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561432569-Linguagem-e-Neuromarketing

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Sentido 
Mesa de madeira 
igual à que minha 
avó tem em casa. 
Linguagem e Neuromarketing 
07 DE OUTUBRO – CÉREBRO E COMPORTAMENTO – TRANSCRIÇÃO + SEMINÁRIO 
CONCEITO 
As interações sociais são muito importantes para o desenvolvimento da linguagem, por mais que exista uma 
programação biológica e áreas específicas para a linguagem no cérebro, sem a interação social a 
linguagem não consegue ser desenvolvida. 
O desenvolvimento da simbolização depende de experiências suficiente para transformar o real em 
simbólico. Então toda representação mental que a gente faz de um objeto depende do quanto a gente 
aprende que esse objeto pode ser significado. 
A medida que a criança cresce no meio da sociedade, ela vai aprendendo que cada palavra representa algo 
real até o ponto em que ele consiga replicar. Conceito é algo aprendido pela percepção e juízo é a união 
de conceitos, um julgamento. Raciocínio é o que eu utilizo para estabelecer conceitos. 
As funções da linguagem são: 
 Simbolização; 
 Transmissão de pensamento e experiências; 
 Acumulação de conhecimento. 
Ao longo do tempo, a linguagem foi sendo desenvolvida. Em 3.500 a.C. a primeira forma de escrita – a 
cuneiforme – surgiu e, antes de 3.000 a.C., já tínhamos os hieróglifos; eram representações simbólicas do 
mundo material. Gestos e expressões faciais, além da escrita, constituem a linguagem. 
A linguagem é exclusiva do ser humano, é uma função cortical superior. Linguagem consiste em 
símbolos que contêm significados, mais regras para combinar esses símbolos, que podem ser usados 
para gerar uma infinita variedade de mensagens. 
SIGNOS 
A linguagem é um sistema de signos e um signo só tem seu valor na medida que não é um outro, ele é a 
unidade mínima do significado, a base da comunicação e a unidade portadora de sentido. É também 
aquilo que representa uma coisa diferente de si, sendo diferente daquilo que nos é percebido. É um sinal 
que ocupa o lugar de algo conhecido pela experiência. 
Eles possuem dois componentes básicos: 
 Significante: essencialmente sonoro, parte material (som, letras, imagens); 
 Significado: parte abstrata, conceito, representação mental (ideia). 
Alguns autores ainda incluem: 
 Sentido: é mais individual, mais pessoal. 
A língua é o resultado coletivo do consenso das pessoas sobre seus signos, uma questão social 
desenvolvida pela prática da fala. É exterior ao indivíduo e exprime ideias. 
Já a fala é individual, heterogênea e multifacetada. Cada um escolhe seus significantes. 
A maioria dos signos são arbitrários e quando têm lógica são mais motivantes. 
 
LINGUAGEM E COGNIÇÃO 
A linguagem está integrada ao funcionamento cognitivo como produto da história evolutiva da nossa 
espécie. A privação sociocultural pode ler a um déficit no desenvolvimento da linguagem (sistema 
simbólico), levando a um déficit cognitivo. Ela aumenta a capacidade de: 
 Comunicação; 
 Troca de informações; 
 Compartilhamento de experiências privadas (opiniões, desejos, valores e crenças). 
FATORES PSICOSSOCIAIS E AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM 
O desenvolvimento da linguagem depende de: 
 Qualidade dos estímulos: condições da comunidade verbal e relações existentes entre a criança e 
seus pais; 
 Quantidade de estímulos: crianças criadas com muitos adultos e outras crianças recebem mais 
estímulos e mais diversos também; 
 Fatores de risco: privação econômica e ausência de estimulação ambiental e social geram atraso e 
embotamento afetivo. Não são determinantes. 
O “mamanhês” é bom para a criança na medida em que falamos palavras corretas e direcionadas à criança. 
Elas entendem que estamos falando com elas e escutam mais atentamente. 
O meio ambiente e as interações influenciam 
diretamente a organização cerebral. A 
plasticidade cerebral está longe de reduzir-se a 
fatores apenas neurofisiológicos e bioquímicos. 
A linguagem e o pensamento no início do 
desenvolvimento filogenético estavam separados, 
a linguagem era apenas comunicativa e o 
pensamento, prático, sem representação mental. 
A partir da linguagem conquistamos a 
criatividade. 
Já na ontogênese, que é o desenvolvimento do 
indivíduo dentro da espécie, podemos dizer que até 
os 2 anos de idade é parecido com como era no 
início do desenvolvimento filogenético. Antes dos 
2 anos a criança ainda está em uma fase pré-
linguística e pré-intelectual, ela imita e reproduz 
as coisas, mas não raciocina em cima disso. 
LINGUAGEM, SOCIALIZAÇÃO E EMOÇÕES 
Hiperatividade, impulsividade, desorganização e egocentrismo são termos que aparecem na literatura 
geralmente aplicados à criança surda. Se a pessoa não escuta, não consegue desenvolver a fala. 
O atraso de linguagem pode impedir o desenvolvimento da habilidade planejadora que está associada 
ao córtex frontal (maturação social), provocando comportamentos impulsivos. 
 
 
 
NEUROMARKETING 
É a aplicação da neurociência no marketing. A base do neuromarketing é saber que as emoções 
influenciam ativamente nos processos de tomada de decisões. 
Inclui o uso direto de imagem cerebral, escaneamento ou outra tecnologia de medição da atividade 
cerebral para medir respostas de um sujeito a produtos específicos, embalagens, publicidade ou outros 
elementos de marketing. Em alguns casos, as respostas cerebrais medidas por essas técnicas podem não 
ser conscientemente percebidas pelo sujeito. 
Ou seja, o neuromarketing prevê o comportamento do consumidor tendo base o processamento de 
informações pelo cérebro e, com isso, consegue identificar o impacto emocional no produto. A resposta 
do indivíduo vai ser percebida através de indicadores, como frequência e localização da atividade cerebral, 
a localização da atividade metabólica do cérebro, ativação de músculos faciais e dilatação da pupila. 
Podendo usar todas essas informações para otimizar as estratégias de marketing. 
É considerado uma chave para o entendimento da lógica de consumo, que visa entender os desejos, 
impulsos e motivações das pessoas. Podemos dividi-lo em três áreas: 
 Pesquisa em neuromarketing: realizada por neurocientistas em grandes centros acadêmicos, 
envolvendo diversas técnicas para monitorar como o cérebro reage a diversos estímulos e como eles 
afetam emocionalmente as pessoas; 
 Serviços em neuromarketing: pesquisa de mercado, analise de mídia, desenvolvimento de 
produtos e etc; 
 Neuromarketing aplicado: pega as informações adquiridas nas pesquisas e serviços para aplicar em 
diversos setores. 
APLICAÇÕES 
Principais campos: 
 Branding: processo de criação de uma marca única para um determinado produto ou serviço, 
visando manter e atrair novos clientes. 
 Design de produto e inovação: cria um aspecto positivo na mente do consumidor, influenciando na 
tomada de decisão e feito para prender a atenção do consumidor. 
 Publicidade e eficácia comercial: visa a geração de impacto inconsciente positivo, criação de 
vínculos afetivos que influenciam na tomada de decisão; 
 Eficácia dos entretenimentos: visa conduzir o consumidor a um mundo imaginário, influenciando 
suas preferencias e ações; 
 Experiências web: visa compreender como as influências induzem nosso subconsciente. 
 A tomada de decisões: formulação do ambiente e contexto buscando uma influência positiva no 
consumidor, como cores, música ambiente, cheiro ambiente e etc. 
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 
Estima-se que cerca de 90% do comportamento do consumidor é inconsciente. A teoria cognitivista 
integra produto, consumidor e ambiente conforme a visão de consumo como um processo de tomada de 
decisão; no que tange ao consumidor, temos que pensar no leque de valores, questões culturais, 
questões socioambientais, classe social e etc. 
O conceito de imitação é um fator importante para comprar o que compramos. Esse conceito é baseado 
nos neurônios espelho que são ricos em dopamina, dando uma sensação de prazer quando ativados. 
 
A atividade da dopamina aumentaquando há a expectativa de vários tipos de recompensa, então, 
mesmo inconscientemente, você acaba ligando aquela marca ao poder, sucesso, prazer. 
MANIPULAÇÃO DO CONSUMIDOR 
O neuromarketing não tem capacidade de controlar o comportamento humano, na verdade ele ajuda a 
influenciar e induzir o comportamento ao definir qual tipo de marketing é mais eficaz. 
 Atenção: é o mais fácil de capturar do espectador, normalmente apresenta pontuação elevada; 
 Emoção: o ideal é que varie entre alta de baixa, pois manter alta por todo o anuncio cansa o 
espectador; 
 Memória: o mais difícil de captar, um bom anuncio traz picos de memória. 
PSICOLOGIA DAS CORES 
Cada cor nos remete um sentimento. Quanto mais claras as clores, mais delicadas e finas são consideradas; 
quanto mais escuras, mais fortes e sérias. A depender da tonalidade e situação aplicada, as cores podem 
ter impactos positivos ou negativos. 
 Amarelo: felicidade, confiança, otimismo, covardia, perigo; 
 Vermelho: poder, paixão, energia, perigo, agressividade; 
 Laranja: criatividade, otimismo, amigáveis; 
 Verde: sustentabilidade, equilíbrio, natureza, inveja, nojo; 
 Rosa: amor, felicidade, conforto, doçura, feminino; 
 Azul: inteligência, confiança, frieza, tristeza; 
 Preto: luxo, elegância, sofisticação, luto, medo, opressão; 
 Branco: paz, pureza, simplicidade, transparência, esgotamento, vazio. 
Amarelo e vermelho juntos trazem a ideia de dinamismo, são muito utilizados por empresas de fast-food e 
automóveis. Por serem cores quentes, despertam a fome. 
ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS 
Através do conhecimento das neurociências é possível sugerir estímulos que podem com maior 
probabilidade atingir determinada estrutura cerebral e culminar em um comportamento previsível e 
provável. 
 Intelligence consumer neuroscience: trabalha analisando e estudando as principais estruturas 
cerebrais e formas de serem estimuladas, visando gerar aumento do consumo a partir das reações 
promovidas no indivíduo. 
TEORIA DO CÉREBRO TR INO 
 Cérebro reptiliano: primitivo, responsável pela regulação corporal; 
 Sistema límbico: emocional, responsável pela comada de decisão de compra; 
 Neocórtex: racional, só influencia o consumidor após a ação do sistema límbico. 
Sabendo disso, o neuromarketing pode lançar mão de estratégias que favoreçam uma maior ativação do 
sistema límbico, permitindo um aumento do consumo, estimulando ainda a fidelização do cliente ao 
trabalhar as respostas emocionais. A aplicação dessas estratégias podem ser por meio de: 
 Aplicação de imagens em cartazes; 
 Gatilhos mentais; 
 Uso de cores; 
 
 O despertar das emoções no consumidor. 
NEUROÉTICA 
É a aplicação de conceitos, normal e valores cívico-sociais nas descobertas neurocientíficas.

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