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P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL – CORAÇÃO A parede do coração é composta de três camadas: • EPICÁRDIO OU CAMADA VISCERAL DO PERICÁRDIO SEROSO – consiste em uma única camada de células mesoteliais e tecidos conjuntivo e adiposo subjacentes. o Os vasos e nervos que suprem o coração estão no epicárdio e são circundados por tecido adiposo. o Existe um espaço virtual contendo uma quantidade mínima de líquido seroso (pericárdico) entre as camadas visceral e parietal do pericárdio seroso. Esse espaço é conhecido como cavidade pericárdica, a qual é revestida por células mesoteliais; • MIOCÁRDIO – músculo cardíaco estriado responsável pelo bombeamento do coração e é mais fino nos átrios que nos ventrículos (tem que ser mais grosso nos ventrículos já que estes exercem uma maior pressão para bombear o sangue). Também contém vasos sanguíneos, nervos e células adiposas; • ENDOCÁRDIO – constituído pelo endotélio, tecido conjuntivo subendotelial (com fibras colágenas e músculo liso) e tecido conjuntivo subendocárdico (tecido conjuntivo menos denso com células adiposas). O sistema condutor do coração está localizado nessa camada subendocárdica; P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL ARTÉRIAS DE GRANDE CALIBRE – ELÁSTICAS Transportam o sangue do coração para as circulações sistêmica e pulmonar, são mais grossas porque precisam resistir à grande pressão do sangue saindo do coração. Ex: aorta e artérias pulmonares e seus principais ramos (tronco Braquiocefálico, aa carótida comum, subclávia e ilíaca comum). • TÚNICA ÍNTIMA: relativamente espessa, mas a mais fina das três camadas. Consiste em endotélio, tecido conjuntivo subendotelial e lâmina elástica interna: o As células endoteliais apresentam inclusões citoplasmáticas semelhantes a bastonetes, denominadas corpúsculos de WeibelPalade. Essas organelas contêm o fator de von Willebrand e a secretina P. O fator de von Willebrand é uma glicoproteína que quando secretado no sangue liga-se ao fator de coagulação VIII e desempenha importante papel na adesão das plaquetas ao local de lesão endotelial. A secretina P é uma molécula de adesão celular envolvida no mecanismo de reconhecimento de neutrófilos-células endoteliais. Inicia a migração de neutrófilos do sangue para o local de ação no tecido conjuntivo; o A camada subendotelial de tecido conjuntivo consiste em tecido conjuntivo com fibras tanto colágenas quanto elásticas. O principal tipo de célula nessa camada é a célula muscular lisa. É contrátil e secreta substâncias fundamental extracelular, bem como fibras colágenas e elásticas. Ocasionalmente, podem ser observados macrófagos; o A lâmina elástica interna nas artérias elásticas não é evidente, uma vez que ela constitui uma das muitas camadas elásticas existentes na parede do vaso. É geralmente identificada apenas por ser a camada elástica mais interna da parede arterial; • TÚNICA MÉDIA: é a mais espessa das três camadas de artéria elástica e consiste em camadas alternadas de músculo liso e tecido elástico: o A elastina na forma de lamelas concêntricas fenestradas, localizada entre as camadas de células musculares. As fenestrações nas P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL lamelas facilitam a difusão de substâncias na parede arterial. O número e a espessura dessas lamelas estão relacionados com a pressão arterial e a idade. Ao nascimento, a aorta é quase desprovida de lamelas; no adulto, apresenta 40 a 70 lamelas. Nos indivíduos com hipertensão arterial, tanto o número quanto a espessura das lamelas estão aumentados; o As células musculares lisas vasculares estão dispostas em camadas. São fusiformes, com núcleo alongado e revestidas por uma lâmina basal, exceto nos locais em que estão unidas por junções comunicantes. Não há fibroblastos na túnica média. São as células musculares lisas vasculares que sintetizam o colágeno, a elastina e outras moléculas da matriz extracelular; o As fibras colágenas e a substância fundamental (proteoglicanos) são sintetizadas e secretadas pelas células musculares lisas vasculares; o Lâmina elástica externa; • TÚNICA ADVENTÍCIA : tem, em geral, menos da metade da espessura da túnica média. Consiste em tecido conjuntivo: o As fibras colágenas, que ajudam a impedir a expansão da parede arterial além dos limites fisiológicos durante a sístole; o As fibras elásticas, que não formam lamelas, mas uma rede frouxa menos organizada que é encontrada na túnica média; o Os fibroblastos e os macrófagos, que constituem as principais células da adventícia; o Os vasos dos vasos (vasa vasorum – arteríolas, vênulas e capilares que nutrem as camadas mais externas) e nervos; ARTÉRIAS DE CALIBRE MÉDIO – MUSCULARES P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL A seta aponta a membrana interna, característica por ser aparente na artéria muscular, mas não na elástica. Grande maioria das artérias do corpo, que controlam o fluxo sanguíneo para os órgãos. • TÚNICA ÍNTIMA: é mais fina nas musculares e consiste em endotélio, tecido subjacente e membrana elástica interna proeminente: o Endotélio apoiado em lâmina basal; o Fina camada subendotelial esparsa de tecido conjuntivo; o Membrana elástica interna proeminente. Em algumas artérias musculares, a camada subendotelial é tão escassa, que a lâmina basal do endotélio parece fazer contato com a membrana elástica interna. Nos cortes histológicos, a membrana elástica interna aparece como uma estrutura ondulada bem definida, devido à contração do músculo liso; ▪ A lâmina elástica interna não dá para visualizar na artéria elástica. • TÚNICA MÉDIA: é composta quase inteiramente de músculo liso vascular, com pouco material elástico: o Células musculares lisas vasculares entremeadas por fibras colágenas e uma quantidade relativamente pequena de material elástico. As células musculares lisas apresentam disposição espiralada na parede arterial. Sua contração ajuda a manter a pressão arterial. À semelhança das artérias elásticas, não há fibroblastos nessa camada. As células musculares lisas contêm uma lâmina externa (lâmina basal), exceto nos locais das junções comunicantes, e produzem colágeno extracelular, elastina e substância fundamental; • TÚNICA ADVENTÍCIA: é relativamente espessa em relação à artéria elástica e frequentemente está separada da túnica média por uma membrana elástica externa evidente: o Consiste em fibroblastos, fibras colágenas, fibras elásticas e, em alguns vasos, células adiposas dispersas. o As fibras colágenas constituem o principal componente extracelular. o No entanto, há, com frequência, uma concentração de material elástico imediatamente adjacente à túnica média constituindo a membrana elástica externa; o Nervos e vasa vasorum. VEIAS • Possuem camadas mais finas que as artérias e menos distintas. • A adventícia é a mais grossa das camadas; • TÚNICA ÍNTIMA: um endotélio e uma fina camada de fibras colágenas; • TÚNICA MÉDIA: algumas camadas de músculo liso; • TÚNICA ADVENTÍCIA: camada de tecido conjuntivo denso irregular com espirais de músculo liso e fibras colágenas e vasa vasorum (que suprem de sangue as próprias paredes vasculares). P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL RESUMINDO VASOS OBS: na adventícia da artéria elástica também possui vasa vasorum. HIPERTENSÃO ARTERIAL ARTERIOSCLEROSE A hipertensão não apenas acelera a aterogênese, mas também provoca alterações degenerativas nas paredes das artérias de médio e grande calibre, o que pode ocasionar dissecção da aorta e hemorragia cerebrovascular. A hipertensão se associa a duas formas de doenças de pequenos vasos: arteriolosclerose hialina e arteriolosclerose hiperplásica. • A ARTERIOLOSCLEROSE HIALINA está associada à hipertensão benigna. Esta é caracterizadapor apresentar espessamento hialino homogêneo da parede arteriolar, com perda de detalhes estruturais subjacentes e estreitamento luminal associado. P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL Essas alterações originam-se do extravasamento dos componentes do plasma através das células endoteliais lesadas e do aumento da produção de MEC pelas células musculares lisas em resposta ao estresse hemodinâmico crônico. Nos rins, o estreitamento arteriolar causado pela arteriosclerose hialina causa comprometimento difuso da irrigação renal e nefrosclerose (cicatrizes glomerulares). Apesar de os vasos de pacientes idosos (normotensos ou hipertensos) mostrarem as mesmas alterações hialinas da arterioloesclerose, esta é mais grave e generalizada em pacientes com hipertensão arterial sistêmica. As mesmas lesões também são comuns na microangiopatia diabética; nesse caso, a etiologia subjacente é a disfunção de células endoteliais induzidas pela hiperglicemia. • A ARTERIOLOSCLEROSE HIPERPLÁSICA é mais comum na hipertensão grave. Os vasos exibem “lesões em casca de cebola”, representadas por espessamentos laminares e concêntricos nas paredes arteriais, e estreitamento luminal. As laminações consistem em células musculares lisas com membranas basais espessadas e reduplicadas. Na hipertensão maligna, essas alterações são acompanhadas por depósito fibrinoide e necrose na parede dos vasos (arteriolite necrosante), que são particularmente proeminentes nos rins. ATEROSCLEROSE • A aterosclerose é caracterizada por lesões na íntima chamadas ateromas (ou placas ateromatosas ou ateroscleróticas). • As placas ateromatosas são lesões elevadas compostas por centro mole e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres de colesterol, com restos necróticos), recobertas por uma cápsula fibrosa. • As placas ateroscleróticas podem obstruir mecanicamente o lúmen vascular e se romper, evoluindo para trombose catastrófica dos vasos. Essas também enfraquecem a média subjacente e levam à formação de aneurisma.
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