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Bromatologia E Forrragicultura - 1 bimestre

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Bromatologia e forrgicultura
Introdução a forragicultura
Pastagens na história 
• 10.000 A.C→ Domesticação dos animais
• 500 a 150AC→ Introdução da alfafa na Grécia e Roma
• 800D.C→ Utilização do trevo pelos saxões
• 1600D.C→ Richard Weston introduz o trevo vermelho na Inglaterra
• 1600D.C → Pastagens européias introduzidas na América
• 1700D.C→ Panicum é introduzido no Brasil
• 1873D.C→ Construção do primeiro silo nos EUA
• 1886 D.C→ Descoberta da fixação simbiótica de N em leguminosas 
Forragicultura e pastagens 
• Aproximadamente 25% da superfície do planeta é composta por pastagens
• Base alimentar dos herbívoros, principalmente os domésticos
• Nutrição natural e de baixo custo
Produtos da pastagem 
• Carne
• Leite 
• Couro 
• Lã
• Produtos medicinais 
• Turismo 
• Matérias primas diversas 
• Biomas a serem preservados 
Panorama brasileiro 
• Sistema de pastejo
• Principal e mais barata fonte de alimento • Diferentes biomas
• Diversas espécies forrageiras
 170 milhões de hectares de pastagens
• 60% cultivadas 
• 40% nativas Conceitos gerais 
• Planta ou forrageira: Qualquer espécie de vegetação, natural ou plantada, que cobre uma área e é utilizada 
para alimentação de animais, seja ela formada por gramíneas, leguminosas ou plantas produtoras de grãos
• Forragem: Qualquer componente da dieta de herbívoros
• Pasto: Área de solo coberta por uma espécie ou associação de forrageiras naturais ou cultivadas e utilizada 
para pastejo de animais
Características desejáveis
• Produção de forragem (matéria verde ou matéria seca)
• Valor nutritivo (composição química e digestibilidade)
• Aceitação pelo animal
• Persistência
• Facilidade de propagação e estabelecimento
• Resistência às pragas e doenças
Taxonomia 
• Denominação de espécie: O nome de uma espécie consiste de duas partes. A primeira é o gênero ao 
qual pertence, também chamado de denominação genérica e a segunda denominada epíteto específico
• Variedade (var.): caracteres botânicos (cor de flor, pilosidade, tamanho de inflorescência), ocorrendo de 
forma natural, ou seja, grupo de indivíduos que apresentam características comuns entre si 
(morfológicas) originadas por polinização natural e que as diferenciam em um determinado genótipo ou 
fenótipo de outras variedades da mesma espécie
Exemplos:
• Panicum maximum var. Trichoglume
• Avena sativa var. Suprema
• Pennisetum purpureum var. Napier
• Saccharum officinarum L. var. RB 83 5486
• Cultivar (cv.): criada pelo homem através de melhoramento genético, com diferenças agronômicas ou 
químicas. Por exemplo: resistência à geada e a parasitas, produtividade, teores de proteína
• Brachiaria brizantha cv. Marandu
• Brachiaria brizantha cv. Xaraés
• Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã
Classificação
Forma de utilização:
• Pastejo direto: Pastagens
• Conservadas: Fenação, ensilagem
Natureza: 
*Naturais
• Espontâneas
• Cultivadas
*Introduzidas ou exóticas
• Espontâneas (Trevo, azevém) 
• Cultivadas (Milheto, alfafa)
• Nativa
• Melhorada 
• Cultivada
Ciclo de crescimento:
• Hibernais
• Estivais 
Ciclo de crescimento: 
• Anuais 
• Perenes 
• Bienais
Composição:
• Singulares ou estremes (pastagem monofítica)→Apenas 
uma espécie forrageira
• Consorciada ou associada →Gramíneas + leguminosas
Hibernais: 
• Forrageiras de clima temperado
• Dias menos ensolarados
• Pequeno crescimento
• Caule fino
• Folhagem tenra (macia)
• Semeadas no outono
• Ceifadas durante inverno e primavera
Estivais: 
• Forrageiras de clima tropical
• Elevado potencial de crescimento
• Colmos grossos
• Folhas largas
• Sensíveis ao frio→Repouso vegetativo (perenes)
• Semeadas na primavera
• Ceifadas no verão e outono 
Fases de crescimento vegetativo 
• Vegetativa
• Transição ou alongamento dos colmos
• Reprodutiva
• Morte
Fase vegetativa
• Início com a germinação da semente
• Indo até a planta adulta vegetativa
• Emergência da plântula
• Desenvolvimento da área foliar
• Perfilhamento (aumento no número de espigas)
Fase de transição
• Alongamento de colmos
• Emissão das folhas bandeira para enchimento dos grãos da inflorescência
• Também chamada fase de emborrachamento
• Mudanças nas concentrações hormonais internas
• Normalmente em resposta a algum estímulo externo
• Células dos tecidos meristemáticos são induzidas a se diferenciarem para a função 
reprodutiva
Fatores externos 
• Fotoperíodo
• Temperatura 
• Umidade
Fase reprodutiva
• Não ocorre mais emissão de novas folhas
• Todos os assimilados da planta são destinados ao 
enchimento e maturação de grãos na inflorescência
• Inicia-se com a indução floral, resultando na floração e 
formação dos frutos e sementes
Fatores internos 
• Nutrição
• Açúcares
• Hormônios
Morfologia 
• Estudo das características físicas (estrutura externa) das plantas
• Auxílio nas decisões de manejo da planta forrageira
Fitômero
• Unidade básica do afilho/ramificação
• Nas gramíneas é composto por nó, entre-nó, bainha, lígula, lâmina foliar e gema axilar
• Conjunto de fitômeros consecutivos em gramíneas forma o perfilho/afilhos 
• Nas leguminosas, os fitômeros são formados por nó, entre-nó, pecíolo, estípula, folha (folíolos) e gema axilar
• Conjunto dos fitômeros consecutivos compõe a ramificação
Raízes
• Parte inferior da planta
• Fixação no solo, sustentação
• Retirada de nutrientes, principalmente água e minerais 
• Armazenamento de nutrientes, reserva
• Fixação de carbono
• Forma o sistema radicular
Raízes das gramíneas:
• Sistema radicular fasciculado ou em cabeleira
• Não há distinção entre a raiz principal e as secundárias
• Pode chegar a 2 metros de profundidade
As gramíneas apresentam dois sistemas de raízes:
• Seminais (embrionárias): Origem no embrião, chamada radícula, possuem curta longevidade
• Adventícias ou caulinares(permanentes): Substituem as raízes seminais, são numerosas e possuem muitas 
ramificações. Originam-se dos primeiros nós basais, de estolões ou, também de outros nós que estejam em 
contato com o solo
• Reposição anual média gira em torno de 50%
• Crescimento estacional
• As raízes de algumas gramíneas (Paspalum notatum) contêm ou são circundadas por bactérias, que fixam 
nitrogênio atmosférico
Raizes das leguminosas 
• Raízes do tipo pivotante ou axial
• Apresenta uma raiz primária, que é dominante, mais robusta, com a presença de raízes secundárias
• Raízes secundárias são menores e pouco numerosas
• Apresentam nódulos pelo processo de infecção das raízes por bactérias do gênero Rhizobium e 
Bradyrhizobium
• Dependendo do gênero da leguminosa os nódulos podem localizar-se em maior concentração na raiz principal 
ou secundária
Caule 
• Suporte mecânico para os órgãos aéreos da planta (folhas, flores e frutos)
• Transporte de água e sais minerais das raízes para a parte aérea
• Transporte de açúcares, aminoácidos, hormônios e outros metabólitos
• Armazenamento de reservas e propagação vegetativa da planta
Caule nas gramíneas 
• Determina o hábito de crescimento das plantas
• São aéreos e do tipo colmo e dotado de nós e entre-nós cilíndricos
• Cada nó possui uma lâmina foliar e uma gema axilar correspondente
Caule nas leguminosas 
Os caules eretos podem ser:
• Herbáceos: Tenros, geralmente clorofilados flexíveis, não lignificados. Ex: Alfafa
 Os caules eretos podem ser:
• Lenhosos: Intensamente lignificados, rígidos, geralmente de grande porte e com um considerável 
aumento em diâmetro. Ex: Troncos das árvores
Herbáceo Lenhoso 
Colmo
• Determina o hábito de crescimento da planta
Ereto: Cresce perpendicular ao solo 
• Em algumas gramíneas os perfilhos crescem de forma agrupada formando touceiras
Ex: capim elefante
Decumbente: os colmos crescem encostados ao solo
• Não desenvolvem raízes nos nós
Ex: Brachiaria decumbens
Rasteiro ou estolonífero: São caules rasteiros que se desenvolvem junto à superfície do solo, produzindo 
raízes e parte aérea a partir dos nós
Ex: Cynodon sp. – Tifton 85
• Os nós na base da planta se acham muito próximos, separando-se visivelmenteà medida que se 
caminha para o ápice do vegetal
• Cada nó possui uma lâmina foliar e uma gema axilar correspondente
Cespitosas: Plantas com hábito de crescimento ereto e que formam touceiras.
 Ex: Panicum maximum cv. Tanzânia
Estolonífero
Cespitosas
Gema axilar
• Dá origem ao perfilho aéreo (lateral)
• Germina em condições específicas de ambiente e sem dominância apical
• Novo perfilho é clone do perfilho-mãe
• Menos vigorosos que os perfilhos que lhes são origem • Importante na propagação vegetativa
• Importante na propagação vegetativa 
Estolão 
• Caule de crescimento horizontal, que possui nós e entre-nós
• Se caracteriza por enraizar na região dos nós
• É um local de armazenamento de reservas orgânicas
• São diferentes dos rizomas, que além de subterrâneos são brancos e protegidos por escamas
Ex: Cynodon sp.:
• Parte basal do colmo aparecem as raízes adventícias, que emergem dos nós basilares
• Cada nó possui uma lâmina foliar e uma gema axilar correspondente
• A gema axilar pode desenvolver um novo indivíduo, denominado perfilho (ou afilho).
Importância do colmo no manejo de pastagens 
• A forma de crescimento aliada a altura do pseudocolmo possuem implicações sobre a tolerância 
das plantas à intensidade de desfolhação por meio de corte ou pastejo
• Garante parte dos nutrientes para a rebrotação da planta após a remoção da área foliar
• Assegura proteção ao meristema apical e fornece gemas que darão origem aos novos perfilhos
• Em plantas rizomatosas e estoloníferas, garante a habilidade de ocupar/colonizar espaços 
verticais e horizontais com melhor disponibilidade de fatores de crescimento (nutrientes, luz, etc.)
Rizoma
• Caule subterrâneo que armazena reservas orgânicas
• Podem ocorrer em gramíneas e leguminosas
• Tolerância das plantas à intensidade de desfolhação por meio de corte ou pastejo
• Garante parte dos nutrientes para rebrotação da planta após a remoção da área foliar
• Assegura a proteção do meristema apical e fornece gemas que darão origem aos novos perfilhos
• Em plantas rizomatosas e estoloníferas, garante a habilidade de ocupar/colonizar espaços 
verticais e horizontais com melhor disponibilidade de fatores de crescimento (nutrientes, luz, etc)
Folhas 
• Expansão laminar do caule que se insere na região dos nós
• Responsáveis pela fotossíntese e trocas gasosas com o meio
• Originam-se a partir dos primórdios foliares do meristema apical
Folhas nas gramíneas 
• Constituídas de lâmina foliar ou limbo e bainha
• Lâmina foliar: Lanceolada, com nervuras paralelas (presença da nervura principal), glabras (sem 
pelos) ou não, margem comumente ciliadas ou serreadas
• Bainha: nasce no nó e envolve o entre-nó formando um cartucho, dentro do qual as folhas mais 
novas irão se desenvolver 
• Colar: Ponto de junção da lâmina foliar com a bainha, com função de propiciar o movimento da 
lâmina foliar
• Lígula: Ponto de junção da lâmina foliar com a bainha, com função de proteção da gema contra o 
ataque de insetos e excesso de umidade. A lígula pode ser pilosa ou membranosa
Folha nas leguminosas 
• Constituída de lâmina foliar composta por folíolos (foliólulos), pecíolo (peciólulo), podendo 
apresentar pulvino e estípulas
Tipos de lâmina foliar:
• Simples: Quando o limbo é único
• Composta: Quando o limbo se subdivide em folíolos
• Trifoliolada: Quando a folha apresenta apenas três folíolos. Ex: Siratro e Centrosema
Simples - Composta - Trifoliada 
Inflorescência nas gramíneas 
Os três principais tipos de inflorescência de gramíneas são:
• Racemo ou cacho: flores pediceladas 
• Espiga : Flores sésseis, ou seja, inseridas no eixo principal da inflorescência sem pedúnculo
• Panícula: um eixo principal sustenta dois ou mais eixos laterais 
Flores nas leguminosas 
• As estruturas reprodutivas localizam-se no interior da quilha
• A polinização depende essencialmente da ação de insetos e pode ser autógama (auto-polinização) ou não
As inflorescências mais comuns são:
• Espiga (amendoim forrageiro, Belmonte e estilosantes)
• Rácemo (siratro)
• Umbela (cornichão)
• Capítulo (trevos)
Frutos nas gramíneas 
• A função primordial dos frutos é a proteção da semente em desenvolvimento
• O fruto é uma cariopse, seco, deiscente (libera a semente quando maduro)
Frutos nas leguminosas 
• Legume (vagem) – fruto típico da família, seco, deiscente (libera a semente quando maduro)
• Lomento – seco, indeiscente, que apresenta compartimento dividido em septos transversais entre 
as sementes, por onde ocorre a separação das mesmas na maturação. Ex: Desmodium sp.
• Outros tipos de frutos também são encontrados na família, como drupas (Andira), sâmaras 
(Machaerium), legumes samaróides (Dalbergia), craspédios (Mimosa)
Fisiologia das plantas forrageiras 
Crescimento e desenvolvimento
• São processos distintos, mas que se relacionam, ou seja, a planta cresce e também se desenvolve
• Conhecer como ocorre o desenvolvimento do pasto sob distintas condições de ambiente é a base para 
proposição de estratégias de manejo
Crescimento
• É condicionado à obtenção de energia da radiação solar, por meio da intercepção e utilização no processo de 
fotossíntese.
• Conjunto de processos que ocorrem em níveis distintos:
• Crescimento de perfilho individual
• Equilíbrio entre as taxas de crescimento e de envelhecimento foliar
• Inicial
• Meristema próximo ao nível do solo
• Pseudocolmo (PC) curto
• Folhas novas permanecem menos tempo dentro do PC
• Folhas são pequenas e aparecem mais rápido
• Perfilhos pequenos
• Meristema apical
• Encontra-se próximo do nível do solo, no ápice da raiz ou no caule das plantas
• Desenvolvimento: Competição por luz ou período reprodutivo
• Crescimento
• Processo contínuo até atingir o número máximo de folhas
• O número de folhas vivas (NFV) é determinado geneticamente
• Após atingir NFV, a folha mais velha morre a cada nova folha
• Nessa fase se inicia o processo de senescência
• Essa dinâmica também determina a duração de vida das folhas (DVF)
• Uma planta é capaz de manter 3 folhas vivas por perfilho
• A duração de vida de cada folha é de 45 dias
• Quando o perfilho é capaz de produzir os assimilados suficientes para suas necessidades e ainda há sobra 
de nutrientes, as gemas axilares presentes em cada folha podem originar um novo perfilho
Característica da morfogênese 
1. Taxa de aparecimento de folhas (TApF): É o número de folhas que aparece 
em cada perfilho por unidade de tempo
• Unidade: folha/perfilho.dia
• Influenciada: pelo corte/pastejo, tamanho da folha, densidade 
populacional de perfilhos e número de folhas por perfilho
• Relação inversa com a altura do pasto
• Há menores TApF durante a fase de rebrotação
• Aumenta TApF no estabelecimento
• O suprimento de N resulta em aumento na TApF
2. Taxa de alongamento das folhas (TAlF): Representa o crescimento das 
folhas em um perfilho, sendo expressa como cm/perfilho por dia
• O alongamento da folha continua até que ocorra o aparecimento da lígula, 
formando a folha madura
• Metade da massa seca depositada na zona de alongamento é componente 
estrutural a outra metade é de carboidratos solúveis
• O N é também depositado → zona de alongamento foliar, com máxima 
deposição ocorrendo na zona de divisão celular
• O estádio final do alongamento ocorre quando a divisão celular é 
paralisada na base da lâmina foliar
• Como o suprimento de novas células para, o crescimento foliar é cessado e 
as células mais velhas alcançam o comprimento final.
• A zona de alongamento é reduzida, levando a taxa de alongamento a 
diminuir até que as células alcancem seu comprimento final e o 
alongamento cesse
Fatores que afetam a taxa de alongamento das folhas (TAlF):
• Déficit hídrico: A planta cessa o alongamento de folhas e raízes muito 
antes de os processos de fotossíntese e divisão de células serem afetados
• Nutrientes no solo: Afetada pelo teor de nutrientes do solo, principalmente 
o de N
3. Duração de vida da folha (DVF): Equilíbrio entre o fluxo de crescimento e o 
fluxo de senescência
• É o intervalo de tempono qual uma dada folha permanece verde e é ela 
que determina o número máximo de folhas vivas por perfilho
• As folhas de gramíneas são de vida útil limitada, quando alcançam o seu 
tamanho final, elas permanecem no perfilho por certo período, e depois 
morrem
• O tempo de vida das folhas é limitado e determinado por características 
GENÉTICAS e influenciado por fatores de AMBIENTE e de MANEJO
Estágios de crescimento das folhas:
• Adultas: Totalmente expandidas, cujas lígulas estão expostas
• Emergentes: Ápice encontra-se acima da última folha completamente 
expandida
• Expansão: Envolvidas pelas bainhas das folhas mais velhas
Taxa de senescência foliar:
• Após um certo tempo a folha torna-se senescente, perdendo sua cor 
verde e algumas substâncias que podem ser translocadas para outras 
partes da planta, e então, morre
• Qualquer prática de manejo que resulte em redução da 
disponibilidade de fatores de crescimento, principalmente luz, pode 
ocasionar incremento no processo de senescência das folhas reduzindo 
sua longevidade
• O processo de senescência se inicia no ápice da folha, que é a parte 
mais velha, e se estende para a base
• O processo de amarelecimento e eventualmente escurecimento (cor 
marrom), e a desidratação são os primeiros sinais visíveis de 
senescência foliar
• É expressa em cm/perfilho.dia
• Nos estádios iniciais do processo de senescência, parte dos 
constituintes celulares são mobilizados e redistribuídos, mas a maioria 
é usada na própria respiração do órgão senescente
Taxa de alongamento do colmo
• Expressa em cm/perfilho.dia
• Processo natural em gramíneas tropicais
• Fatores ambientais que determinam e influenciam o crescimento das 
plantas são:
Modificáveis:
• Água
• Nutrientes
• Pastejo
Não modificáveis:
• Temperatura
• Radiação
• Alteração da estrutura e forma da planta
• Inclui processos de iniciação (morfogênese) de um órgão, até a 
diferenciação, incluindo a senescência
• Estádios identificáveis durante seu ciclo de vida
Fatores abióticos
• Luminosidade 
Seres fotoautótrofos
Radiação fotossinteticamente ativa (RFA): 400 a 700 nm
Representa a quantidade de radiação solar potencialmente disponível • 
Atuação sobre as moléculas de clorofila
• Temperatura
Fator determinante na distribuição, adaptabilidade e produtividade
Processos metabólicos são controlados por enzimas
Enzimas são catalisadas sob efeito da temperatura
• Altas temperaturas 
• Não pode haver estresse hídrico
• Forrageiras aumentam a taxa de aparecimento (TApF) e o alongamento das folhas (TAIF)
• Baixas temperaturas 
• Os carboidratos produzidos pela fotossíntese são pouco utilizados para crescimento de folhas
• Estímulo do acúmulo de fotoassimilados em órgãos de reserva (base dos colmos, estolões e raízes)
• Disponibilidade hídrica
• Não é considerada uma fonte de crescimento
• Meio de dissipar o excesso de energia solar recebida pelas folhas
• Evitar superaquecimento, degeneração e dessecação dos tecidos vegetais
• Nitrogênio
• Acelera as taxas de aparecimento e alongamento de folhas
• Estímulo do perfilhamento
• Aceleração do crescimento
Fotossíntese 
• Processo físico-químico, mediante o qual os organismos fotossintéticos sintetizam compostos 
orgânicos a partir de matéria-prima inorgânica, usando a energia proveniente da luz solar
• Principal meio da planta garantir sua perenidade 
• Ocorre em: Folhas-Mesófilo-Cloroplasto-Clorofila
• Processo difuso
• Transporte de CO2 do ar até os centros de carboxilação no cloroplasto 
• Resistência: Ar, estômato, cutícula, espaço intercelular e mesófilo
• Processo fotoquímico
• Radiação fotossinteticamente ativa
• Ocorre nos tilacóides
• A luz é formada por fótons que é absorvida pelos pigmentos: CLOROFILA
• Pigmentos estão nos cloroplastos
• Clorofila fica em estado excitado
• Funcionam como complexo antena:
• Coletando luz e transferindo a energia para o complexo dos centros de reação
• Reações químicas de oxidação da água
• Processo bioquímico
• O CO2 é fixado e reduzido a carboidratos
Existem três rotas:
• Ciclo de Calvin-Benson ou Ciclo do C3
• Ciclo Hatch-Slack ou Ciclo do C4
• Metabolismo Ácido das Crassuláceas (CAM)
• Grupos fotossintéticos
Grupo C3: Gramíneas temperadas e leguminosas
Grupo C4: Gramíneas tropicais
Grupo CAM: Gramíneas de clima árido ou semi-árido.
Grupo C3
• Nas forrageiras do tipo C3, a ribulose 1,5 bifosfato 
(RuBP) reage com o CO2 originando duas moléculas de 
ácido 3 fosfoglicérico (APG)
• A designação de plantas C3 decorre do fato do APG, o 
primeiro produto da reação de fixação de CO2, ser 
constituído por três átomos de carbono (Ciclo de Calvin)
Grupo C4
• Nas forrageiras do tipo C4, o CO2 reage inicialmente com o ácido 
fosfoenolpirúvico, numa reação catalisada pela enzima PEP carboxilase, 
produzindo produzindo ácido oxaloacético (ácido com quatro átomos de 
Carbono)
• Em uma etapa intermediária ocorre a conversão do ácido oxaloacético em ácido 
fosfoenolpirúvico com liberação de CO2, e este é refixado no ciclo de Calvin
Grupo CAM
• Abrem os estômatos (troca de gases e água entre a folha e o meio) à noite e os 
fecham durante o dia
• Mecanismo de adaptação em regiões áridas para minimizar a perda de água • 
O mecanismo de fixação de CO2 é similar ao mecanismo das forrageiras C4
• Famílias: Agaváceas, Bromeliáceas, Cactáceas, Crassuláceas, Orquidáceas
Fotossíntese - Fatores que interferem:
• Presença de água: Estresse hídrico→Fechamento dos estômatos
• Nutrientes minerais: Nitrogênio (proteínas e clorofila)
• Temperatura tolerada pelas enzimas: > O2:CO2 no cloroplasto
• Luminosidade: RFA = 400-700nm = 45% da radiação total
Fotorespiracão 
• A fotossíntese nas plantas C3 é sempre acompanhada pela fotorrespiração
• Processo que consome O2 e libera CO2 em presença de luz
• Processo metabólico que é resultado da falta de especificidade da Rubisco
• Ausência de fotorrespiração em C4
Diferenças entre C3 e C4
 Plantas C3
• Melhor qualidade em termos de digestibilidade, consumo e teor de PB
• Maior degradação ruminal
• Tecidos rapidamente digeridos na lâmina foliar: • C3: 80 – 85% do total dos 
tecidos
• C4: 30 – 35% do total dos tecidos
Plantas C4
• Maior eficiência fotossintética
• Maior produção de MS, porém qualidade inferior
• As laminas foliares mais compridas das gramíneas tropicais requerem forte 
estrutura de suporte, que é promovido pelo esclerênquima e tecido vascular 
associados que são altamente lignificados
• São mais eficientes na utilização do N porque não precisam de grandes 
quantidades de rubisco
• Em maior temperatura, a fotossíntese é mais eficiente
• Fecham estômatos nas horas mais quentes do dia e economizam CO2 e H2O
Introdução a bromatologia 
Compostos químicos dos alimentos 
• Água
• Carboidratos
• Lipídios
• Proteínas
• Minerais
Em alguns casos mais específicos, faz-se necessária a determinação de componentes individuais nos alimentos
• Metais, principalmente metais pesados
• Açúcares
• Aminoácidos específicos
• Aflatoxinas
• Entre outros
Conceitos 
Dieta: Mistura de alimentos ou ingredientes usada para suprir nutrientes para um animal
Ração: Alimentos ou dietas fornecidas diariamente aos animais
Nutrição: Estudo das exigências nutricionais visando atender as necessidades nutricionais, específicas para 
cada sp. e categoria animal
Alimentação: Práticas de seleção e preparo dos alimentos e manejo de fornecimento, com a finalidade de 
alimentar os animais
Alimento: Toda a substância ou mistura de substância, que ingerida pelos animais fornecem ao organismo os 
elementos normais à formação, manutenção e desenvolvimento
Ex. milho, farelo de soja, aveia, farinhas de origem animal, carne, leite, ovos
• Substância que contém um ou mais nutrientes – geralmente um grupo
• Deve ser livre de elementos tóxicos e apresentar boa palatabilidade
• Podem ser de origem vegetal ou animal, bem como seus subprodutos
Aditivos: Substâncias adicionadas às rações com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas 
propriedades, desde que não prejudique o seu valor nutritivo
Devem:• Influir positivamente nos produtos destinados à alimentação animal, na produtividade dos animais ou 
dos produtos de origem animal
• Ser economicamente viável
• Ser atuante em pequenas dosagens (respeitar dosagem fixada)
• Ser previamente autorizado e registrado pela autoridade competente do MAPA
Não deve:
• Apresentar risco comprovado cientificamente para a saúde animal e humana ou o meio ambiente nas 
doses indicadas
• Destinar-se a encobrir alteração ou adulteração na matéria-prima ou do produto acabado
• Não apresentar resistência cruzada com outros microingredientes contidos na ração
Grupo de aditivos 
• Tecnológicos 
• Sensoriais
• Nutricionais 
• Zootécnicos
Suplementos minerais: Misturas minerais adicionadas às rações para complementar as deficiências dos 
alimentos
• Composição estrutural dos órgãos e dos tecidos
• Constituintes dos tecidos e fluidos corporais
• Catalisadores de sistemas enzimáticos e hormonais 
Macrominerais: 
• Cálcio (Ca)
• Fósforo (P)
• Magnésio (Mg)
• Sódio (Na)
• Potássio (K)
• Enxofre (S)
• Cloro (Cl).
Microminerais:
• Ferro (Fe)
• Zinco(Zn)
• Cobre(Cu)
• Molibdênio (Mo)
• Selênio (S)
• Iodo(I)
• Manganês (Mn)
• Cobalto (Co)
Suplementos vitamínicos: Misturas vitamínicas adicionadas às rações para complementar as deficiências dos 
alimentos
• Lipossolúveis: Vitaminas A, D, E e K
• Hidrossolúveis: Vitaminas do Complexo B
Técnicas de amostragem 
Amostragem
• Ponto muito importante na análise de alimentos
• Obter amostras representativas da média do material a ser analisado
• Caso não seja efetuada corretamente, os resultados das análises não corresponderão a composição do 
material
• Erros cometidos na amostragem não poderão ser retificados ou compensados, por mais cuidadosas que 
venham ser as análises futuras
Tipos de amostra 
• Amostras parciais colhidas em diferentes pontos do local de interesse
• Amostra composta: Soma das amostras parciais
• Amostra média: Retirada da amostra composta, após homogeneização
As amostras parciais devem ser do mesmo tamanho
Material para estudo:
• Amostra média é aquela enviada ao laboratório
• Desta, retira-se uma alíquota que é a amostra laboratorial 
Pontos a serem observados 
• Presença de carunchos ou larvas de insetos que possam infestar matéria prima
• Existência de materiais estranhos ao produto, contaminação por cimento, fertilizantes, excrementos de 
roedores ou pássaros
• Aquecimento, manifestação de altas temperaturas ou ainda pontos que indiquem queima do produto
• Presença de odores estranhos: decompostos, produtos químicos animais
• Existência de desenvolvimento microbiológico
• Indícios de fermentação
Pastagem 
• Terreno desigual: todas as áreas devem ser percorridas
• Cobrir sempre: as manchas de fertilidade, acidentes topográficos, nascentes, dentre outras, respeitando-se a 
proporcionalidade
Método do quadrado
• Lançar ao acaso, na pastagem, uma moldura de ferro ou de madeira de área conhecida
• Corta-se todas as plantas, com a base radicular dentro do quadrado
• Pastejo simulado
Pastejo contínuo
• Estabelecer linhas (transceptas) a partir de determinados pontos, e assim dividir a área
• Retirar amostras ao longo das transceptas
• No mínimo de 10 a 12 amostras por hectare
Pastejo rotacionado
• Coletar amostras em cada piquete, geralmente, antes e depois da entrada dos animais
Não amostrar:
• Antes da evaporação total do orvalho
• Perto de comedouro, bebedouros, cocho de sal e cercas
• Sob árvores 
Feno enfardado
• Retirar amostra do centro
• Coletar no mínimo 5% em relação ao total • Quantidade de amostras variável
Quantidade a ser amostrada:
• Lotes até 10 fardos: Amostrar todos
• Lotes com 11 a 100 fardos: Amostrar 10
• Lotes com + de 100 fardos: Número de fardos Ex. 30 fardos de um lote de 900 fardo
Feno a granel
• Retirar amostras de todos os pontos possíveis
• Medas
Silagem 
• Amostrar nos vários locais do silo: Superfície, meio, inferior e laterais
• A composição do silo pode variar nas diferentes profundidades da massa ensilada
• Amostras de aproximadamente 3 kg
• Método de quarteamento
Produtos ensacados: 
• Utilização de calador simples ou de parede dupla
• Revolver a embalagem de maneira a homogeneizar o seu conteúdo
• Introduzir o calador no sentido diagonal, abrangendo as partes superior, média e inferior da embalagem 
(segregação de partículas)
• Não colher amostras de embalagens danificadas
Quantidade de amostras parciais:
• ≤ 5 embalagens: amostrar todas
• 6–50:mínimo5
• 51 – 200: mínimo 10
• > 200: 5%
• Produtos a granel e forragens: amostrar ±10 pontos diferente
Produtos transportados a granel
• Uso da sonda de profundidade
• Medidas: profundidade de 1,6 m x 5 cm de diâmetro
• Coletar intercalando posições vertical inclinada da sonda (Zig zag)
• Durante o transporte de produtos a granel existe tendência de partículas mais leves permanecerem na 
parte superior da carroceria e as mais pesadas na parte inferior
• Vagões ou caminhões de até 15t, cinco pontos de amostragem
• Vagões para 15 a 30t, oito pontos de amostrarem
• Vagões para 30 a 50t, onze pontos de amostragem
Amostragem 
• Volumosos suculentos: 3 kg de amostra úmida
• Volumosos secos: ± 1 kg
• Grãos inteiros: 0,5 kg
• Farelos e farinhas: 250 g
• Raízes e tubérculos: 10 kg
• Após coletadas, amostras devem ser acondicionadas em sacos plásticos ou de papel e transportadas 
imediatamente ao laboratório
• Evitar alteração de umidade do material durante transporte, principalmente de forragem fresca e evitar 
ocorrência de fermentação
Acondicionamento em embalagem apropriada: resistente e não contaminante
• Identificação Do Produto
• Origem
• Data de coleta
• Responsável
• Análise requeridas
• Contato
• Eventuais Observações
Amostragem
• Perda de umidade - Resultados em MS
• Conservação em congelador
Preparação de uma amostra para procedimentos analíticos:
• Conversão de uma amostra em material homogêneo, satisfatório para análise
• Envolve, geralmente, secagem e/ou moagem
Classificação das amostras 
• Suficientemente secas (90% MS) para serem finamente moídas e analisadas imediatamente
• Suficientemente secas para serem grosseiramente moídas, mas ainda muito úmidas (85% MS), 
necessitando pré-secagem antes de serem finamente moídas
• Amostras que precisam ser pré-secas antes de serem grosseiramente moídas
Preparo das amostras
• Forragens verdes, raízes, tubérculos: deverão ser cortados, inicialmente com tesoura de poda ou picador de 
forragem laboratorial
• Grãos: devem ser grosseiramente triturados em moinhos adequados
• Forragens ensiladas e as rações fareladas: raramente necessitam de trituração prévia
• Moagem eficiente: obtenção de pó fino
Calagem e adubação de pastagens 
Pastagem gdegradada
• Queda acentuada e contínua da produtividade da pastagem, no decorrer do tempo
 Como saber se a pastagem está degradando?
• Queda da produção e qualidade, aumento de plantas invasoras.
Ciclagem dos nutrientes 
• Manutenção do equilíbrio no sistema solo-planta-animal
• Nutrientes extraídos pelos animais devem ser repostos
• Parte dos nutrientes extraídos pelo animal, ao consumir a forragem, fica retido no produto (cerca de 10% na 
carne e 25% no leite)
• De 35% a 85% dos nutrientes retornam ao solo pelas fezes, urinas ou decomposição da planta 
• Apenas 10 a 20% dos nutrientes é efetivamente reciclado e fica disponível, novamente, para a planta
As perdas de nutrientes são maiores quando:
• Há pouca matéria orgânica no solo
• Elevada proporção de solo desnudo e pouca cobertura vegetal
• Pastagens mal manejadas, particularmente quando ocorre superpastejo
Assim, para mantermos as pastagens produtivas, é necessário repor os nutrientes, 
através da adubação do solo 
*
Adubação 
• A adubação deve ser realizada nas épocas de maior potencial de resposta da planta e quando há água 
disponível para solubilização e absorção dos nutrientes
• Deve-se ter em mente que a prática da adubação não muda o fato de que as pastagens irão produzir menos 
nas épocas frias e/ou secas do ano
Exigências das espécies forrageiras 
Grupo I– Espécies exigentes em fertilidade de solo
• Cultivares e híbridos de Panicum maximum:
Aruana, Tanzânia, Centenário, Colonião, Vencedor, Tobiatã, Massai, BRS Quênia, BRS Zuri, BRS Tamani, MG12 
Paredão
• Cultivares e híbridos do gênero Cynodon:
Coastcross, tiftons, Jiggs
• Cultivares e híbridos de Pennisetum purpureum: 
Napier, Cameroon, Anão, Guaçu, Mineiro, BRS Capiaçu e BRS Kurumi 
• Outros:
Mulato II (Convert HD364), Capim Rhodes (Chloris gayana), Jaraguá (Hyparrenia rufa), Pangola e transvala 
(Digitaria decumbens), Quicuio (Pennisetum clandestinum)
Grupo II – Espécies moderadamente exigentes em fertilidade de solo
• Cultivares de Panicum maximum:
Greenpanic, Mombaça
• Cultivares de Brachiaria brizantha:
Marandu, Xaraés, BRS Piatã, paiaguás, MG13 Braúna, BRS Ipyporã
• Cultivares e híbridos do gênero Cynodon:
Cynodon plectostachyus e cultivares e híbridos do grupo “Estrelas” 
• Outros:
Brachiaria ruziziensis, Andropogon gayanus (Andropogon), Paspalum guenoarum (Ramirez)
Grupo III – Espécies pouco exigentes em fertilidade de solo
• Cultivares de Brachiaria decumbes:
Comum, Basilisk, Ipean
• Cultivares de Brachiaria humidicola:
Comum (Quicuio da Amazônia), Tupi, Dictyoneura/Lianero 
• Outros:
Paspalum notatum (Batatais ou Gramão, Pensacola), Melinis minutiflora (Gordura), Setaria anceps (Setária)
Por onde começar?
1. Análise de solo
• Corrigir as deficiências do solo, com práticas corretivas 
• Áreas uniformes de até 10 hectares
2. 15 a 20 amostras
• Profundidade de 20 cm
• Limpeza da superfície dos locais escolhidos, removendo as folhas e outros detritos 
• Homogeneizar e retirar uma amostra final de 500 g
Macronutrientes
1. Primários 
• Nitrogênio (N)
• Fósforo (P)
• Potássio (K) 
2. Secundários 
• Enxofre (S)
• Cálcio (Ca)
• Magnésio (Mg)
Micronutrientes 
• Boro (B) 
• Cloro (CI)
• Cobre (Cu)
• Ferro (Fe)
• Manganês (Mn)
• Molibdênio (Mo)
• Níquel (NI)
• Silício (Si)
• Zinco (Zn)
Práticas corretivas 
• CALAGEM =corrige deficiência de pH e fornece Ca + Mg
• GESSAGEM = fornece Ca + S e neutraliza alumínio tóxico
• FOSFATAGEM= corrige deficiência de P 
• POTASSATAGEM = corrige deficiência de K
Adubação 
• Correção total
• Correção gradual (A cada três anos)
• Adubação de manutenção (Anualmente)
• Adubação de reposição
Fertilizantes 
• Substância orgânica ou mineral, natural ou sintética, que pode fornecer um ou mais nutrientes 
para as plantas
Tipos de fertilizantes 
Sintético
• Sais inorgânicos de diferentes solubilidades
• Simples: Somente uma substância (ureia)
• Misto: Várias substâncias (NPK)
• Complexos: Vários nutrientes em um mesmo grânulo 
• Excessos: Salinização do solo
Verdes
• Plantas utilizadas para melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo (ex: nabo)
• Leguminosas são mais utilizadas porque se decompõe mais rápido, e são capazes de se associar à 
bactérias fixadoras que transferem o N para o solo
• Causa a descompactação do solo 
Orgânico
• Origem vegetal ou animal, sólidos ou líquidos, como esterco, cama de aviário, farinhas, cascas e 
restos de vegetais
• Devem passar por um processo de compostagem, para que os nutrientes possam ser 
disponibilizados às plantas
Calagem 
• Solos brasileiros→Baixo pH (solos ácidos) e altos teores de alumínio e 
manganês, que podem ser tóxicos as plantas
• Solo que não possua um pH adequado, a adubação não será efetiva. É 
preciso realizar a calagem antes
• Aplicação de calcário
• PRNT (Poder Relativo Neutralizante Total)→Indica a pureza, quanto 
melhor a qualidade do calcário, menor a quantidade a ser aplicada
• Calcítico - feito de carbonato, onde neutraliza a acidez 
• Dolomítico - fornece magnésio em grande quantidade 
• Quando o teor de magnésio do solo estiver abaixo de 5 mmolC/dm3 
deve -se dar preferência para uso de calcário dolomítico
Importante 
A ação do calcário não é imediata, sua aplicação deve ser 
realizada no mínimo 3 meses de antecedência 
Aplicação 
• Uso de um implemento agrícola ou pode ser espalhado manualmente
• Em pastagens já estabelecidas, a melhor forma de aplicar o calcário é 
em lanço, sem incorporação, onde não haverá prejuízo ao sistema das 
plantas 
Dose máxima 
• Em solos argilosos até 2,5 ton/ha
• Em solos argiloso-arenoso e arenoso até 2,0 ton/ha
• Doses elevadas podem causar desequilíbrio nutricional nas plantas e 
indisponibilizar micronutrientes metálicos (Cu, Fe, Zn e Mn)
• Caso sua análise de solo indique a necessidade de doses elevadas, faça 
uma correção gradual ao longo de dois ou três anos
• Permite elevar a saturação de bases do solo (V%)
Gessagem 
• O gesso (CaSO4 – sulfato de cálcio) é considerado um condicionador de 
solo, ou seja, promove a melhoria das propriedades físico-químicas e 
favorece a atividade biológica do solo
• A gessagem propicia o desenvolvimento das raízes até camadas mais 
profundas. Isso faz com que tenham acesso a maior volume de água e 
nutrientes.
Aplicação 
• Pode ser aplicado em lanço antes, junto ou depois da calagem
Não há necessidade de incorporação
Em qualquer época do ano, mas o ideal é antes do início da estação chuvosa.
Fósforo 
• Desempenha uma importante função no desenvolvimento do sistema 
radicular, além de auxiliar na maximização do perfilhamento das 
gramíneas
• Os adubos fosfatados são classificados de acordo com sua solubilidade 
em água
Fosfatagem
• Em solos ácidos, o P é facilmente fixado (devido à acidez). Além disso, na presença Fe e Al, formam-se 
compostos insolúveis entre esses elementos que torna o P não disponível para as plantas
• Estima-se que do P aplicado no solo, a planta aproveita apenas de 15 a 25%. Daí, a necessidade de ser feita 
calagem prévia para corrigir a acidez do solo
• Em pastagens estabelecidas, a fosfatagem é feita em lanço e em cobertura. Mas, fosfatagem no plantio ou 
semeadura, é interessante que se faça uma incorporação, pois o P é pouco móvel no solo e precisa de contato 
com a raíz para ser absorvido
Sintomas de deficiência: 
• Folhas mais velhas pequenas.
• Deficiência resulta em reduzido crescimento radicular e perfilhamento da pastagem.
Potassagem
• Recomenda-se que os teores de K trocável no solo (resina), em mmolc/dm3, estejam acima de 3
• A aplicação, em uma única vez, de doses maiores que 100 kg/ha de K2O não é recomendada, pois altas 
quantidades de K podem ser perdidas por lixiviação
• Áreas previamente e ocupadas por milho ou cana e que não receberam adubações periódicas ou que possuíam 
elevados rendimentos das culturas, podem ser muito pobres em K
Nitrogênio 
• Participa dos mecanismos fisiológicos relacionados ao aumento da produção de matéria seca, pois estimula 
aumento do número e tamanho de perfilhos.
• É um dos maiores limitantes para a produção de forragem. Devido a sua alta mobilidade e utilização, este 
deve ser reposto ao solo após cada pastejo ou a cada 30 dias
• Fora a fixação do N2 atmosférico no solo por meio das bactérias ou dos relâmpagos, podemos utilizar fontes 
orgânicas (leguminosas) ou sintéticas
Principais fertilizantes sintéticos 
• Ureia (45% de N)
• Sulfato de amônio (21% de N)
• Nitrato de amônio (32% de N)
Aplicação 
• Preferencialmente, na época das águas, após cada ciclo de pastejo ou a cada 30 dias
• A primeira adubação de cobertura em pastagens é feita de 45 a 60 dias após a semeadura
• Realizada em lanço e de maneira uniforme em toda a área
• Em pastagens já estabelecidas, a primeira dose deve ser aplicada após as primeiras chuvas da estação de 
crescimento
• Um detalhe importante a ser observado quando se aplica a uréia, é a necessidade de umidade no solo para 
evitar perdas do N por volatilização
Sintomas da deficiência 
• Apresenta as folhas mais velhas amareladas
• Diminuição na quantidade e tamanho de folhas
• Crescimento reduzido, devido ao menor perfilhamento, e menor valor nutritivo para o animal
Potássio 
• Segundo elemento extraído em maior quantidade pelos vegetais e é extremamente móvel dentro da planta
• É presente em quase todos os processos bioquímicos e fisiológicos das plantas, incluindo a regulaçãoda pressão 
osmótica, abertura e fechamento de estômatos, fotossíntese, resistência ao frio e doenças
• O K deve alcançar as raízes para que seja absorvido. Esse processo requer umidade no solo e crescimento 
radicular para o bom suprimento do nutriente às plantas
• O sistema radicular, em plantas deficientes em potássio, será menos profundo e pouco desenvolvido, o que 
prejudicará a absorção de água e nutrientes
• Folhas mais velhas apresentam clorose nas margens avançando para o centro da folha
Aplicação 
• Ocorre no sulco de plantio ou a lanço, antes do plantio
• Em pastagens perenes já estabelecidas é feita em cobertura sem incorporação, e a aplicação é feita em épocas 
nas quais as plantas já possuem sistema radicular bem desenvolvido
Enxofre
• É essencial na formação de proteínas na planta e para a nodulação em leguminosas, fazendo parte de alguns 
aminoácidos
• Auxilia, ainda, na produção de enzimas e vitaminas, ajuda na resistência ao frio e está envolvido também na 
fotossíntese da planta
• Pastagens tropicais normalmente não são adubadas com fontes específicas de S. Esse nutriente é fornecido ao 
solo junto com fontes de outros nutrientes, tais como sulfato de amônio, superfosfato simples ou junto ao gesso 
agrícola. Se essas fontes são utilizadas na adubação, a necessidade de S às pastagens já é suprida
Sintomas de deficiência 
• Sua deficiência ocorre em solos pobres em matéria orgânica (MO), pois 90 a 95% do S está na matéria 
orgânica do solo. 
• A deficiência de S em pastagens promove redução nos níveis de proteína da planta, as plantas produzem 
folhas pequenas, com entrenós curtos e colmos finos, resultando em menor produção de forragem.
• Folhas mais novas apresentam sinais de clorose (amarelecimento) e margens enroladas
Micronutrientes 
• O cultivo das pastagens em solos de baixa fertilidade, ou calagem frequente e o aumento da produtividade 
pela utilização de altas doses de adubos são fatores que têm favorecido o aumento das deficiências de 
micronutrientes
• Os micronutrientes são responsáveis por processos metabólicos e fenológicos, e ativadores enzimáticos e 
produção e regulação de fitormônios

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