone. Rotação refere-se ao movimento em torno do eixo longitudinal, deslizando no plano transverso. Inclinação é a nomenclatura utilizada para descrever movimentos de escápula e pelve. Deslizamento ocorre quando as superfícies articulares deslizam uma na outra. 
Movimentos de cintura escapular e membros superiores 
A escápula é articulada com o úmero por meio da articulação glenoumeral, e com a clavícula pela articulação acromioclavicular. Está posicionada na região posterior do tórax, entre a segunda e sétima costela, bilateralmente, suas bordas mediais distam entre si cerca de 7 a 10 centímetros, e se apresentam paralelas uma à outra. Os movimentos de escápula são: adução, abdução, elevação, depressão, rotação para cima e rotação para baixo. A articulação do ombro também chamada de glenoumeral, pode alcançar amplitudes de movimento de 180º. O risco de instabilidade pode ser minimizado quando existe um bom trabalho dos músculos que o circundam. São movimentos de ombro: flexão, extensão, adução, abdução, rotação medial, rotação lateral, adução horizontal, abdução horizontal, circundução. Os movimentos do cotovelo são flexão e extensão, sendo supinação e pronação movimentos de antebraço. O punho faz flexão, extensão, abdução, adução e circundução. 
Movimentos de cintura pélvica e membros inferiores 
A pelve é uma estrutura de extrema importância e deve ser observada durante a realização de todos os exercícios. A estabilidade da pelve depende do equilíbrio de quatro grupos musculares: flexores de tronco, extensores de tronco, flexores de quadril e extensores de quadril. Sãomovimentos da pelve: ânteroversão, retroversão, inclinação pélvica lateral direita e esquerda. A articulação do quadril permite menos amplitude de movimento que a articulação do ombro. São movimentos de quadril: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e circundução. Os movimentos da articulação de joelho são: flexão e extensão. Quando em flexão, o joelho faz rotação medial e lateral. Os movimentos de tornozelo são: dorsiflexão e plantiflexão. Os movimentos de inversão e eversão envolvem a articulação do tornozelo e articulações do pé. 
Movimentos de tronco e referência de uma boa postura 
O tronco realiza movimentos de flexão, extensão, flexão lateral direita e esquerda, rotação para a direita e esquerda. Em condições de equilíbrio, o tronco, quando observado numa vista anterior, é alinhado. Na vista lateral, apresenta curvas: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacro-coccígea. As curvas da coluna vertebral são importantes para a absorção de impactos nos corpos vertebrais e os discos intervertebrais x ligamentos da coluna. A postura adequada é um hábito saudável que contribui para o bem-estar do ser humano. São as funções e a estrutura do corpo que geram condições para se obter uma postura considerada boa. O mau hábito, bastante comum, poderá levar a uma postura não adequada. As alterações posturais, podem, ao longo do tempo, dar origem ao desconforto, à dor, e à incapacidade. Para evitar tais situações, é necessário que o profissional observe o equilíbrio entre os segmentos corporais.

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