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Objetivos : 4- Conhecer a puericultura (acompanhamento , curva do crescimento , marcos no desenvolvimento neuropsicomotor ) 7-Conhecer o calendário vacinal e seus efeitos adversos de acordo com o PNI. 6-Compreender a introdução alimentar ( a partir dos 6 meses) 5-Entender os malefícios da inserção do leite de vaca na alimentação do bebê em relação ao leite da mãe. Amamentação e imunização 2-Descrever as práticas de amamentação( passo a passo, posição do bebê , idade adequada) 3- Explicar quais as situações o aleitamento materno é contraindicado 1- compreender o aleitamento materno e seus tipos (composição , características , fisiologia , benefícios / importância ) Problema 2- Jornada alimentar tutoria 15 Klênya Maria - P3 Tipos de aleitamento materno: 1- Aleitamento materno exclusivo ( AME)- Quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. 2-Aleitamento materno predominante - Quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais. compreender o aleitamento materno e seus tipos (composição , características , fisiologia , benefícios / importância ) O leite humano é a alimentação ideal para todas as crianças. Devido a sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê. Recomendação da OMS, UNICEF, Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria desde 2001: Aleitamento Materno Exclusivo (AME) por 6 meses, iniciando na primeira hora de vida. Amamentar sob livre demanda e dar continuidade com a introdução dos alimentos complementares por 2 anos ou mais, se assim a mãe desejar. Aleitamento Materno Exclusivo: fonte nutritiva é o leite materno ou leite humano (OMS, 2011). Medida simples que contribui em 13% na redução da mortalidade infantil (OPAS, 2011). Protege a criança e sua mãe de morbidades a curto, médio e longo prazo (MS, 2019) 3- Aleitamento materno Quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. 4- Aleitamento materno complementado - Quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí- lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar. 5- Aleitamento materno misto ou parcial - Quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite (OMS, 2007). Composição do leite materno: Nos primeiros dias de vida, o estômago do bebê comporta de 5 a 27 ml de leite materno, por isso o bebê terá mamadas frequentes e curtas, e com o passar dos meses, ela vai se tornando mais espaçadas, permitindo uma melhor organização da mãe e do bebê entre os horários do dia e duração. Estas mudanças ocorrem com tempo, e neste tempo, o leite materno também sofre algumas mudanças, do início do colostro até a formação do leite maduro. Sendo assim, não existe leite fraco ou pouco leite. O leite materno é adequado para cada fase da vida do seu filho, sendo o colostro considerado a primeira vacina do bebê. A produção ou volume do leite aumenta de acordo com a sucção do bebê, por isso em alguns períodos de maior crescimento o bebê intensifica as mamadas, e é importante ofertar o seio de acordo com a sua necessidade de sucção. O leite materno dá proteção contra doenças porque: Só ele tem substâncias que protegem o bebê contra doenças como: diarréia (que pode causar desidratação, desnutrição e morte), pneumonias, infecção de ouvido, alergias e muitas outras doenças; O bebê que mama no peito poderá evacuar toda vez que mamar, ou passar até uma semana sem evacuar. O cocô geralmente é mole. O leite materno é limpo e pronto: Não apanha sujeira como a mamadeira; Está pronto a qualquer hora, na temperatura certa para o bebê; Não precisa ser comprado. Dar de mamar é um ato de amor e carinho: Faz o bebê sentir-se querido, seguro. Vantagens do leite materno : é alimento completo porque: Contém vitaminas, minerais, gorduras, açúcares, proteínas, todos apropriados para o organismo do bebê; Possui muitas substâncias nutritivas e de defesa, que não se encontram no leite de vaca e em nenhum outro leite; O leite da mãe é adequado, completo, equilibrado e suficiente para o seu filho. Ele é um alimento ideal. Não existe leite fraco; É feito especialmente para o estômago da criança, portanto de mais fácil digestão. Dar de mamar ajuda na prevenção de defeitos na oclusão (fechamento) dos dentes, diminui a incidência de cáries e problemas na fala. Bebês que mamam no peito apresentam melhor crescimento e desenvolvimento. Trabalhos científi cos identifi cam que essas crianças são mais inteligentes. Ele é o alimento ideal, não sendo necessário oferecer água, chá e nenhum outro alimento até os seis meses de idade. Curiosidades: Benefícios da amamentação Para a mamãe: Previne contra o câncer de mama, de útero e ovários; Diminui as chances de doenças como hipertensão; obesidade; Diminui as chances de depressão pós- parto; Para o bebê: Diminui riscos de alergias, hipertensão, colesterol alto, obesidade, diabetes, diarreia, infecções respiratórias e mortalidade infantil; Contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança; Promove um melhor desenvolvimento da cavidade bucal - auxiliando na introdução de novos alimentos e na fala; Estimula a formação de adultos saudáveis. Benefícios para a sociedade e o planeta: O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade. Por que não usar chupetas e mamadeiras? Sugar em uma mamadeira pode confundir a criança, pois a maneira que ela suga o peito é diferente da forma de sugar a mamadeira, independentemente do seu tipo de bico. Sugar a mamadeira é mais fácil, a criança faz menos esforço e, se ela tentar sugar o peito da mesma maneira que ela suga a mamadeira, o leite pode não sair tão facilmente, e isso pode frustrá-la e levá-la, inclusive, a recusar o peito. O uso de mamadeiras também prejudica a habilidade da criança de regular o apetite, podendo ocasionar ganho de peso excessivo. Além disso, o seu uso faz com que o movimento e a posição da língua prejudiquem o desenvolvimento da deglutição, mastigação e fala. Práticas que podem prejudicar a amamentação : • Dar outros leites ou fórmulas infantis para “complementar” o leite materno desnecessariamente • Começar com alimentos sólidos ou pastosos antes dos 6 meses de idade • Oferecer mamadeira • Oferecer chupeta • Fumar durante a amamentação • Usar medicamentos por conta própria • Ingerir qualquer bebida alcoólica A ocitocina - é responsável pelo reflexo de saída do leite. -A ejeção do leite é realizada pelo estímulo da ocitocina nas células mioepiteliais (que estão lá envolta dos alvéolos ) - elas se contraem causando a saída do leite materno. 1. A ocitocina também age nas células da musculatura lisa areolar - promovendo a compressão do seio e a ereção do mamilo , que são eventos que contribuem para ejeção do leite. 2. OBS: o reflexo de saída do leite é capaz de sofrer influências de fatores : psico-emocionais e ambientais , ou seja a produção de ocitocina ocorre em resposta a estímulos , como por exemplo : a visão , o cheiro e ochoro da criança e há fatores de ordem emocional, como: motivação , autoconfiança e tranquilidade. Ao contrario disso situações de estresse , vergonha , desconforto , insegurança , medo e dor .Provocam a inibição imediata de ocitocina , reduzindo a quantidade de leite que sai pela mama Fisiologia da produção e saida do leite da mama A produção e saída do leite materno são controlados por reflexos neurais , por meio da liberação de dois principais hormônios - A prolactina liberada pela hipófise anterior e a ocitocina liberada pela hipófise posterior. A prolactina é responsável pelo reflexo materno de produção do leite. -O nível de prolactina sobe em picos sempre induzidos pela sucção do recém nascido , ou seja , quanto menor for o intervalo entre as mamadas , maior é o nível de prolactina no sangue e maior será a produção adequada de leite. 2-Descrever as práticas de amamentação ( passo a passo, posição do bebê , idade adequada) Como amamentar? posicionamento da mãe : A mãe pode ficar DEITADA, SENTADA ou EM PÉ. O importante é a mãe e o bebê sentirem-se bem confortáveis. Se a mãe der de mamar DEITADA( figura 9) : A mãe deve deitar-se de lado, apoiando sua cabeça e costas em travesseiros para ficar mais à vontade. A mãe também pode dar de mamar recostada na cama. Com um braço, a mãe apoia o pescoço e o tronco do bebê, ajudando a aproximar o corpo do bebê ao seu corpo, e com a outra mão aproxima a boca do bebê do bico do peito. Ele próprio vai procurar o bico. Se a mãe der de mamar SENTADA (figuras 10, 11 e 12): A mãe pode cruzar as pernas ou usar travesseiros sobre suas coxas, ou ainda usar embaixo dos pés um apoio para facilitar a posição do bebê, permitindo assim, que a boca do bebê fique no mesmo plano da aréola. POSIÇÃO DO BEBÊ (foto 13) O corpo do bebê deve estar inteiramente de frente para a mãe e bem próximo (barriga do bebê voltada para o corpo da mãe). O bebê deve estar alinhado, a cabeça e a coluna em linha reta, no mesmo eixo. A boca do bebê deve estar de frente para o bico do peito A mãe deve apoiar com o braço e mão o corpo e o “bumbum” do bebê. Aproximar a boca do bebê bem de frente ao peito, para que ele possa abocanhar, ou seja, colocar a maior parte da aréola (área mais escura e arredondada do peito) dentro da boca. Queixo do bebê tocando o peito da mãe Como saber que a “pega” está adequada: Boca bem aberta;1. Lábios virados para fora;2. Queixo tocando o peito da mãe;3. Aréola mais visível na parte superior que na inferior;4. Bochecha redonda (“cheia”);5. A língua do bebê deve envolver o bico do peito6. Quando oferecer o peito: Oferecer o peito logo após o nascimento, ainda na sala de parto, quer seja parto normal ou cesária (fi gura 19). Porque estimula a produção e descida do leite. 1. Oferecer o peito sempre que o bebê quiser, de dia ou de noite, ou seja, sob livre demanda (figura 20). Porque quanto mais o bebê mamar, mais leite o peito produz. 2. Oferecer um peito até o bebê soltar e depois oferecer o outro (figuras 21 e 22). Não interromper a mamada, porque é importante dar de mamar até o bebê soltar, para receber o leite do final da mamada, que é mais rico em gorduras. 3. O leite do início “mata” a sede e protege o bebê, o do final “engorda”. 4. Na próxima mamada, começar com o peito que o bebê sugou por último na mamada anterior, ou no que não mamou. Porque é importante retirar a maior quantidade possível de leite para estimular sua produção. 5. 3- Explicar quais as situações o aleitamento materno é contraindicado Contraindicações permanentes: Condições materna: •Câncer de mama que foi tratado ou está em tratamento; ( Em mulheres que apresentam câncer de mama durante a fase de lactação, não há, até o momento, evidências científicas que comprovem riscos para o bebê da ingestão de leite materno diretamente da mama adoecida. Entretanto, durante o tratamento com quimioterapia, o aleitamento materno deve ser suspenso pois há risco de neutropenia infantil. A amamentação pode ser retomada após o período de metabolização da droga no organismo, se a mulher desejar. Entretanto, é importante lembrar que a quimioterapia provoca redução na capacidade de produção de leite de ambas as mamas, sendo necessário a complementação com leite artificial.) mulheres portadoras do vírus HIV, HTLV1 e HTLV2; (essas doenças podem ser passadas para o bebê através do leite materno . Por isso , O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) contraindicam a prática da amamentação cruzada porque ela pode oferecer risco de transmissão de vírus - como o HIV, que causa a aids, e o HTLV - para a criança durante a amamentação, além da hepatite B, pois os agentes causadores dessas doenças estão presentes no leite. No Brasil existem programas de apoio às mulheres HIV positivo que garantem a oferta do leite adequado em substituição ao leite materno. •Portadoras de distúrbios da consciência ou de comportamento grave. O aleitamento materno deve ser suspenso em situações que podem causar danos a saúde materna e/ou neonatal. Algumas destas situações são temporárias, outras permanentes. Condições neonatais são: •Galactosemia (nível elevado de galactose no sangue) é um distúrbio do metabolismo de carboidratos que é causado pela falta de uma das enzimas necessárias para metabolizar a galactose, um tipo de açúcar que forma um açúcar mais complexo denominado lactose (o açúcar do leite). Um metabólito tóxico para o fígado e para os rins se acumula. O metabólito também danifica o cristalino, causando catarata. A galactosemia ocorre quando os pais transmitem aos filhos um gene defeituoso que causa esse distúrbio. •Fenilcetonúria (necessita acompanhamento);( a doença genética, autossômica recessiva, caracterizada pelo defeito ou ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, responsável pela conversão da fenilalanina em tirosina.Na criança, a doença leva a quadros de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, convulsões, déficit cognitivo e comportamental, convulsões, além de odor característico na urina, provocado pelo aumento da excreção de ácido fenilpirúvico.) •Síndrome da urina de xarope do bordo (necessita acompanhamento); Essa doença é uma disfunção genética recessiva autossômica causada pela deficiência na atividade do complexo alfa-cetoácido-desidrogenase de cadeia ramificada (BCKDC). A deficiência desse complexo de enzimas leva a níveis elevados de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) leucina, valina e isoleucina. As manifestações clínicas tipicamente surgem entre o quarto e o sétimo dias de vida e incluem letargia, dificuldade de sucção, vômitos, desidratação, perda de peso, hipotonia axial alternada com hipertonia dos membros, opistótono, crises convulsivas e sinais de edema cerebral. •Intolerância a glicose; •Malformações fetais de orofaringe, esôfago e traqueia, cardiopatia e/ou pneumonia grave, hiperbilirrubinemia grave e entrega do recém-nascido para adoção; •Intolerância a algum componente do leite; •Malformações fetais orofaciais que não sejam compatíveis com alimentação oral e enfermidades graves https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-metab%C3%B3licos-heredit%C3%A1rios/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-metab%C3%B3licos-heredit%C3%A1rios/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fundamentos/gen%C3%A9tica/genes-e-cromossomos#v711446_pt https://www.infoescola.com/neurologia/edema-cerebral/ Contraindicações temporárias: •Infecção herpética: quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; •Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receberImunoglobulina Humana Antivaricela Zoster (Ighavz), disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES) que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais precocemente possível; •Doença de Chagas: na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente; •Abscesso mamário: até que o abscesso tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia •Drogas ilícitas: usuárias de drogas como cocaína, heroína e maconha; A justificativa para isto é que drogas como maconha, LSD, heroína, cocaína, ópio, entre outras, passam ao leite da mãe e podem prejudicar o bebê. Elas também mudam o comportamento da mãe, que se torna menos receptiva às necessidades do seu bebê. No caso específico de drogas de abuso, existem mães que são usuárias ocasionais de ecstasy, anfetaminas ou cocaína. Estas, devem ser orientadas a suspender a amamentação, ordenhar e descartar o leite por um período de 24 a 36 horas após o uso da droga. Depois desse período pode-se reiniciar a amamentação. Quanto à maconha, uma vez que não há evidências suficientes sobre sua relação com o aleitamento materno e seus efeitos sobre a criança, sugere-se interromper a amamentação, ordenhar e descartar o leite por 24 horas, após o seu consumo. Depois desse período pode-se reiniciar a amamentação •Quimioterápicos: mulheres que estão recebendo algum tipo de quimioterapia oncológica ou submetidas a radiofármacos devem ponderar junto ao médico responsável. •Uso de álcool: o consumo eventual moderado de álcool (um cálice de vinho ou duas latas de cerveja) não contraindica a amamentação. Sugere-se que a criança seja amamentada antes do consumo de bebidas alcoólicas, e espere 3 ou 4 horas após beber para amamentar novamente. A periodicidade de acompanhamento dependerá da estratificação de risco da criança, sendo que o calendário mínimo consiste em receber uma visita domiciliar de uma Agente Comunitária de Saúde (ACS) até o 5º dia de vida, para verificar os sinais de alerta relacionados ao recém- nascido e a puérpera, bem como a realização da triagem neonatal e a situação do aleitamento materno. Além disso, a recomendação é de que as consultas sejam mensais até o 6º mês de vida, trimestral do 6º ao 12º mês de vida, semestral do 12º ao 24º mês de vida e anualmente do 3º ao 19º ano de vida. 4- Conhecer a puericultura (acompanhamento , curva do crescimento , marcos no desenvolvimento neuropsicomotor ) PUERICULTURA Acompanhamento periódico visando a promoção e proteção da saúde das crianças e adolescentes, por meio dela acompanha-se integralmente o ser humano de 0 a 19 anos, sendo possível identificar precocemente qualquer distúrbio de crescimento, desenvolvimento físico e mental, nutricional, dentre outros, compreendendo a criança e o adolescente como um ser em desenvolvimento com suas particularidades. 4- Conhecer a puericultura (acompanhamento , curva do crescimento , marcos no desenvolvimento neuropsicomotor ) A consulta da primeira semana de vida é muito importante para saber como estão a mãe e o bebê. Essa consulta pode ser realizada pelo profissional da medicina ou da enfermagem tanto no domicílio quanto na unidade de saúde. Nessa consulta, devem-se avaliar as condições de saúde da mãe e do recém-nascido, a comunicação e o vínculo entre os dois, a amamentação, a vacinação e outros cuidados. É um momento oportuno para que a mãe receba todas as orientações e, quando for o caso, para que a mãe e o bebê sejam encaminhados para os testes de triagem ou outros cuidados. Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor Desenvolvimento da Criança Menor de 1 Ano - Do nascimento aos 2 meses: Desde o nascimento, a criança é capaz de ouvir, reconhecer e se acalmar com a voz de pessoas da família, especialmente a da mãe, do pai ou de outro cuidador frequente. Nesta idade, o bebê já escuta e enxerga a uma distância de 20 cm, exatamente a distância entre o bebê e o rosto da mãe quando amamentando. O contato carinhoso entre a mãe e o bebê estimula o cérebro da criança e fortalece esse vínculo. Prevenir Doenças pela Triagem Neonatal e Vacinação : A triagem neonatal é uma ação preventiva que permite identificar, em tempo oportuno, distúrbios e doenças congênitas, e realizar acompanhamento e tratamento para diminuir ou eliminar os danos associados a eles. A triagem neonatal inclui os testes do pezinho, do olhinho, da orelhinha e do coraçãozinho, que devem ser realizados nos primeiros dias de vida para verificar a presença de doenças que, se descobertas bem cedo, podem ser tratadas com sucesso. ■ Mostre objetos coloridos a uma distância de mais ou menos 30 cm dos olhos da seu filho, movendo-os para cima, para baixo e para os lados. ■ Cante para ele. Os bebês gostam do som e do ritmo das canções de ninar e de cantigas de roda. A música estimula a linguagem e transmite uma sensação de tranquilidade e alegria. ■ Leia e conte histórias para ele. ■ Para fortalecer os músculos do pescoço do seu filho, deite-o de barriga para baixo e chame sua atenção com brinquedos, diga seu nome, estimulando-o a levantar a cabeça. Entre 2 e 4 meses : Aos poucos, seu filho começa a balbuciar, a brincar com o som de sua própria voz, e gosta quando você corresponde ou a imita. Continue conversando com ele. No início parece muito difícil, mas procure ir criando uma rotina das mamadas, do banho, de brincar no tempo que ele está acordado. Isso facilita a regulação das funções fisiológicas do bebê. ■ Brinque com ele, ofereça objetos ou brinquedos para ele pegar ou tocar com a mão. Nessa idade ele só pega o objeto se for colocado na sua mão, isto é, ainda não consegue buscar o objeto, apenas o toca, ou bate nele, mas fica atento à brincadeira. Esse jogo, além de favorecer seus movimentos, também irá diverti-lo. ■ Quando acordado, deixe seu filho em lugar firme, seguro, no qual ele possa ficar com os braços livres. Vire-o de bruços por breves períodos no seu próprio colo ou na cama, para que ele possa olhar o mundo de outro ângulo. ■ Na hora de colocá-lo para dormir, as canções suaves ajudam muito a acalmá-lo Entre 4 e 6 meses Após o 4º mês de vida, os bebês podem segurar objetos com as duas mãos, observá- los e levá-los à boca. ■ Ofereça brinquedos e objetos coloridos, macios e limpos, como pequenas tigelas de plástico, chocalhos e mordedores, para que seu filho possa buscá-los, segurá-los e levá-los à boca sem risco de se engasgar ou se machucar. Os bebês também gostam de brincar com as próprias mãos e pés. Observe-o e deixe-o livre para que possa conhecer o próprio corpo. ■ Converse ou faça barulhos de um lugar onde seu filho não esteja vendo você para que ele tente localizar de onde vem o som. ■ Ao final desse período, ele já é capaz de chamar sua atenção: ele já sabe encontrar formas de lhe pedir algo. Ofereça comida, brinquedos etc. e espere um pouco para ver sua reação. Assim, ele também aprenderá a expressar vontade e aceitação, prazer e desconforto. Entre 6 e 9 meses Nesta faixa etária, a criança busca chamar a atenção das pessoas, procurando agradá-las para obter a sua aprovação. ■ Dê atenção ao seu filho e demonstre que você está atenta aos seus pedidos. Demonstre alegria e interesse por sua aprendizagem. ■ O bebê já consegue dormir, comer e brincar em uma rotina mais organizada, de acordo com o ritmo da família. A manutenção de uma rotina diária dá segurança à criança e ajuda no seu aprendizado da organização e da disciplina, o que será importante para toda a sua vida. Nesta fase, o bebê começa a estranhar as outras pessoas. Isso é um bom sinal! Ele já sabe que você e as pessoas que cuidam regularmente dele são diferentes das demais e expressa essa preferência! ■ Cubra o rosto ou objetos com um pano e pergunte ao seu filho onde está. Caso ele não o encontre, retire o pano para que ele possa vê-lo. Aos poucos, ele perceberá que você ou o objeto está escondido por trás do pano. Essa brincadeira possibilitaque a criança aprenda que as pessoas e os objetos continuam existindo mesmo quando ele não os vê. Entre 9 e 12 meses Em torno de 1 ano de vida, o bebê já consegue falar algumas palavras além de “mamã” e “papá” e nomear os objetos e as ações mais comuns. ■ Ajude seu filho a aumentar seu vocabulário. ■ Ensine a ele os nomes das coisas e das pessoas, explique tudo o que você faz com ele, para ele, o porquê de estar fazendo algo e para que isso serve. ■ Converse com seu neném, ele vai aprendendo a falar e a entender bem o que as outras pessoas falam. ■ Faça perguntas simples e dê pequenas ordens: “Vem aqui”, “Pegue o brinquedo”, “Me dá” etc. ■ Continue lendo e contando histórias para ele, principalmente na hora de dormir. ■ Mostre-lhe as figuras dos livros quando estiver lendo e contando as histórias. ■ Estimule seu filho a caminhar. Inicialmente, ele buscará apoio nos móveis e gradualmente irá largá-los. Desenvolvimento da Criança de 1 a 3 Anos Entre 1 ano e 1 ano e 6 meses Continue sendo claro e firme ao colocar limites. Ordens diferentes, dadas ao mesmo tempo, deixam a criança confusa, sem saber o que fazer. ■ Afaste-se de seu filho por períodos curtos, para que ele não se sinta inseguro, e vá fazendo com que ele se acostume, aos poucos, com a sua ausência. ■ Crie oportunidades para que seu filho aprenda a comer sozinho, a usar o talher com a própria mão, direita ou esquerda, de acordo com a sua habilidade, mas ajude-o a terminar sua refeição. Ele ainda precisa de seu apoio. ■ Ofereça-lhe caixas ou potes de diversos tamanhos e incentive-o a empilhá-los. Mostre- lhe como fazer isso e deixe-o imitá-lo. ■ Faça pedidos simples e fale os nomes corretos dos objetos. Isso ajuda a criança a aumentar seu vocabulário e aprender a pedir o que quer. Entre 1 ano e 6 meses e 2 anos Nesta idade, a criança já compreende melhor o que é dela e o que é dos outros, mas ainda precisa de orientação para aprender a compartilhar brinquedos e para aceitar que não pode fazer tudo o que quer. ■ Estimule seu filho a tirar as próprias roupas, mas ajude-o no início de suas tentativas. ■ Perto dos 2 anos de idade, as crianças começam a falar ou a apontar quando fazem cocô ou xixi. Comece a incentivar seu filho a usar o vaso sanitário ou o penico. Faça isso em clima de brincadeira, sem pressioná-lo ou repreendê-lo. ■ Continue oferecendo brinquedos de encaixe que possam ser empilhados e brinque com seu filho para que ele possa imitar você. ■ Continue contando histórias usando livros e revistas. Nomeie os objetos e os personagens e crie histórias a partir das figuras. ■ Brinque com seu filho: jogue bola, faça brincadeiras que envolvam o uso do corpo. 5-Entender os malefícios da inserção do leite de vaca na alimentação do bebê em relação ao leite da mãe. Ministério da Saúde, 2015: Fórmula infantil de primeiro semestre ( 0 a 6 meses ) Fórmula infantil de seguimento ( 6 a 12 meses) Leite de vaca - O Ministério da Saúde, de acordo com o Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos de 2019, indica: na impossibilidade de aleitamento materno, utilizar fórmula infantil e a partir de 9 meses de idade, utilização do leite de vaca. Para lactentes até 4 meses de idade, nas impossibilidades de aleitamento materno e de condição financeira para aquisição de fórmula infantil, uso do leite de vaca diluído Em comparação com o leite materno , o leite de vaca contém alto teor de ácidos graxos saturados e baixo em monoinsaturados; alto conteúdo de proteína, sódio, cálcio e fósforo e baixo em lactose. Apresenta relação proteínas do soro: caseína muito menor do que a do leite humano, comprometendo a digestibilidade e absorção de nutrientes. E também tem baixos níveis de vitaminas A e C. o consumo de LV diminuiria a margem de segurança em situações (vômitos, diarreia, alta temperatura do ambiente) que podem levar à desidratação, uma vez que o LV não fornece água livre. 6-Compreender a introdução alimentar ( a partir dos 6 meses) Algumas recomendações ,segundo o guia alimentar para crianças brasileiras - MS Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses. A oferta de outros alimentos antes dos seis meses para as crianças que estão sendo amamentadas, além de desnecessária, pode ser prejudicial, porque aumenta o risco de a criança ficar doente e pode interferir na absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o zinco. Além disso, em geral a criança só está madura para receber outros alimentos em torno dos seis meses. Desmame O desmame é o término da amamentação. É um processo cujo tempo varia de dupla para dupla. Em geral, não deve ser forçado. Ele costuma ocorrer naturalmente após os 2 anos de idade, sob a liderança da mãe. A criança costuma dar alguns sinais de que está se preparando para o desmame: menor interesse pelas mamadas; aceitação de alimentos variados; segurança na relação com a mãe; aceitação de outras formas de consolo que não o peito; conformar-se em não ser amamentada em certas ocasiões ou locais; dormir sem mamar no peito; preferência por brincar ou fazer outra atividade com a mãe em vez de mamar. CONHECENDO OS ALIMENTOS A partir de 6 meses, além do leite materno, outros alimentos devem fazer parte das refeições da criança. Para que ela goste de vários alimentos, recomenda-se apresentar a ela a maior diversidade possível de alimentos saudáveis. Para isso, é importante conhecer os diferentes tipos de alimentos. O Guia Alimentar para a População Brasileira classifica os alimentos em 4 categorias, segundo a extensão e o propósito do seu processamento: alimentos in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários processados; alimentos processados; e alimentos ultraprocessados. 1) Alimentos in natura ou minimamente processados Os alimentos in natura são obtidos diretamente das plantas ou dos animais e não são alterados após deixar a natureza. ex: feijões de todas as cores, ervilha, lentilhas, grão- de-bico e outras leguminosas; Cereais – arroz branco, integral ou parboilizado; milho em grão ou na espiga; grãos de trigo, farinhas de mandioca, de milho, de trigo ou de centeio; farinha, farelo ou flocos de aveia; macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas e água; Raízes e tubérculos – batata, mandioca e outras raízes e tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou congelados; Legumes e verduras – legumes e verduras frescos ou embalados, fracionados. OBS: Alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base da alimentação da criança e de toda família, ou seja, a maior parte dos alimentos consumidos devem ser desse grupo. 2) Ingredientes culinários processados: São produtos usados para preparar as refeições. São fabricados pela indústria a partir de substâncias que existem em alimentos in natura. Exemplos: sal de cozinha; açúcar branco, cristal, demerara, mascavo, de coco; melado e rapadura; mel de abelha; óleos e gorduras como óleo de soja, de girassol, de milho; azeite de oliva; manteiga (com ou sem sal); banha; amido extraído do milho ou de outra planta; vinagres. OBS:Devem ser usados com moderação para temperar e preparar os alimentos in natura ou minimamente processados. Os açúcares, melado, rapadura e mel não devem ser oferecidos para crianças menores de 2 anos 3) Alimentos processados São alimentos elaborados a partir de alimentos in natura, porém, geralmente adicionados de sal ou de açúcar (ou outro ingrediente culinário) para durarem mais ou para permitir outras formas de consumo. Exemplos: conservas de legumes, de verduras, de cereais ou de leguminosas; extrato ou concentrado de tomate (com açúcar e sal); castanhas com sal ou açúcar; carnes salgadas; peixe conservado em óleo ou água e sal; frutas em calda ou cristalizadas; queijos (minas, prato, mussarela. Alimentos processados podem ser consumidos em pequenas quantidades e eventualmente, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentosin natura ou minimamente processados. Para crianças, somente podem ser oferecidos queijos e os pães feitos com farinha de trigo refinada ou integral, leveduras, água e sal. 4) Alimentos ultraprocessados São formulações produzidas industrialmente por meio de diversas técnicas e etapas de processamento e levam muitos ingredientes, muitos deles de uso industrial exclusivo e pouca ou nenhuma quantidade de alimentos in natura ou minimamente processados. Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança. 7-Conhecer o calendário vacinal e seus efeitos adversos de acordo com o PNI. As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde são definidas nos calendários de vacinação, nos quais estão estabelecidos: • os tipos de vacina; • o número de doses do esquema básico e dos reforços; • a idade para a administração de cada dose; e o intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico cuja proteção exija mais de uma dose. Considerando o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais. o PNI define calendários de vacinação com orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. As vacinas recomendadas para as crianças têm por objetivo proteger esse grupo o mais precocemente possível, garantindo o esquema básico completo no primeiro ano de vida e os reforços e as demais vacinações nos anos posteriores. Os calendários de vacinação estão regulamentados pela Portaria ministerial nº 1.498, de 19 de julho de 2013, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional, sendo atualizados sistematicamente por meio de informes e notas técnicas pela CGPNI. Nas unidades de saúde, os calendários e os esquemas vacinais para cada grupo-alvo devem estar disponíveis para consulta e afixados em local visível. Contraindicações, situações especiais, adiamento, vacinação simultânea e falsas contraindicações. Em geral, as vacinas bacterianas e virais atenuadas não devem ser administradas a usuários com imunodeficiência congênita ou adquirida, portadores de neoplasia maligna, em tratamento com corticosteroides em dose imunossupressora e em outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia, radioterapia etc.), bem como gestantes, exceto em situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais preveníveis por vacinas, como, por exemplo, a febre amarela. Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber vacinas de agentes vivos atenuados. • O usuário que fez transplante de medula óssea (pós-transplantado) deve ser encaminhado ao CRIE de seis a doze meses após o transplante, para revacinação conforme indicação. Situações para o adiamento da vacinação- • Usuário de dose imunossupressora de corticoide – vacine 90 dias após a suspensão ou o término do tratamento. • Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com vacinas de agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso daqueles produtos. • Usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina. Situações especiais- São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da vacinação: • Usuários que fazem uso de terapia com corticosteroides devem ser vacinados com intervalo de, pelo menos, três meses após a suspensão da droga. Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso, considerando-se que há grande heterogeneidade de situações, desde o soropositivo (portador assintomático) até o imunodeprimido, com a doença instalada. • Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no CRIE o mais precocemente possível. Falsas contraindicações São exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações: • Doença aguda benigna sem febre – quando a criança não apresenta histórico de doença grave ou infecção simples das vias respiratórias superiores. • Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com exceção para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg. • Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção). • Diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola. • Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente. • Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita. • Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia comprovada). Vacina hepatite B (recombinante) Apresentação- é apresentada sob a forma líquida em frasco unidose ou multidose, isolada ou combinada com outros imunobiológicos. Composição- A vacina contém o antígeno recombinante de superfície (HBsAg), que é purificado por vários métodos físico-químicos e adsorvido por hidróxido de alumínio, tendo o timerosal como conservante. Indicação - previne a infecção pelo vírus da hepatite B. A vacina é indicada: • Para recém-nascidos, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida. • Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional. • Para a população de 1 a 49 anos de idade. Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis, independentemente da faixa etária ou da comprovação da condição de vulnerabilidade: - população indígena; - população de assentamentos e acampamentos; - trabalhadores de saúde; - população reclusa em presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de reeducação de menores; - usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; Contraindicação : contraindicada nas situações gerais referidas no tópico 2 desta Parte IV do Manual e na ocorrência de reação anafilática após o recebimento de qualquer dose da vacina ou de seus componentes. Vacina BCG 3.1.1 Apresentação A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin) é apresentada sob a forma liofilizada em ampola multidose, acompanhada da ampola do diluente específico para a vacina. 3.1.2 Composição A vacina é preparada com bacilos vivos, a partir de cepas do Mycobacterium bovis, atenuadas com glutamato de sódio. A subcepa utilizada no Brasil é a Moureau-Rio de Janeiro, mantida sob sistema de lote- semente no Status Serum Institut de Copenhagen, na Dinamarca. 3.1.3 Indicação A vacina é indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea). 3.1.4 Contraindicação A vacina é contraindicada nas situações gerais referidas no tópico 2 desta Parte IV do Manual, bem como para os usuários a partir dos 5 anos de idade portadores de HIV, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Nota: • A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo adiposo), e quando apresentar lesões graves de pele. Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae b (conjugada) (Penta) Apresentação - A vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae b (conjugada) apresenta-se sob a forma líquida em frascos multidose. Composição- É composta pela combinação de toxoides purificados de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis (células inteiras), antígeno de superfície da hepatite B (recombinante) e oligossacarídeosconjugados de Haemophilus influenzae b (conjugada). Tem como adjuvante o fosfato de alumínio e como conservante o tiomersal. Indicação- A vacina protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche, a hepatite B e as infecções causadas pelo Haemophilus influenzae b. É indicada para a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade como dose do esquema básico. Contraindicação -A vacina está contraindicada nas situações gerais referidas nesta Parte IV do Manual, no tópico 2. Também não deve ser administrada quando a criança apresentar quadro neurológico em atividade ou quando, após dose anterior de vacina com estes componentes, a criança registrar qualquer das seguintes manifestações: • Convulsão nas primeiras 72 horas após a administração da vacina. • Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após a administração da vacina. • Encefalopatia aguda grave depois de sete dias após a administração de dose anterior da vacina. • História de choque anafilático após administração de dose anterior da vacina. • Usuários a partir de 7 anos de idade. Nestas situações, encaminhe o usuário ao Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) ou busque orientação no CRIE sobre as vacinas que devem ser indicadas para o usuário. Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) 3.4.1 Apresentação- A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP ou tríplice bacteriana) é apresentada sob a forma líquida, em frasco multidose. 3.4.2 Indicação A vacina protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche. É indicada para a vacinação de crianças menores de 7 anos de idade como dose de reforço do esquema básico da vacina penta. 3.4.3 Composição É composta pela combinação de toxoides purificados de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis (células inteiras), tendo o hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como conservante. 3.4.4 Contraindicação Está contraindicada nas situações gerais referidas nesta Parte IV do Manual, no tópico 2. A vacina também não deve ser administrada quando a criança apresentar quadro neurológico em atividade ou quando, após dose anterior de vacina com estes componentes, a criança registrar qualquer das seguintes manifestações: • convulsões até 72 horas após a administração da vacina; • colapso circulatório, com estado de choque ou com episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH), até 48 horas após a administração da vacina; • encefalopatia nos primeiros sete dias após a administração da vacina; • usuários a partir de 7 anos de idade. Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) (VIP) 3.5.1 Apresentação A vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) é apresentada sob a forma líquida em frasco multidose ou em seringa preenchida (unidose). 3.5.2 Composição A vacina é trivalente e contém os vírus da poliomielite dos tipos 1, 2 e 3, obtidos em cultura celular e inativados por formaldeído. 3.5.3 Indicação A vacina é indicada para prevenir contra a poliomielite causada por vírus dos tipos 1, 2 e 3. O PNI recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade, como doses do esquema básico. 3.5.4 Contraindicação A vacina está contraindicada na ocorrência de reação anafilática após o recebimento de qualquer dose da vacina ou aos seus componentes. 3.9 Vacina meningocócica C (conjugada) (Meningo C) 3.9.1 Apresentação - A vacina é apresentada em frasco-ampola de pó liofilizado injetável, além de um frasco-ampola de solução diluente. 3.9.2 Composição- É constituída por polissacarídeos capsulares purificados da Neisseria meningitidis do sorogrupo C. Tem como adjuvante o hidróxido de alumínio. 3.9.3 Indicação -Está indicada para a prevenção da doença sistêmica causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C em crianças menores de 2 anos. 3.9.4 Contraindicações A vacina é contraindicada nas situações gerais referidas nesta Parte IV do Manual, no tópico 2. Vacina sarampo, caxumba, rubéola (Tríplice Viral) 3.11.1 Apresentação A vacina sarampo, caxumba e rubéola é apresentada sob a forma liofilizada, em frasco monodose ou multidose, acompanhada do respectivo diluente. 3.11.2 Composição É composta por vírus vivos (atenuados) das cepas Wistar RA 27/3 do vírus da rubéola, Schwarz do sarampo e RIT 4385, derivada de Jeryl Lynn, da caxumba. Tem como excipientes albumina humana, lactose, sorbitol, manitol, sulfato de neomicina e aminoácidos. 3.11.3 Indicação A vacina protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. É indicada para vacinação de usuários a partir de 12 meses de idade. 3.11.4 Contraindicação A vacina está contraindicada nas situações gerais referidas nesta Parte IV do Manual (no tópico 2) e também nas situações de: • registro de anafilaxia após recebimento de dose anterior; • usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave; • gestação. Notas: • A gestante não deve ser vacinada, para evitar a associação entre a vacinação e possíveis complicações da gestação, incluindo aborto espontâneo ou malformação congênita no recém-nascido por outras causas não associadas à vacina. • Caso a gestante seja inadvertidamente vacinada, não está indicada a interrupção da gravidez. A gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal e, após o parto, acompanha-se a criança conforme as normas técnicas do PNI. Hipersensibilidade Anafilática ou imediata (TIPO1) Trata-se de uma reação mediada por IgE e por mastócitos a determinados antígenos(liberação de histaminas ) e mediadores inflamatórios (vazamento vascular e de secreções mucosas, contração do músculo liso, inflamação etc) As reações de hipersensibilidade do tipo I também são conhecidas como reações imediatas e são vistas na anafilaxia, asma alérgica e eczema. A hipersensibilidade imediata é clinicamente chamada de alergia ou atopia. E as pessoas que possuem propensão a desenvolver essas reações são ditos como atópicos. Tem pessoas alérgicas a picadas de insetos, alimentos, pólen, medicamentos e outros que podem até causar respostas anafiláticas com risco de morte (choque anafilático) HIPERSENSIBILIDADE CITOTÓXICA DEPENDENTE DE ANTICORPOS (TIPO II) Quando há um antígeno na superfície celular ou a componentes da matriz extracelular, e o anticorpo se liga, causa 3 coisas - Receptor Fc de fagócitos se ligam (IgG) a ele - fagocitose da célula ou do componente. HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR IMUNOCOMPLEXOS (TIPO III) O corpo pode ser exposto a excesso de antígenos por muito tempo por diversos motivos:Infecções persistentes, autoimunidade e contato repetido com agentes ambientais. HIPERSENSIBILIDADE CELULAR DO TIPO TARDIO (TIPO IV) São chamadas de tipo tardio porque ocorre de 2 a 4 dias depois de um indivíduo anteriormente exposto a um antígeno proteíco ser desafiado com o antígeno novamente, leva muitas horas para os linfócitos T circulantes voltarem ao local do antígeno e responderem a ele. As principais causas de reações de hipersensibilidade mediada por células T são: - Autoimunidade, Respostas exageradas ,Respostas persistentes aos antígenos ambientais , Respostas persistentes aos antígenos bacterianos e superantígenos. https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/eb ook/4.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/album_seriado_aleitamento_materno.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da- crianca/publicacoes/promovendo-o-aleitamento-materno/view https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/husm-ufsm/area-do- paciente/cartilha-aleitamento-materno.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aleitamento-materno https://www.ufpb.br/saehu/contents/noticias/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-hiv-e-a- amamentacao-cruzada https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/agosto/pni-entenda-como-funciona-um- dos-maiores-programas-de-vacinacao-do-mundo https://sban.org.br/uploads/DocumentosTecnicos20200318045413.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida. pdf https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Manual-de-Normas-e-Procedimentos-para-Vacina%C3%A7%C3%A3o.pdf Referências: https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/album_seriado_aleitamento_materno.pdf
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