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Sentido Mesa de madeira igual à que minha avó tem em casa. Linguagem e Neuromarketing 07 DE OUTUBRO – CÉREBRO E COMPORTAMENTO – TRANSCRIÇÃO + SEMINÁRIO CONCEITO As interações sociais são muito importantes para o desenvolvimento da linguagem, por mais que exista uma programação biológica e áreas específicas para a linguagem no cérebro, sem a interação social a linguagem não consegue ser desenvolvida. O desenvolvimento da simbolização depende de experiências suficiente para transformar o real em simbólico. Então toda representação mental que a gente faz de um objeto depende do quanto a gente aprende que esse objeto pode ser significado. A medida que a criança cresce no meio da sociedade, ela vai aprendendo que cada palavra representa algo real até o ponto em que ele consiga replicar. Conceito é algo aprendido pela percepção e juízo é a união de conceitos, um julgamento. Raciocínio é o que eu utilizo para estabelecer conceitos. As funções da linguagem são: Simbolização; Transmissão de pensamento e experiências; Acumulação de conhecimento. Ao longo do tempo, a linguagem foi sendo desenvolvida. Em 3.500 a.C. a primeira forma de escrita – a cuneiforme – surgiu e, antes de 3.000 a.C., já tínhamos os hieróglifos; eram representações simbólicas do mundo material. Gestos e expressões faciais, além da escrita, constituem a linguagem. A linguagem é exclusiva do ser humano, é uma função cortical superior. Linguagem consiste em símbolos que contêm significados, mais regras para combinar esses símbolos, que podem ser usados para gerar uma infinita variedade de mensagens. SIGNOS A linguagem é um sistema de signos e um signo só tem seu valor na medida que não é um outro, ele é a unidade mínima do significado, a base da comunicação e a unidade portadora de sentido. É também aquilo que representa uma coisa diferente de si, sendo diferente daquilo que nos é percebido. É um sinal que ocupa o lugar de algo conhecido pela experiência. Eles possuem dois componentes básicos: Significante: essencialmente sonoro, parte material (som, letras, imagens); Significado: parte abstrata, conceito, representação mental (ideia). Alguns autores ainda incluem: Sentido: é mais individual, mais pessoal. A língua é o resultado coletivo do consenso das pessoas sobre seus signos, uma questão social desenvolvida pela prática da fala. É exterior ao indivíduo e exprime ideias. Já a fala é individual, heterogênea e multifacetada. Cada um escolhe seus significantes. A maioria dos signos são arbitrários e quando têm lógica são mais motivantes. LINGUAGEM E COGNIÇÃO A linguagem está integrada ao funcionamento cognitivo como produto da história evolutiva da nossa espécie. A privação sociocultural pode ler a um déficit no desenvolvimento da linguagem (sistema simbólico), levando a um déficit cognitivo. Ela aumenta a capacidade de: Comunicação; Troca de informações; Compartilhamento de experiências privadas (opiniões, desejos, valores e crenças). FATORES PSICOSSOCIAIS E AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM O desenvolvimento da linguagem depende de: Qualidade dos estímulos: condições da comunidade verbal e relações existentes entre a criança e seus pais; Quantidade de estímulos: crianças criadas com muitos adultos e outras crianças recebem mais estímulos e mais diversos também; Fatores de risco: privação econômica e ausência de estimulação ambiental e social geram atraso e embotamento afetivo. Não são determinantes. O “mamanhês” é bom para a criança na medida em que falamos palavras corretas e direcionadas à criança. Elas entendem que estamos falando com elas e escutam mais atentamente. O meio ambiente e as interações influenciam diretamente a organização cerebral. A plasticidade cerebral está longe de reduzir-se a fatores apenas neurofisiológicos e bioquímicos. A linguagem e o pensamento no início do desenvolvimento filogenético estavam separados, a linguagem era apenas comunicativa e o pensamento, prático, sem representação mental. A partir da linguagem conquistamos a criatividade. Já na ontogênese, que é o desenvolvimento do indivíduo dentro da espécie, podemos dizer que até os 2 anos de idade é parecido com como era no início do desenvolvimento filogenético. Antes dos 2 anos a criança ainda está em uma fase pré- linguística e pré-intelectual, ela imita e reproduz as coisas, mas não raciocina em cima disso. LINGUAGEM, SOCIALIZAÇÃO E EMOÇÕES Hiperatividade, impulsividade, desorganização e egocentrismo são termos que aparecem na literatura geralmente aplicados à criança surda. Se a pessoa não escuta, não consegue desenvolver a fala. O atraso de linguagem pode impedir o desenvolvimento da habilidade planejadora que está associada ao córtex frontal (maturação social), provocando comportamentos impulsivos. NEUROMARKETING É a aplicação da neurociência no marketing. A base do neuromarketing é saber que as emoções influenciam ativamente nos processos de tomada de decisões. Inclui o uso direto de imagem cerebral, escaneamento ou outra tecnologia de medição da atividade cerebral para medir respostas de um sujeito a produtos específicos, embalagens, publicidade ou outros elementos de marketing. Em alguns casos, as respostas cerebrais medidas por essas técnicas podem não ser conscientemente percebidas pelo sujeito. Ou seja, o neuromarketing prevê o comportamento do consumidor tendo base o processamento de informações pelo cérebro e, com isso, consegue identificar o impacto emocional no produto. A resposta do indivíduo vai ser percebida através de indicadores, como frequência e localização da atividade cerebral, a localização da atividade metabólica do cérebro, ativação de músculos faciais e dilatação da pupila. Podendo usar todas essas informações para otimizar as estratégias de marketing. É considerado uma chave para o entendimento da lógica de consumo, que visa entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas. Podemos dividi-lo em três áreas: Pesquisa em neuromarketing: realizada por neurocientistas em grandes centros acadêmicos, envolvendo diversas técnicas para monitorar como o cérebro reage a diversos estímulos e como eles afetam emocionalmente as pessoas; Serviços em neuromarketing: pesquisa de mercado, analise de mídia, desenvolvimento de produtos e etc; Neuromarketing aplicado: pega as informações adquiridas nas pesquisas e serviços para aplicar em diversos setores. APLICAÇÕES Principais campos: Branding: processo de criação de uma marca única para um determinado produto ou serviço, visando manter e atrair novos clientes. Design de produto e inovação: cria um aspecto positivo na mente do consumidor, influenciando na tomada de decisão e feito para prender a atenção do consumidor. Publicidade e eficácia comercial: visa a geração de impacto inconsciente positivo, criação de vínculos afetivos que influenciam na tomada de decisão; Eficácia dos entretenimentos: visa conduzir o consumidor a um mundo imaginário, influenciando suas preferencias e ações; Experiências web: visa compreender como as influências induzem nosso subconsciente. A tomada de decisões: formulação do ambiente e contexto buscando uma influência positiva no consumidor, como cores, música ambiente, cheiro ambiente e etc. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Estima-se que cerca de 90% do comportamento do consumidor é inconsciente. A teoria cognitivista integra produto, consumidor e ambiente conforme a visão de consumo como um processo de tomada de decisão; no que tange ao consumidor, temos que pensar no leque de valores, questões culturais, questões socioambientais, classe social e etc. O conceito de imitação é um fator importante para comprar o que compramos. Esse conceito é baseado nos neurônios espelho que são ricos em dopamina, dando uma sensação de prazer quando ativados. A atividade da dopamina aumentaquando há a expectativa de vários tipos de recompensa, então, mesmo inconscientemente, você acaba ligando aquela marca ao poder, sucesso, prazer. MANIPULAÇÃO DO CONSUMIDOR O neuromarketing não tem capacidade de controlar o comportamento humano, na verdade ele ajuda a influenciar e induzir o comportamento ao definir qual tipo de marketing é mais eficaz. Atenção: é o mais fácil de capturar do espectador, normalmente apresenta pontuação elevada; Emoção: o ideal é que varie entre alta de baixa, pois manter alta por todo o anuncio cansa o espectador; Memória: o mais difícil de captar, um bom anuncio traz picos de memória. PSICOLOGIA DAS CORES Cada cor nos remete um sentimento. Quanto mais claras as clores, mais delicadas e finas são consideradas; quanto mais escuras, mais fortes e sérias. A depender da tonalidade e situação aplicada, as cores podem ter impactos positivos ou negativos. Amarelo: felicidade, confiança, otimismo, covardia, perigo; Vermelho: poder, paixão, energia, perigo, agressividade; Laranja: criatividade, otimismo, amigáveis; Verde: sustentabilidade, equilíbrio, natureza, inveja, nojo; Rosa: amor, felicidade, conforto, doçura, feminino; Azul: inteligência, confiança, frieza, tristeza; Preto: luxo, elegância, sofisticação, luto, medo, opressão; Branco: paz, pureza, simplicidade, transparência, esgotamento, vazio. Amarelo e vermelho juntos trazem a ideia de dinamismo, são muito utilizados por empresas de fast-food e automóveis. Por serem cores quentes, despertam a fome. ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS Através do conhecimento das neurociências é possível sugerir estímulos que podem com maior probabilidade atingir determinada estrutura cerebral e culminar em um comportamento previsível e provável. Intelligence consumer neuroscience: trabalha analisando e estudando as principais estruturas cerebrais e formas de serem estimuladas, visando gerar aumento do consumo a partir das reações promovidas no indivíduo. TEORIA DO CÉREBRO TR INO Cérebro reptiliano: primitivo, responsável pela regulação corporal; Sistema límbico: emocional, responsável pela comada de decisão de compra; Neocórtex: racional, só influencia o consumidor após a ação do sistema límbico. Sabendo disso, o neuromarketing pode lançar mão de estratégias que favoreçam uma maior ativação do sistema límbico, permitindo um aumento do consumo, estimulando ainda a fidelização do cliente ao trabalhar as respostas emocionais. A aplicação dessas estratégias podem ser por meio de: Aplicação de imagens em cartazes; Gatilhos mentais; Uso de cores; O despertar das emoções no consumidor. NEUROÉTICA É a aplicação de conceitos, normal e valores cívico-sociais nas descobertas neurocientíficas.
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