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Nova Sintese SP 1 3 Que seu remedio

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Coordenador(a): Camile
Relatar(a): Letícia 
SP 1.3 – “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio” (Hipócrates)
Márcia, 21 anos, é mãe de um casal de filhos e está preocupada com o mais velho, Romeu, atualmente com 3 anos de idade.
Nascido quando Márcia tinha 18 anos, foi criado na casa da mãe de Márcia, sem a companhia do pai da criança, pois se separaram logo após a notícia da gravidez. Romeu nasceu com 3,2 kg, com 38 semanas de gestação segundo informação da mãe (DUM).
Márcia lembra que, ao sair de alta com Romeu da maternidade, ganhou uma Caderneta de Saúde da Criança que nunca teve oportunidade de usar, nela havia a informação anotada da idade gestacional: 40 semanas (Capurro).
Achava que “seu leite era fraco” porque tinha uma cor estranha e não tinha muita paciência para amamentar, trocando rapidamente de uma mama para outra.
Romeu foi amamentado desta forma até os dois meses, quando Márcia precisou voltar a trabalhar como diarista.
Deixava-o, então, com a avó, que cuidava também de outros três netos. Eram oferecidas a ele, mamadeiras de leite de vaca com engrossante (amido de milho). Com 4 meses, Romeu aceitava bem o leite em caixinha e passou a tomar sopinhas feitas em casa.
Por acharem que ele estava ganhando peso normalmente, Márcia e sua mãe não o levaram às consultas agendadas pela ACS com o médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) durante todo o primeiro ano de vida de Romeu.
Levaram ele apenas nas campanhas de vacina. Romeu era irritadiço, acordava muito durante a noite e passava o dia dormindo.
Seis meses após o primeiro aniversário de Romeu, notando que a criança estava se tornando apática, que ainda não falava nem andava e tinha “resfriados” frequentes, mãe e avó levaram o menino para atendimento na UBS de sua região.
Na UBS, após a consulta e a realização de exames, Márcia foi informada de que seu filho estava desnutrido, com estatura e peso abaixo do esperado (curva pôndero-estatural com -2 escore Z). Foi efetuado o registro no SISVAN, sendo a mãe orientada quanto a uma alimentação balanceada, com suplementação vitamínica, a como estimular a criança com brincadeiras, além de fazer retornos periódicos para acompanhamento da criança.
A ESF (Equipe de Saúde da Família) montou um PTS (Plano Terapêutico Singular) para o caso, e programou visitas da equipe de referência e com apoio matricial para acompanhamento do atendimento de Romeu.
Márcia achou muito bom o atendimento, mas comentou que não seria fácil conciliar o tratamento com a vida difícil que levava, ainda mais agora que Sheila, sua segunda filha, com 8 meses de idade, estava engatinhando pela casa e queimou a mão no ferro de passar que a avó tinha deixado no chão.
PALAVRAS DESCONHECIDAS
· Capurro 
PROBLEMAS:
HIPÓTESES:
· O aspecto irritadiço de um lactente é influenciado pelo aspecto nutricional (amamentação); (aceito)
· A alimentação inadequada do bebê interfere no seu desenvolvimento psiconeuromotor; (aceito)
· A amamentação foi impactada negativamente pela falta de rede de apoio; (aceito)
· A vulnerabilidade social materna ocasiona problemas que afetam todo o desenvolvimento dos filhos; (aceito)
· Leite de coloração estranha é devido a um abscesso nos seios; (refutado)
· A diminuição do desenvolvimento psicomotor está relacionado com estímulos ambientais e familiares; (aceito)
· A troca constante das mamas durante a amamentação afeta a nutrição do bebê; (aceito)
QA'S:
Citar e explicar os métodos de avaliação da idade gestacional. 
Gaby
DURANTE A GESTAÇÃO
DUM
A idade gestacional é calculada considerando o tempo transcorrido a partir da DUM. 
Na caderneta da gestante, você poderá observar que a cada consulta esse intervalo é calculado, sendo o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da avaliação dividido por sete (resultado em semanas). 
A data provável do parto considera uma gravidez a termo que tem uma duração aproximada de 280 dias (ou 40 semanas) entre a DUM e o nascimento . É importante ressaltar que, mesmo que a data da última menstruação seja recordada, ainda há a possibilidade de imprecisão, devido à variabilidade do comprimento do ciclo menstrual entre as mulheres. 
O Ministério da Saúde, através do Caderno de atenção Básica Nº 32 orienta, porém, que quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa, deve ser o método de escolha para se calcular a idade gestacional em mulheres com ciclos menstruais regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais hormonais . 
Se disponíveis, as idades gestacionais calculadas a partir da DUM e da ultrassonografia do primeiro trimestre são comparadas, e a idade gestacional e data provável do parto a partir dos dois métodos devem ser registradas e discutidas com o paciente.
· Conta-se a quantidade de dias desde o primeiro dia da última menstruação;
· Depois disso, divide-se por 7. Assim, sabemos a idade gestacional em semanas;
· O resto da divisão é o número de dias.
Essa fórmula pode parecer muito abstrata e confusa sem uma aplicação prática. Então, acompanhe o seguinte exemplo:
· Uma mulher teve sua última menstruação no dia 15/07/22;
· Em 19/09/22, ela faz um teste de gravidez e descobre uma gestação;
· Então, são 66 dias, que divididos por 7 dão o resultado 9 semanas e 3 dias.
A cada quatro semanas, dizemos que um mês de gestação foi completo. Portanto, está no terceiro mês da gestação, ainda no primeiro trimestre.
ULTRASSONOGRAFIA
Técnica de avaliação ultrassonográfica
Durante o primeiro trimestre da gravidez, existem duas opções para realizar ultrassonografias: via transvaginal e/ou transabdominal. O transvaginal é recomendado para avaliar o saco gestacional e outras estruturas embrionárias iniciais, como o saco vitelino e a detecção precoce da atividade cardíaca. Geralmente, fornece imagens mais claras e precisas nessa fase. 
No entanto, o transabdominal pode não ser capaz de detectar uma gestação intrauterina. Já no segundo e terceiro trimestres, quando o útero está mais alto e o feto é maior, o TAS é usado para a biometria fetal.
A datação ultrassonográfica tende a subestimar a idade gestacional com mais frequência do que a superestimar. Isso ocorre porque a ovulação tardia (após 14 dias) é mais comum do que a ovulação precoce. Portanto, o exame de ultrassom tende a estabelecer uma data estimada do parto posterior à calculada com base na data menstrual. Consequentemente, a taxa de indução para gravidez pós-termo é mais baixa em populações cuja data estimada do parto é determinada por exame ultrassonográfico de rotina em comparação àquelas em que é estabelecido pela data menstrual
Limitações
Alguns fatores podem afetar o desempenho diagnóstico da avaliação ultrassonográfica da idade gestacional. Isso inclui imagens de baixa qualidade devido a questões técnicas, características corporais da mãe ou presença de miomas. 
Outros fatores são: gestação múltipla, posição fetal, anomalias fetais e variações biológicas.
→USG obstétrico de 1º trimestre (preferencialmente entre 9s e 13s 6d)
→A determinação da idade gestacional pela ultrassonografia é calculada através da medida do comprimento cabeça nádegas (CCN).
→A medida utilizada preferencialmente deve ser a média de três medidas de CCN quando possível, obtidas através de técnica ultrassonográfica preconizada (plano sagital médio, com feto em posição neutra, o comprimento máximo craniocaudal medido em linha reta).
CA: circunferência abdominal
CC: circunferência cefálica
CCN: comprimento cabeça-nádega
DBP: diâmetro bi-parietal
DUM: data da última menstruação
F: comprimento do fêmur
IG: idade gestacional
S: semanas
D: dias
MEDIDA DO FUNDO UTERINO
É uma medida do tamanho do útero usado para avaliar o crescimento fetal durante a gravidez. É medida desde a sínfise púbica até o topo do útero. Após 20 semanas de gravidez, a medida da altura uterina frequentemente coincide com o número de semanas de gestação. Por exemplo, se você está gravida de 27 semanas, seu médico espera que sua altura do fundo uterino seja de aproximadamente de 27 centímetros. 
AO NASCER
CAPURRO
O Método Capurrose baseia em outra forma de classificação, elaborada por Lilly Dubowit e sua equipe, que foi publicada na década de 1970. Esse método anterior utilizava dez critérios neurológicos e onze critérios físicos externos. 
No ano de 1980, Haroldo Capurro e sua equipe publicaram um método simplificado que utilizava somente cinco características físicas e duas características neurológicas para indicar com boa precisão a idade gestacional (IG).
Como funciona o método capurro?
O método de capurro é aplicável para recém-nascidos de 29 semanas ou mais. Além disso, ele é dividido em dois: o Método de Capurro Somático e o Método de Capurro Somático Neurológico. O primeiro conta com cinco características somáticas, e o segundo, com quatro parâmetros somáticos e dois neurológicos. 
Em primeiro lugar, é necessário avaliar alguns fatores descritos abaixo. Depois, realiza-se um cálculo para chegar à pontuação final.
Forma da orelha
→Na avaliação da forma da orelha, o examinador observa a encurvação do pavilhão auricular. Depois, avalia-se o grau de encurvamento observado em cada pavilhão, virando a face da criança de um lado para outro. 
É possível que uma das orelhas da criança esteja achatada, por conta da posição do nascimento. Se for esse o caso, não avalie essa orelha do recém-nascido. A pontuação varia de 0 a 24, dependendo da encurvação. 
· 0 pontos – Chata, disforme, pavilhão não encurvado
· 8 pontos – Pavilhão parcialmente encurvado no bordo
· 16 pontos – Pavilhão parcialmente encurvado em todo bordo superior
· 24 pontos – Pavilhão totalmente encurvado
Tamanho da glândula mamária 
→Na avaliação do tamanho da glândula mamária, é aconselhável pinçar suavemente o tecido celular subcutâneo adjacente à zona correspondente ao nódulo mamário, antes mesmo de fazer a palpação. Dessa forma, é possível avaliar se aquilo é, ou não, tecido mamário. 
· 0 pontos – Ausência de tecido mamário 
· 5 pontos – Diâmetro menor que 0,5 cm 
· 10 pontos – Diâmetro de 0,5 cm a 1 cm 
· 15 pontos – Diâmetro maior que 1 cm
Formação do mamilo 
→Para fazer a avaliação da formação do mamilo, observe ambos os mamilos com uma fita métrica. Meça se o diâmetro é apenas visível; menor que 7,5 mm; maior que 7,5 mm com aréola pontilhada e sem elevação de bordo; ou maior que 7,5 mm com aréola pontilhada e bordos elevados.
· 0 pontos – Mamilo pouco visível, sem aréola 
· 5 pontos – Mamilo nítido, aréola lisa e diâmetro menor que 0,75 cm 
· 10 pontos – Mamilo puntiforme, aréola de bordo não elevado maior que 0,75 cm 
· 15 pontos – Mamilo puntiforme, aréola de bordo elevado maior que 0,75 cm
Textura da pele 
A avaliação da textura da pele começa com a palpação e o exame da pele nos antebraços, mãos, pernas e pés. É preciso avaliar se no dorso das mãos e pés existem zonas de descamação ou rachaduras. Dependendo da profundidade das rachaduras ou da presença de descamação, atribua pontos de 0 a 20. 
· 0 pontos – Fina, gelatinosa 
· 5 pontos – Fina e lisa 
· 10 pontos – Lisa, com discreta descamação superficial 
· 15 pontos – Grossa, com sulcos superficiais, descamação de mãos e pés 
Pregas plantares 
Por último, na avaliação das pregas plantares, observe as plantas de ambos os pés da criança e faça a hiperextensão.. 
É necessário verificar a quantidade de pregas e sulcos plantares. A diferença entre eles é que as pregas tendem a desaparecer quando se estende a pele, e os sulcos continuam marcados claramente. 
A pontuação é feita de 0 a 20, dependendo da quantidade de sulcos e pregas.
· 0 pontos – Ausentes; 
· 5 pontos – Marcas mal definidas na metade anterior da planta; 
· 10 pontos – Marcas bem definidas na metade anterior e sulcos no terço anterior; 
· 15 pontos – Sulcos na metade anterior da planta;
· 20 pontos – Sulcos em mais da metade anterior da planta.
Calculando os pontos 
O cálculo final é feito por meio da soma das pontuações obtidas nas cinco características. Para o Método Capurro Somático é necessário calcular a pontuação e adicionar a constante 204 e dividir o resultado por 7.
IG = Idade Gestacional
P = Soma dos pontos
IG = (P+204) / 7
Quando utilizar o método capurro?
O exame de ultrassom gestacional precoce e a data da última menstruação são métodos mais precisos para determinar a idade gestacional. No entanto, utiliza-se o escore de Capurro para determinar a IG quando a mulher não lembra quando menstruou pela última vez e tampouco realizou o exame de ultrassom. 
Uma das principais limitações do Método de Capurro é que ele só pode ser utilizado para identificar crianças com mais de 29 semanas. Além disso, outros métodos são mais indicados para avaliar as características neurológicas, como o método de New Ballard.
Capurro e New Ballard
Como citado antes, o Método de Capurro possui algumas limitações. Por isso, existe o método de New Ballard, que é uma alternativa mais indicada para fazer a classificação de recém-nascidos prematuros. O método New Ballard avalia um maior número de características neurológicas, enquanto que o Capurro se concentra nas características somáticas.
BALLARD
Como funciona o New Ballard?
Para obter um resultado com maior precisão, o exame físico do bebê deve ser realizado entre 12 e 20 horas após o nascimento. Para determinar a idade gestacional, o New Ballard avalia seis parâmetros neurológicos e seis físicos. O profissional responsável pelo exame atribui uma nota para cada indicador, conforme a tabela de parâmetros, cuja somatória determina a IG do recém-nascido.
Como calcular a IG com o New Ballard?
Nesse método, o resultado é obtido com a soma simples da pontuação correspondente a todos os parâmetros avaliados. Na tabela abaixo, nós correlacionamos a idade gestacional (semanas e dias) à somatória encontrada.
Quando utilizar esse método?
Ele é imprescindível quando não é possível determinar a data da última menstruação da mãe e o exame de ultrassonografia não foi realizado no início da gestação. Nestas condições, o New Ballard Score é preferível aos demais métodos de cálculo da IG existentes, pois é mais rápido que o DUBOWITZ e consegue avaliar um número maior de parâmetros que o método de Capurro.
Referências:
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/tfZyt7yBnzhhq63xpBCDhrs/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Os%20m%C3%A9todos%20mais%20utilizados%20para,precis%C3%A3o%20e%20limita%C3%A7%C3%B5es%20variadas8%2D11.
https://aps-repo.bvs.br/aps/a-data-da-ultima-menstruacao-dum-e-contada-no-primeiro-ou-no-ultimo-dia-do-ciclo-menstrual-como-e-calculada-a-idade-gestacional-e-a-data-provavel-do-parto-considerando-a-dum-2/
https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/Pathways/Determinacao-da-Idade-Gestacional.pdf
DÉCIO
Dosagem de hormônios e outras proteínas no sangue materno para estimar a IG –
Beta-hCG (Gonadotrofina coriônica humana) - Aumenta rapidamente no início da gestação. Utilizado para confirmar a gravidez e estimar a IG nas primeiras semanas.
Alfa-fetoproteína (AFP) - Produzida pelo fígado fetal. Níveis aumentam com o desenvolvimento fetal. Utilizado para detectar malformações fetais, como anencefalia e espinha bífida.
Estriol - Produzido pela placenta. Níveis aumentam com a progressão da gestação. Utilizado para avaliar o bem-estar fetal.
Inibina A - Produzida pela placenta e pelos ovários. Níveis aumentam com a progressão da gestação. Utilizado para o rastreamento de pré-eclâmpsia.
Medições do tamanho do fêmur, da cabeça e do abdome fetal por ultrassonografia.
Referência: Comissão Nacional Especializada em Ginecologia da SBGO. Manual de Condutas em Ginecologia. Link https://www.sgob.org.br/wp-content/uploads/2022/03/Manual-versao-digital.indd_.pdf, 2022.
Diferença e semelhança entre desenvolvimento e crescimento.
Crescimento: considera-se crescimento como aumento do tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término do aumento em altura (crescimento linear). De um modo mais amplo, pode-se dizer que o crescimento do ser humano é um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção até o final da vida, considerando-se os fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos. É consideradocomo um dos melhores indicadores de saúde da criança, em razão de sua estreita dependência de fatores ambientais, tais como alimentação, ocorrência de doenças, cuidados gerais e de higiene, condições de habitação e saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, refletindo assim, as condições de vida da criança, no passado e no presente
O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal. Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido desde a concepção até a idade adulta. Portanto, podese dizer que o crescimento sofre influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança
Crescimento significa aumento físico do corpo, como um todo ou em suas partes, e pode ser medido em termos de centímetros ou de gramas. Traduz aumento do tamanho das células hipertrofia ou de seu número hiperplasia 
Desenvolvimento: : “desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas “ 
Desenvolvimento é um conceito amplo que se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais.
O desenvolvimento sofre a influência contínua de fatores intrínsecos e extrínsecos que provocam variações de um indivíduo para outro e que tornam único o curso do desenvolvimento de cada criança. Os fatores intrínsecos determinam as características físicas da criança, a cor dos seus olhos e outros atributos geneticamente determinados. Os fatores extrínsecos começam a atuar desde a concepção, estando diretamente relacionados com o ambiente da vida intra-uterina, proporcionado pela mãe por meio das suas condições de saúde e nutrição. Além disso, mãe e feto sofrem os efeitos do ambiente que os circunda. O bem-estar emocional da mãe também influencia de forma significativa o bem-estar do feto, embora esse tipo de influência não funcione, necessariamente, como causa direta de problemas de desenvolvimento ulteriores. Após o nascimento, o ambiente em que a criança vive, os cuidados que lhe são dispensados pelos pais, o carinho, estímulos e alimentação passam a fazer parte significativa no processo de maturação que a leva da dependência à independência
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf 
	Crescimento
	 X
	Desenvolvimento
	→ crescimento linear ( ex: altura )
→ fator genético
→ processo dinâmico e contínuo
→ aumento físico, medido em cm, kg.. 
→ hiperplasia ( qtd cél )
→ hipertrofia ( tam ) 
	influência de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos) e de fatores extrínsecos ( alimentação, a saúde, cuidados gerais com a criança ) 
	→ transformação complexa, maturação, aprendizagem, aspectos psíquicos e sociais
→ é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_24327e-Cartilha_de_Desenvolvimento-2m-5anos_compressed.pdf
ARGOS
Desenvolvimento:
O desenvolvimento é um processo de padronização. Um padrão comportamental é simplesmente uma resposta definida do sistema neuromotor a uma situação específica. Além disso, o desenvolvimento é passível de diagnóstico, pois a construção do sistema de ação do bebê e da criança é um processo ordenado. Os produtos finais comportamentais do processo total de desenvolvimento são consequência da interação recíproca contínua entre a dotação genética e o meio ambiente.
https://mediacdns3.ulife.com.br/PAT/Upload/2005426/DNPM_estudo_previo_20200720145126.pdf
Citar os marcos do desenvolvimento do nascimento até os 5 anos (o que pode influenciar cada fase e formas de avaliação)
RUAN : 
	
	0-6 meses
	6-9 meses
	9-12 meses
	18 meses
	2 anos
	3 anos
	4 anos
	5 anos
	
Sócio Emocional
	Sorri e dá risadas com cócegas
	Entende “não”. Ri e dá gargalhadas por prazer
	Chora quando os pais saem. Imita sons e gestos 
	Estranha desconhecidos. Birras. Imaginação ao brincar
	Brinca ao lado de outra criança. Mostra mais independência 
	Brinca com outras crianças. Demonstra preocupação com os amigos chorando
	Fala sobre gostos e interesses. Aguça a imaginação nas brincadeiras 
	Quer ser como os amigos. Distingue a realidade do faz de conta 
	
	0-6 meses
	6-9 meses
	9-12 meses
	18 meses
	2 anos 
	3 anos
	4 anos
	5 anos
	
Linguagem
	Balbucios e arrulhos
(tentativas, sons)	
	Balbucia vogais e consoantes, como mama e papa.	
	Entende e pode falar mamãe ou papai. Acena para dar tchau	
	Fala algumas palavras.Fala e balança a cabeça para dizer não. Aponta para mostrar coisas	
	Começa a formar frases. Repete palavras. Aponta imagens de um livro
	Se comunica com frases maiores.Fala seu nome e idade. Responde a perguntas simples	
	Fala grandes sentenças de frases. Conta histórias	
	Fala com clareza grandes sentenças. Usa o tempo futuro. Fala seu nome e endereço	
	
	0-6 meses
	6-9 meses
	9-12 meses
	18 meses
	2 anos 
	3 anos
	4 anos
	5 anos
	
Cognitivo
	Vira a cabeça para acompanhar sons. Movimentos dos olhos coordenados
	Responde pelo seu nome. Aumenta o interesse por um determinado brinquedo
	Cutuca com o dedo. Responde a simples solicitações. Aponta
	Aponta para partes do corpo. Faz rabiscos. Segue orientações simples
	Nomear cores e formas. Brinca de faz de conta
	Empilha blocos e faz torres. Abre portas
	Nome das cores e números. Entende conceitos como igual e diferente. Reconta histórias
	Conta até dez ou mais. Reproduz algumas letras e números 
	
	0-6 meses
	6-9 meses
	9-12 meses
	18 meses
	2 anos 
	3 anos
	4 anos
	5 anos
	
Motor
	Ergue a cabeça. Rola. Assenta com apoio. Procura por, agarra e leva a boca objetos
	Senta sem apoio. Fica de pé segurando as mãos de alguém. 
Engatinha. Manipula objetos com as mãos
	Levanta para ficar de pé. Caminha segurando nas coisas. Movimento de pinça
	Caminha sem apoio. 
Segura e bebe no copo.
Come com colher
	Começa a correr. Fica na ponta dos pés. Arremessa bolas
	Sobe e desce escadas. 
Corre com facilidade
	Pula de um pé só. 
Agarra bola. Usa tesoura
	Pula de um pé só por mais tempo. 
Nada e escala pequenas alturas
Fatores que influenciam o crescimento e o desenvolvimento: 
1. GENES
As crianças herdam genes dos pais e estas cadeias microscópicas de DNA podem ter um impacto considerável no crescimento físico. Por exemplo, os genes determinam aproximadamente 80% da altura adulta de uma pessoa. Além disso, um estudo de 2020 revela que os genes influenciam o perímetro cefálico e a inteligência infantil. 
2. PATERNIDADE
Os pais ou responsáveis ​​também desempenham um papel crucial no crescimento e desenvolvimento das crianças. Os estilos parentais afetam o comportamento, os processos cognitivos e a personalidade das crianças. Por exemplo, práticas parentais positivas, como a criação de rotinas de refeições e a alimentação de lanches saudáveis, ajudam as crianças a auto-regular a sua dieta e peso.
3. INFLUÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS
A renda familiar e o nível de escolaridade contribuem para o crescimento físico e cognitivo das crianças. Em média, as crianças nascidas em famílias com estatuto socioeconómico elevado são mais propensas a praticar atividade física e desportos organizados, melhorando a sua saúde e as suas relações sociais.
4. FATORES AMBIENTAIS
As crianças crescem rodeadas de influências externas que impactam o crescimento e o desenvolvimento de formas complexas. Os fatores ambientais incluem clima, estimulação cognitiva, dieta, amigos, condições de moradia, infecções, poluição e estresse. Muitas destas forças, como a poluição e o clima, podem afetar negativamente o desenvolvimento das crianças. 
Por exemplo, um estudode 2022 relatou que os poluentes atmosféricos afetam o neurodesenvolvimento infantil, levando a um baixo desempenho acadêmico.
https://online.marquette.edu/education/blog/factors-that-influence-growth-and-development
Isa 
OS SINAIS DE ALERTA 
	IDADE
	SINAIS 
	0 AOS 3 MESES 
	Não responde aos sons. 
Não presta atenção aos rostos. 
Não levanta as pernas quando de barriga para cima. 
Não segura os objetos. 
Resiste à alimentação.
	3 AOS 6 MESES 
	Bebê diferente das outras crianças da mesma idade. 
Não tem controle motor. 
Dificuldade para levar objetos à boca. 
Não emite sons.
	6 AOS 12 MESES 
	Não se senta sozinho. 
Não se mantém em pé mesmo apoiado. 
Não diz palavras simples (mamãe, papai)
Não usa gestos simbólicos. 
Não aponta objetos 
	12 AOS 20 MESES 
	Não anda sem apoio até aos 18 meses
Não fala algumas palavras 
Não imita ações ou palavras 
Não compreende a função dos objetos familiares 
	24 AOS 36 MESES 
	Não faz "birras"
Tem dificuldade para manipular os objetos
Não entende as instruções simples
Faz pouco contato visual
Dificuldade para se afastar da mãe 
	3 AOS 4 ANOS 
	Não consegue saltar ou pular
Tem dificuldade para desenhar garatujas
Ignora as outras crianças
	4 AOS 5 ANOS 
	Não sabe dizer o seu nome
Não usa fantasia nas brincadeiras 
Não brinca com as outras crianças 
É pouco autônoma 
Não expressa emoções 
Ao analisarmos esses marcos do desenvolvimento, observamos que grandes e rápidas mudanças ocorrem no primeiro ano de vida do bebê/criança. Percebemos que, nos segundo e terceiro anos de vida, se, por um lado, as mudanças motoras se apresentam de forma relativamente mais lenta (passando por um processo de maior aperfeiçoamento), as mudanças sócio afetivas e intelectuais/cognitivas avançam com maior intensidade. 
Por todos esses detalhes, precisamos estar atentos para compreender o processo de desenvolvimento nas suas diferentes fases. Para tanto, contudo, devemos levar sempre em conta que cada bebê/criança é um indivíduo único, e que as diferenças individuais precisam ser respeitadas para a avaliação correto do desenvolvimento em cada uma das suas respectivas etapas.
Como muitos fatores interferem e interagem com o desenvolvimento, o olhar de avaliação deve ser criterioso. Devemos levar em conta o processo maturacional (amadurecimento) de cada fase e de cada criança, tomando o cuidado de perceber se as fases do desenvolvimento estão progredindo em sequência e adequadamente, independentemente da idade. 
Um item de grande importância para esta avaliação, e para aperfeiçoar o olhar na hora de observar um bebê/ criança, é o tônus muscular (quando a musculatura está pronta, em parcial contração, para receber o estímulo e atuar).
Se na nossa observação percebemos que o tônus está muito aumentado ou muito diminuído, precisamos acionar um sinal de alerta importante, pois isto poderá indicar que há alguma dificuldade no processo de desenvolvimento. Muitas vezes esta dificuldade pode ser corrigida por meio de simples trocas posturais, capazes de favorecer a retomada do processo sequencial previsto.
Referência: https://www.projetoprimeirainfancia.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Apostila02_web.pdf
Marcos
Aprenda os sinais, aja cedo: 
https://sbni.org.br/wp-content/uploads/2019/09/1568137484_livreto_alta.pdf 
Letícia 
COMO ESTIMULAR?
De acordo com cada faixa etária, você pode oferecer inúmeros tipos de estímulos, dos mais simples aos mais elaborados, que ajudam a enriquecer as experiências de aprendizagem vivenciadas durante todas as fases do desenvolvimento cognitivo infantil.
De 0 a 1 ano e 6 meses
Durante os primeiros 18 meses de vida, quando a criança está no estágio sensório-motor, as atividades que trabalham com sensações e movimentos estimulam bastante o desenvolvimento. Brincadeiras com dança, música e movimentação corporal são recomendadas neste período.
Além disso, por estar muito ligada aos sentidos, é fundamental que na primeira das fases do desenvolvimento infantil os responsáveis usem os sentidos de forma afetiva, olhando nos olhos da criança, falando com ela e, claro, abraçando e beijando muito!
De 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses
Este é um período de transição entre as duas fases do desenvolvimento infantil iniciais, o sensório-motor e o pré-operatório. Nesta idade há um desenvolvimento mais preciso na coordenação motora, tornando jogos de encaixe uma excelente opção para a criança.
Chegando ao final deste período, perto dos 4 anos de idade, os responsáveis já conseguem aproveitar a comunicação mais desenvolvida da criança para instruí-la quanto ao seu comportamento.
De 4 anos a 5 anos e 11 meses
Nesta fase, a forma de interagir e brincar com as outras crianças passa por uma mudança significativa, tornando-se mais concreta. Nesta etapa tão importante de socialização, as ações e conversas tornam-se aos poucos mais lógicas e coerentes.
REFERÊNCIAS:
https://www.projetoprimeirainfancia.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Apostila02_web.pdf 
O desenvolvimento do bebê tem duas importantes leis de progressão a partir do eixo central do corpo:
· A PROGRESSÃO CÉFALO-CAUDAL: 
Inicia na cabeça e vai até aos dedos dos pés. O controle se desenvolve primeiro na cabeça e depois no pescoço, nos ombros, no tronco, no quadril, nas pernas e nos pés.
· A PROGRESSÃO PRÓXIMO-DISTAL:
Inicia no eixo central se deslocando para as extremidades. O controle se desenvolve a partir dos ombros para os cotovelos, os punhos, as mãos e os dedos.
Entendendo que o desenvolvimento segue esta progressão, devemos ter cuidado ao exigir da criança ações que a sua maturação cerebral não permite. Entretanto, muitas vezes cuidadores desenvolvem ações que pulam etapas e não respeitam o desenvolvimento natural e essas leis de progressão, exigindo da musculatura infantil uma adequação imprópria para a fase da vida em que a criança se encontra. 
Para que isso não ocorra, é importante observar e perceber que o bebê já nasce com alguns reflexos – que são reações involuntárias em resposta a um estímulo externo e consistem nas primeiras formas do movimento humano. Os reflexos servem como fonte primária de informações que se armazenam no córtex (porção do cérebro) em desenvolvimento.
Esses reflexos, por si só, vão nos apresentando os caminhos do desenvolvimento. Veja- mos quais são e como ocorrem alguns desses reflexos no desenvolvimento do bebê:
Reflexos primitivos: são aqueles relacionados à sobrevivência, com funções de busca de alimentação e de proteção.
Reflexos primitivos posturais: são os precursores (iniciadores) dos movimentos voluntários. Alguns destes reflexos, como o da sucção, da preensão palmar, plantar e o da marcha, serão substituídos por atividades voluntárias. Outros, como o de Moro, simplesmente desaparecerão. Os reflexos serão apresentados quando formos estudar sobre “desenvolvimento motor”.
Referência: https://www.projetoprimeirainfancia.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Apostila02_web.pdf
Isa
Formas de avaliação 
Escalas de TRIAGEM universal e avaliação global do desenvolvimento neuropsicomotor
Escalas ESPECÍFICAS de triagem e avaliação global do desenvolvimento neuropsicomotor
ESCALAS DE TRIAGEM ESPECÍFICA 
Coordenação motora: 
· Developmental Coordination Disorder Questionnaire (DCD-Q)
O DCD-Q é um questionário aplicado com os pais de crianças entre 5 e 15 anos de idade que manifestam dificuldades de motricidade grossa e/ou fina. O questionário foi gerado por meio de pesquisa envolvendo 287 crianças, e é composto por 15 itens que avaliam a coordenação motora ampla e a fina.
Linguagem: 
· Protocolo de Avaliação do Comportamento (POC)
O POC é um instrumento de triagem da fala e linguagem derivado de pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2015, em que foram identificados pontos de corte para linguagem em crianças entre 2 e 23 meses de idade. O objetivo foi utilizar o instrumento na atenção primária para que captasse problemas precoces na emissão, recepção e cognição da linguagem. O questionário é constituídopor três segmentos, cada um correspondendo a um subdomínio da linguagem, como anteriormente relatado, sendo oito relacionados à recepção, 11 à emissão, e dezesseis à cognição da linguagem. Apesar do bom índice de sensibilidade, o índice de especificidade em crianças entre 2 e 6 meses foi baixo e, portanto, nessa faixa de idade se recomenda que os resultados sejam interpretados com cuidado
Desenvolvimento socioemocional:
· Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT)
O M-CHAT é um teste de triagem (e não de diagnóstico) exclusivo para sinais captação dos sinais precoces de autismo (e não para uma análise global do neurodesenvolvimento). A recomendação é o Questionário Modificado para Triagem do Autismo em Crianças entre 16 e 30 meses, revisa-do, com Entrevista de Seguimento (M-CHAT-R/F). O M-CHAT-R pode ser aplicado pelo pediatra durante uma consulta de rotina e seu principal objetivo é aumentar ao máximo a sensibilidade, ou seja, detectar o maior número de casos possíveis de suspeita de transtorno do espectro do autismo (TEA). Mesmo assim, ainda existem casos de falso-positivos, que terão o rastreio positivo para o TEA, mas não terão o diagnóstico final de autismo. Para isso foi acrescentada, nessa nova revisão, a Entrevista de Seguimento (M-CHAT-R/F), que aumentou a sensibilidade e especificidade do instrumento para o TEA.1,9,10
É importante se ter a consciência de que, mesmo com um resultado de triagem positivo, ainda se pode ter um não diagnóstico de TEA. No entanto, essas crianças apresentam risco elevado de outros atrasos ou transtornos do desenvolvimento, o que ajuda na identificação desses desvios dos marcos do neurodesenvolvimento e na precocidade da intervenção, favorecendo sobremaneira o prognóstico e o desenvolvimento socioadaptativo dessas crianças a longo prazo. O questionário é on-line (https://mchatscreen.com/wp-content/uploads/2015/05/M-CHAT_Portuguese2.pdf), autoexplicativo e fácil de ser usado durante uma consulta clínica. Trata-se de 20 questões claras, com resposta sim ou não para o M-CHAT-R; ao final do questionário o pediatra terá um resultado indicando baixo, moderado ou alto risco
ESCALAS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICA 
Coordenação motora:
· Alberta Infant Motor Scale (AIMS)
A AIMS foi construída e validada por Piper e Darrah, do Departamento de Medicina e Reabilitação da Universidade de Alberta, no Canadá, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento motor grosso de lactentes. Auxilia na monitoração do desenvolvimento da motricidade por meio da observação da atividade motora grossa espontânea, desde o nascimento até os 18 meses de vida, ou até a aquisição da marcha independente.
A escala vem sendo amplamente utilizada para rastrear paralisia cerebral em pacientes com fatores de risco, como prematuros com história de hemorragia intracraniana. Os padrões motores e as posturas são analisados empregando-se três critérios: alinhamento postural, movimentos antigravitacionais e superfície de contato.
A AIMS é um protocolo de avaliação que tem sido, também, muito utilizado em vários estudos no Brasil, por ser considerado útil, prático e de baixo custo na avaliação. No entanto, é necessário verificar suas propriedades psicométricas, pois níveis satisfatórios de validade e confiabilidade de um instrumento de avaliação não são garantidos quando ele é utilizado em uma população culturalmente diferente daquela para o qual foi desenvolvido
· Peabody Developmental Motor Scale (PDMS II)
O PDMSII é composto por 282 itens que avaliam tanto a motricidade grossa, quanto a motricidade fina em crianças de 0 a 5 anos de idade. Criada entre 1969 e 1982 for Folio e Fewell, submetida à atualização no ano 2000, essa escala utiliza 151 itens caracterizados de acordo com área dos reflexos, ajustes posturais, locomoção e manipulação de objetos. A motricidade fina é caracterizada de acordo com a preensão e integração visuomotora. A avaliação é feita por escore simples, em que o valor zero é atribuído aos itens não executados pela criança, o valor 1 quando ocorre a execução parcial do item, e o valor 2 quando a execução do item é completa
Linguagem:
· Avaliação do desenvolvimento da linguagem (ADL2)
O objetivo foi criar um instrumento que pudesse mensurar o desenvolvimento da linguagem compreensiva e expressiva de crianças na faixa etária de 1 ano a 6 anos e 11 meses. O modelo teórico que fundamentou a construção da ADL foi proposto por Bloom e Lahey (1978,1988).
Por meio do ADL, é possível entender a aquisição e o desenvolvimento da linguagem semântica, morfológica e sintática, além dos aspectos da memória auditiva.
O teste inclui um manual do examinador com as explicações detalhadas quanto à forma de aplicação e interpretação dos resultados do teste, um kit de objetos utilizados para avaliação nas faixas etárias iniciais e manuais de figuras para a aplicação do teste, um para a avaliação da linguagem compreensiva e outro para expressiva. Vale ressaltar que o teste conta ainda com valores de referência para cada faixa etária. A versão mais atual (ADL2) foi publicada em 2019
· Clinical Evaluation of Language Fundamentals - 4. ed (CELF-IV/5)
A CELF compreende 16 subtestes específicos, 12 diferentemente combinados para formar o escore de linguagem principal, que resulta das avaliações segmentares da linguagem compreensiva e expressiva, estrutura da linguagem e memória. Apesar da última versão até o momento não ter sido ainda validada para o português, a última versão na língua inglesa tem a vantagem que permite a aplicação da escala por teleprática.
Desenvolvimento socioemocional
· Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS-2)
O ADOS-2, escala desenvolvida pela psicóloga norte-americana Catherine Lord, foi criado originalmente no início dos anos 2000. O instrumento consiste em cinco módulos operacionais que devem ser empregados de acordo com a faixa etária da criança e do seu nível de linguagem expressiva. Trata-se de escala semiestruturada, aplicada diretamente com a criança por meio de brincadeiras (presses) que seguem um protocolo pelo qual são avaliados os comportamentos sociais-interativos, a comunicação, as habilidades do brincar e os movimentos repetitivos e interesses restritos, caracterizando os pilares diagnósticos do TEA
· Autism Diagnostic Interview Revised (ADI-R)
O ADI-R, escala composta de entrevista realizada com os pais ou tutores da criança, contém 93 questões semiestruturadas que envolvem o desenvolvimento do indivíduo e comportamentos característicos associados do autismo. Cada sessão de seu algoritmo possui níveis de corte de escore bruto. A escala pode auxiliar no diagnóstico de autismo quando o indivíduo atinge ou excede os níveis de corte em cada um dos quatro principais segmentos do questionário
Referência: Júnior, Dioclécio, C. et al. Tratado de pediatria. v.1. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Editora Manole, 2021.
Citar as etapas do crescimento do nascimento até os 5 anos (o que pode influenciar cada fase e formas de avaliação)
Mariana Demetrio
Durante os 2 primeiros anos de vida, há uma forte relação entre crescimento e fatores nutricionais. Nesta fase, deficiências no crescimento encontram-se usualmente relacionadas com problemas de oferta, absorção ou assimilação de nutrientes. 
A partir do 2°ano de vida até a puberdade há maior relação do hormônio de crescimento (GH) com seus receptores teciduais que surgem neste período. Na fase puberal, o crescimento apresenta estreita relação com a secreção dos hormônios sexuais. 
O crescimento é aferido com medidas e índices antropométricos com os quais são construídos indicadores, definindo níveis de corte que possibilitem situar o indivíduo em uma faixa aceita como normal, de acordo com determinado padrão de referência. 
Dados antropométricos:
1. Peso: reflete precocemente alterações do crescimento, sendo de grande importância nos primeiros meses de vida. 
2. Comprimento/altura: apresentam resposta mais tardia aos agravos nutricionais e exigem maior cuidado com a aferição. 
3. Perímetro cefálico (circunferência occipitofrontal):utilizado para avaliar eventuais anormalidades neurológicas ou de desenvolvimento. 
4. Perímetro (circunferência) torácico e abdominal: especificamente utilizados de rotina durante o período neonatal.
Outras medidas podem ser utilizadas em situações especiais, como: envergadura, segmento superior/ inferior, tamanho do pênis e testículo, distância interpupilar.
Índices antropométricos 
1. Peso para idade: representa a massa corporal em relação à idade cronológica.
2. Estatura para idade: representa o crescimento linear, e a deficiência indica anormalidades de saúde ou nutricionais de modo cumulativo e a longo prazo.
3. Peso para estatura: indica o peso em relação à estatura. Tem aplicação na avaliação e seguimento de casos de desnutrição aguda e de peso excessivo. Tende a ser substituído pelo IMC.
4. Perímetro cefálico para idade: representa a medida da circunferência occipitofrontal em relação à idade cronológica. 
5. Velocidade de crescimento: consiste no crescimento linear com relação a um determinado período de tempo. Em geral, é obtida considerando-se o acréscimo do crescimento longitudinal em 1 ano de vida. 
Além das diferenças existentes no crescimento linear de acordo com a faixa etária, há também diferenças na velocidade de crescimento entre órgãos ou segmentos corporais, o que possibilita estabelecer relações de crescimento. 
Referencial (curvas) de crescimento 
A utilização de referenciais de crescimento na prática clínica, visa basicamente contribuir para: 
1. Analisar a normalidade, ou não, do crescimento alcançado; 
2. Elaborar o diagnóstico de estado nutricional; 
3. Acompanhar a evolução do crescimento e do estado nutricional.
Após um momento inicial em que se interpretam as medidas corpóreas de uma criança ou adolescente face às dos seus pares, acompanha-se a sua evolução com a idade para verificar se a mesma segue o canal (tendência) de crescimento das crianças de mesmo porte físico, ou se dele se afasta, para mais ou para menos, indicando uma velocidade de crescimento superior ou inferior à do grupo em que a criança se insere.
Tabelas e Curvas de Crescimento:
Os resultados dos procedimentos de acompanhamento e coleta de dados, de uma grande amostra, são organizados em distribuições de percentis ou de escores z, na forma de tabelas e gráficos (curvas).
Percentis: 
Na classificação em percentis os dados são ordenados de maneira hierárquica por seus valores absolutos, do menor para o maior. O percentil atribuído a cada valor corresponde à posição relativa que o mesmo ocupa na sequência de valores observados, o que corresponde à proporção de indivíduos normais, do mesmo sexo e idade, que apresentam valores antropométricos menores. 
Nas curvas e nas tabelas habitualmente são apresentados os valores correspondentes aos percentis: p 3; p 5; p 10; p 25; p 50 (mediana), p 75, p 90, p 95, p 97
Estabelecidos estes valores, quando ao se avaliar uma criança esta tiver, por exemplo, uma estatura igual ao valor do p3, isto significará que apenas 3% das crianças do mesmo sexo e com a sua idade são mais baixas do que ela e, portanto, que 97% têm estatura maior.
Escore z 
Na classificação em escores z os dados também são ordenados de maneira hierárquica, do menor para o maior, com base na distância em que os mesmos se situam acima ou abaixo da média. Esta distância é calculada em unidades de desvios padrão (que, como a média, também são específicos para cada grupo de idade e sexo). 
Nas curvas e tabelas habitualmente são apresentados os valores correspondentes aos escores z: z -3; z -2; z-1; z 0 (média ou mediana); z +1; z +2; z +3
Menino com 5 anos de idade e pesando: 19,7 kg 
Media de peso deste grupo de idade do sexo masculino: 18,3 kg 
Desvio padrão deste grupo de idade do sexo masculino: 2,4 kg 
· Escore Z de peso= (19,7 kg – 18,3) ÷ 2,4 = 1,4/2,4 = 0,54
Avaliação:
Na avaliação única, isolada, a OMS e o Ministério da Saúde propõem as seguintes classificações para crianças até 5 anos:
Peso: recomenda-se a curva de peso para a estatura e nesse caso adotam-se os seguintes pontos de corte:
· Magreza grave: abaixo do escore z -3 (p 0,1); 
· Magreza: abaixo do escore z -2 (p3); 
· Risco de possível sobrepeso: acima do escore z +1 (p85); 
· Sobrepeso: acima do escore z +2 (p97 ); 
· Obesidade: acima de escore z +3 (p 99,9). 
Comprimento/estatura para a idade: 
· Muito baixa estatura: abaixo do escore z -2 (p 0,1);
· Baixa estatura: abaixo do escore z -2 (p 15);
· Alta estatura: escore z acima de +2 (p 99,9).
Índice de Massa Corpórea para a Idade: 
· Emagrecido (desnutrido) grave: abaixo do escore z -3 (p 0,1); 
· Emagrecido: abaixo do escore z -2 (p97); 
· Risco de possível sobrepeso: acima do escore z +1 (p85); 
· Sobrepeso: acima do escore z +2 (p97 );
· Obesidade: acima de escore z +3 (p 99,9). 
Referência:
Curvas de crescimento: para que e como utilizar? USP
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6355453/mod_resource/content/3/Curva%20de%20Crescimento.pdf
Imip (2011). Pediatria (4ª ed.). Editora MedBook. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786557830499
Mariana Prusse
- Ele é influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais) entre os quais se destacam a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, que atuam acelerando ou restringindo tal processo. 
- Deve-se também levar em conta o crescimento intrauterino, pois pesquisas atestam que alterações no crescimento fetal e infantil podem ter efeitos permanentes na saúde do adulto. 
1) Hormônios que influenciam o crescimento
- Hormônio do crescimento (GH): uma vez liberado na circulação, o GH tem efeitos nas cartilagens, nos ossos e também em outros tecidos do organismo. E mesmo quando a fase de crescimento chega ao fim, esse hormônio continua tendo uma atuação relevante para a saúde: o GH auxilia na manutenção da composição corporal e influencia o metabolismo. 
- Hormônios tireoidianos: eles estão envolvidos em alguns processos importantes nos discos epifisários: maturação dos condrócitos, síntese de matriz cartilaginosa, mineralização e degradação óssea. Tendo isso em vista, o hipotireoidismo na infância e adolescência causam atraso na maturação óssea e, consequentemente, no crescimento. Em contrapartida, o hipertireoidismo, nesse mesmo período, ocasiona aceleração no processo de crescimento, mas com o fechamento precoce das epífises, resultando numa altura final menor que a ideal.
- Hormônios sexuais esteróides: tanto em meninos quanto em meninas, os estrogênios afetam o crescimento por regularem a secreção e os efeitos do GH, uma vez que reduzem o feedback negativo exercido pelo IGF-1. Para mais, estimulam a deposição óssea ao estimular as células osteoblásticas e inibirem os osteoclastos. Entretanto, são os fatores finais que levam à fusão das epífises ao fim da puberdade em ambos os sexos. Em meninos, o hormônio testosterona leva a um efeito estimulante na secreção de GH.
- Hormônios da alimentação: grelina (fome) e leptina (saciedade).
· Curvas de crescimento
1) Diferentes partes e tecidos do corpo
- As diversas partes do corpo apresentam diferentes ritmos de crescimento. Isso é muito importante porque é no período de maior velocidade de crescimento, quando os órgãos e tecidos estão se formando, que o organismo está mais exposto às agressões externas, onde as lesões são mais extensas e mais graves.
2) Crescimento pós-natal
- Crescimento na primeira infância (0-2 anos): a velocidade de crescimento pós-natal é particularmente elevada até os dois primeiros anos de vida.
- Crescimento na segunda infância (3-6 anos): a velocidade de crescimento tem declínio gradativo e pronunciado até os cinco anos de idade. A partir do quinto ano, a velocidade de crescimento é praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até o início do estirão da adolescência (em torno dos 11 anos de idade nas meninas e dos 13 anos nos meninos).
3) Registro e acompanhamento
- A forma mais adequada para o acompanhamento do crescimento de uma criança é o registro periódico do pesono Gráfico Altura/Idade do Cartão da Criança.
- O acompanhamento sistemático do crescimento, do ganho de peso e altura, um fenômeno quantitativo, que termina ao final da adolescência, permite a identificação de crianças com maior risco de morbidade, por sinalização precoce de subnutrição e da obesidade. 
- Constitui um dos indicadores de saúde da criança.
- Deve ser avaliado e colocado nas curvas da OMS que constam na Caderneta de Saúde da Criança.
- SBP: previsão da altura da crianças 
1) Meninas: (altura da mãe em centímetros) + (altura do pai em centímetros - 13)/2
2) Meninos: (altura da mãe em centímetros) + (altura do pai em centímetros + 13)/2
- Em z-score
- Em percentil
Altura
Peso
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf
https://www.sbp.com.br/departamentos/endocrinologia/graficos-de-crescimento/
Em condições normais, cada célula, cada tecido e cada órgão crescem em graus, padrões e velocidades próprias. Há 4 tipos fundamentais de crescimento das estruturas do corpo:
Crescimento geral somático
Corpo como um todo, dimensões externas (com exceção da cabeça e pescoço), tecido muscular e ósseo, volume sangüíneo, órgãos dos aparelhos respiratório, circulatório e digestivo, rim e baço. Este tipo de crescimento pode ser representado pela curva de peso e estatura, que apresentam aspecto geral de um S, com dois períodos de maior velocidade (zero a dois anos e por ocasião da puberdade).
Crescimento neural
Cérebro, cerebelo e estruturas afins, aparelho ocular, perímetro cefálico. Este tipo caracteriza-se por uma intensa velocidade nos dois primeiros anos de vida.
Crescimento linfóide
Timo, gânglios linfáticos, amídalas, adenóides, folículos linfóides intestinais. O desenvolvimento máximo das estruturas linfóides ocorre entre os oito e dez anos de idade.
Crescimento genital
Testículos, ovários, epidídimo, vesículas seminais, próstata, útero e anexos. Estas estruturas permanecem quiescentes durante os primeiros oito a dez anos de vida, para então apresentar um crescimento acelerado, dentro das transformações físicas que correspondem à puberdade.
Referência: 
https://books.scielo.org/id/7z56d/pdf/moreira-9788523211578-11.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf
Isa
Medidas antropométricas 
Peso – A variação do peso, com relação à idade da criança, é muito mais rápida do que da estatura e reflete, quase que imediatamente, qualquer deterioração ou melhora do estado de saúde, mesmo em processos agudos.
· O recém-nascido (RN) pode perder até 10% do peso de nascimento, que é novamente alcançado entre o 10o e o 14o dia de vida.
· No 1o mês, o ganho de peso é estimado em torno de 30 g/dia.
· No 1o trimestre, há ganho aproximado de 700 g/mês; no 2o trimestre, 600 g/mês; no 3o trimestre, 500 g/mês; e no 4o trimestre, 400 g/mês.
· No 5o mês, a criança atinge o dobro do peso ao nascer; e no 12o mês, o triplo.
· Após os dois anos, há ganho de cerca de 2 kg/ano, até o início da puberdade.
Estatura – O ganho de estatura é um bom parâmetro para a avaliação do crescimento da criança, por ser cumulativo, progressivo e não sofrer regressões. Até os dois anos, a medição deve ser realizada com a criança deitada (comprimento), e a partir dos dois anos, de pé (altura).
· No 1o semestre, há crescimento em torno de 15 cm; e no 2o semestre, em torno de 10 cm.
· Entre 2 e 5 anos, a criança cresce 7 cm/ano; e entre 6 e 12 anos, cerca de 6 cm/ano.
· Na adolescência, o crescimento é mais acelerado, e o pico de velocidade de crescimento varia conforme o sexo (ver tópico a seguir).
· A estatura-alvo genética pode ser calculada utilizando-se as fórmulas que seguem:
Perímetro cefálico – O acompanhamento do perímetro craniano deve ser feito nas crianças de 0 a 24 meses. Ele é aferido com uma fita métrica, que passa sobre a proeminência occipital e a glabela. 
· O crescimento médio no primeiro ano de vida é de 8 cm nos primeiros quatro meses de idade (2 cm/ mês) e de 4 cm nos próximos oito meses (0,5 cm/mês). A partir do primeiro ano de vida, o perímetro cefálico cresce em uma taxa menor, em torno de 1 cm a cada seis meses.
Referência: https://professor.ufrgs.br/danilo-blank/files/casanova_crescimento_e_desenvolvimento_2018.pdf
Caracterizar desnutrição infantil e descrever tipos, causas e consequências. Relacionar com os aspectos socioculturais (amido e introdução alimentar precoce)
Mariana Prusse
- Por ser associada às precárias condições socioeconômicas, sanitárias e ambientais, a desnutrição é uma doença social, determinada pelo modelo econômico, político, social e cultural de um país.
- A desnutrição desencadeia uma série de respostas adaptativas com alterações no metabolismo.
· Etiologia
A) Desnutrição Primária: relacionada à insegurança alimentar, a oferta ou disponibilidade de alimentos é insuficiente.
B) Desnutrição Secundária: relacionada a doenças que interferem na ingestão e absorção de nutrientes ou por necessidades metabólicas aumentadas.
C) Desnutrição energético-protéica (DEP): deficiência aguda ou crônica de energia (Marasmo) e/ou proteínas (Kwashiorkor). 
 
Para dizer que uma criança é desnutrida é necessário: 
- Pesar e medir a criança e comparar essas medidas com as medidas de crianças normais da mesma idade e sexo.
- Verificar sinais e sintomas clínicos, como emagrecimento acentuado e edema em ambos os pés.
- Observar, na Caderneta de Saúde da Criança, se há diminuição da inclinação da curva de peso para idade.
· Classificação
A) OMS
- Empregada para crianças de qualquer faixa etária.
- A comparação é realizada por escore Z.
 
B) Waterlow (modificada por Batista): leva em consideração a estatura para a idade e o peso para a estatura, pois a partir de fórmulas permite entender que o comprometimento do peso indica desnutrição atual, o comprometimento de peso e estatura indica desnutrição crônica e o comprometimento apenas de estatura reflete a desnutrição pregressa. 
C) Gomes: permite avaliar o prognóstico de morbimortalidade de crianças desnutridas, e é utilizada para crianças abaixo dos 6 anos, levando em consideração a variação do peso em relação ao percentil 50 de referência. A partir dela o paciente pode ser diagnosticado em eutrofia, desnutrição leve, desnutrição moderada ou desnutrição grave. 
· Quadro clínico
Desnutrição grave 
1) Marasmo
- Acomete com mais frequência lactentes jovens. Trata-se de criança com baixa atividade, pequena para a idade, com membros delgados devido à atrofia muscular e subcutânea, com desaparecimento da bola de Bichat (último depósito de gordura a ser consumido, localizado na região malar), o que favorece o aspecto envelhecido (fácies senil ou simiesca), com costelas visíveis e nádegas atróficas. O abdome pode ser globoso, mas raramente se observa hepatomegalia. Os cabelos são finos e escassos e o comportamento apático. 
2) Kwashiorkor 
- Em geral, acomete crianças maiores de 2 anos e pode cursar com apatia e/ou irritabilidade. 
ocorre onde há uma carência mais acentuada de proteínas em relação aos outros nutrientes( doença do primeiro filho após o nascimento do segundo).
- São aquelas crianças que bebem o leite com água, que a mãe tem vários filhos e tem só 1 litro de leite para dar, ela transforma (coloca mais água e taca mais maisena ou mucilon para engrossar o leite). Essa criança não tem proteína, ela vai acumular gordura.
- Caracteriza-se por alterações de pele (lesões hipocrômicas ao lado de hipercrômicas, com descamação), acometimento dos cabelos (textura, coloração e facilidade de se soltar do couro cabeludo).
· Consequências
- A diminuição do peso é uma das respostas iniciais à carência protéico-energética. Seguem-se a desaceleração do crescimento, as alterações hormonais, enzimáticas e da resposta imunológica.
- As crianças desnutridas são mais susceptíveis às infecções, têm dificuldades para absorver certos nutrientes, são mais propensas à diarréia,aos distúrbios hidroeletrolíticos, à hipoglicemia e hipotermia. 
- A anemia não somente é consequência das carências específicas, como também aparece em resposta à baixa demanda de oxigênio pelos tecidos, devida à inatividade física e economia de aminoácidos. 
- A desnutrição em crianças mais jovens acomete o sistema nervoso central, interferindo na mielinização e na produção de neurotransmissores.
RUAN:
AMIDO:
O amido é um carboidrato encontrado em muitos alimentos, como grãos, tubérculos e legumes. Em algumas regiões do mundo, onde a dieta é dominada por alimentos ricos em amido, a desnutrição infantil pode estar relacionada à falta de diversidade na dieta, resultando em deficiências de outros nutrientes essenciais.
Por exemplo, em comunidades onde as crianças dependem principalmente de alimentos à base de amido, como arroz, milho ou batata, podem não obter quantidades adequadas de proteínas, vitaminas e minerais essenciais para o crescimento saudável. Isso pode levar à desnutrição, mesmo que haja ingestão suficiente de amido.
Além disso, em casos extremos de desnutrição, onde há escassez geral de alimentos, as crianças podem depender excessivamente de alimentos ricos em amido de baixa qualidade, o que pode agravar ainda mais o problema nutricional.
Haiti: No Haiti, onde o arroz é um alimento básico, a desnutrição infantil é um problema significativo. Embora o arroz forneça energia na forma de amido, a dieta muitas vezes carece de diversidade nutricional, levando à desnutrição devido à falta de proteínas, vitaminas e minerais essenciais.
Brasil: 
Regiões Nordeste e Norte: Em muitas áreas dessas regiões, a mandioca e o milho são alimentos básicos na dieta das famílias. Embora sejam fontes de amido, a dependência excessiva desses alimentos pode levar à desnutrição infantil devido à falta de diversidade na dieta e à deficiência de outros nutrientes essenciais.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Bolsa Família são exemplos de iniciativas do governo brasileiro que visam melhorar a segurança alimentar e nutricional das famílias em situação de vulnerabilidade. Esses programas muitas vezes têm como objetivo diversificar a dieta das crianças, fornecendo acesso a alimentos ricos em nutrientes além do amido.
https://www.scielo.br/j/ea/a/dyHN6N7bHZwJzdTjpdX6Jyd
Victor 
A síndrome da fome oculta é definida, segundo a organização mundial da saúde, como a carência de determinados nutrientes no organismo, uma deficiência de micronutrientes, como vitaminas e minerais, que são essenciais para o organismo. Essa condição é desenvolvida, principalmente, por um desequilíbrio na alimentação derivado pela não variação de alimentos na rotina alimentar.
Referência: https://portal.fslf.edu.br/blog/noticias/sindrome-da-fome-oculta-causas-sintomas-e-tratamento/ 
Descrever os fatores que influenciam na qualidade e quantidade de leite materno.
Em torno do 7o ao 10o dia pós-parto, inicia-se a fase de manutenção da lactação, também denominada galactopoiese. Essa fase, que persiste por toda a lactação, é de controle autócrino e depende primordialmente do esvaziamento da mama, de preferência pela sucção da criança. Qualquer fator materno ou da criança que limite a retirada do leite das mamas pode causar diminuição na síntese do leite, por inibição mecânica e química. A remoção contínua de peptídios supressores da lactação (feedback inibitor of lactation – FIL) do leite contribui para a reposição do leite removido. Outro mecanismo local que regula a produção do leite, ainda não bem elucidado, envolve os receptores de prolactina na membrana basal do alvéolo. À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma das células alveolares fica distorcida e a prolactina não consegue se ligar aos seus receptores, criando, assim, um efeito inibidor da síntese de leite.
Grande parte do leite de uma mamada é produzida enquanto a criança mama, sob o estímulo da prolactina, que é liberada graças à inibição da liberação de dopamina, que é um fator inibidor da prolactina. A liberação de prolactina e ocitocina é regulada pelos reflexos de produção e ejeção do leite, respectivamente, ativados pela estimulação dos mamilos, sobretudo pela sucção da criança. A liberação da ocitocina também ocorre em resposta a estímulos condicionados, como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, dor, desconforto, estresse, ansiedade, medo, insegurança e falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação.
Júnior DC, Burns DAR, Lopez FA. Tratado de pediatria. v.1. (5th edição). [Digite o Local da Editora]: Editora Manole; 2021.
O primeiro líquido produzido pelas mães após o parto é o colostro, que se distingue em volume, aparência e composição. O colostro, produzido em pequenas quantidades nos primeiros dias pós-parto, é rico em componentes imunológicos, como IgA secretória, lactoferrina, leucócitos, bem como em fatores de desenvolvimento, como o fator de crescimento epidérmico. O colostro também contém concentrações relativamente baixas de lactose, indicando que suas funções primárias são imunológicas e tróficas, e não nutricionais. Os níveis de sódio, cloreto e magnésio são mais elevados e os níveis de potássio e cálcio são mais baixos no colostro do que no leite posterior.
O leite de transição partilha algumas das características do colostro, mas representa um período de produção de leite “aumentada” para apoiar as necessidades nutricionais e de desenvolvimento do bebé em rápido crescimento, e normalmente ocorre entre 5 dias e duas semanas após o parto, após o qual o leite é considerado em grande parte maduro. Quatro a seis semanas após o parto, o leite humano é considerado totalmente maduro. Em contraste com a mudança dramática na composição observada no primeiro mês de vida, o leite humano permanece relativamente semelhante em composição, embora ocorram mudanças sutis na composição do leite ao longo da lactação.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3586783/ 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf
Isa
Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação: bochechas da criança encovadas a cada sucção, ruídos da língua, mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada, mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando a criança solta a mama e dor durante a amamentação.
Referência: Júnior, Dioclécio, C. et al. Tratado de pediatria. v.1. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Editora Manole, 2021.
Caracterizar a importância da amamentação no desenvolvimento do infantil (aspectos neuropsicomotores) e direitos maternos (amamentação).
GABY
O desenvolvimento infantil, principalmente nos primeiros dois anos de vida, é marcado pelo crescimento e pelo desenvolvimento de habilidades motoras, estando estreitamente ligado ao estado nutricional da criança. O aleitamento materno é considerado a forma mais eficaz e econômica de garantir a nutrição adequada, além de promover aspectos imunológicos, psicológicos e melhor desenvolvimento motor e neurocognitivo, beneficiando a saúde materna e da criança.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e de maneira complementar até os dois anos de idade, ressaltando que entre os principais benefícios da prática estão a redução da morbimortalidade infantil; aumento do número de anticorpos, que acarreta na proteção a alergias e infecções; estabelecimento do peso ideal para a criança, evitando quadros de desnutrição ou obesidade; diminuição de doenças cardíacas e respiratórias; além de potencializar o desenvolvimento neuro-motor e cognitivo.
Ademais, a importância da prática da amamentação vem sendo ressaltada em diferentes pesquisas, demonstrando que a duração do aleitamento materno impacta significativamente os domínios motores de crianças nascidas a termo.Embora, se evidencie a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento motor infantil, poucas são as pesquisas direcionadas aos benefícios na trajetória de aquisições motoras do prematuro, posto que os estudos relacionando o aleitamento materno exclusivo e o desenvolvimento motor são ainda mais escassos. 
Inúmeros componentes e nutrientes do leite da mãe estão, comprovadamente, relacionados ao desenvolvimento cerebral da criança. Entre eles:
· Os ácidos graxos desempenham papel fundamental nos sistemas que vão permitir o bom desenvolvimento da fala e da aprendizagem. Esses elementos químicos atuam no desenvolvimento do córtex cerebral, onde têm um grande papel na formação das sinapses (conexões entre os neurônios);
· Já as proteínas, o cálcio, o fósforo, o magnésio e a lactose são nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento motor. Afinal, esses elementos estão diretamente relacionados à formação muscular e ao sistema que permite a contração e o relaxamento dos músculos do ser humano;
· Zinco, cobre, selênio, iodo e ferro são minerais que também estão presentes no leite materno e são fundamentais para o desenvolvimento e a proteção do sistema nervoso;
	Benefícios para o Bebê:
	O leite materno protege contra diarréias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.
	Benefícios para a Mulher:
	A amamentação oferece diversos benefícios à mulher. Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho.
Ainda, a sucção, embora pareça fácil, exige do bebê esforços que irão estimular a sua coordenação motora e também estimular o desenvolvimento musculoesquelético da face, beneficiando, futuramente, os processos de articulação para a fala e a mastigação.
O aleitamento materno é a estratégia que isoladamente mais previne mortes em crianças menores de cinco anos, visto que o leite materno é superior a qualquer outro leite nessa fase da vida, pois é um alimento completo que possui todos os nutrientes que o bebê precisa, sendo de mais fácil digestão.
Para a criança, o aleitamento materno reduz o risco de diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta, favorece o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da face e da fala, bem como da respiração, e para a mãe fornece vantagens como proteção contra câncer de mama e diabetes tipo 2, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho.
A Secretaria de Estado da Saúde fomenta diversas estratégias que buscam promover, proteger e apoiar o aleitamento materno até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros 6 meses de vida.
As estratégias vão desde a Atenção Primária à Saúde (APS) até a Atenção Hospitalar. Na APS a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) capacita profissionais das Unidades Básicas de Saúde e da Estratégia Saúde da Família com o objetivo de promover a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável em crianças até dois anos, e também melhorar o hábito alimentar das famílias.
Na Atenção Secundária e Terciária existe a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), a Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) e o Método Canguru (MC), voltados aos recém-nascidos prematuros e de baixo peso. Essas ações dentro dos hospitais proporcionam o aleitamento materno no início da vida, aumentando a chance de sucesso do aleitamento materno.
RUAN:
Segundo os investigadores, os potenciais mecanismos pelos quais a amamentação pode melhorar o desenvolvimento cognitivo incluem o fornecimento de nutrientes importantes para o desenvolvimento neural, tais como ácidos gordos poliinsaturados (PUFAs) e micronutrientes (incluindo ferro, ácido fólico, zinco e colina). Além disso, a amamentação oferece proteção a longo prazo contra doenças infecciosas e outras doenças que podem afetar o desenvolvimento inicial.
Micronutrientes -> funções orgânicas como propagação do impulso nervoso, produção de hemácias e manutenção do sistema imune.
Reneé Pereyra-Elías , estudante de PhD da da Unidade Nacional de Epidemiologia Perinatal (unidade de pesquisa multidisciplinar sediada na Universidade de Oxford) e autora principal do estudo, disse: 
“Nosso estudo mostrou que as associações positivas entre a duração da amamentação e o desenvolvimento cognitivo ainda permanecem após levar em conta a vantagem social e a inteligência materna. Embora o efeito que observamos seja pequeno para cada criança, poderia ter um impacto muito maior quando pensamos no efeito em todas as crianças da população.”
Direitos da Mãe
Provedora deste melhor alimento para seu filho ‐ o leite materno, a mulher vem assumindo também, papel cada vez mais importante no mercado de trabalho. Sendo assim, é preciso ampliar, por parte das mães, dos empregadores e dos profissionais de saúde, o conhecimento sobre as leis que protegem a gravidez e a amamentação. Este artigo se propõe a contribuir para isto, apresentando, de forma objetiva, os direitos das gestantes e nutrizes, acrescidos da informação sobre os respectivos artigos que os consolidam na lei.
Resumidamente, as mães que trabalham e que amamentam nos primeiros seis meses têm direito, por lei, a duas pausas, de 1⁄2 hora cada uma, para amamentar, ou a sair 1 hora mais cedo do trabalho, além da licença maternidade de 120 dias (4 meses mais ou menos). Em situações especiais, por motivo de saúde da criança ou da mãe, essa licença poderá ser prorrogada, com atestado médico, por mais duas semanas.
2 ‐ DIREITOS DAS GESTANTES E LACTANTES:
2.1 ‐ DIREITO À ESTABILIDADE DE EMPREGO DESDE O MOMENTO DA CONCEPÇÃO ATÉ 5 MESES DO PÓS‐ PARTO
2.2 ‐ DIREITO À LICENÇA MATERNIDADE
2.3 ‐ APÓS OS 120 DIAS A MULHER AINDA PODE CONTAR COM INTERVALOS NO SEU HORÁRIO DE TRABALHO PARA AMAMENTAR O SEU PRÓPRIO FILHO
2.4 – GARANTIA DE LOCAL APROPRIADO PARA PERMANÊNCIA DE SEU FILHO DURANTE A JORNADA DE TRABALHO
2.5 – DIREITO A LICENÇA PATERNA, MEDIANTE NASCIMENTO DOS FILHOS
2.6 – DIREITOS DA MÃE ESTUDANTE
As estudantes estão amparadas pela Lei 6202/1979 permitindo que obtenham suas notas com trabalhos realizados em casa.
2.7 – DIREITOS DAS MÃES PRIVADAS DE LIBERDADE
A Lei de Execuções Penais no artigo 82 § 2o e artigo 89, e o artigo 9o do Estatuto da Criança e do Adolescente, permite às mulheres privadas de liberdade permanecer com seus bebês até o 4o mês para amamentarem.
Referências:
1. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/22184/19565/264453
2. https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/13376/7460 
3. https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Aleitamento-Materno#:~:text=O%20aleitamento%20materno%20%C3%A9%20a,sendo%20de%20mais%20f%C3%A1cil%20digest%C3%A3o.
4. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/Direitos-da-Mulher-Trabalhadora-na-Gravidez-no-Ps-Parto-e-Durante-o-Aleitamento-Materno.pdf
Descrever as consultas necessárias até o 5 ano de vida e sua importância no crescimento e desenvolvimento.
Você deve levar a criança para fazer as consultas de rotina nas idades:
· Primeira semana
· 1 mês
· 2 meses
· 4 meses
· 6 meses
· 9 meses
· 12 meses
· 18 meses
· 24 meses
· 36 meses
A partir dos 2 anos de idade, as consultas de rotina devem ser feitas uma vez ao ano, de acordo com a necessidade de cuidados de sua filha. Nas consultas de rotina, você pode esclarecer dúvidas e pedir orientações sobre os cuidados que você precisa ter para que sua filha tenha uma boa saúde. Peça ao profissional para anotar as informações sobre o atendimento nos espaços próprios desta Caderneta.
ATENÇÃO!
Mesmo que a criança não esteja doente, é fundamental levá-la ao serviço de saúde para saber como ela está crescendo e se desenvolvendo. Algumas crianças precisam de uma atenção maior e devem ser acompanhadaspelos serviços de saúde com mais frequência.
IMPORTÂNCIA
A consulta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil ou puericultura, quando realizada no âmbito da Estratégia de Saúde da Família (ESF), funciona como uma ferramenta indispensável na construção do Sistema Único de Saúde, além de propor novas formas de relacionamento entre profissionais de saúde e as crianças. Ela tem como objetivo acompanhar a progressão das crianças de forma global, contemplando todas as áreas do saber no campo da saúde, a fim de possibilitar uma assistência integral e promover qualidade de vida. 
REFERÊNCIAS: 
MINISTÉRIO DA SAÚDE- CADERNETA DA CRIANÇA
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-59542013000200006#:~:text=A%20consulta%20de%20acompanhamento%20do,profissionais%20de%20sa%C3%BAde%20e%20as 
1. Júnior, Dioclécio, C. et al. Tratado de pediatria. v.1. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Editora Manole, 2021.
Descreva o SISVAN (o que é, utilização e importância)
É um sistema de informação que visa descrever e predizer de maneira contínua, tendências das condições de nutrição e alimentação de uma população, e seus fatores determinantes, com fins ao planejamento e avaliação dos efeitos de políticas, programas e intervenções.
O SISVAN tem como objetivos: 
· Descrever o estado nutricional da população com particular referência a subgrupos que são identificados como estando sob risco, permitindo o conhecimento do problema nutricional; 
· Prover informação que irá contribuir para a análise das causas e fatores associados possibilitando uma seleção de medidas preventivas e/ou educativas que poderão ser ou não nutricionais; 
· Permitir predições a serem feitas com base na consolidação e análise dos dados a fim de indicar a evolução provável dos problemas nutricionais; 
· Acompanhar e monitorar o estado nutricional da população atendida em UBS e/ou PSF; 
· Monitorar programas e políticas públicas no contexto da alimentação e nutrição, e avaliar sua efetividade.
No contexto do setor saúde, o SISVAN contempla quatro eixos interligados:
1. Sistema
Padronização de atividades/ tarefas organizadas de receber, tratar, analisar dados e informações para devolvê-los à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e à sociedade, retroalimentando os setores responsáveis pelo planejamento, gestão e controle social dos programas e políticas públicas.
2. Vigilância
Engloba quaisquer atividades rotineiras e contínuas de coleta, processamento, análise e interpretação dos dados: recomendação de medidas de controle apropriadas, promoção das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; e divulgação de informações pertinentes.
3. Alimentar
Envolve os aspectos relativos à promoção de práticas alimentares saudáveis e à prevenção e ao controle dos distúrbios alimentares e de doenças associadas à alimentação.
4. Nutricional
Considera o estado nutricional de coletividades como resultante do equilíbrio entre o consumo alimentar e a utilização biológica e sua estreita relação com o estado de saúde.
Referência:
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, Secretaria de Saúde do Estado de MG
https://www.saude.mg.gov.br/cer/page/456-sistema-de-vigilancia-alimentar-e-nutricional-
RUAN:
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