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Prevalência de lesões limítrofes em exames citológicos cérvicovaginais impacto da vacinação contra o HPV

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
PREVALÊNCIA DE LESÕES LIMÍTROFES EM EXAMES CITOLÓGICOS 
CÉRVICOVAGINAIS: IMPACTO DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV 
 
 
FLÁVIA PINHEIRO CARRION 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2023 
 
 
 
FLÁVIA PINHEIRO CARRION 
 
 
PREVALÊNCIA DE LESÕES LIMÍTROFES EM EXAMES CITOLÓGICOS 
CÉRVICOVAGINAIS: IMPACTO DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta obra está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. 
Permite que outros distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam seu trabalho, mesmo 
comercialmente, desde que creditem a você pela criação original. Link dessa licença: 
creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode 
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLÁVIA PINHEIRO CARRION 
 
PREVALÊNCIA DE LESÕES LIMÍTROFES EM EXAMES CITOLÓGICOS 
CÉRVICOVAGINAIS: IMPACTO DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV 
 
 
Aprovada em: 08 / 12 /2023. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Profª. Dra. Deyse de Souza Dantas 
Orientadora (DACT/UFRN) 
 
 
 
 
Me. Andreza Conceição Veras de Aguiar 
Membro Interno (DMOR/UFRN) 
 
 
 
 
Profº Dr. Carlos Alfredo Galindo Blaha 
Membro interno (DBG/UFRN) 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, em formato de 
monografia, ao Curso de Graduação de Biomedicina da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito 
para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Gratidão sempre! Uma celebração a cada dia! Minha eterna gratidão à Deus, ao Universo e a 
todos os presentes que recebi: A VIDA, meus pais, meu companheiro de jornada, os amigos de 
perto e de longe, os de sempre e os de agora, os mais chegados e os nem tanto, meus professores, 
os lugares que vivi, as famílias que ganhei, os que me adotaram como filha, irmã, prima, tia, 
sobrinha, cunhada; as oportunidades que abracei (e me abraçaram), cada aprendizado que 
conquistei na fluidez da vida ou nos perrengues cotidianos. Meus sinceros agradecimentos a 
cada um de vocês que fizeram e fazem parte dessa história que tenho para contar, por cada 
incentivo, palavra, gesto, orelhas, ombros. Obrigada por tudo, por todos e pela significância 
desse tanto, desse muito que recebi! Também me cabem desculpas por este texto tão fora dos 
padrões, mas do meu jeito, e essa sou eu! E sou quem sou e cheguei até aqui graças à cada um 
de vocês que me ensinou, cada um à sua maneira, a ser eu mesma, e com toda verdade alcançar 
muitas conquistas. Deixo aqui minha gratidão, todo meu coração, meu reconhecimento e honra 
de ter tido a oportunidade de recebê-los em minha vida! 
 
 
 
RESUMO 
Introdução: O exame Papanicolau é essencial no rastreio para o câncer de colo uterino e 
diagnóstico precoce, no entanto, muitas mulheres não realizam o exame citológico e/ou não 
mantêm o devido acompanhamento e tratamento, se necessário. Em relação à vacinação, há 
uma discrepância entre o número de pessoas aptas receber o imunizante contra o HPV e àquelas 
que realmente receberam o esquema vacinal completo. O presente estudo torna-se de grande 
importância para corroborar com o fato de que a vacinação contra o HPV gera um forte impacto 
nos resultados citopatológicos da população e na evolução do câncer cervical. Objetivo Geral: 
Estimar a prevalência das lesões limítrofes encontradas em exames citológicos cérvicovaginais 
em paralelo com os dados vacinais da população mundial e brasileira, observando o impacto da 
vacina contra HPV. Objetivos Específicos: Obter dados sobre a prevalência de atipias celulares 
e lesões teciduais, respectivamente, ASC-US, ASC-H, ACG e LSIL, HSIL; relacionar com 
informações sobre a população vacinada no Brasil e no mundo; contextualizar o período 
avaliado; identificar possíveis lacunas; traçar projeções e estudos futuros. Metodologia: Estudo 
transversal retrospectivo baseado em artigos dos bancos de dados Medline, Web of Science e 
Lilacs, de pesquisas publicadas de 2018 a 2022. Utilização do operador booleano “OR”, com 
os seguintes descritores e palavras-chave: “asc-us”, “asc-h”, “atypical glandular cells”, “lsil”, 
“hsil”. Bem como o levantamento de dados vacinais contra HPV desde 2012 no site da 
Organização Mundial de Saúde. Resultados: Incluídos 145 dos 1658 artigos de 2018 a 2022 
com prevalência de 52% ASC-US, 4% ASC-H, 6% ACG, 20% LSIL, 17% HSIL, 1% CA e, 
58% e 11% de vacinados no Brasil e no mundo, respectivamente. Conclusão: Os dados 
encontrados demonstram prevalência dos principais achados citopatológicos LSIL, seguida de 
HSIL. Isso traz à tona a importância e impacto da realização do preventivo e da vacinação na 
população feminina e masculina, bem como a necessidade de mais estudos acerca dos 
protocolos de identificação, rastreio e imunização, de forma a preencher as lacunas que ainda 
se mantém como um dos cânceres que mais leva mulheres à óbito no Brasil e no mundo. 
Palavras-Chave: HPV; ASC-US; ASC-H; LSIL; HSIL; atypical glandular cells. 
 
 
ABSTRACT 
Introduction: The Papanicolaou test is essential for cervical cancer screening and early 
diagnosis; however, many women do not undergo cytological testing and/or fail to maintain 
proper follow-up and treatment if necessary. Regarding vaccination, there is a discrepancy 
between the number of eligible individuals for HPV immunization and those who have actually 
received the complete vaccination schedule. This study is of great importance to corroborate 
the fact that HPV vaccination has a significant impact on cytological results in the population 
and on the progression of cervical cancer. General Objective: To estimate the prevalence of 
borderline lesions found in cervicovaginal cytological exams in parallel with global and 
Brazilian vaccination data, observing the impact of the HPV vaccine. Specific Objectives: To 
obtain data on the prevalence of cellular atypias and tissue lesions, specifically ASC-US, ASC-
H, ACG, LSIL, HSIL; to relate this information to the vaccinated population in Brazil and 
worldwide; to contextualize the evaluated period; to identify possible gaps; to outline 
projections and future studies. Methodology: A retrospective cross-sectional study based on 
articles from the Medline, Web of Science, and Lilacs databases, covering research published 
from 2018 to 2022. The boolean operator "OR" was used with the following descriptors and 
keywords: "asc-us," "asc-h," "atypical glandular cells," "lsil," "hsil." Additionally, data on HPV 
vaccination since 2012 were collected from the World Health Organization website. Results: 
145 out of 1658 articles from 2018 to 2022 were included, showing a prevalence of 52% ASC-
US, 4% ASC-H, 6% ACG, 20% LSIL, 17% HSIL, 1% CA, 58%, and 11% vaccinated in Brazil 
and worldwide, respectively. Conclusion: The data found demonstrate the prevalence of the 
main cytological findings, LSIL followed by HSIL. This underscores the importance and impact 
of cervical screening and vaccination in the female and male populations, as well as the need 
for further studies on identification, screening, and immunization protocols to fill the gaps that 
still contribute to cervical cancer being one of the leading causes of death among women in 
Brazil and worldwide. Keywords: HPV; ASC-US; ASC-H; LSIL; HSIL; atypical glandular 
cells. 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
9Vhpv Vacina 9-Valente contra HPV 
α-HPV Alphapapillomavirus 
ASC-US Atipias de Células Escamosas de Significado Indeterminado 
ASC-H Atipias de Células Escamosas, não descartando Lesão de Alto Grau 
ACG Atipias de Células Glandulares (Atypical Glandular Cells) 
CA Carcinoma 
CCU Câncer de Colo do Útero 
CH Captura Híbrida 
E Early (Proteína Precoce) 
GCO Global CancerObservatory 
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana 
HPV Papilomavírus Humano 
HR-HPV HPV de Alto Risco (High Risk) 
HSIL Lesão Intraepitelial de Alto Grau 
HSPG Proteoglicano de Heparan Sulfato 
INCA Instituto Nacional do Câncer 
JEC Junção Escamocolunar 
L Later (Proteína Tardia) 
LSIL Lesão Intraepitelial de Baixo Grau 
LR-HPV HPV de Baixo Risco 
pRb Proteína do Retinoblastoma 
PCR Reação em Cadeia da Polimerase 
PNI Programa Nacional de Imunização 
SARS-CoV-2 Síndrome Respiratória Aguda causada por Coronavírus 
SUS Sistema Único de Saúde 
WHO Organização Mundial da Saúde 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Mapa genômico do HPV 16 ……………....................................……………........ 22 
Figura 2: Ciclo do HPV no epitélio escamoso ……..................................……............….… 23 
Figura 3. Oncoproteínas E6 e E7. …..............………….……...….....................................…. 25 
Figura 4. ASC-US. ……....................................……….……............................................…. 27 
Figura 5. ASC-H. ………………..........................................……….……….……............… 28 
Figura 6. ACG. …………......................................………….……………........................…. 29 
Figura 7. LSIL ………………....................................……………...……............…............. 29 
Figura 8. HSIL ………………....................................………….……...…......................…. 30 
Figura 9. Carcinoma ………………....................................…….……................……….…. 30 
Figura 10. Esquema Vacinal contra o HPV …….................…………….........................…. 33 
Figura 11. Achados Citopatológicos dos Últimos 5 anos ...................................................... 39 
Figura 12. Média móvel de Exames Citológicos, LSIL, HSIL E CA de 2018 a 2022 .......... 44 
Figura 13. Número de exames citopatológicos cérvicovaginais em mulheres de 25 a 64 anos 
realizados no SUS, Grandes Regiões (Brasil), 2016 a 2021 ................................................…. 45 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Desenho de Estudo …..................…………………………............…...............…. 19 
Tabela 2: Achados Citopatológicos 2018 ..............………………….................................…. 34 
Tabela 3: Achados Citopatológicos 2019......................………………....….....................…. 35 
Tabela 4: Achados Citopatológicos 2020………………...................................................…. 36 
Tabela 5: Achados Citopatológicos 2021 ....…………………………….........................…... 37 
Tabela 6: Achados Citopatológicos 2022 ....…………………………….........................…... 38 
Tabela 7: Dados Vacinais da População-Alvo Vacinada no Mundo ...................................... 40 
Tabela 8: Dados Vacinais da População-Alvo Vacinada no Brasil ........................................ 41 
Tabela 9: Resumo quantitativo por Ano de Exames e Principais Alterações ......................... 43 
Tabela 10: Dados de meninas e meninos, mulheres e homens vacinados de 2012 a 2022 
mundialmente contra o HPV .................................................................................................... 67 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Estimativa de Mortalidade de Mulheres no Brasil ….......................................…. 31 
Gráfico 2: Estimativa de Mortalidade de Mulheres no Mundo .............................................. 32 
Gráfico 3: Achados Citopatológicos 2018 .............................................................................. 34 
Gráfico 4: Achados Citopatológicos 2019 .............................................................................. 35 
Gráfico 5: Achados Citopatológicos 2020 .............................................................................. 36 
Gráfico 6: Achados Citopatológicos 2021 .............................................................................. 37 
Gráfico 7: Achados Citopatológicos 2022 .............................................................................. 38 
Gráfico 8: Vacinação Mundial ................................................................................................ 41 
Gráfico 9: Porcentagem de Vacinados no Brasil .................................................................. 42 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 13 
2. JUSTIFICATIVA 16 
3. OBJETIVOS 17 
3.1 Objetivo geral 17 
3.2 Objetivos específicos 17 
4. METODOLOGIA E DESENHO DE ESTUDO 18 
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21 
5.1 Patogênese do Vírus 21 
5.1.1 Características e Classificação 21 
5.1.2 Transmissão, infecção e Resposta Imune 22 
5.1.3 Oncogenicidade 24 
6. EXAMES DIAGNÓSTICOS PARA HPV E CÂNCER DE COLO UTERINO 26 
6.1 Exames de Rastreio e Diagnóstico 26 
6.1.1 Papanicolau / Pap Smear / Preventivo / Citopatológico 26 
6.1.2 Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) 26 
6.1.3 Colposcopia 26 
6.1.4 Biópsia 26 
7. CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS NÃO-CLÁSSICOS 27 
7.1 Atipias de Células Escamosas de Significado Indeterminado (ASC-US) 27 
7.2 Atipias de Células Escamosas, não podendo se descartar Lesão de Alto Grau (ASC-H)
 28 
7.3 Atipias de Células Glandulares (ACG) 29 
7.4 Lesão Intraepitelial de Baixo Grau (LSIL) 29 
7.5 Lesão Intraepitelial de Alto Grau (HSIL) 30 
7.6 Carcinoma (CA) 30 
 
 
8. CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 31 
9. VACINA CONTRA HPV 33 
10. RESULTADOS 34 
10.1 Artigos selecionados e Dados Coletados 34 
10.2 Dados vacinais 40 
11. DISCUSSÃO 43 
12. CONCLUSÕES 47 
13. REFERÊNCIAS 49 
14. ANEXOS 53 
13 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Cerca de 15% de todos os cânceres em humanos estão associados a algum vírus, em 
geral (TRABULSI; ALTERTHUM, 2015). Desde a Antiguidade, já se convivia com o 
Papilomavírus humano quando Hipócrates passou a denominar as verrugas genitais de 
condiloma. É um vírus com extensa literatura e, especialmente após o advento das análises 
moleculares e sequenciamento gênico, passou a se conhecer mais a fundo sua genética e suas 
interações. Hoje é certo de que o vírus está quase que 99% presente em câncer de colo uterino 
(CCU), um dos que mais levam mulheres à óbito por neoplasias no Brasil e no mundo, 
excetuando-se o câncer de pele não melanoma, no entanto a prevalência mundial de infecções 
por HPV ainda é alta apesar de subestimada (CAVALCANTE, 2018). 
Um médico grego, George Nicholas Papanicolaou, trouxe um legado importantíssimo e 
que não poderia deixar de ser citado nesse estudo, quando descobriu em uma de suas pesquisas 
ao se utilizar de um espéculo vaginal, que haviam formas celulares e uma sequência de padrão 
citológico distinto nas amostras colhidas da cérvice uterina. Após analisar diversas amostras de 
“manchas” colhidas do material do colo do útero, em 1928 ele já havia reunido dados 
importantes sobre a detecção do câncer por esse método, inclusive em inúmeras mulheres 
assintomáticas. E sendo assim, Papanicolaou e Traut em 1943 publicaram artigos sobre a 
descoberta (HEMONC TODAY, 2008) e desde essa ocasião, quando o exame passou a ser 
utilizado, a mortalidade por câncer cervical decaiu cerca de 70%, um grande avanço para a 
época e utilizado até nossos dias (FRESQUET, 2005). 
Diversos estudos sobre o Papilomavírus enumeram as várias características 
citopatológicas, manifestações clínicas e subclínicas de lesões em pele e mucosas, podendo 
evoluir a um câncer maligno com potencial metastático; acometimento orofaríngeo; sintomas 
respiratórios e alterações do potencial reprodutivo humano. Sabe-se que o câncer é multifatorial 
e por si só, a presença do vírus não significa uma sentença de malignidade ou morte, porém 
deve existir a preocupação e acompanhamento regular. 
Em pacientes jovens, em idade fértil, o seu próprio sistema imunológico tende a eliminar 
o vírus espontaneamente. A origem dos tumores é resultado de diversos e repetidos eventos 
14 
 
 
genéticos que podem incluir, dentre eles, a ativação ou supressão de oncogenes (LÓPEZ; 
MARTÍNEZ; VEGA, 2019), no entanto, é difícil saber o mecanismoou prever em quais 
pessoas infectadas o vírus será eliminado, se causará lesões de graus variados, estará presente, 
ainda que assintomático, ou ficará latente no organismo, se manifestando tardiamente na sua 
forma cancerígena. 
Porém alguns grupos da sociedade, não somente no Brasil, ainda encontram-se alheios 
à vacinação e ao rastreamento para CCU pelas mais diversas razões: mulheres que não 
procuram atendimento por motivos religiosos, vergonha, medo ou restrições familiares; grupos 
que não têm fácil acesso ao sistema de saúde, seja de ordem física (trajeto complicado) ou 
financeira (custa caro ir à médicos e se deslocar aos postos de saúde nos grandes centros) ou 
por mera desinformação da importância do acompanhamento; pessoas que não foram orientadas 
e conscientizadas sobre a possibilidade de prevenção, vacina e tratamento; homens transgênero 
que não recebem um suporte diferenciado de atendimento e informação, a fim de que isso se 
torne uma rotina não constrangedora, dentre outras razões não especificadas aqui. 
 Mundialmente este é um tipo de câncer que acomete grande parte da população 
feminina e em alguns países está nas primeiras posições de classificação das neoplasias que 
mais levam à óbito. De acordo com Global Cancer Observatory (GCO), as taxas estimadas em 
2020 no mundo a cada 100.000 habitantes, coloca o CCU em terceira posição para incidência 
e mortalidade no Brasil e no mundo (“Cancer today”, [s.d.]); fazendo uma ressalva para estes 
dados estimados, pois desde dezembro de 2019 o mundo sofre com a pandemia causada por 
SARS-CoV-2 e suas variantes, o que deixou muitas consultas de rotina, exames diagnósticos e 
campanhas governamentais para segundo plano, portanto as estimativas para 2023 estarão 
alteradas. 
Ao longo dos anos, o exame preventivo ou Papanicolau (Pap Smear) tem sido adotado 
como forma de triagem para o HPV, o que colaborou grandemente para que o CCU obtivesse 
maior taxa de resolução, através de um diagnóstico precoce. No entanto, a identificação da 
infecção se torna mais dificultosa por não se utilizar em massa os testes moleculares, 
economicamente ainda pouco acessível, e também porque muitas mulheres não realizam o 
exame citológico e/ou não mantêm o devido acompanhamento e tratamento, se necessário. 
Somado-se a estes fatos, ocorre que mundialmente há uma discrepância entre o número 
de pessoas aptas à vacinação contra o HPV e àquelas que realmente o fazem. No atual momento 
15 
 
 
é sabido que a vacina tomada o quanto antes, preferencialmente anterior ao início da atividade 
sexual, pode amenizar a velocidade de disseminação e contaminação pelo vírus, tanto da 
população feminina quanto masculina, bem como reduzir drasticamente o número de mulheres 
acometidas pelo carcinoma uterino, no Brasil e no mundo. Sendo assim, a presente análise é 
um estudo transversal retrospectivo de grande importância para se cruzar e discutir os dados 
obtidos na literatura com as fortes evidências de que a vacinação contra o HPV gera um impacto 
considerável nos resultados citopatológicos da população e, consequentemente, na evolução do 
CCU. 
16 
 
 
2 JUSTIFICATIVA 
Apesar dos vários anos que se realizam rastreamentos através do exame Papanicolau 
(ou preventivo), de todos os estudos existentes, da disponibilidade de vacinas e orientação à 
população, principalmente os países pobres ou em desenvolvimento ainda apresentam altos 
índices de infecção por HPV e mortalidade por CCU; e os países desenvolvidos, em menor taxa 
de infecção e óbitos, também demonstram que a disseminação da infecção ainda não foi bem 
controlada. Estas são informações que evidenciam a necessidade de se investigar acerca dos 
processos de promoção da saúde pública, a fim de que sejam identificadas as lacunas que ainda 
permitem a alta disseminação do vírus e mortalidade de mulheres por esta neoplasia. Nesse 
sentido, a falta de medidas preventivas mais amplas, vacinação, acesso ao atendimento e 
acompanhamento correto e diagnóstico preciso são alguns dos motivos que dificultam essa 
questão. 
Atualmente, com base no Sistema Bethesda de classificação citopatológica, as lesões se 
categorizam como pré-cancerosas: intraepiteliais de células escamosas (SIL), sendo estas de 
baixo grau (LSIL) ou de alto grau (HSIL) para carcinoma, cujos laudos são liberados com a 
informação de Atipias de Células Escamosas de Significado Indeterminado (ASC-US) ou 
Atipias de Células Escamosas, não podendo se descartar lesões de alto grau (ASC-H). 
Esta categorização é baseada nos aspectos morfológicos e alterações citopáticas nos 
achados de lâminas como os critérios clássicos: coilócito, queratinização, binucleação, halo, 
cariomegalia, hipercromasia. Além destes, as anormalidades glandulares que são de difícil 
visualização devido a localização endocervical alta, profundidade das criptas e 
multicentricidade, pois os achados colposcópicos das lesões não são patognomônicos nas 
atipias celulares. 
Sabe-se que o quanto antes meninos, meninas e adultos forem vacinados contra o HPV, 
vírus associado ao câncer de colo do útero, obtém-se uma diminuição da infecção e dos casos 
que evoluem para um carcinoma. Dessa forma, este estudo retrospectivo assume a importância 
de demonstrar através dos dados obtidos, o real papel da vacinação a fim de minimizar a 
disseminação do Papilomavírus e evolução destas lesões para um carcinoma, bem como trazer 
uma discussão para novas ações que possibilitem erradicar o câncer cervical. 
 
17 
 
 
3 OBJETIVOS 
3.1 Objetivo geral 
Estimar a prevalência das lesões limítrofes encontradas em exames citológicos 
cérvicovaginais em paralelo com os dados vacinais da população mundial e brasileira, 
observando o impacto da vacina contra HPV. 
 
3.2 Objetivos específicos 
• Obter dados sobre a prevalência de atipias celulares e lesões teciduais, respectivamente, 
ASC-US, ASC-H, ACG e LSIL, HSIL; 
• Relacionar com informações sobre a população vacinada no Brasil e no mundo; 
• Contextualizar o período avaliado; 
• Identificar possíveis lacunas; 
• Traçar projeções e estudos futuros.
18 
 
 
4 METODOLOGIA E DESENHO DE ESTUDO 
Este estudo transversal retrospectivo utilizou extensiva busca em bases de dados 
eletrônicas de reconhecido prestígio científico, especialmente MEDLINE (Medical Literature 
Analysis and Retrievel System Online); WOS (Web of Science) e LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) bem como livros referentes ao assunto em 
questão. Houve pesquisa dos seguintes descritores: ‘HSIL’, ‘LSIL’, ‘ASC-US’, ‘ASC-H’ e 
‘atypical glandular cells’ para coleta de dados, com utilização do conectivo booleano ‘OR’ para 
artigos publicados de 2018 a 2022. E para notificações sobre a vacinação contra o HPV, foram 
acessados sites oficiais e referenciados desde 2012. 
A vantagem do estudo transversal é que acontece de forma rápida, barata, servindo para 
patologias comuns e de longa duração, onde se mede a frequência e características dos fatores 
de risco conhecidos. Essas características têm importantes implicações para aqueles que atuam 
no planejamento das ações de saúde e que baseiam suas decisões parcialmente nos resultados 
das investigações epidemiológicas (FREIRE & PATTUSSI, 2018). 
Perante as publicações encontradas, se adotou como critérios de inclusão os artigos mais 
relevantes para orientação desta pesquisa, que atendessem ao proposto neste trabalho, 
publicados na íntegra de forma gratuita em periódicos confiáveis, renomados e 
reconhecidamente de impacto no saber desta área acadêmica, bem como nos idiomas inglês, 
português e espanhol, dos últimos 5 anos onde houve coleta cérvicovaginal. E como fator de 
exclusão, são retirados aqueles que não atendem ao objetivo deste artigo e os repetidos nos 
bancos de dados. 
19 
 
 
 
Tabela 1: Desenho de Estudo
20 
 
 
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
5.1 PATOGÊNESE DO VÍRUS5.1.1 Características e Classificação 
O papilomavírus humano (HPV) é pequeno, com cerca de 55nm de diâmetro, 
classificado na família Papillomaviridae, possui um capsídeo de simetria icosaédrica com 72 
capsômeros, tendo um genoma de DNA circular dupla fita não envelopado com cerca de 8000 
pares de bases. Atualmente se reconhecem mais de 400 tipos, sendo cerca de 218 os que 
infectam humanos (PAVE: THE PAPILLOMAVIRUS EPISTEME, [s.d.]), pois é espécie-
específico. 
Temos principalmente os gêneros Alphapapillomavirus, Betapapillomavirus e 
Gammapapillomavirus causando desde infecções subclínicas, lesões de pele e mucosas até 
neoplasias. Estas classificações se baseiam no sequenciamento do gene L1. Quando pareiam 
em mais de 60% na sequência de nucleotídeos temos os gêneros, como estes elencados acima; 
e quando a similaridade entre a sequência nucleotídica ocorre de 71 a 89%, surgem as diferentes 
espécies (MAGALHÃES et al., 2021). 
21 
 
 
Figura 1. Mapa genômico do HPV 16. Região regulatória LCR (antes denominada URR - Região Reguladora 
Upstream); proteínas não-estruturais da região precoce (genes E1 a E7); proteínas estruturais da região tardia 
(genes L1, L2); promotor precoce p97; promotor tardio 670. 
1
 
 
Os genes L1e L2 (late), do inglês que significa tardio, codificam as proteínas do 
capsídeo: principal e secundária, respectivamente. Os genes precoces, do inglês (early), do E1 
ao E7 fazem parte da replicação viral, estimulando ou suprimindo proteínas que atuam no ciclo 
celular. 
 
5.1.2 Transmissão, infecção e Resposta Imune 
É um vírus transmitido principalmente pelo contato sexual, no entanto o contato com a 
pele, compartilhamento de objetos de uso pessoal ou transmissão vertical podem infectar 
pessoas. 
O vírus possui tropismo por epitélios de transição. No caso do ambiente cérvicovaginal, 
é a junção escamocolunar (JEC) área de inserção do vírus, onde encontra-se o epitélio escamoso 
 
1 Adaptado de (PAL; KUNDU, 2020). 
22 
 
 
estratificado e o epitélio colunar simples. É através do Papanicolau que se identificam as lesões 
limítrofes, seja na citopatologia ou na colposcopia, e as alterações encontradas indicam o 
estágio da infecção, uma vez que o papilomavírus não pode ser visualizado, mas sua replicação 
acarreta modificações citopáticas e estas podem ser descritas e acompanhadas. 
 
Figura 2. Ciclo do HPV no epitélio escamoso. Após a entrada do HPV em células basais através de 
microabrasões, de pele ou mucosas ocorre a expressão das proteínas não estruturais do vírus (precoces). A 
diferenciação celular é mais lenta e o vírus é replicado de 50 a 100 vezes por célula. Inicia-se a fase da manutenção 
epissomal e as células basais, inicialmente infectadas, migram para a região parabasal com alta expressão dos 
genes precoces e tardios na montagem viral, permitindo novas infecções pelo HPV. 
2
 
 
Nesse epitélio de transição a proteína L1 do vírus se liga às células basais através do 
heparan sulfato (HSPG – “Heparan Sulfate Proteoglycans”) de superfície celular, induzindo 
alterações na conformação do capsídeo e isto permite que a proteína L2 seja a mediadora da 
 
2
 (KAHN, 2009) 
23 
 
 
infecção do HPV na célula com a transcrição do genoma do vírus (MAGALHÃES et al., 2021). 
E em alguns tipos de HPV, a expressão desregulada das proteínas E6 e E7 está ligada à 
amplificação do genoma e seu potencial carcinogênico (EGAWA et al., 2015). 
Diversos estudos afirmam que alguns eventos promovem ou facilitam a disseminação e 
infecção do papilomavírus humano e possível evolução ao CCU como, por exemplo, início 
precoce da atividade sexual, uso de contraceptivos orais, fumo (ativo ou passivo), 
imunossupressão ou imunodeficiência, multiparidade, genética individual, estilo de vida, 
coinfecção pelo HIV. 
Em geral o sistema imune consegue debelar o papilomavírus através da imunidade inata 
do hospedeiro, no entanto, pode ocorrer um período de latência ou uma infecção persistente, 
em especial quando a infecção acontece por HR-HPV (HPV de Alto Risco) acompanhada de 
uma liberação incoerente de mediadores pró inflamatórios (NUNES et al., 2018), uma vez que, 
dentre outros fatores, o vírus possui mecanismos de evasão e a capacidade de silenciar atuações 
da imunidade do hospedeiro a fim de que ele mesmo se replique. Uma modulação inadequada 
da resposta imunológica alterada pela presença do HPV envolve fatores de transcrição, 
quimiocinas, citocinas pró inflamatórias e diversos outros mediadores que regulam a resposta 
imune inata de maneira negativa favorecendo uma cronicidade inflamatória e ambiente propício 
para a tumorigênese. 
 
5.1.3 Oncogenicidade 
Dentre os tipos de HPV que infectam o trato genital, alguns são classificados como de 
baixo ou de alto risco para o tipo de lesão e desenvolvimento do câncer. De baixo risco 
oncogênico são os tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108; e de alto risco os 
tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2020). A cronicidade desta infecção e suas lesões correspondentes levam ao desenvolvimento 
do CCU, no entanto, a presença do vírus por si só não é suficiente para a evolução do câncer, 
que é uma doença multifatorial. 
24 
 
 
 
Figura 3. Oncoproteínas E6 e E7. 
3
 
 
O gênero α-HPV possui diversos mecanismos para driblar a imunidade do hospedeiro e 
por isso são fortemente oncogênicos. E6 e E7 são oncoproteínas codificadas pelo HPV e para 
que o genoma viral se integre à célula, a proteína E7 desregula o ciclo celular e se liga à proteína 
retinoblastoma (pRb) e a inativa, superativando o Fator de Transcrição E2F, ocasionando um 
aumento na transição celular da fase G1 para a fase S, e consequentemente, da rapidez da 
proliferação celular. Essa inativação da pRb acarreta um aumento no p16, um marcador 
diagnóstico para o HPV. 
De maneira complementar, a E6 degrada a p53, proteína responsável pela regulação do 
ciclo celular. Com isto acontece uma ativação da telomerase, mantendo o comprimento dos 
telômeros, ao invés de reduzi-los. Apoptoses são reduzidas e o ciclo celular segue replicando a 
célula para a manutenção do vírus. 
 
 
 
 
3
 Adaptado de (LIU et al., 2018) 
25 
 
 
6 EXAMES DIAGNÓSTICOS PARA HPV E CÂNCER DE COLO UTERINO 
6.1 EXAMES DE RASTREIO E DIAGNÓSTICO 
6.1.1 Papanicolau / Pap Smear / Preventivo / Citopatológico 
Este exame é o mais difundido e preconizado pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS) como aliado no rastreio para o CCU uma vez que identifica alguma anormalidade nas 
células do colo uterino. O material coletado no exame Papanicolau ou preventivo é levado para 
uma análise citológica tradicional ou em meio líquido, e se solicitado, também é utilizado para 
identificação molecular (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023). É recomendado regularmente a 
partir do início da vida sexual ativa até os 65 anos. 
 
6.1.2 Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) 
Em tempo real (RT), é uma técnica de alta sensibilidade que permite não só a detecção 
do genoma de diversos tipos de HPV, principalmente os de alto risco, como também a 
quantificação do vírus, servindo como triagem, diagnóstico e monitoramento da carga viral. Em 
Recife (PE), e posteriormente todo o Brasil, está em expansão um projeto-piloto, onde o rastreio 
deve acontecer por RT-PCR e caso seja positivo o resultado, o exame citopatológico é 
realizado; caso o resultado seja negativo a RT-PCR deve ser repetida em 5 anos (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2023). 
 
6.1.3 Colposcopia 
No momento do preventivo um aparelho colposcópico com lente de aumento é inserido 
para visualização mais detalhada. Geralmente utilizado quando há necessidade de um 
tratamento adicional após identificação de anormalidades no citológico, ou para um 
acompanhamento regular da paciente (SILVA et al., 2019). 
 
6.1.4 Biópsia 
A amostra é enviada para biópsia quando são encontradas anormalidades nos examesde triagem, lesões visíveis ou para monitoramento das alterações. 
26 
 
 
7 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS NÃO-CLÁSSICOS 
O Sistema Bethesda foi criado para que houvesse no mundo uma padronização nos 
laudos citopatológicos, sendo uma forma de classificar o risco de malignidade dos achados. 
Aqui seguem as definições das alterações encontradas e algumas características citopáticas: 
 
7.1 ATIPIAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO (ASC-US) 
Figura 4. ASC-US. 400x. Célula intermediária com núcleo discretamente aumentado de volume com leve 
ondulação da borda nuclear. A cromatina é finamente granular. 
4
 
 
Recebem o nome de “significado indeterminado” pois podem aparecer sem uma causa 
específica, podem ser sugestivas de uma infecção viral como o HPV ou ainda, um processo de 
reparo celular após algum dano tecidual. Acomete células escamosas superficiais ou 
intermediárias, pode haver aumento do núcleo celular, leve hipercromasia e irregularidades na 
sua borda; cromatina pode apresentar leve granulação homogênea ou estar compactada. 
 
 
4
 (LIMA, 2012) 
27 
 
 
7.2 ATIPIAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NÃO PODENDO SE DESCARTAR LESÃO DE ALTO 
GRAU (ASC-H) 
 
Figura 5. ASC-H. 400x. Células metaplásicas escamosas imaturas exibindo discreto aumento nuclear, 
hipercromasia, leve irregularidade da borda nuclear (seta) e cromatina finamente granular, às vezes de aspecto 
borrado. Podem corresponder a células de lesão de alto grau com alterações degenerativas sobrepostas. 
5 
 
São encontradas alterações mais significativas que em ASC-H, onde existe maior 
probabilidade de serem lesões pré-cancerígenas, mas ainda não são. Discreta alteração nuclear, 
leve hipercromasia, citoplasma abundante. 
 
 
5
 (LIMA, 2012) 
28 
 
 
7.3 ATIPIAS DE CÉLULAS GLANDULARES (ACG) 
Figura 6. ACG. 100x. Agrupamentos de células endocervicais discretamente desorganizadas, com leve 
sobreposição nuclear. Há perda do padrão em “favo de mel” característico das células endocervicais normais. 
6
 
7.4 LESÃO INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU (LSIL) 
 
Figura 7. LSIL. 400x. A presença de célula escamosa madura atípica cujo núcleo é aumentado de volume, sendo 
maior que 3 vezes o volume do núcleo de uma célula intermediária normal, com hipercromasia e irregularidade de 
contorno. 
7
 
 
 
6
 (LIMA, 2012) 
7
 (JUNIOR, 2008) 
29 
 
 
7.5 LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) 
 
Figura 8. HSIL. 1000x. A presença de célula escamosa madura atípica cujo núcleo é aumentado de volume, sendo 
maior.8 
 
7.6 CARCINOMA (CA) 
 
Figura 9. Carcinoma. 1000x. O carcinoma queratinizante apresenta citoplasma rico em queratina e figuras tais 
como pérolas córneas e células em fibra. O não queratinizante tem citoplasma basófilo e não apresenta tais figuras.
9
 
 
8
 (JUNIOR, 2008) 
9
 (JUNIOR, 2008) 
30 
 
 
8 CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 
Ainda tratado como um problema de saúde pública pois como se pode observar, os 
gráficos 1 e 2 fornecidos pela International Agency for Research on Cancer atualizados até 
2020, demonstram o CCU em terceiro lugar para o câncer que mais leva mulheres à óbito no 
Brasil e no mundo. Há uma estimativa para mais de 17 mil novos casos no Brasil para o ano de 
2023 e para o Estado do Rio Grande do Norte em 2026 de até 51 mil casos desta neoplasia 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023). 
 
 
Gráfico 1: Estimativa de Mortalidade de Mulheres no Brasil 10 
 
 
10
 (“Cancer today”, [s.d.]) 
31 
 
 
Gráfico 2: Estimativa de Mortalidade de Mulheres no Mundo 11 
 
Em sua maioria, a infecção por HPV em mulheres com o sistema imunológico normal 
é debelada, e mesmo lesões pré-cancerosas são eliminadas. O câncer é multifatorial, envolve 
desde hábitos e qualidade de vida até a multiparidade, no entanto, com a cronicidade estas lesões 
podem evoluir para uma neoplasia e, no caso do câncer cervical, podem levar de 15 a 20 anos 
para que se desenvolva e seja identificado. 
A OMS recomenda abordagens abrangentes ao longo da vida que hoje envolvem 
prevenção primária com vacinação de meninos e meninas, bem como prevenção secundária que 
além do esquema vacinal inclui os exames de rastreamento e teste molecular para o HPV de 
mulheres (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2022), e ainda, pessoas portadoras de HIV. 
 
 
 
11
 (WHO, 2023) 
32 
 
 
9 VACINA CONTRA HPV 
Além do uso de preservativo nas relações sexuais, a vacinação em conjunto com o 
rastreamento do colo do útero são estratégias de grande importância para a prevenção desta 
infecção prevenível. Existem vacinas bivalentes, quadrivalentes e nonavalentes, mas todas têm 
ação contra os principais vírus oncogênicos. 
Países como a Austrália iniciaram vacinação em 2007. No Brasil a vacina começou a 
ser ofertada pelo SUS em 2014, inicialmente apenas para meninas de 11 a 13 anos, em 2015 
para meninas de 9 a 11 anos e 2016 para meninas que completavam 9 anos (UNA-SUS, 2014). 
Atualmente no país é ofertada pelo SUS a quadrivalente Gardasil® para um público-alvo, 
conforme figura abaixo e a nonavalente Gardasil® 9 (9vHPV), por enquanto, apenas na rede 
privada sem limitação de faixa etária. A Figura 10 mostra o atual esquema vacinal no Brasil, 
quando a contra indicação é para pessoas alérgicas a qualquer componente da fórmula e 
gestantes, sendo liberada durante a amamentação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023). 
 
Figura 10. Esquema Vacinal contra o HPV. Dados atualizados pela última Nota Técnica 63/2023 – 
CGICI/DPNI/SVSA/MS 
33 
 
 
10 RESULTADOS 
Os dados coletados de publicações entre os anos de 2018 e 2022 foram organizados em 
planilha e referenciados conforme listagem no Anexo deste estudo. Tabelas referem-se aos 
números e Gráficos ao percentual das alterações citológicas em relação ao N amostral de 
preventivos realizados por ano. 
10.1ARTIGOS SELECIONADOS E DADOS COLETADOS 
 
Tabela 2: Achados citopatológicos 2018 
 
Foram selecionados 27 artigos dos 288 artigos publicados em 2018 que trouxeram um 
N amostral de 1.368.008 exames. A quantidade de cada achado está separada por banco de 
dados na tabulação à esquerda, na tabulação à direita o valor total e no Gráfico 3 temos o 
percentual de cada alteração citopatológica. 
Do mais para o menos relatado: 
1º ASC-US 
2º LSIL 
3º HSIL 
4º ASC-H 
5º AGC 
6º CA 
Gráfico 3: Achados citopatológicos 2018 
 
34 
 
 
 
Tabela 3: Achados citopatológicos 2019 
 
Foram selecionados 31 artigos dos 335 artigos publicados em 2019 que trouxeram um 
N amostral de 4.648.057 exames. A quantidade de cada achado está separada por banco de 
dados na tabulação à esquerda, na tabulação à direita o valor total e no Gráfico 4 temos o 
percentual de cada alteração citopatológica. 
 
Do mais para o menos relatado: 
1º ASC-US 
2º HSIL 
3º LSIL 
4º CA 
5º AGC 
6º ASC-H 
Gráfico 4: Achados citopatológicos 2019 
 
35 
 
 
 
Tabela 4: Achados citopatológicos 2020 
 
 Foram selecionados 37 artigos dos 355 artigos publicados em 2020 que trouxeram um 
N amostral de 170.500 exames. A quantidade de cada achado está separada por banco de dados 
na tabulação à esquerda, na tabulação à direita o valor total e no Gráfico 5 temos o percentual 
de cada alteração citopatológica. 
 
Do mais para o menos relatado: 
1º LSIL 
2º HSIL 
3º ASC-US 
4º AGC 
5º ASC-H 
6º CA 
 
Gráfico 5: Achados citopatológicos 2020 
 
 
36 
 
 
 
Tabela 5: Achados citopatológicos 2021 
 
Foram selecionados 29 artigos dos 345 artigos publicados em 2021 que trouxeram um 
N amostral de 9.214.528 exames. A quantidade de cada achado está separada por banco de 
dados na tabulação à esquerda, na tabulação à direita o valor total e no Gráfico 6 temos o 
percentual de cada alteração citopatológica. 
Do mais para o menos relatado: 
1º ASC-US 
2º HSIL 
3º LSIL 
4º AGC 
5º ASC-H 
6º CA 
Gráfico 6: Achados citopatológicos 2021 
 
 
37 
 
 
 
Tabela 6: Achados citopatológicos 2022 
 
Foram selecionados21 artigos dos 335 artigos publicados em 2022 que trouxeram um 
N amostral de 1.347.766 exames. A quantidade de cada achado está separada por banco de 
dados na tabulação à esquerda, na tabulação à direita o valor total e no Gráfico 7 temos o 
percentual de cada alteração citopatológica. 
Do mais para o menos relatado: 
1º ASC-US 
2º LSIL 
3º HSIL 
4º ASC-H 
5º CA 
6º AGC 
Gráfico 7: Achados citopatológicos 2022 
 
38 
 
 
Figura 11: Achados Citopatológicos dos Últimos 5 anos 
 
Após coleta de dados em 1658 artigos de três bases de dados, 145 foram selecionados 
para este estudo, totalizando um N amostral de 16.748.859 exames realizados com 282.696 
achados citológicos (1,7% dentre os citopatológicos realizados). Conforme Figura 11, nos 
últimos 5 anos (de 2018 a 2022), com exceção de ASC-US que é a atipia celular mais frequente 
nos exames citopatológicos (52%) e não necessariamente está relacionada à presença do HPV, 
observa-se que LSIL (20%) seguido de HSIL (17%) foram os achados em maior quantidade. 
Atentando-se para o fato de que entre os anos de 2019 e 2020, principalmente, vivenciou-se 
uma pandemia por Sars-Cov-2, momento em que consultas e exames eletivos, bem como 
vacinação contra o Papilomavírus foram suspensos. 
 
 
 
N = 16.748.859 
 
Achados = 282.696 (1,7%) 
 
ASC-US = 147.036 (52%) 
 
LSIL = 56.374 (20%) 
 
HSIL = 47.777 (17%) 
 
ACG = 16.155 (6%) 
 
ASC-H = 
12.037 (4%) 
 
CA = 3317 
(1%) 
39 
 
 
10.2 DADOS VACINAIS 
Estes dados foram obtidos das últimas atualizações até agosto/2023 no site da 
Organização Mundial de Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2023) e referem-se à 
população mundial e brasileira, separadamente. As informações foram reorganizadas numa 
planilha a fim de se obter gráficos mais didáticos, conforme seguem. 
 
Tabela 7: Dados Vacinais da População-Alvo Vacinada no Mundo. Esquema vacinal entre os anos de 2012 e 
2022 baseada na Tabela 9 anexada. 
 
40 
 
 
 
Gráfico 8: Vacinação Mundial 
 
 
Tabela 8: Dados Vacinais da População-Alvo Vacinada no Brasil. Esquema vacinal entre os anos de 2014 e 
2022 
 
 
41 
 
 
 
Gráfico 9: Porcentagem de Vacinados no Brasil 
 
Nota-se na Tabela 7 e Gráfico 8, que até 2022 no mundo foram notificadas as vacinações 
de 17% das meninas, 15% das mulheres, 5% de meninos e 5% de homens, totalizando no geral, 
apenas 11% de vacinados dentro público que estava apto a receber o esquema vacinal. Enquanto 
que no Brasil, demonstrado pela Tabela 8 e Gráfico 9, os valores foram de 69% de meninas, 
69% de mulheres, 47% de meninos e 46% de homens, somando um percentual de 58% da 
população alvo vacinada. Lembrando que cada país adota um protocolo diferente de vacinação 
e que estes percentuais foram aqui arredondados para eliminar as casas decimais. 
Comparando estes números com as informações da OMS nos Gráficos 1 e 2, onde o 
último ano avaliado foi 2020 para mortalidade de mulheres pelo CCU, o percentual mundial de 
público-alvo vacinado era de 9% no mundo e somente no Brasil de 54%. No entanto, apesar 
dos quase 60% da população específica vacinada no país, percebe-se que a mortalidade se 
mantém em terceiro lugar, indicando que ainda não se alcançou uma efetividade na redução de 
óbitos com essa porcentagem vacinal. 
 
42 
 
 
11 DISCUSSÃO 
Os resultados obtidos demonstram que as alterações mais presentes nos exames 
citopatológicos entre os anos de 2018 a 2022 foram ASC-US, LSIL e HSIL, respectivamente. 
E ainda, que o percentual da população apta que recebeu alguma vacina contra o HPV no Brasil 
nos últimos 10 anos foi de 58% e no mundo de 11%. 
Realizando uma análise das tabelas ano a ano, é possível notar que o quantitativo de 
exames analisados nas pesquisas publicadas e selecionadas em 2018 foi de N=1.368.008, em 
2019 N=4.648.057, em 2020 N=170.500, em 2021 N=9.214.528, em 2022 N=1.347.766, de 
acordo com Tabela 9 abaixo para melhor entendimento. 
 
 2018 2019 2020 2021 2022 Média 
AMOSTRAS 1.368.008 4.648.067 170.500 9.214.528 1.347.766 3.349.774 
LSIL 11.826 3.492 6.814 14.175 20.067 11.275 
HSIL 7.625 5.262 4.539 21.325 9.026 9.556 
CA 1.091 202 220 275 1.529 664 
Tabela 9: Resumo quantitativo por Ano de Exames e Principais Alterações. 
 
A Figura 12 a seguir contém gráficos proporcionam uma outra visualização com a média 
móvel destes mesmos dados da Tabela 9. Dessa forma, a linha azul se refere aos dados, a linha 
rosa é o perfil da média móvel e o tracejado branco mostra a linha de tendência para não deixar 
dúvidas sobre a inclinação da reta. Sendo assim, em todos os gráficos da Figura 12 percebe-se 
pela média móvel que houve um aumento em todos os parâmetros ao longo desses 5 anos de 
busca na literatura. Trazendo as informações notificadas pelos países e descritas nos gráficos 
vacinais 9 e 10 e, tendo em vista que a vacinação contra o HPV é algo recente, a tendência é de 
que haja um crescente aumento da abrangência da população apta a receber o esquema vacinal. 
 
43 
 
 
 
Figura 12: Média móvel de Exames Citológicos, LSIL, HSIL E CA de 2018 a 2022 
 
 
44 
 
 
 
 
Figura 13: Número de exames citopatológicos cérvicovaginais em mulheres de 25 a 64 anos realizados no SUS, 
Grandes Regiões (Brasil), 2016 a 2021. 
 
Dentre alguns desses parâmetros envolvidos que podem alterar os dados coletados, é 
imperioso citar a pandemia por Coronavírus, que podemos ver refletido no gráfico da Figura 
13, quando toda uma população necessitou suspender suas atividades não essenciais, praticando 
o lockdown, incluindo nisso os exames ginecológicos preventivos de rotina, bem como as 
campanhas vacinais. 
Neste caso, muitos pesquisadores de campo seguiram com suas pesquisas de modo 
adaptado à nova realidade, muitas delas, como artigos de revisão da literatura, obtendo e 
relatando assim, dados pregressos ao ano da publicação, ou realizando pesquisas in silico. Nos 
anos subsequentes houve um grande aumento de dados, artigos publicados, exames realizados, 
diagnósticos emitidos, etc. devido às atualizações dos sistemas e retomada gradual das 
atividades forçosamente suspensas, à medida que já não havia necessidade de isolamento da 
população e a vacinação foi alcançando maior abrangência populacional. E é parte disto que se 
pode notar aqui neste estudo retrospectivo realizado e evidenciado pelo quantitativo de exames 
citopatológicos realizados pelo SUS, conforme ilustra o gráfico da Figura 13. 
45 
 
 
É necessário lembrar que mesmo com as recomendações da OMS, cada país possui seu 
protocolo de aplicação da vacina contra o HPV; nos Estados Unidos, por exemplo, a vacina é 
direcionada a todos os americanos até 45 anos, enquanto que no Brasil ainda está um pouco 
mais restrita, apesar de já ter sido ampliada desde 2012. Além disso, o impacto da vacinação 
pós pandemia ainda não está muito aparente, mas existe uma tendência bastante preocupante 
para que estes índices, ainda não sendo suficientes para reduzir a mortalidade por CCU, tenham 
uma queda acentuada devido aos movimentos antivacinas ocorridos no Brasil e no mundo. 
Pesquisas realizadas num período pré-vacina e pós-vacina relatam uma prevalência 
significativamente menor dos genes oncogênicos de HPV na população vacinada em 
comparação com a população não vacinada (TABRIZI et al., 2012), (BROTHERTON et al., 
2011), bem como na diminuição de incidência de lesões (CAI et al., 2022), especialmente de 
mulheres com mais de 60 anos (SULTANA et al., 2019), onde há maior quantidade de 
diagnósticos de CCU, dada a cronicidade da patologia. 
Artigo recente sobre a imunogenicidade, eficácia e segurança da 9vHPV concluiu que 
são seguras, porém se mantém em média por até 10 anos, no esquema vacinal de 3 doses de 
meninos e meninas de 9 a 15 anos de idade (RESTREPO et al., 2023). Se for analisada sob a 
perspectiva da realidade brasileira, essa parcela da população que recebeu a dose completa da 
vacinanos anos de 2012 ou 2013, se encontram hoje num momento de revalidação das doses. 
Este é mais um aspecto que necessita ser estudado, reavaliado e ações locais e globais acionadas 
em conjunto, para uma mesma finalidade. 
Em 2012 uma Lei estabelece prazo para início do primeiro tratamento de pacientes com 
neoplasias malignas (BRASIL, 2012); em 2019 outra Lei altera esta primeira determinando que 
exames relacionados à neoplasias malignas devem ser realizados num prazo máximo de 30 dias 
(BRASIL, 2019); maio de 2022 foi sancionada Lei que autoriza que o preventivo seja ofertado 
a todas a mulheres que já atingiram a puberdade, independentemente da idade (BRASIL, 2022) 
e em 2023 uma Nota Técnica foi emitida, incluindo as vítimas de violência sexual como grupo 
prioritário para vacinação contra o HPV (BRASIL, 2023).
46 
 
 
12 CONCLUSÕES 
Futuramente estes números poderão ser diferentes pois algumas lacunas estão sendo 
identificadas, inclusive um comparativo com a realidade brasileira, pois havia uma defasagem 
nas informações que deveriam ser obtidas através do DataSUS, o sistema de alimentação de 
dados em Saúde no Brasil, e por esta razão não foi realizado o levantamento neste trabalho. 
Estas ações citadas na discussão deste estudo são de suma importância para que se tenha 
maior abrangência da população exposta à infecção por Papilomavírus. Modificarão os 
resultados de pesquisas, dados obtidos e notificações compulsórias emitidas, a médio e longo 
prazo acerca das lesões, vacinação e mortalidade por câncer de colo do útero, onde melhorias 
nesse sentido podem colaborar com os ODS de 2030 da ONU, de “assegurar uma vida saudável 
e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades” (“ODS 3 - Saúde e Bem-estar 
- Ipea - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, [s.d.]). 
Uma das possíveis lacunas a ser apontada é que o percentual da população a ser vacinada 
não seja o suficiente, ou ainda, que a população alvo não seja o bastante, necessitando expandir 
o esquema vacinal para outras faixas etárias. Segundo estratégia global adotada em 2020 pela 
OMS para erradicação do câncer de colo uterino em 10 anos, a meta seria de atingir pelo menos 
90% da cobertura vacinal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023). Hoje o mundo demonstra um 
percentual de 11% e o Brasil de 58%. 
Os protocolos preconizados pela OMS sofrem variação na forma de adoção por cada 
país e, dentro do Brasil, por cada região, sendo necessário diminuir a distância entre o que deve 
ser feito e aquilo que está sendo realizado na prática. O país vem adotando medidas que 
ampliam o público alvo apto a receber o imunizante, no entanto campanhas e maior 
conscientização da população sobre a necessidade e importância, tanto da imunização quanto 
do acompanhamento médico periódico, se fazem extremamente necessárias. 
Portanto, esta pesquisa contribui grandemente para a identificação do perfil atual dos 
achados citológicos no colo do útero, demonstra que a incidência de lesões, bem como de câncer 
uterino, reduzem numa população que realiza o acompanhamento médico com a regularidade 
requerida; e ainda concorda, como apoiam diversos autores, que receber a vacina contra o HPV 
colabora de maneira mais eficaz contra a disseminação da infecção transmissível 
47 
 
 
principalmente pela via sexual, diminuição das lesões e consequentemente, das neoplasias 
associadas. 
Deste modo, estudos futuros que visem melhorar os protocolos de prevenção, 
acompanhamento e vacinação da população contra a infecção pelo HPV, sua eficácia e impacto 
a médio e longo prazo, são muito necessários e urgentes. Além de pesquisas que permitam uma 
observação mais robusta da realidade brasileira em relação às lesões limítrofes e vacinação 
contra o HPV. 
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