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OrganizadoresOrganizadores
Ludmila Barbosa Bandeira Rodrigues EmerickLudmila Barbosa Bandeira Rodrigues Emerick
Roberta Martins NogueiraRoberta Martins Nogueira
Fabiana Aparecida da SilvaFabiana Aparecida da Silva
Guia prático de METODOLOGIAS ATIVAS para oGuia prático de METODOLOGIAS ATIVAS para o
ensino superiorensino superior
1ª Edição1ª Edição
CuiabáCuiabá –– MT MT
Fundação UNISELVAFundação UNISELVA
20222022
    
  
iiii
E53g E53g Emerick, Emerick, Ludmila Ludmila Barbosa Barbosa Bandeira Bandeira Rodrigues, Rodrigues, et et al.al.
Guia prático de metodologias ativas para o ensino superior /Guia prático de metodologias ativas para o ensino superior /
Ludmila B. B. R. Ludmila B. B. R. Emerick, Roberta M. Nogueira, FabiaEmerick, Roberta M. Nogueira, Fabiana A. na A. da Silva.da Silva.
1ª edição. Cuiabá-MT: Fundação Uniselva, 2022.1ª edição. Cuiabá-MT: Fundação Uniselva, 2022.
Livro Eletrônico. Ilustrado e colorido (MT Ciência.)Livro Eletrônico. Ilustrado e colorido (MT Ciência.)  
ISBN 978-65-86743-75-3ISBN 978-65-86743-75-3
1. Educação. 2. Aprendizagem. 3. Graduação. 4. Pós1. Educação. 2. Aprendizagem. 3. Graduação. 4. Pós
Graduação. Graduação. I. Emerick, LI. Emerick, Ludmila B.B.R. II. udmila B.B.R. II. Nogueira, RoNogueira, Roberta M.berta M.
III. Silva, Fabiana A. IV. Título.III. Silva, Fabiana A. IV. Título.
CDU 378CDU 378  
Copyright © Ludmila Barbosa Bandeira Rodrigues Emerick, Roberta Martins Nogueira,Copyright © Ludmila Barbosa Bandeira Rodrigues Emerick, Roberta Martins Nogueira,
Fabiana Aparecida da Silva, 2022.Fabiana Aparecida da Silva, 2022.
Os autores são expressamente responsáveis pelo conteúdo textual e imagens destaOs autores são expressamente responsáveis pelo conteúdo textual e imagens desta
publicação.publicação.
A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total ou parcial,A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total ou parcial,
constitui violação da Lei Nº 9.610/98.constitui violação da Lei Nº 9.610/98.
A Editora Fundação UNISELVA segue o acordo ortográfico da Língua Portuguesa de 1990,A Editora Fundação UNISELVA segue o acordo ortográfico da Língua Portuguesa de 1990,
em vigor no Brasil desde 2009.em vigor no Brasil desde 2009.
Ficha catalográfica elaborada pela Seção de Ficha catalográfica elaborada pela Seção de Catalogação e Classificação da BibliotecaCatalogação e Classificação da Biblioteca
Regional da UFMT-SinopRegional da UFMT-Sinop
BibliotecáriaBibliotecária: : Carolina Alves RabeloCarolina Alves Rabelo
CRB1/2238CRB1/2238  
Arte da capa e imagens internas:Arte da capa e imagens internas: Roberta Martins NogueiraRoberta Martins Nogueira (imagens por FREEPIK(imagens por FREEPIK ––  
Licença premium)Licença premium)  
Editoração e diagramação:Editoração e diagramação: Roberta Martins NogueiraRoberta Martins Nogueira
Revisão textual e Revisão textual e normalizaçãonormalização:: Daniele Cristina da SilvaDaniele Cristina da Silva
    
  
iiiiii
CONSELHO EDITORIALCONSELHO EDITORIAL
Editora Fundação UniselvaEditora Fundação Uniselva –– MT Ciência MT Ciência
EditorEditor
Dr. Evaldo Martins Pires Dr. Evaldo Martins Pires (UFMT)(UFMT)
Editores de Área:Editores de Área:
Ciências AgráriasCiências Agrárias
Dr. Marco Antonio de Dr. Marco Antonio de Oliveira (UFV)Oliveira (UFV)
Dr. Marcus Alvarenga Soares (UFVJM)Dr. Marcus Alvarenga Soares (UFVJM)
Ciência AnimalCiência Animal
Dr. Dalton Dr. Dalton Henrique Pereira (UFMT)Henrique Pereira (UFMT)
Dr. Artur Kanadani Campos Dr. Artur Kanadani Campos (UFV)(UFV)
Ciências BiológicasCiências Biológicas
Dr. Leandro Denis Battirola (UFMT)Dr. Leandro Denis Battirola (UFMT)
Dr. José Roberto Tavares (UFMT)Dr. José Roberto Tavares (UFMT)
Dr. Domingos de Jesus Dr. Domingos de Jesus Rodrigues (UFMT)Rodrigues (UFMT)
Ciências ExatasCiências Exatas
Dr. Fábio Nascimento Fagundes (UFMT)Dr. Fábio Nascimento Fagundes (UFMT)
Ciências da SaúdeCiências da Saúde
Dra. Dênia Mendes de Souza Dra. Dênia Mendes de Souza Valladão (UFMT)Valladão (UFMT)
Dr. Pacífica Pinheiro Cavalcante (UFMT)Dr. Pacífica Pinheiro Cavalcante (UFMT)
Dra. Gisele Facholi Bonfim Dra. Gisele Facholi Bonfim (UFMT)(UFMT)
Me. Camila da Silva Turini (UFMT)Me. Camila da Silva Turini (UFMT)
EngenhariasEngenharias
Dra. Roberta Martins Nogueira Dra. Roberta Martins Nogueira (UFMT)(UFMT)
Dr. Juliana Lobo Paes (UFRRJ)Dr. Juliana Lobo Paes (UFRRJ)
QuímicaQuímica
Dr. Ricardo Lopes Tortorela de Andrade (UFMT)Dr. Ricardo Lopes Tortorela de Andrade (UFMT)Dr. Brenno Santos Leite (UFV)Dr. Brenno Santos Leite (UFV)
Educação InfantilEducação Infantil
Esp. Anelise Oliveira Torres Valle (SMEC/Sinop)Esp. Anelise Oliveira Torres Valle (SMEC/Sinop)
Me. Psicóloga Micheli Me. Psicóloga Micheli Cátia Favaretto (UNIC/Sinop)Cátia Favaretto (UNIC/Sinop)
Língua PortuguesaLíngua Portuguesa
Me. Rosana de Barros Varela (UNEMAT/Sinop)Me. Rosana de Barros Varela (UNEMAT/Sinop)
Fichas TécnicasFichas Técnicas
Dra. Paula Sueli Dra. Paula Sueli Andrade Moreira (UFMT)Andrade Moreira (UFMT)
Dr. Carlos Vinício VieiDr. Carlos Vinício Vieira (UFMT)ra (UFMT)
Dr. Rodrigo Sinaid Zandonadi (UFMT)Dr. Rodrigo Sinaid Zandonadi (UFMT)
Dr. Dalton Dr. Dalton Henrique Pereira (UFMT)Henrique Pereira (UFMT)
Me. Roberto Carlos Beber (UFMT)Me. Roberto Carlos Beber (UFMT)
    
  
iviv
OrganizadorasOrganizadoras
PPrro o LLuu mm a a BBaarr oossa a BB. . RRoo rr gguuees s EEmmeerr cc
Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal de AlfenasBacharel em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas
(UNIFAL). Especialista em Processos Educacionais na (UNIFAL). Especialista em Processos Educacionais na saúde com ênfasesaúde com ênfase
em Tecnologias construtivistas (Instituto Sírio Libanês de Ensino eem Tecnologias construtivistas (Instituto Sírio Libanês de Ensino e
Pesquisa - IEP). Especialista em Desenvolvimento Docente paraPesquisa - IEP). Especialista em Desenvolvimento Docente para
Educadores das Profissões da Saúde (Instituto Regional FAIMER -Educadores das Profissões da Saúde (Instituto Regional FAIMER -
Brasil). Especialista em Planejamento em Saúde (Universidade FederalBrasil). Especialista em Planejamento em Saúde (Universidade Federal
da Bahia - UFBA). Especialista em Saúde Pública e Gestão em Saúdeda Bahia - UFBA). Especialista em Saúde Pública e Gestão em Saúde
pela(Unifenas). Mestre em Saúde (Unifenas). Doutora em Saúde pela(Unifenas). Mestre em Saúde (Unifenas). Doutora em Saúde PúblicaPública
(Universidade de São Paulo - EERP/USP). Docente no curso de medicina e do mestrado(Universidade de São Paulo - EERP/USP). Docente no curso de medicina e do mestrado
em Ciências em Saúde na Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/ Sinop.em Ciências em Saúde na Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/ Sinop.
Experiência na gestão pública como Secretária Municipal de saúde (Alfenas - MG).Experiência na gestão pública como Secretária Municipal de saúde (Alfenas - MG).
Formadora docente em Metodologias Ativas.Formadora docente em Metodologias Ativas.  
PPrro o RRoo eerrtta a MMaartrt nns s NNoogguuee rraa
Graduada em Engenharia Agrícola e Ambiental pela UniversidadeGraduada em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade
Federal de Viçosa. Mestre e Doutora em Engenharia Agrícola (UFV).Federal de Viçosa. Mestre e Doutora em Engenharia Agrícola (UFV).
Pós-doutora em Biosystems and Agricultural Engineering pelaPós-doutora em Biosystems and Agricultural Engineering pela
University of Minnesota (EUA). Professora do curso de EngenhariaUniversity of Minnesota (EUA). Professora do curso de Engenharia
Agrícola e Ambiental e do mestrado em Agronomia na UniversidadeAgrícola e Ambiental e do mestrado em Agronomia na Universidade
Federal de Mato GrossoFederal de Mato Grosso ––  Campus Sinop. Gerente de graduação e  Campus Sinop. Gerente de graduação e
extensão da UFMTextensão da UFMT ––  Campus Sinop. Coordenadora do Projeto de  Campus Sinop. Coordenadora do Projeto de
extensão MT Ciência, de extensão MT Ciência, depopularização científica.popularização científica.  
Prof Fabiana Aparecida da SilvaProf Fabiana Aparecida da Silva
Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade doBacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade doEstado de Mato GrossoEstado de Mato Grosso ––  UNEMAT. Especialista em Desenvolvimento  UNEMAT. Especialista em Desenvolvimento
Docente para Educadores das Profissões da Saúde (Instituto RegionalDocente para Educadores das Profissões da Saúde (Instituto Regional
FAIMER Brasil). Mestre em Ecologia e Conservação da BiodiversidadeFAIMER Brasil). Mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade
(UFMT). Doutora em Ciências da Saúde (UFG). Professora do Curso de(UFMT). Doutora em Ciências da Saúde (UFG). Professora do Curso de
graduação em Medicina e Mestrado Profissional em Ensino de Biologiagraduação em Medicina e Mestrado Profissional em Ensino de Biologia
(UNEMAT). Líder do grupo de pesquisa Ed(UNEMAT). Líder do grupo de pesquisa Educação, Saúde e Sociedade, daucação, Saúde e Sociedade, da
UNEMAT. Membro UNEMAT. Membro da Comissão da Comissão Nacional Nacional de Avaliação de Avaliação de Escolde Escolas da as da rea da rea da SaúdeSaúde
(CAES/ABEM). Palestrante e formadora na área de Desenvolvimento Docente,(CAES/ABEM). Palestrante e formadora na área de Desenvolvimento Docente,
Desenvolvimento de Equipes Colaborativas, Formação de Preceptores para o Ensino naDesenvolvimento de Equipes Colaborativas, Formação de Preceptores para o Ensino na
Saúde, Metodologias Ativas. de Ensino e Práticas Colaborativas na AtuaçãoSaúde, Metodologias Ativas. de Ensino e Práticas Colaborativas na Atuação
Interprofissional.Interprofissional.  
    
  
vv
PREFÁCIOPREFÁCIO
Toda pessoa pode ajudar outras a Toda pessoa pode ajudar outras a aprenderem. Ao fazermos isso, noaprenderem. Ao fazermos isso, no
dia a dia, escolhemos compartilhar o que sabemos com aqueles que estãodia a dia, escolhemos compartilhar o que sabemos com aqueles que estão
a nossa volta e a nossa volta e também para aprendertambém para aprendermos com elas.mos com elas.
Ao escolhermos a profissão de professor e educador, nosAo escolhermos a profissão de professor e educador, nos
comprometemos com a busca pela excelência nos processos de ensino,comprometemos com a busca pela excelência nos processos de ensino,
aprendizagem e avaliação. A melhor imagem que já vi sobre a postura doaprendizagem e avaliação. A melhor imagem que já vi sobre a postura do
professor diante deste desafio é oferecida por Harden (Universidade deprofessor diante deste desafio é oferecida por Harden (Universidade de
Dundee - Escócia), ao falar da caixa de ferramentas do Professor. AqueleDundee - Escócia), ao falar da caixa de ferramentas do Professor. Aquele
conjunto de recursos necessários a realização do ofício de educador. Naconjunto de recursos necessários a realização do ofício de educador. Na
origem, somos formados para atuar em outra profissão, diferente daorigem, somos formados para atuar em outra profissão, diferente da
docência. No meu caso, a medicina, onde desde cedo percebi que paradocência. No meu caso, a medicina, onde desde cedo percebi que para
atuar de maneira qualificada e em alto nível seria preciso manter-meatuar de maneira qualificada e em alto nível seria preciso manter-me
atualizado e buscando sempre o que existe de novo na fronteira doatualizado e buscando sempre o que existe de novo na fronteira doconhecimento e basear minha prática em evidências.conhecimento e basear minha prática em evidências.
Por que nossa postura seria diferente ao escolhermos exercerPor que nossa postura seria diferente ao escolhermos exercer
também a profissão de professor ou professora, educador ou educadora?também a profissão de professor ou professora, educador ou educadora?
Este “Guia Prático de Metodologias Ativas” vem preencher uma lacuna noEste “Guia Prático de Metodologias Ativas” vem preencher uma lacuna no
campo da educação superior e em especial da Educação nas Profissões dacampo da educação superior e em especial da Educação nas Profissões da
Saúde (EPS). As organizadoras, conseguiram de maneira simples e Saúde (EPS). As organizadoras, conseguiram de maneira simples e didáticadidática
apresentar um conjunto de estratégias valiosas para o ensino e aapresentar um conjunto de estratégias valiosas para o ensino e a
aprendizagem centradas no aprendizagem centradas no aprendiz.aprendiz.
A escolha da estrutura: 1. Compreendendo o conceito e a utilidade;A escolha da estrutura: 1. Compreendendo o conceito e a utilidade;
2. Compreendendo o processo; e 3. Compreendendo a dinâmica foi muito2. Compreendendo o processo; e 3. Compreendendo a dinâmica foi muito
feliz e efetiva para auxiliar professores (experientes ou iniciantes) efeliz e efetiva para auxiliar professores (experientes ou iniciantes) e
estudantes de pós-graduação que desejam conhecer mais sobre asestudantes de pós-graduação que desejam conhecer mais sobre as
principais estratégias que promovem aprendizagem de maneira ativa eprincipais estratégias que promovem aprendizagem de maneira ativa e
colaborativa.colaborativa.
O texto é de leitura fluida e leve, além de balancear de forma efetivaO texto é de leitura fluida e leve, além de balancear de forma efetiva
o detalhamento de cada estratégia para sua compreensão, ao mesmoo detalhamento de cada estratégia para sua compreensão, ao mesmo
tempo em que traz aquilo que é essencial para sua imediata aplicação, casotempo em que traz aquilo que é essencial para sua imediata aplicação, caso
o leitor assim deseje. Deste modo é possível conhecer como implementaro leitor assim deseje. Deste modo é possível conhecer como implementar
alguns dos clássicos do ensino e aprendizagem que promovem oalguns dos clássicos do ensino e aprendizagem que promovem o
    
  
vivi
engajamento e uma postura mais participativa, tais como: a engajamento e uma postura mais participativa, tais como: a aprendizagemaprendizagem
baseada em problemas; o fish bowl; o jigsaw; o team-based learning, obaseada em problemas; o fish bowl; o jigsaw; o team-based learning, o
peer-instruciton, a gamificação e o júri simulado. Também trazpeer-instruciton, a gamificação e o júri simulado. Também traz
informações sobre a proposta denominada viagem educacional e oinformações sobre a proposta denominada viagem educacional e o
project-based learning que tem crescido de maneira significativa tanto noproject-based learning que tem crescido de maneira significativa tanto no
ensino fundamental, médio e na educação superior. Para coroar esta listaensino fundamental, médio e na educação superior. Para coroar esta lista
de estratégias as autoras apresentam o de estratégias as autoras apresentam o painel integrado participativo (PIP)painel integrado participativo (PIP)
que foi inspirado nos processos de desenvolvimento docente em que o usoque foi inspirado nos processos de desenvolvimento docente em que o uso
de textos mais extensos e complexos são necessários. O PIP foi aplicadode textos mais extensos e complexos são necessários. O PIP foi aplicado
pela primeira vez como uma estratégia avaliativa em uma disciplinapela primeira vez como uma estratégia avaliativa em uma disciplina
conduzida por tutoria - Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), emconduzida por tutoria - Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), em
um curso de medicina. É um recurso pedagógico que proporcionaum curso de medicina. É um recurso pedagógico que proporciona
interação e discussão entre os participantes, posto que interação e discussão entre os participantes, posto que todos articulam ostodos articulam os
conceitos, teorias e/ou informações descritas nos textos estudados, e queconceitos, teorias e/ou informações descritas nos textos estudados, e que
os leitores terão prazer de conhecer em mais detalhes.os leitores terão prazer de conhecer em mais detalhes.
Este livro vem para ocupar um espaço de apoio e suporte aEste livro vem para ocupar um espaço de apoio e suporteaprofessores de todos os níveis da educação, e de todas as áreas. Comoprofessores de todos os níveis da educação, e de todas as áreas. Como
educador da saúde, já educador da saúde, já tive experiências com algumas destas estratégias, etive experiências com algumas destas estratégias, e
após a leitura do livro cresceu muito meu interesse em provar daqueles queapós a leitura do livro cresceu muito meu interesse em provar daqueles que
ainda não tive oportunidade de utilizar.ainda não tive oportunidade de utilizar.
Tenho certeza de que a leitura deste livro vai despertar o interesse eTenho certeza de que a leitura deste livro vai despertar o interesse e
a curiosidade de professora curiosidade de professores e educadores que, ao invés de serem o “Sábioes e educadores que, ao invés de serem o “Sábio
no Palco” (Sage on the stage) desejam atuar mais como facilitadores dano Palco” (Sage on the stage) desejam atuar mais como facilitadores da
aprendizagem de seus estudantes, e ocuparem uma nova posição que éaprendizagem de seus estudantes, e ocuparem uma nova posição que é
daquele que guia e está ao daquele que guia e está ao lado dos aprendizes (Guide on the side).lado dos aprendizes (Guide on the side).
Valdes Roberto BollelaValdes Roberto Bollela
FMRP-USPFMRP-USP
    
  
viivii
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Neste livro, apresentamos, de modo simples, o passo a passo deNeste livro, apresentamos, de modo simples, o passo a passo de
algumas metodologias ativas de ensino aprendizagem para que osalgumas metodologias ativas de ensino aprendizagem para que os
professores possam de modo prático, aplicar e vivenciar a experiência deprofessores possam de modo prático, aplicar e vivenciar a experiência de
cada método. A proposta da obra não é produzir um livro comcada método. A proposta da obra não é produzir um livro com
fundamentos teóricos acerca das metodologias ativas de ensino, mas simfundamentos teóricos acerca das metodologias ativas de ensino, mas sim
descrever, de forma simples e prática, o descrever, de forma simples e prática, o conceito, a utilidade e a conceito, a utilidade e a dinâmicadinâmica
de cada método.de cada método.
Esperamos que o livro possa ser uma opção para a construção deEsperamos que o livro possa ser uma opção para a construção de
aulas mais dinâmicas e estudantes mais criativos, engajados eaulas mais dinâmicas e estudantes mais criativos, engajados e
protagonistaprotagonistas s no processo no processo de ensino-aprendizagem.de ensino-aprendizagem.
Boa leitura!Boa leitura!
FabianaFabiana
LudmilaLudmila
RobertaRoberta
    
  
viiiviii
    
  
ixix
SUMÁRIOSUMÁRIO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO  .......................................................................................................................................................................................... ................ 11
A educação das novas geraçõesA educação das novas gerações ................................................................. 1 ................................................................. 1
Da aplicação à Da aplicação à intencionalidaintencionalidade das de das metodometodologias ativaslogias ativas ..................... 4 ..................... 4
Bibliografia consultadaBibliografia consultada ................................................................................ 5 ................................................................................ 5
Capítulo 1Capítulo 1 ............................................................................................................ 7 ............................................................................................................ 7
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP) -APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP) - PROBLEM BASEDPROBLEM BASED
LEARNINGLEARNING .......................................................................................................... 7 .......................................................................................................... 7
Compreendendo o conceito e utilidade:Compreendendo o conceito e utilidade:  ............................................................................... 7......................... 7
Compreendendo o processo:Compreendendo o processo:  .............................................................................................................................. 8................ 8
Compreendendo a dinâmica:Compreendendo a dinâmica: .................................. .................................................................................................. .... 1111
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 14 .............................................................................. 14
Capítulo 2Capítulo 2.......................................................................................................... 15.......................................................................................................... 15
FISHBOWLFISHBOWL - AQUÁRIO - AQUÁRIO  .......................................................................................................................................... 15............................ 15
Compreendendo o conceito e utilidade:Compreendendo o conceito e utilidade:  ............................................................................. 15....................... 15
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 16.............. 16
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 16 ..................................................................... 16
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 21 .............................................................................. 21
Capítulo 3Capítulo 3  .................................................................................................................................................................................................. 22.................. 22
 JIGSA JIGSAW W  - QUEBRA CABEÇA - QUEBRA CABEÇA  .................................................................................................................................. 22.................. 22
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ................................................... 22 ................................................... 22
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 23.............. 23
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 23 ..................................................................... 23
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 25 .............................................................................. 25
    
  
xx
Capítulo 4Capítulo 4 ......................................................................................................... 26 ......................................................................................................... 26
APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES (ABE) - APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES (ABE) - TEAM BASED LEARNINGTEAM BASED LEARNING
(TBL)(TBL)  .......................................................................................................................................................................................................... 2............................ 266
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ...................................................26 ................................................... 26
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 27.............. 27
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 27 ..................................................................... 27
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 34 .............................................................................. 34
Capítulo 5Capítulo 5 ......................................................................................................... 35 ......................................................................................................... 35
JÚRI SIMULADOJÚRI SIMULADO  ..................................................................................................................................................................................... ......... 3535
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ................................................... 35 ................................................... 35
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 36.............. 36
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 38 ..................................................................... 38
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 40 .............................................................................. 40
Capítulo 6Capítulo 6 ......................................................................................................... 41 ......................................................................................................... 41
VIAGEM EDUCACIONALVIAGEM EDUCACIONAL ................................................ .............................................................................................................. .... 4141
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ................................................... 41 ................................................... 41
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 42.............. 42
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 42 ..................................................................... 42
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 43 .............................................................................. 43
Capítulo 7Capítulo 7 ......................................................................................................... 44 ......................................................................................................... 44
INSTRUÇÃO INSTRUÇÃO POR PARES POR PARES (PEER INSTRUCT(PEER INSTRUCTION)ION) .......................... ........................................ 4.............. 444
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ................................................... 44 ................................................... 44
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 45.............. 45
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 48 .............................................................................. 48
Capítulo 8Capítulo 8 ......................................................................................................... 49 ......................................................................................................... 49
GAMIFICAÇÃOGAMIFICAÇÃO ................................................................................................. 49 ................................................................................................. 49
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ................................................... 49 ................................................... 49
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 52.............. 52
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 55 ..................................................................... 55
    
  
xixi
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 57 .............................................................................. 57
Capítulo 9Capítulo 9 ......................................................................................................... 58 ......................................................................................................... 58
PAINEL INTEGRADO PARTICIPATIVO - PIPPAINEL INTEGRADO PARTICIPATIVO - PIP  ........................................................................... 58....................... 58
Compreendendo a origem e utilidadeCompreendendo a origem e utilidade  ................................................................................ 58............................ 58
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 59.............. 59
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 60 ..................................................................... 60
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 63 .............................................................................. 63
Capítulo 10Capítulo 10........................................................................................................ 64........................................................................................................ 64
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOSAPRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS –– PROJECT BASED LEARNING PROJECT BASED LEARNING
(PjBL)(PjBL) ................................................................................................................. 64 ................................................................................................................. 64
Compreendendo o conceito e utilidadeCompreendendo o conceito e utilidade ................................................... 64 ................................................... 64
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 66.............. 66
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 67 ..................................................................... 67
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 74 .............................................................................. 74
Capítulo 11Capítulo11  ................................................................................................................................................................................................ .................. 7575
SALA DE AULA INVERTIDASALA DE AULA INVERTIDA –– FLIPPED CLASSROOM FLIPPED CLASSROOM ............................ ................................ 7.... 755
Compreendendo a origem e utilidadeCompreendendo a origem e utilidade  ................................................................................ 75............................ 75
Compreendendo o processoCompreendendo o processo  .............................................................................................................................. 76.............. 76
Compreendendo a dinâmicaCompreendendo a dinâmica ..................................................................... 78 ..................................................................... 78
Bibliografia consultadaBibliografia consultada .............................................................................. 82 .............................................................................. 82
APÊNDICE 1APÊNDICE 1  ........................................................................................................................................................................................... ................... 8484
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE PELOCRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE PELO
PROFESSOR/FACIPROFESSOR/FACILITADOR NO LITADOR NO PBLPBL  ........................................................................................ 84............................ 84
APÊNDICE 2APÊNDICE 2 ...................................................................................................... 85 ...................................................................................................... 85
Jogo Introdução FenomenalJogo Introdução Fenomenal  .............................................................................................................................. 85.............. 85
Obras do Programa MT CIÊNCIAObras do Programa MT CIÊNCIA ................................................................. 96 ................................................................. 96
    
Guia prático de metodologias ativas para o ensino superiorGuia prático de metodologias ativas para o ensino superior
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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A educação das novas geraçõesA educação das novas gerações
A educação passou por muitas mudanças ao longo do tempo,A educação passou por muitas mudanças ao longo do tempo,
contudo, a rapidez com que essas mudanças chegam ao processo decontudo, a rapidez com que essas mudanças chegam ao processo de
ensino e aprendizagem tem sido muito menor do ensino e aprendizagem tem sido muito menor do que a velocidade com queque a velocidade com que
a sociedade se moderniza e a tecnologia é introduzida na vida das pessoas.a sociedade se moderniza e a tecnologia é introduzida na vida das pessoas.
Esse descompasso entre as mudanças sociais e a sala de aula causaEsse descompasso entre as mudanças sociais e a sala de aula causa
inúmeros problemas, tais como: desmotivação de professores e alunos,inúmeros problemas, tais como: desmotivação de professores e alunos,
falta de engajamento nas atividades pedagógicas, desinteresse pelafalta de engajamento nas atividades pedagógicas, desinteresse pela
educação formal, descrédito das instituições de ensino perante a sociedadeeducação formal, descrédito das instituições de ensino perante a sociedade
etc.etc.
Educar é preparar para o futuro e se queremos educar para o futuro,Educar é preparar para o futuro e se queremos educar para o futuro,
não podemos continuar aplicando métodos do passado. O grandenão podemos continuar aplicando métodos do passado. O grande
educador Jean Piaget asseverou que a primeira meta da educação é criareducador Jean Piaget asseverou que a primeira meta da educação é criar
homens e mulheres que sejam capazes de fazer coisas novas, nãohomens e mulheres que sejam capazes de fazer coisas novas, não
simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens e mulheressimplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens e mulheres
criadores(as), inventores(as) e descobridores(as). A segunda meta écriadores(as), inventores(as) e descobridores(as). A segunda meta é
formar mentes que estejam em formar mentes que estejam em condiçõecondições de s de criticar, verificar e não criticar, verificar e não aceitaraceitar
tudo o que a elas se tudo o que a elas se propõe. E nada disto pode ser construídpropõe. E nada disto pode ser construído a partir de umo a partir de um
processo educacional mecânico, passivo e pouco cooperativo.processo educacional mecânico, passivo e pouco cooperativo.
Nossa sociedade sofreu inúmeras transformações com a chegadaNossa sociedade sofreu inúmeras transformações com a chegada
das novas gerações e isto pode das novas gerações e isto pode ser visto em nossas casas, nas ruas, na ser visto em nossas casas, nas ruas, na filafila
do supermercado e até mesmo na pracinha do bairro. A tecnologia quedo supermercado e até mesmo na pracinha do bairro. A tecnologia que
antes era coisa de filmes de ficção científica, agora está presente no nossoantes era coisa de filmes de ficção científica, agora está presente no nosso
dia a dia, como no gerenciamento da segurança, no funcionamento dedia a dia, como no gerenciamento da segurança, no funcionamento de
equipamentos em nossa casa, permitindo que pessoas se reúnam mesmoequipamentos em nossa casa, permitindo que pessoas se reúnam mesmo
    
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estando há milhares de quilômetros de distância, distraindo um bebêestando há milhares de quilômetros de distância, distraindo um bebê
enquanto os pais estão envolvidos em outra tarefa, levando-nos a lugaresenquanto os pais estão envolvidos em outra tarefa, levando-nos a lugares
inimagináveis mesmo estando sentado no sofá de sua casa, dentre tantasinimagináveis mesmo estando sentado no sofá de sua casa, dentre tantas
outras coisas maravilhosas que hoje podemos fazer com todas asoutras coisas maravilhosas que hoje podemos fazer com todas as
máquinas que circundam a nossa vida. Mas e a sala de aula? Elamáquinas que circundam a nossa vida. Mas e a sala de aula? Ela
acompanhou toda esta evolução?acompanhou toda esta evolução?
Se você perguntar para uma pessoa de mais de 70 anos como era aSe você perguntar para uma pessoa de mais de 70 anos como era a
sala de aula quando ela estudava: a configuração, o mobiliário, a rotina, osala de aula quando ela estudava: a configuração, o mobiliário, a rotina, o
papel do professor e do papel do professor e do aluno, verá que a resposta não será muito diferentealuno, verá que a resposta não será muito diferente
daquela dada por uma criança de 7 anos. Apesar de toda a transformaçãodaquela dada por uma criança de 7 anos. Apesar de toda a transformação
que ocorreu do lado de fora das Universidades, a maioria de nossas salasque ocorreu do lado de fora das Universidades, a maioria de nossas salas
de aula pararam no tempo e desconsideram que o público é outro e que de aula pararam no tempo e desconsideram que o público é outro e que estaesta
estrutura não atende mais ao que a nova geração necessita para serestrutura não atende mais ao que a nova geração necessita para ser
educada.educada.
E por falar em nova geração, como ela nasce? Uma geração seE por falar em nova geração, como ela nasce? Uma geração se
refere a um conjunto de pessoas nascidas em uma mesma época e querefere a um conjunto de pessoas nascidas em uma mesma época e que
compartilhcompartilham um am um mesmo contexto culturalmesmo contexto cultural, soc, social e econômico, o que ial e econômico, o que levaleva
a uma tendência de compartilharem algumas características. Ë por issoa uma tendência de compartilharemalgumas características. Ë por isso
que, de tempos em tempos, temos a notícia de que uma nova geração estáque, de tempos em tempos, temos a notícia de que uma nova geração está
nascendo e o tempo entre elas nascendo e o tempo entre elas tem ficado cada vez mais curto, justamentetem ficado cada vez mais curto, justamente
pela velocidade nas mudanças sociais que estamos vivendo.pela velocidade nas mudanças sociais que estamos vivendo.
Estas características em comum são muito relevantes para oEstas características em comum são muito relevantes para o
processo de educação de uma geração, já que é preciso lançar mão deprocesso de educação de uma geração, já que é preciso lançar mão de
técnicas adequadas a cada grupo para potencializar as ações de ensino etécnicas adequadas a cada grupo para potencializar as ações de ensino e
aprendizagem. Vamos viajar no tempo e identificar como o contexto emaprendizagem. Vamos viajar no tempo e identificar como o contexto em
que as gerações surgiram impactam na forma como eles que as gerações surgiram impactam na forma como eles aprendemaprendem..
Apesar de termos gerações anteriores, vamos iniciar nossa viagemApesar de termos gerações anteriores, vamos iniciar nossa viagem
pelos anos de 1940 a 1960, que gerou a geração conhecida comopelos anos de 1940 a 1960, que gerou a geração conhecida como babybaby
boomers.boomers. Representa a primeira grande escalada populacional no planeta,Representa a primeira grande escalada populacional no planeta,
após o período da segunda guerra mundial. Eles nasceram sob umaapós o período da segunda guerra mundial. Eles nasceram sob uma
sociedade em que as relações familiares eram pautadas em uma hierarquiasociedade em que as relações familiares eram pautadas em uma hierarquia
muito rígida, com uma grande militarização na sociedade e sob ummuito rígida, com uma grande militarização na sociedade e sob um
ambiente de relações hostis entre diversos países. Esta foi a primeiraambiente de relações hostis entre diversos países. Esta foi a primeira
geração a ter contato com a TV na infância e eles viram grandes mudançasgeração a ter contato com a TV na infância e eles viram grandes mudançassociais ainda durante a juventude, principalmente nas décadas de 1960 esociais ainda durante a juventude, principalmente nas décadas de 1960 e
    
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1970. Para esta geração, o processo de ensino e aprendizagem ocorre por1970. Para esta geração, o processo de ensino e aprendizagem ocorre por
meio de um raciocínio mais linear, de forma individualizada e competitiva.meio de um raciocínio mais linear, de forma individualizada e competitiva.
Uma parcela desta geração ainda participa ativamente do processo deUma parcela desta geração ainda participa ativamente do processo de
ensino e aprendizagem, no papel de professor ou até mesmo comoensino e aprendizagem, no papel de professor ou até mesmo como
gestores nas instituições de ensino.gestores nas instituições de ensino.
Já os nascidos entre 1960 e 1980 são parte da geração X, queJá os nascidos entre 1960 e 1980 são parte da geração X, que
marcou a história pelo questionamento dos costumes e rótulos, alteroumarcou a história pelo questionamento dos costumes e rótulos, alterou
muitos padrões sociais e é uma numerosa parcela dos professores quemuitos padrões sociais e é uma numerosa parcela dos professores que
estão nas salas de aula de muitas Universidades. Eles viram nascer osestão nas salas de aula de muitas Universidades. Eles viram nascer os
primeiros computadores, contudo só foram se tornar digitais na vidaprimeiros computadores, contudo só foram se tornar digitais na vida
adulta. Assim, estes indivíduos possuem como característica a tendência àadulta. Assim, estes indivíduos possuem como característica a tendência à
aplicação de formatos híbridos (digitais e manuais), valorizam aaplicação de formatos híbridos (digitais e manuais), valorizam a
flexibilidade e tem maior tendência à aprendizagem colaborativa, apesarflexibilidade e tem maior tendência à aprendizagem colaborativa, apesar
de ainda carregar traços da competição como porta para o sucesso.de ainda carregar traços da competição como porta para o sucesso.
Entre 1980 e 1995 nasceram os millenials, ou geração Y, que hojeEntre 1980 e 1995 nasceram os millenials, ou geração Y, que hoje
congregam uma nova geração de professores do ensino superior. Estacongregam uma nova geração de professores do ensino superior. Esta
geração acompanhou o boom tecnológico e a expansão da internet,geração acompanhou o boom tecnológico e a expansão da internet,
tornando-se mais familiarizados com dispositivos eletrônicos móveis etornando-se mais familiarizados com dispositivos eletrônicos móveis e
com grande fluxo de informações. Possuem como características seremcom grande fluxo de informações. Possuem como características serem
multitarmultitarefas e efas e tem uma tendência a tem uma tendência a um processo de um processo de aprendizagem menoaprendizagem menoss
formal.formal.
Os nascidos entre 1996 e 2010 Os nascidos entre 1996 e 2010 fazem parte da geração Z, que são afazem parte da geração Z, que são a
maior parte dos alunos que temos atualmente no ensino superior, eles sãomaior parte dos alunos que temos atualmente no ensino superior, eles são
conhecidos como nativos digitais. Conectconhecidos como nativos digitais. Conectados 24h ados 24h por dia eles por dia eles consomemconsomem
a informação em tempo real, através de seus dispositivos móveis, ema informação em tempo real, através de seus dispositivos móveis, em
qualquer lugar em que estiverem. Preferem conteúdos em formatos maisqualquer lugar em que estiverem. Preferem conteúdos em formatos mais
interativos e visuais, como: vídeos, fotos e jogos. Sua aprendizagem ocorreinterativos e visuais, como: vídeos, fotos e jogos. Sua aprendizagem ocorre
de diversas maneiras, são multifocais (podem estar atentos a mais de umade diversas maneiras, são multifocais (podem estar atentos a mais de uma
coisa ao mesmo tempo) e multiplataformas (utilizam-se de diferentescoisa ao mesmo tempo) e multiplataformas (utilizam-se de diferentes
espaços para interagir socialmente). Seu raciocínio é não-linear, logo, umespaços para interagir socialmente). Seu raciocínio é não-linear, logo, um
processo de ensino e aprendizagem estruturado de maneira linear pode serprocesso de ensino e aprendizagem estruturado de maneira linear pode ser
um grande desafio para esta geração.um grande desafio para esta geração.
Em breve teremos como alunos os nascidos a partir de 2010, aEm breve teremos como alunos os nascidos a partir de 2010, a
geração alpha, a primeira 100% conectada. São os filhos dos millenials quegeração alpha, a primeira 100% conectada. São os filhos dos millenials queestão completamente imersos em um mundo conectado, onde a estão completamente imersos em um mundo conectado, onde a tecnologiatecnologia
    
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é uma extensão de sua é uma extensão de sua forma de conhecer o meio, logo forma de conhecer o meio, logo modos tradicionaismodos tradicionais
de ensino e aprendizagem dificilmente serão adequados a eles. Ade ensino e aprendizagem dificilmente serão adequados a eles. A
tecnologia na educação será fundamental, já que para eles o digital e otecnologia na educação será fundamental, já que para eles o digital e o
mundo real são uma coisa só. Sua capacidade de resolver problemas émundo real são uma coisa só. Sua capacidade de resolver problemas é
muito maior que das muito maior que das gerações anteriorgerações anteriores e es e será necessário um processo deserá necessário um processo de
educação que atue na aplicabilidade dos conceitos em situações doeducação que atue na aplicabilidade dos conceitos em situações do
cotidiano.cotidiano.
E assim chegamosà grande mola propulsora para a edição destaE assim chegamos à grande mola propulsora para a edição desta
obra: Como criar uma sala de aula que permita a integração harmônicaobra: Como criar uma sala de aula que permita a integração harmônica
entre as diferentes gerações, potencializando a aprendizagem eentre as diferentes gerações, potencializando a aprendizagem e
garantindgarantindo que o que cada indivíduo possa construir cada indivíduo possa construir as habilidades necessáriasas habilidades necessárias
para o futuro?para o futuro?
A resposta está nas metodologias ativas de A resposta está nas metodologias ativas de ensino e aprendizagem.ensino e aprendizagem.
Da aplicação à intencionalidade das metodologias ativasDa aplicação à intencionalidade das metodologias ativas
Ao apresentarmos essa obra como um guia para o uso de métodosAo apresentarmos essa obra como um guia para o uso de métodos
ativos, acreditamos na necessidade do professor/facilitador se apropriarativos, acreditamos na necessidade do professor/facilitador se apropriar
de estratégias que potencialize a aprendizagem dos estudantes. Para o usode estratégias que potencialize a aprendizagem dos estudantes. Para o uso
das metodologias ativas como recurso pedagógico, o professor passa das metodologias ativas como recurso pedagógico, o professor passa a sera ser
um facilitador e mediador dos processos de ensino-aprendizagem e oum facilitador e mediador dos processos de ensino-aprendizagem e o
estudante torna-se protagonista nessa ação.estudante torna-se protagonista nessa ação.
Muitas vezes o uso de estratégias pedagógicas e a aplicação deMuitas vezes o uso de estratégias pedagógicas e a aplicação de
diferentes métodos de ensino passa por uma mera reprodutibilidadediferentes métodos de ensino passa por uma mera reprodutibilidade
técnica, esvaziamento epistemológico e ausência de intencionalidadetécnica, esvaziamento epistemológico e ausência de intencionalidade
pedagógica. Nesse contexto, as metodologias ativas têm um lugar nopedagógica. Nesse contexto, as metodologias ativas têm um lugar no
processo de ensino aprendizagem, mas não podem se constituir noprocesso de ensino aprendizagem, mas não podem se constituir no
processo como um todo.processo como um todo.
A seleção de conteúdos e objetivos somente fazem sentido se osA seleção de conteúdos e objetivos somente fazem sentido se os
estudantes são ajudados na formação de suas ações mentais. Por isso, éestudantes são ajudados na formação de suas ações mentais. Por isso, é
necessário construir dispositivos didáticos sólidos que permitam anecessário construir dispositivos didáticos sólidos que permitam a
identificação das operações mentais a serem realizadas a partir deidentificação das operações mentais a serem realizadas a partir de
conteúdos, além de conteúdos, além de prever as situações pedagógico-didáticas em que prever as situações pedagógico-didáticas em que serãoserãopostas em prática (LIBÂNEO, 2012).postas em prática (LIBÂNEO, 2012).
    
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Para o uso dos métodos ativos apresentados nessa obra,Para o uso dos métodos ativos apresentados nessa obra,
defendemos que haja planejamento com intencionalidade pedagógica edefendemos que haja planejamento com intencionalidade pedagógica e
responsabilidade do professor/facilitador pelo aprendizado do estudante.responsabilidade do professor/facilitador pelo aprendizado do estudante.
Acreditamos que cabe Acreditamos que cabe aos professores/facilitadores envolvidos naaos professores/facilitadores envolvidos na
aplicação de qualquer proposta metodológica, um posicionamentoaplicação de qualquer proposta metodológica, um posicionamento
político, não abnegando sua posição e função depolítico, não abnegando sua posição e função de
professores/facilitadores, ou seja, àquele que possui conhecimentoprofessores/facilitadores, ou seja, àquele que possui conhecimento
científico, que deve intencionalmente conduzir o processo ensino-científico, que deve intencionalmente conduzir o processo ensino-
aprendizagem.aprendizagem.
Neste guia são apresentados os métodos ativos: AprendizagemNeste guia são apresentados os métodos ativos: Aprendizagem
Baseada em Problemas (ABP) conhecida comoBaseada em Problemas (ABP) conhecida como Problem Basead LearningProblem Basead Learning,,
oo Fish BowlFish Bowl   ––  Aquário; O  Aquário; O  Jigsaw Jigsaw  - Quebra-Cabeça; a Aprendizagem  - Quebra-Cabeça; a Aprendizagem
Baseada em Equipes (ABE) Baseada em Equipes (ABE) conhecida comoconhecida como Team Based LearningTeam Based Learning (TBL); o (TBL); o
Júri Simulado; a Gamificação; a Viagem Educacional; a Júri Simulado; a Gamificação; a Viagem Educacional; a Instrução Por ParesInstrução Por Pares
também conhecida como Peertambém conhecida como Peer InstructionInstruction; a Sala de Aula Invertida e a; a Sala de Aula Invertida e a
Aprendizagem Baseada em Projetos ouAprendizagem Baseada em Projetos ou Project Based LearningProject Based Learning (PjBL) e o (PjBL) e o
Painel Integrado Participativo (PIP). O PIP é um método ativo que tem sidoPainel Integrado Participativo (PIP). O PIP é um método ativo que tem sido
construído em diferentes situações de ensino por uma das autoras.construído em diferentes situações de ensino por uma das autoras.
Para todos os métodos apresentados optamos por descrever oPara todos os métodos apresentados optamos por descrever o
conceito e a utilidade (Compreendendo o conceito e utilidade), comoconceito e a utilidade (Compreendendo o conceito e utilidade), como
ocorre o processo de aplicação do método (Compreendendo o processo) eocorre o processo de aplicação do método (Compreendendo o processo) e
como se aplica como se aplica à dinâmica (Compreendeà dinâmica (Compreendendo a dinâmica).ndo a dinâmica).
Lembrem-se, aqui estão os caminhos para vivenciar e (re)construirLembrem-se, aqui estão os caminhos para vivenciar e (re)construir
experiências pedagógicas!experiências pedagógicas!
Bibliografia consultadaBibliografia consultada
ANDRADE, L. G. da S. B.; AGUIAR, N. C.; FERRETE, R. B.; SANTOS, J. dos.ANDRADE, L. G. da S. B.; AGUIAR, N. C.; FERRETE, R. B.; SANTOS, J. dos.
Geração Z e Geração Z e as metodologias ativas de aprendizagemas metodologias ativas de aprendizagem: : desafios nadesafios na
Educação Profissional e Tecnológica.Educação Profissional e Tecnológica. Revista Brasileira da EducaçãoRevista Brasileira da Educação
Profissional e TecnológicaProfissional e Tecnológica, [S. l.], v. 1, , [S. l.], v. 1, n. 18, p. e8575, 2020. DOI:n. 18, p. e8575, 2020. DOI:
10.15628/rbept.202010.15628/rbept.2020.8575. .8575. Disponível em:Disponível em:
https://www2.ifrnhttps://www2.ifrn.edu.br/ojs/ind.edu.br/ojs/index.php/RBEex.php/RBEPT/article/viePT/article/view/8575.w/8575.
Acesso em: 6 maio. 2022.Acesso em: 6 maio. 2022.
    
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LIBÂNEO, J.C.LIBÂNEO, J.C. Práticas de ensino em um contexto de mudanças.Práticas de ensino em um contexto de mudanças. [S.I.]:[S.I.]:
SINPRO-SP. 10 Jun. 2010. 1 SINPRO-SP. 10 Jun. 2010. 1 vídeo (1 hora:50 minutos :42 segundos).vídeo (1 hora:50 minutos :42 segundos).
[Webinar][Webinar]. Disponível . Disponível em:em:
https://www.youthttps://www.youtube.com/watchube.com/watch?v=AcZE?v=AcZEWkA8--E WkA8--E . . Acesso em: Acesso em: 10 abr.10 abr.
2022.2022.
    
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Capítulo 1Capítulo 1  
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP) -APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP) -
PROBLEM BASED LEARNINGPROBLEM BASED LEARNING  
Ludmila Barbosa Bandeira Rodrigues EmerickLudmila Barbosa Bandeira Rodrigues Emerick
Michel Leandro de CamposMichel Leandro de Campos
Fabiana Aparecida da SilvaFabiana Aparecida da Silva  
Compreendendo o conceitoe utilidade:Compreendendo o conceito e utilidade:
Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), também conhecidaAprendizagem Baseada em Problemas (ABP), também conhecida
pela sigla PBL, do inglês Problem Based Learning, refere-se a umapela sigla PBL, do inglês Problem Based Learning, refere-se a uma
estratégia educacional, centrada no estudante em que um problemaestratégia educacional, centrada no estudante em que um problema
prático constitui a base para o aprendizado de informações relevantes.prático constitui a base para o aprendizado de informações relevantes.
Além disso, a metodologia tem em vista a produção de conhecimentoAlém disso, a metodologia tem em vista a produção de conhecimento
individual e grupal, individual e grupal, de forma cooperativa.de forma cooperativa.
Para a compreensão e resolução de problemas, os participantesPara a compreensão e resolução de problemas, os participantes
utilizam técnicas de análise crítica, de forma significativa em pequenosutilizam técnicas de análise crítica, de forma significativa em pequenos
grupos e em supervisão/interação contínua com o professor/facilitador.grupos e em supervisão/interação contínua com o professor/facilitador.
Neste contexto, o estudante se torna o principal ator no seu processo deNeste contexto, o estudante se torna o principal ator no seu processo de
aprendizagem.aprendizagem.
A ABP, como uma técnica de ensino autodirigida, estimula oA ABP, como uma técnica de ensino autodirigida, estimula o
pensamento crítico do estudante, contribuindo para torná-lo umpensamento crítico do estudante, contribuindo para torná-lo um
solucionador de problemas. É baseada em princípios de teorias desolucionador de problemas. É baseada em princípios de teorias de
aprendizagem de adultos (Andragogia), o que inclui buscar a motivaçãoaprendizagem de adultos (Andragogia), o que inclui buscar a motivação
dos participantes incentivando-os a definir suas próprias metas dedos participantes incentivando-os a definir suas próprias metas de
aprendizagem.aprendizagem.
    
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Na ABP, o ponto de partida para a aprendizagem deve ser umNa ABP, o ponto de partida para a aprendizagem deve ser um
problema que o estudante deseje resolver e procurar por conhecimentosproblema que o estudante deseje resolver e procurar por conhecimentos
necessários para a elaboração de abordagens satisfatórias. Para tanto, énecessários para a elaboração de abordagens satisfatórias. Para tanto, é
necessário o reconhecimento de fatos desencadeados por certosnecessário o reconhecimento de fatos desencadeados por certos
elementos de informação. Sendo assim, a ABP não busca apenas resolverelementos de informação. Sendo assim, a ABP não busca apenas resolver
o problema, mas o problema, mas constitui-se em oportunidades de aprendizagem.constitui-se em oportunidades de aprendizagem.
Compreendendo o processo:Compreendendo o processo:
O processo se inicia pela seleção, entre os participantes do grupoO processo se inicia pela seleção, entre os participantes do grupo
tutorial, de um coordenador e um secretário. O professor/facilitador,tutorial, de um coordenador e um secretário. O professor/facilitador,
então, apresenta o problema. A ABP deve ser desenvolvida seguindo oitoentão, apresenta o problema. A ABP deve ser desenvolvida seguindo oito
passos, sendo eles:passos, sendo eles:
1º passo:1º passo: Leitura do problema e definição de termos desconhecidos (oLeitura do problema e definição de termos desconhecidos (o
esclarecimento dos termos desconhecidos auxiliarão no enteesclarecimento dos termos desconhecidos auxiliarão no entendimento dondimento do
problema apresentado).problema apresentado).
O problema deve ser lido atentamente pelo coordenador da sessãoO problema deve ser lido atentamente pelo coordenador da sessão
tutorial. Os termos desconhecidos devem ser grifados e posteriormentetutorial. Os termos desconhecidos devem ser grifados e posteriormente
comentados no grupo. Busca-se, então, identificar e esclarecer os termoscomentados no grupo. Busca-se, então, identificar e esclarecer os termos
desconhecidos, usando um dicionário ou consulta à internet. Para cadadesconhecidos, usando um dicionário ou consulta à internet. Para cada
problema, são escolhidos um novo problema, são escolhidos um novo coordenador e um novo secretário.coordenador e um novo secretário.
2º passo:2º passo: Identificação das questões (essa etapa é importante para auxiliarIdentificação das questões (essa etapa é importante para auxiliar
na definição dos na definição dos objetivos de aprendizagem).objetivos de aprendizagem).
Identificação dos problemas propostos pelo enunciado eIdentificação dos problemas propostos pelo enunciado e
levantamento das perguntas a serem feitas.levantamento das perguntas a serem feitas.
3º passo:3º passo: Formulação de hipóteses explicativas para os problemasFormulação de hipóteses explicativas para os problemas
identificados no passo anterior (importante para conhecer o que osidentificados no passo anterior (importante para conhecer o que osestudantes já sabem sobre o assunto estudantes já sabem sobre o assunto a ser discutido).a ser discutido).
    
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Com base nas perguntas elaboradas, os estudantes se utilizam dosCom base nas perguntas elaboradas, os estudantes se utilizam dos
conhecimentconhecimentos que dispõem os que dispõem sobre o sobre o assunto.assunto.
4º passo:4º passo: Resumo das hipóteses (essa síntese auxiliará na definição dosResumo das hipóteses (essa síntese auxiliará na definição dos
objetivos de objetivos de aprendizagemaprendizagem).).
Escolha pelo grupo das hipóteses mais plausíveis, fundamentadasEscolha pelo grupo das hipóteses mais plausíveis, fundamentadas
nas discussões e no conhecimento prévio. O professor/facilitador nãonas discussões e no conhecimento prévio. O professor/facilitador não
interfere na decisão do grupo. Nesse interfere na decisão do grupo. Nesse passo, o grupo passo, o grupo pode também elaborarpode também elaborar
um mapa mentalum mapa mental 11com as ramificações em torno da problemática central.com as ramificações em torno da problemática central.
Este mapa mental é útil para visualizar e Este mapa mental é útil para visualizar e sistematizar a discussão do grupo,sistematizar a discussão do grupo,
visto que é possível a inclusão de ideias próprias e a flexibilização devisto que é possível a inclusão de ideias próprias e a flexibilização de
informações durante a discussão em informações durante a discussão em grupo.grupo.
5º passo:5º passo: Formulação dos objetivos de aprendizagem (orientação sobre oFormulação dos objetivos de aprendizagem (orientação sobre o
que deverá ser estudado pelo grupo no momento do que deverá ser estudado pelo grupo no momento do estudo individual).estudo individual).
Trata-se da identificação do que o estudante deverá estudar paraTrata-se da identificação do que o estudante deverá estudar para
aprofundar os conhecimentos incompletos formulados nas hipótesesaprofundar os conhecimentos incompletos formulados nas hipóteses
explicativas. Nesse momento, o mapa mental pode ser utilizado paraexplicativas. Nesse momento, o mapa mental pode ser utilizado para
orientar na elaboração desses objetivos de orientar na elaboração desses objetivos de aprendizado.aprendizado.
6º passo:6º passo: Estudo individual dos assuntos levantados nos objetivos deEstudo individual dos assuntos levantados nos objetivos de
aprendizado (indispensável para que a sessão tutorial seja finalizada deaprendizado (indispensável para que a sessão tutorial seja finalizada de
maneira efetiva).maneira efetiva).
11   O Mapa Mental é elaborado em torno de um tema estudado, seguindo basicamente os seguintesO Mapa Mental é elaborado em torno de um tema estudado, seguindo basicamenteos seguintes
passos: Insira o tema principal no centro; crie ramificações a partir do tema principal e por isso deve-passos: Insira o tema principal no centro; crie ramificações a partir do tema principal e por isso deve-
se considerar o grau de importância dos temas oriundos de cada tema; por fim, são inseridos osse considerar o grau de importância dos temas oriundos de cada tema; por fim, são inseridos os
subtópicos de acordo com a subtópicos de acordo com a palavras-chaves destacada pelo grupo. Essas ramificações são conectadaspalavras-chaves destacada pelo grupo. Essas ramificações são conectadasentre si por setas, as quais podem ser de simples ou de duas pontas. Orienta-se usar giz, pincéis ouentre si por setas, as quais podem ser de simples ou de duas pontas. Orienta-se usar giz, pincéis ou
canetas coloridas.canetas coloridas.  
    
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1010
Preparação para a discussão em grupo novamente. EstudoPreparação para a discussão em grupo novamente. Estudo
individual respeitando os objetivos levantaindividual respeitando os objetivos levantados. Vale dos. Vale buscar todas as fontesbuscar todas as fontes
de informações confiáveis, inclusive os de informações confiáveis, inclusive os especialistas.especialistas.
7º passo:7º passo: Rediscussão no grupo tutorial e elaboração do mapa conceitualRediscussão no grupo tutorial e elaboração do mapa conceitual
Será realizado no segundo momento de encontro do grupo.Será realizado no segundo momento de encontro do grupo.
Retorno ao grupo Retorno ao grupo tutorial para rediscussão do problema frente aostutorial para rediscussão do problema frente aos
novos conhecimentos adquiridos na fase de estudo anterior. Onovos conhecimentos adquiridos na fase de estudo anterior. O
professor/facilitador levanta as professor/facilitador levanta as referreferências consultadas pelos ências consultadas pelos estudantes.estudantes.
Durante e/ou ao final da discussão é elaborado o mapa Durante e/ou ao final da discussão é elaborado o mapa conceitualconceitual22,,
o qual é importante para consolidação dos conhecimentos adquiridos peloo qual é importante para consolidação dos conhecimentos adquiridos pelo
estudante e para o compartilhamento entre os membros do grupo tutorial.estudante e para o compartilhamento entre os membros do grupo tutorial.
O mapa conceitual não é O mapa conceitual não é estático, segue princípios construtivistestático, segue princípios construtivistas, em as, em queque
o eso estudante constrói gradativtudante constrói gradativamente conhecimentos e significados.amente conhecimentos e significados.
O relatório pode ser entregue até a sessão tutorial seguinteO relatório pode ser entregue até a sessão tutorial seguinte
(opcional).(opcional).
8° passo:8° passo: Avaliação Formativa: autoavaliação, avaliação inter-pares,Avaliação Formativa: autoavaliação, avaliação inter-pares,
avaliação do tutor (Feedback necessário para melhoria do desavaliação do tutor (Feedback necessário para melhoria do desempenho deempenho de
todos os atores). (Formulário no Anexo 1).todos os atores). (Formulário no Anexo 1).
Deve ser realizada no fechamento de um problema e antes doDeve ser realizada no fechamento de um problema e antes do
próximo. Autoavaliação, avaliação pelos pares, avaliação dopróximo. Autoavaliação, avaliação pelos pares, avaliação do
professor/facilitador e pelo professor/facilitador; referente professor/facilitador e pelo professor/facilitador; referente à participaçãoà participação
e desempenho de cada um no estudo do problema apresentado. Oe desempenho de cada um no estudo do problema apresentado. O
professor/facilitador pode dar uma nota para cada estudante pelo seuprofessor/facilitador pode dar uma nota para cada estudante pelo seu
22  O mapa conceitual é construído a partir de um tema ceO mapa conceitual é construído a partir de um tema central que está sendo ntral que está sendo estudado/aestudado/analisado. Apósnalisado. Após
o tema central ser elencado é realizada a pesquisa, ou seja, o estudo sobre o assunto. Durante o estudo,o tema central ser elencado é realizada a pesquisa, ou seja, o estudo sobre o assunto. Durante o estudo,
as informações são gradativamente coletadas. Na sequência, as informações são gradativamente coletadas. Na sequência, são elencados e são elencados e conectados os subtópicosconectados os subtópicos
necessários à compreensão do tema central, necessários à compreensão do tema central, sempre acompanhadsempre acompanhados de os de conceitos breves. As cconceitos breves. As conexõesonexões
são feitas por meio do uso de setas e devem considerar o grau cronológico ou de importância. Cadasão feitas por meio do uso de setas e devem considerar o grau cronológico ou de importância. Cadaestudante escolhe os estudante escolhe os conceitos de modo particular, que facilite conceitos de modo particular, que facilite sua compreensão, contudo é importantesua compreensão, contudo é importante
que haja a socialização para que que haja a socialização para que outros também possam compreender o conceito.outros também possam compreender o conceito.  
    
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1111
desempenho e participação ou desempenho e participação ou apenas tecer comentários e fazer anotaçõesapenas tecer comentários e fazer anotações
e entregar a nota ao final do bloco.e entregar a nota ao final do bloco.
Compreendendo a dinâmica:Compreendendo a dinâmica:
Nesta prática, os Nesta prática, os participantparticipantes são, es são, inicialmentinicialmente, apresentados a e, apresentados a umum
problema específico sobre o qual deverão debater sobre a solução emproblema específico sobre o qual deverão debater sobre a solução em
encontro posterior. São formados grupos tutoriais (de 8 a 10 participantes)encontro posterior. São formados grupos tutoriais (de 8 a 10 participantes)
e estes são e estes são estimulados a realizarem uma pesquisa e discutirem sua melhorestimulados a realizarem uma pesquisa e discutirem sua melhor
solução.solução.
Para que a ABP atinja o objetivo desejado, a organização do grupoPara que a ABP atinja o objetivo desejado, a organização do grupo
tutorial é indispensável e imprescindível. O grupo tutorial propicia atutorial é indispensável e imprescindível. O grupo tutorial propicia a
participação ativa dos estudantes, facilitando a participação ativa dos estudantes, facilitando a discussão aprofundada dodiscussão aprofundada doassunto, estimula o pensamento crítico dos participantes e desenvolve aassunto, estimula o pensamento crítico dos participantes e desenvolve a
capacidade de resolver problemas. Ademais, promove habilidades decapacidade de resolver problemas. Ademais, promove habilidades de
grupo e capacidade de comunicação e incentiva à aprendizagemgrupo e capacidade de comunicação e incentiva à aprendizagem
autodirigida.autodirigida.
Os objetivos de um grupo tutorial deve ser o de incentivar osOs objetivos de um grupo tutorial deve ser o de incentivar os
participantes a adotarem uma abordagem mais profunda para aparticipantes a adotarem uma abordagem mais profunda para a
aprendizagem pessoal e ser um aprendiz ativo e aprendizagem pessoal e ser um aprendiz ativo e autodirigido.autodirigido.
Quando da aplicação da ABP, Quando da aplicação da ABP, a organizaçãa organização do o do grupo tutorial devegrupo tutorial deve
considerar os seguintes considerar os seguintes aspectos:aspectos:
1.1.   Ser constituído por 8 a 10 participantes e contar com umSer constituído por 8 a 10 participantes e contar com um
 professor/facilitador; professor/facilitador;
 2. 2.   Um dos participantes deve ser indicado como coordenador e outroUm dos participantes deve ser indicado como coordenador e outro
como secretário da sessão e o professor/facilitador deve assumir acomo secretário da sessão e o professor/facilitadordeve assumir a
função de tutor.função de tutor.
 3. 3.   Os demais participantes devem realizar a discussão seguindo os 8Os demais participantes devem realizar a discussão seguindo os 8
 passos descritos anteriormente. passos descritos anteriormente.  
    
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1212
Compreendendo os papéis na Compreendendo os papéis na dinâmica do grupo tutorialdinâmica do grupo tutorial
Atuação do Atuação do Professor/facilitProfessor/facilitador da ador da Sessão tutorialSessão tutorial
Estabelecer um ambiente propício para a aprendizagem autodirigida;Estabelecer um ambiente propício para a aprendizagem autodirigida;
Tratar os participantes como aprendizes adultos;Tratar os participantes como aprendizes adultos;
Promover a cooperação e não a Promover a cooperação e não a competição no trabalho de grupo;competição no trabalho de grupo;
Esclarecer as necessidades de aprendizagem e ajudar os estudantes aEsclarecer as necessidades de aprendizagem e ajudar os estudantes a
estabelecerem objetivos de aprendizagem e metas;estabelecerem objetivos de aprendizagem e metas;
Envolver-se em atividades de aprendizagem para garantir que osEnvolver-se em atividades de aprendizagem para garantir que os
estudantes estejam no caminho correto;estudantes estejam no caminho correto;
 Ajudar os estudantes com planos e estratégias de apre Ajudar os estudantes com planos e estratégias de aprendizagem;ndizagem;
Orientar o processo de aprendizagem, estimular a integração doOrientar o processo de aprendizagem, estimular a integração do
conhecimento;conhecimento;
Deve atuar como facilitador nas sessões tutoriais para ajudar osDeve atuar como facilitador nas sessões tutoriais para ajudar os
 participantes a se tornarem solucionadores de prob participantes a se tornarem solucionadores de problemas.lemas.
É importante que todos os professores/facilitadores estejamÉ importante que todos os professores/facilitadores estejam
capacitados e familiarizados com o processo da ABP e que se sintamcapacitados e familiarizados com o processo da ABP e que se sintam
preparados para a condução da sessão tutorial. A mudança depreparados para a condução da sessão tutorial. A mudança de
“disseminador de informações” para “facilitador da aprendizagem” pode“disseminador de informações” para “facilitador da aprendizagem” pode
ser um desafio para os novos professores/facilitadores. Até mesmoser um desafio para os novos professores/facilitadores. Até mesmo
aqueles familiarizados com o processo da ABP podem não estaraqueles familiarizados com o processo da ABP podem não estar
preparados para a função de preparados para a função de tutor.tutor.
    
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1313
Atuação do Coordenador da Atuação do Coordenador da Sessão Tutorial (estudante)Sessão Tutorial (estudante)
Coordenar o processo de trabalho do grupo;Coordenar o processo de trabalho do grupo;
Introduzir o problema para discussão;Introduzir o problema para discussão;
Facilitar a participação de todos os membros, certificando que ninguémFacilitar a participação de todos os membros, certificando que ninguém
está dominando ou se ausentando;está dominando ou se ausentando;
Estimular o grupo e sumarizar as ideias;Estimular o grupo e sumarizar as ideias;
Elaborar e estimular a discussão;Elaborar e estimular a discussão;
Observar o tempo e direcionar a discussão;Observar o tempo e direcionar a discussão;
Certificar-se do cumprimento de todos os passos dCertificar-se do cumprimento de todos os passos da ABP.a ABP.
Atuação do Relator/secretário na Sessão Tutorial (estudante)Atuação do Relator/secretário na Sessão Tutorial (estudante)
Prestar atenção na evolução das ideias do grupo;Prestar atenção na evolução das ideias do grupo;
 Anotar  Anotar as ideias as ideias surgidas no surgidas no grupo, grupo, mesmo mesmo se, aparentemese, aparentemente, nte, irreais;irreais;
Organizar as ideias, sintetizando-as em conceitos;Organizar as ideias, sintetizando-as em conceitos;
Conferir suas anotações com os outros membros do grupo;Conferir suas anotações com os outros membros do grupo;
Contribuir com o grupo e facilitar a discussão;Contribuir com o grupo e facilitar a discussão;
Resumir os objetivos de aprendizagem decididos pelo grupo ao finalResumir os objetivos de aprendizagem decididos pelo grupo ao final
de cada sessão tutorial.de cada sessão tutorial.
    
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1414
Atuação dos participantes na ABP Atuação dos participantes na ABP (demais estudantes)(demais estudantes)
Ser respeitoso com todos os membros do grupo;Ser respeitoso com todos os membros do grupo;
Participar das sessões de abertura e de fechamento da tutoria;Participar das sessões de abertura e de fechamento da tutoria;
Compartilhar os conhecimentos adquiridos no estudo individual;Compartilhar os conhecimentos adquiridos no estudo individual;
Estar sensível às necessidades de aprendizagem dos colegas,Estar sensível às necessidades de aprendizagem dos colegas,
respeitando o tempo de fala de cada um;respeitando o tempo de fala de cada um;
 Assumir a responsabilidade pelo seu aprendizado. Assumir a responsabilidade pelo seu aprendizado.
O cumprimento destes papéis propicia O cumprimento destes papéis propicia um ambiente organizado emum ambiente organizado em
que os próprios estudantes extraem os objetivos de estudo a partir doque os próprios estudantes extraem os objetivos de estudo a partir do
problema apresentado na abertura. Com os objetivos em mãos, elesproblema apresentado na abertura. Com os objetivos em mãos, eles
determinam seu momento e necessidade de estudo se preparando paradeterminam seu momento e necessidade de estudo se preparando para
sessão de fechamento. No encontro de fechamento, os estudantessessão de fechamento. No encontro de fechamento, os estudantes
demonstram o que aprenderam, consolidando ou corrigindo odemonstram o que aprenderam, consolidando ou corrigindo o
conhecimento adquirido ao rediscutir o problema. Por fim, a avaliaçãoconhecimento adquirido ao rediscutir o problema. Por fim, a avaliação
formativa qualifica a participação de todos formativa qualifica a participação de todos norteando sua evolução a partirnorteando sua evolução a partir
do que foi do que foi apresentaapresentado.do.
Bibliografia consultadaBibliografia consultada
BOUD, David (Ed.).BOUD, David (Ed.). Problem-based learning in education for theProblem-based learning in education for the
professions.professions.  Higher Education Research and Development Society of  Higher Education Research and Development Society of
Australasia, 1985.Australasia, 1985.
SCHMIDT, Hendricus Gerard. ProblemSCHMIDT, Hendricus Gerard. Problem‐‐based learning: Rationale andbased learning: Rationale and
description.description. Medical educationMedical education, v. 17, n. 1, , v. 17, n. 1, p. 11-16, 1983.p. 11-16, 1983.
WALTON, Henry J.; MATTHEWS, M. B. Essentials of problemWALTON, Henry J.; MATTHEWS, M. B. Essentials of problem‐‐based learning.based learning.
Medical education,Medical education, v. 23, n. 6, p. 542-558, 1989. v. 23, n. 6, p. 542-558, 1989.  
    
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Capítulo 2Capítulo 2
FISHBOWLFISHBOWL - AQUÁRIO - AQUÁRIO
Ludmila Barbosa Bandeira Rodrigues EmerickLudmila Barbosa Bandeira Rodrigues Emerick
Márcio Henrique de SouzaMárcio Henrique de Souza
Roberta Martins NogueiraRoberta Martins Nogueira
Compreendendo o conceito e utilidade:Compreendendo o conceito e utilidade:
OO FishbowlFishbowl, que significa aquário em inglês, foi inspirado em, que significa aquário em inglês, foi inspirado em
ambientes de aprendizagem de escolas de medicina, onde especialistasambientes

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