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relatório 7 nutri

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Medicina Veterinária
RELATÓRIO 7: TEOR DE FIBRA EM DETERGENTE ÁCIDO (CAPIM BUFFEL)
Discente: Ana Larissa Bezerra
Petrolina – PE
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Introdução
Por meio da fibra em detergente ácido (FDA) (VAN SOEST, 1967), é possível
conhecer os constituintes menos solúveis da parede celular, sendo que
posteriormente poderão ser determinados celulose, lignina, nitrogênio insolúvel em
detergente ácido (que representa o nitrogênio lignificado), cinzas insolúveis em
ácido e sílica. Basicamente, por meio de reagentes específicos, a amostra é tratada
com uma solução denominada detergente ácido, a qual solubiliza o conteúdo
celular, a hemicelulose e a maior parte da proteína insolúvel em solução detergente
neutra. Como o FDA não contém hemicelulose, não é uma boa estimativa da fibra
como é definida nutricionalmente, pois não contém todos os polissacarídeos
parcialmente digeríveis do alimento. O método FDA foi desenvolvido como um
passo preparatório para determinação de lignina e nunca foi considerado para ser
medida da fibra nos alimentos.
Materiais e Métodos
Materiais:
- 50 mL de Solução de ácido sulfúrico detergente
- Tubo digestor
- Bola de gude
- Cadinho de placa porosa
- Dessecador
- Estufa a 105°C
- Capela
- Bloco digestor
- Bastão de vidro
- Água quente destilada
- Barquinha
- Pinça
- Beker
- Amostra
- Bandeja
- Espátula
Métodos:
- A realização do procedimento para determinação do FDA foi iniciada com a
pesagem da amostra em balança analítica, com o auxílio da espátula e da
barquinha (o peso da amostra teria que ficar por volta de 0,35g).
● - Resultado da pesagem da amostra de repetição 1: 0,3568 g
● - Resultado da pesagem da amostra de repetição 2: 0,3589 g
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Depois as amostras foram colocadas no tubo digestor, respectivamente, 1A
(amostra de repetição 1) e 1B (amostra de repetição 2) e nesse processo
foram utilizadas também bolas de gude que serviram para tapar os tubos
para que não houvesse nenhuma contaminação (para não alterar o valor final
das amostras). Após adicionar as amostras nos tubos digestores foram
colocados 50 mL de solução de Ácido sulfúrico detergente e depois ambos os
tubos foram novamente tapados com bolas de gude.
Os tubos foram encaminhados para a capela e foram posicionados no bloco
digestor para dar início ao processo de digestão. O bloco digestor é utilizado
para acelerar o processo de digestão da amostra utilizando altas
temperaturas. Esse processo ocorreu por cerca de 1 hora a uma temperatura
de 105°C. E depois para a filtração foram utilizados cadinhos de placa
porosa. Foi feita a pesagem dos cadinhos N°06 para a amostra de repetição
1 e N°04 para a amostra de repetição 2.
- Resultado da pesagem do cadinho N°06: 45,7261 g
- Resultado da pesagem do cadinho N°04: 44,8098 g
Após 1 hora os tubos foram retirados da capela e o conteúdo contido nos
tubos foram passados para o cadinho de placa porosa e foi feita uma
lavagem com água destilada bem quente. A intenção da lavagem é que
ocorra a filtração para retirar toda a solução de ácido sulfúrico detergente e
os produtos diluídos durante a digestão. Foi utilizado becker como recipiente
para a água destilada quente e bastão de vidro para auxiliar na filtração
separando a mistura heterogênea, facilitando a passagem pelo meio filtrante.
Depois da filtração, os cadinhos de placa porosa foram para a estufa a 105°C
por cerca de 12 horas e foram colocados no dessecador por até 2 horas para
que pudessem esfriar. E por fim, foi realizada a pesagem dos cadinhos
contendo as amostras.
- Resultado da pesagem do cadinho N°06 amostra de repetição 1: 45,9267 g
- Resultado da pesagem do cadinho N°04 amostra de repetição 2: 45,0259g
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- Cálculo para a determinação de FDA
Amostra de repetição 1
Peso da amostra (ASA) = 0,3568 g
Peso do cadinho de placa porosa N°06 = 45,7261 g
Peso do cadinho de placa porosa + amostra após a filtragem = 45,9267 g
Peso da fibra em detergente ácido (FDA) = 0,2006g
-Porcentagem de FDA da forragem Capim buffel
Como a % de FDA pode ser determinada por:
(Peso da fibra em detergente ácido / peso da amostra) x 100
Então, FDA = (0,2006 / 0,3568) x 100
0,5622 x 100
56,22% de teor de fibra em detergente ácido no Capim Buffel.
- Porcentagem de FDA na matéria seca definitiva do Capim buffel
Como o grupo já calculou anteriormente a porcentagem de matéria seca definitiva
do capim buffel então para fazer o cálculo da porcentagem de FDA na matéria seca
definitiva será utilizado uma média desses dois valores (que foram calculados em
outra análise):
94,03% amostra de repetição 1
94,15% amostra de repetição 2
= 94,09%.
Então a % de FDA na ASE pode ser determinada da seguinte forma:
(Porcentagem da FDA/ ASE) x 100
(56,22 / 94,09) x 100
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0,5975 x 100
= 59,75% de teor de fibra em detergente ácido na matéria seca definitiva (Capim
Buffel).
Amostra de repetição 2
Peso da amostra (ASA) = 0,3589 g
Peso do cadinho de placa porosa N°04 = 44,8098 g
Peso do cadinho de placa porosa + amostra após a filtragem = 45,0259 g
Peso da fibra em detergente ácido FDA = 0,2161 g
- Porcentagem de FDA da forragem Capim buffel
Utilizando o método anterior:
FDA = (FDA / Peso da amostra) x 100
(0,2161 / 0,3589) x 100
0,6021 x 100
60,21% de teor de fibra em detergente ácido na forragem (Capim Buffel)
- Porcentagem de FDA na matéria seca definitiva do Capim buffel
Utilizando o método anterior:
FDA na ASE = (Porcentagem da FDA/ ASE) x 100
(60,21 / 94,09) x 100
0,6399 x 100
63,99% de teor de fibra em detergente ácido na matéria seca definitiva (Capim
Buffel).
Média dos resultados:
Teor de fibra em detergente ácido: 56,22 + 60,21 / 2 = 58,21% de FDA
Teor de fibra em detergente ácido na matéria seca definitiva do Capim Buffel: 59,75
+ 63,99 / 2 = 61,87% de FDA na ASE
Conclusão
Com a prática foi possível visualizarmos e compreendermos a reação da forragem
utilizada (Capim Buffel) a cada etapa do processo para a análise de FDA. E também
foi possível determinar que a forragem possui 61,87% de teor de fibra em
detergente ácido com base na matéria seca definitiva.
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Referências
de Souza, Gilberto Batista, et al. Método alternativo para a determinação de fibra
em detergente neutro e detergente ácido. Embrapa Pecuária Sudeste, 1999.
Disponível em:
https://scafforragem.cppse.embrapa.br/arqeplna/2010/Boletim%20de%20Pesquisa%
2004_Souza%20GB%20et%20al-FIBRAS.pdf

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