Buscar

Imposto de Renda, Encargos Sociais e Trabalhistas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CNAE E SEU PAPEL NAS ATIVIDADES LABORATIVAS
A CNAE é uma tabela que lista todas as atividades laborativas e as codifica, gerando um padrão de identificação para todo o território nacional.
Esse código é utilizado, por exemplo, dentro da norma NR 04, que trata de regulamentar os serviços especializados em Engenharia de segurança do trabalho e em Medicina do trabalho, para listar as classificações de risco de cada tipo de atividade e indicar a quantidade de técnicos de segurança do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho, médicos e enfermeiros que a empresa deve manter em seus quadros para atendimento de seus empregados.
Saiba mais
A CNAE, que é o código oficial de atividade no Brasil, utilizado por todos os entes federativos e demais órgão públicos, autarquias e demais instituições públicas para classificar as atividades exercidas pelas empresas e pessoas, foi publicada pela primeira vez em 1994, no Diário Oficial da União, e foi o resultado de um estudo e uma organização feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que procurou unificar alguns outros códigos já utilizados até então.
O governo, por meio do IBGE, garante que a tabela esteja sempre atualizada, incorporando novas atividades que vão surgindo com o passar do tempo, como aconteceu aquelas ligadas às tecnologias da informação.
A CNAE é monitorada e atualizada pela CONCLA, formada em 1994 por representantes de diversos ministérios, incluindo a presidência do IBGE, a fim de identificar e atualizar todas as tabelas disponibilizadas pelo instituto. Nesse colegiado, há grupos específicos de trabalho, sendo o da CNAE um deles.
Em 2007, essas comissões lançaram a “CNAE 2.0” e a “CNAE 2.0” específica para uso da administração pública, após uma ampla revisão nos anos de 2004 a 2006, em que participaram diversos setores da economia, procurando a maior abrangência possível das atividades que existem no Brasil.
Todo esse trabalho de construção da CNAE teve como objetivo convergir a padronização dos códigos de atividades nacional com a CIIU/ISIC ― Classificación Industrial Internacional Uniforme ―, criada pela ONU em 1946.
Essa convergência procura alinhar os códigos nacionais com os internacionais, facilitando a codificação das atividades das empresas em âmbito nacional e possibilitando a comparabilidade das estatísticas geradas nacionalmente com as internacionais.
A classificação internacional sofreu diversas atualizações. A última foi publicada em 2006, com vigência a partir de 2007.
A CNAE é estruturada de acordo com o seguinte padrão (IBGE, 2021):
Clique nas barras para ver as informações.
OS DOIS PRIMEIROS NÍVEIS HIERÁRQUICOS
São divididos em seções e divisões, e a CNAE adota a estrutura da CIIU/ISIC, inclusive na definição dos códigos.
OS NÍVEIS 3 E 4
São divididos em grupos e classes. Aqui, a CNAE introduz um maior detalhamento, sempre que necessário, para refletir a estrutura da economia brasileira, em princípio possibilitando a reconstituição das categorias da classificação internacional.
O QUINTO NÍVEL
O quinto nível da CNAE 2.0 é um detalhamento das classes para uso específico da administração pública.
Todo esse trabalho e convergência das codificações desenvolvidas para a CNAE foram amplamente adotados pela estatística oficial do governo brasileiro. Essa adoção ajuda a gerar um padrão na construção e disseminação de estatísticas oficiais, além de possibilitar a construção de outras normas que utilizam esses códigos como uma forma de padronizar as divisões das atividades laborativas no Brasil.
Uma dessas normas que utiliza esse código é a NR 04, como já tratado anteriormente. Dentro da NR 04, a CNAE funciona como uma lista em que os riscos das atividades desenvolvidas pelas empresas são classificados. Essa classificação gera um padrão que deve ser seguido por todas as empresas, e como há convergência internacional, pode ser facilmente comparado com os padrões internacionais aplicados.
	Quadro: exemplo de classificação do uso da CNAE dentro da norma NR 04.
Extraído de Anexo da Portaria SIT/DSST 76/2008
	Códigos
	Denominação
	GR
	A
	AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQUICULTURA
	
	01
	AGRICULTURA, PECUÁRIA E SERVIÇOS RELACIONADOS
	
	01.1
	Produção de lavouras temporárias
	
	01.11-3
	Cultivo de cereais
	3
	01.12-1
	Cultivo de algodão herbáceo e de outras fibras de lavoura temporária
	3
	01.13-0
	Cultivo de cana-de-açúcar
	3
	01.14-8
	Cultivo de fumo
	3
	01.15-6
	Cultivo de soja
	3
	01.16-4
	Cultivo de oleaginosas de lavoura temporária, exceto soja
	3
	01.19-9
	Cultivo de plantas de lavoura temporária não especificadas anteriormente
	3
	01.2
	Horticultura e floricultura
	
	01.21-1
	Horticultura
	3
	01.22-9
	Cultivo de flores e plantas ornamentais
	3
	01.3
	Produção de lavouras permanentes
	
	01.31-8
	Cultivo de laranja
	3
	01.32-6
	Cultivo de uva
	3
	01.33-4
	Cultivo de frutas de lavoura permanente, exceto laranja e uva
	3
	01.34-2
	Cultivo de café
	3
	01.35-1
	Cultivo de cacau
	3
	01.39-3
	Cultivo de plantas de lavoura permanente não especificadas anteriormente
	3
	01.4
	Produção de sementes e mudas certificadas
	
	01.41-5
	Produção de sementes certificadas
	3
	01.42-3
	Produção de mudas e outras formas de propagação vegetal, certificadas
	3
	01.5
	Pecuária
	
	01.51-2
	Criação de bovinos
	3
	01.52-1
	Criação de outros animais de grande porte
	3
	01.53-9
	Criação de caprinos e ovinos
	3
	01.54-7
	Criação de suínos
	3
	01.55-5
	Criação de aves
	3
	01.59-8
	Criação de animais não especificados anteriormente
	3
	01.6
	Atividades de apoio à agricultura e à pecuária; atividades de pós-colheita
	
	01.61-0
	Atividades de apoio à agricultura
	3
	01.62-8
	Atividades de apoio à pecuária
	3
	01.63-6
	Atividades de pós-colheita
	3
	01.7
	Caça e serviços relacionados
	
	01.70-9
	Caça e serviços relacionados
	3
	02
	PRODUÇÃO FLORESTAL
	
	Quadro: anexo II da NR 04 – Demonstra o dimensionamento do quadro de funcionários ligados à segurança do trabalho necessários para determinada quantidade de funcionários em uma empresa.
Extraído de Anexo da Portaria SIT/DSST 76/2008
	Grau de Risco
	N° de empregados no estabelecimento
	50 a 100
	101 a 250
	251 a 500
	501 a 1000
	1001 a 2000
	2001 a 3500
	3501 a 5000
	Acima de 5000 para cada grupo de 4000 ou fração acima de 2000**
	1
	Técnicos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Técnicos Seg. Trabalho
	-
	-
	-
	1
	1
	1
	2
	1
	
	Engenheiro Seg. Trabalho
	-
	-
	-
	-
	-
	1*
	1
	1*
	
	Aux. Enfermagem Trabalho
	-
	-
	-
	-
	-
	1
	1
	1
	
	Enfermeiro do Trabalho
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	1
	-
	
	Médico do Trabalho
	-
	-
	-
	-
	1*
	1*
	1
	1*
	2
	Técino Seg. Trabalho
	-
	-
	-
	1
	1
	2
	5
	1
	
	Engenheiro Seg. Trabalho
	-
	-
	-
	-
	1*
	1
	1
	1*
	
	Aux. Enfermagem Trabalho
	-
	-
	-
	-
	1
	1
	1
	1
	
	Enfermeiro do Trabalho
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	1
	-
	
	Médico do Trabalho
	-
	-
	-
	-
	1*
	1
	1
	1
	3
	Técnico Seg. Trabalho
	-
	1
	2
	3
	4
	6
	8
	3
	
	Engenheiro Seg. Trabalho
	-
	-
	-
	1*
	1
	1
	2
	1
	
	Aux. Enfermagem Trabalho
	-
	-
	-
	-
	1
	2
	1
	1
	
	Enfermeiro do Trabalho
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	1
	-
	
	Médico do Trabalho
	-
	-
	-
	1*
	1
	1
	2
	1
	4
	Técnico Seg. Trabalho
	1
	2
	3
	4
	5
	8
	10
	3
	
	Engenheiro Seg. Trabalho
	-
	1*
	1*
	1
	1
	2
	3
	1
	
	Aux. Enfermagem Trabalho
	-
	-
	-
	1
	1
	2
	1
	1
	
	Enfermeiro do Trabalho
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	1
	-
	
	Médico do Trabalho
	
	1*
	1*
	1
	1
	2
	3
	1
	(*) - Tempo parcial (mínimo de 3 horas)
(**) - O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3.501 a 5000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 2.000
	OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, casa de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro de Trabalho em tempo integral.
A CNAE pode ser consultada diretamente em site próprio, tanto por cidadãos, como por empresas e profissionais que necessitarem fazê-lo.
FAT ― FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR
O Fundo de Amparo ao Trabalhador foi criado em 1988 com a promulgaçãoda Constituição Federal de 1988 para financiar os programas de seguro-desemprego e outros programas de apoio ao desenvolvimento econômico por meio do BNDES.
O fundo foi a principal fonte de recursos para as políticas desenvolvidas pelo BNDES até o ano de 2007, quando repasses do Tesouro Nacional a suplantaram, mas, conforme esses valores são devolvidos, o FAT volta a ser a principal fonte de recursos para os programas do BNDES.
O FAT foi formado pelos recursos provenientes do PIS e do PASEP. Esses recursos seriam utilizados para pagamento do seguro-desemprego, do abono salarial, e pelo menos 40% seriam destinados ao financiamento do desenvolvimento econômico.
Esses valores destinados ao investimento são geridos pelo CODEFAT, que tem uma formação tripartite e paritária, composta por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo. Com relação ao mandato, cada conselheiro permanece durante quatro anos, permitida uma recondução, e a presidência é eleita bienalmente por maioria absoluta. Não podemos desconsiderar a alternância entre as representações dos trabalhadores, dos empregadores e também do governo.
Cabe ao CODEFAT (TINOCO et al, 2018):
Elaborar diretrizes para programas e para a alocação de recursos.
Acompanhar e avaliar seu impacto social, propondo o aperfeiçoamento da legislação referente às suas políticas.
Exercer o controle social da execução dessas políticas, por intermédio da análise das contas do fundo e dos relatórios dos executores dos programas apoiados.
Fiscalizar a administração do FAT.
Dentre os usos possíveis do FAT para o fomento do desenvolvimento, há dois planos:
Clique nas informações a seguir.
O FAT constitucional
Deve ser aplicado obrigatoriamente pelo BNDES.
O FAT depósitos especiais
Pode ser aplicado por qualquer instituição federal.
A aplicação da parcela destinada ao BNDES pode ser aplicada em qualquer programa que o banco selecionar, não tendo nenhuma restrição adicional. Para o FAT depósitos especiais, as aplicações devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo CODEFAT, que define os scores de crédito que as empresas precisam ter para receberem os valores.
Já em relação à parcela que é destinada ao seguro-desemprego, esse valor pode ser aplicado tanto no pagamento do próprio seguro-desemprego como em programas de treinamento e recolocação dos trabalhadores nacionais (programas de qualificação e requalificação profissional e de orientação e intermediação de mão de obra).
	Quadro: FAT Constitucional x FAT Depósitos Especiais
Extraído de TINOCO et al, 2018, p. 148.
	Características
	FAT Constitucional
	FAT Depósitos Especiais
	Origem dos recursos
	Pelo menos 40% da arrecadação do PIS-Pasep (líquida da Desvinculação de Receitas da União – DRU)
	Recursos excedentes do FAT
	Instituição aplicadora
	BNDES
	Instituições financeiras federais
	Prazo de amortização
	Indefinido
	Mensal
	Aplicação
	Programas de desenvolvimento econômico
	Programas e setores definidos pelo Codefat
	Remuneração até 2017
	Fixa
	Variável
	Recursos aplicados
	TJLP
	TJLP
	Recursos em disponibilidade
	TJLP
	Selic
	Remuneração atual
	Variável
	Variável
	Recursos aplicados
	TLP
	TLP
	Recursos em disponibilidade
	Selic
	Selic
	Pagamentos de juros
	Limitado a 6% e pagos semestralmente
	Sem limitação e pagos mensalmente
A aplicação do FAT pelo BNDES ampara um dos projetos mais importantes para as empresas menores, que é o PROGER.
Além do PROGER, outras linhas de financiamento utilizam o FAT como fonte de recursos, sendo uma delas o FAT-Habitação, programa do governo federal que garante uma fonte de financiamento mais acessível para empresas que queiram ingressar no mercado de unidades habitacionais para famílias de baixa renda.
SEGURO DE ACIDENTES DE TRABALHO
O Seguro de acidentes de trabalho é um programa do governo federal que foi instituído pelo Decreto nº 61.784 de 28 de novembro de 1967. Nesse programa foram criados o seguro de acidente de trabalho a cargo do INSS, sendo integrado à Previdência Social Brasileira. Após esse decreto, foi aprovada, no mesmo ano, a Lei nº 6.367, que gerou todo o arcabouço jurídico que rege o Seguro de acidentes de trabalho existente até hoje, regulamentado pelos decretos nº 79.037/76 e nº 3.048/99.
Logo no artigo 2º, a referida lei define o que é considerado acidente de trabalho:
“Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Na lei geral dos Benefícios da Previdência Social, Lei nº 8.213/91, o artigo 20, inciso II, coloca que “doença do trabalho, assim entendida, é a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I”.
Clique na barra para ver as informações.
CASOS EM QUE OUTRAS DOENÇAS SÃO CONSIDERADAS ACIDENTE DE TRABALHO
Na Lei nº 6.367/76, o legislador procurou colocar os casos em que outras doenças são consideradas acidente de trabalho, equipando-os aos seguintes casos:
· Quando da doença profissional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).
· Do acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte, ou a perda, ou redução da capacidade para o trabalho.
· Do acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em consequência de ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiros, inclusive companheiro de trabalho.
· De ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho.
· De ato de imprudência, de negligência como motivos para a equiparação.
· Nos casos de imperícia de terceiro, inclusive companheiro de trabalho.
· Dos atos de pessoa privada do uso da razão ou desabamento, inundação ou incêndio, ou outros casos fortuitos.
· Casos decorrentes de força maior que vierem a prejudicar o empregado.
· A doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no exercício de sua atividade.
· O acidente sofrido pelo empregado, ainda que fora do local e horário de trabalho, na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa serão equiparados como acidentes de trabalho.
· Da prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito.
· Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado.
· No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela também serão considerados acidentes de trabalho.
Todas essas hipóteses procuram listar as possibilidades de situações em que o trabalhador terá o direito a ter sua doença considerada como acidente de trabalho, garantindo-lhe as prerrogativas e proteções que a lei garante no caso de acidente de trabalho. A legislação estende o horário de trabalho aos períodos de descanso e ao período em que os empregados estão atendendo às suas necessidades fisiológicas ao horário de serviço normal, assim todos os direitos em relação ao acidente de trabalho se estende por esses períodos.
Além das possibilidades já listadas, se o empregado for acometido de algum tipo de doença e provar que foi em razão de suas atividades laborais, ele deve ser incluído no direito de ser coberto pelos direitos dos acidentados em trabalho.
Os benefícios concedidos ao empregado que sofrer acidente de trabalho são listados no artigo 5º da Lei nº 6.367/76, que dita que “os benefícios por acidente do trabalho serão calculados, concedidos, mantidos e reajustados na forma do regime de previdência social do INPS, salvo no tocante aos valores dos benefícios de que trata este artigo, que serão os seguintes”:
Clique nas barras para ver as informações.
AUXÍLIO-DOENÇA
Valor mensal igual a 92% (noventa e dois por cento) do saláriode contribuição do empregado, vigente no dia do acidente, não podendo ser inferior a 92% (noventa e dois por cento) de seu salário de benefício.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Valor mensal igual ao do salário de contribuição vigente no dia do acidente, não podendo ser inferior ao de seu salário de benefício.
PENSÃO
Valor mensal igual ao estabelecido no aposentadoria por invalidez, qualquer que seja o número inicial de dependentes.
Nesse mesmo artigo, são colocadas as regras para o cálculo desses valores a receber e a data em que os beneficiários terão o direito a esse recebimento, em caso de morte que ditam que “não serão considerados para a fixação do salário de contribuição de que trata este artigo os aumentos que excedam os limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo se resultantes de promoções reguladas por normas gerais da empresa admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou de reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva”.
Além dessa possibilidade, “a pensão será devida a contar da data do óbito, e o benefício por incapacidade a contar do 16º (décimo sexto) dia do afastamento do trabalho, cabendo à empresa pagar a remuneração integral do dia do acidente e dos 15 (quinze) dias seguintes”.
O legislador ainda majorou em 25% o valor de recebimento quando o acidentado precisar de acompanhamento constante de outra pessoa para sua sobrevivência e segurança de saúde. Essa majoração também é devida no caso de empregado de remuneração variável e de trabalhador avulso, que deverá considerar:
· Os 12 (doze) maiores salários de contribuição apurados em período não superior a 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores ao acidente, se o segurado contar, nele, mais de 12 (doze) contribuições.
· Os salários de contribuição compreendidos nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do acidente ou dos meses desde a contratação, conforme for mais vantajoso, se o segurado contar 12 (doze) ou menos contribuições nesse período.
Além disso, é importante mencionar que existem as doenças do trabalho e as doenças profissionais.
Doenças do trabalho (ou mesopatias)
São doenças ocupacionais causadas por determinantes constantes no ambiente em que a pessoa trabalha, mas que não são geradas diretamente pelo trabalho, embora possam ser desencadeadas por ele.
Doenças profissionais
São aquelas causadas diretamente pela atividade ocupacional do indivíduo, provocando-lhe problemas que podem até mesmo inviabilizar a execução da tarefa para o qual foi contratado.
SALÁRIO-FAMÍLIA
O salário-família é um direito de todo empregado, incluso nesse caso o empregado doméstico e o trabalhador avulso, que possua filhos ou pessoas equiparadas a filhos menores de 14 anos. No caso dos filhos ou equiparados considerados inválidos, não há limite de idade para o recebimento do benefício, cujo valor será dobrado.
Atenção
Como o benefício é previdenciário, todos os cidadãos que contribuem para o INSS podem solicitá-lo, desde que se encaixem nas condições limitantes para usufruí-lo. Para o ano de 2021, o valor estabelecido por lei para pagamento por filho foi de R$ 48,62. Já o teto do salário recebido pelo trabalhador para ter o direito ao recebimento foi de R$ 1.425,56. Esses valores são reajustados conforme seu poder de compra decresce em função da inflação, logo a cada ano o valor pago e o valor do teto para ter direito ao benefício vai mudando, repondo as perdas ocorridas. Para saber o valor do ano corrente, é necessário consultar as informações no site do INSS.
Todas as regras desse benefício foram instituídas pelas Leis nº 4.266/63 e nº 5.559/68. A Lei nº 4.266/63, artigo primeiro, diz que o salário-família é “devido, pelas empresas vinculadas à Previdência Social, a todo empregado, como tal definido na Consolidação das Leis do Trabalho, independentemente do valor e da forma de sua remuneração dentro do limite estabelecido para ter o direito ao benefício, e na proporção do respectivo número de filhos”. Além disso, o legislador aponta que o salário-família deve ser custeado por impostos pagos pelos empregadores, conforme instituído nessa lei.
O salário-família não incorpora os benefícios pagos a título de aposentadoria, conforme expresso no artigo 4º da Lei nº 5.559/68; no entanto, os aposentados por invalidez, idade ou tempo de contribuição podem recebê-lo caso se encaixem nas condições exigidas. Sobre os valores recebidos como salário-família não incidem impostos, e estes não servem de base para a incidência de contribuições previdenciárias.
SALÁRIO-EDUCAÇÃO
O salário-educação trata-se de uma contribuição feita pelas empresas para o financiamento de programas voltados para a educação básica pública, conforme o parágrafo 5º do artigo 212 da Constituição Federal de 1988. Esses recursos chegam a 20% do valor destinado à educação e é arrecadado mediante um tributo que incide na proporção de 2,5% sobre a folha de pagamentos das empresas em geral.
Os valores do salário-educação são destinados diretamente para a educação básica pública, sendo proibida a sua utilização para pagamento de pessoal. Esses valores podem pagar até a alimentação dos estudantes, a chamada merenda escolar, não tendo nenhum tipo de restrição legal a essa aplicação.
Segundo o site do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação):
· 10% da arrecadação líquida ficam com o próprio FNDE, que os aplica no financiamento de projetos, programas e ações da educação básica.
· 90% da arrecadação líquida são desdobrados e automaticamente disponibilizados aos respectivos destinatários, sob a forma de quotas, sendo:
Quota federal
Correspondente a 1/3 dos recursos gerados em todas as Unidades Federadas, o qual é mantido no FNDE, que o aplica no financiamento de programas e projetos voltados para a educação básica, de forma a propiciar a redução dos desníveis socioeducacionais entre os municípios, estados e as regiões brasileiras.
Quota estadual e municipal
Correspondente a 2/3 dos recursos gerados, por Unidade Federada (Estado), os quais são creditados, mensal e automaticamente, em contas bancárias específicas das secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, na proporção do número de matrículas, para o financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica (art. 212, § 6º da CF).
image3.jpeg
image4.jpeg
image1.jpeg
image2.jpeg

Mais conteúdos dessa disciplina