Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistemas de Avalição da Qualidade Aula 4 Conversa Inicial Nesta aula, vamos reconhecer os elementos que influenciam na aplicação de uma normalização de sistema da qualidade para a modelagem da Estratégia Corporativa. Contextualizando As normas da qualidade devem influenciar positivamente na modelagem de uma estratégia corporativa para as organizações, remarcamos positivamente, pois em muitas organizações as normas são vistas como burocracias impostas e que não agregam valor, em especial a ISO 9001:2015 pode ser um diferencial extremamente poderoso dentro da organização. No primeiro tema estudaremos como as normas são criadas mediantes a necessidades de melhoria, por exemplo em tempos de guerra, porém nossa “guerra” neste momento é por atender e surpreender nossos clientes e como fazer isto diariamente para nos manter competitivo no mercado. A organização necessita ter uma base sólida em seu sistema da qualidade e para tal precisa ser revisto, mas também melhorado continuamente, vemos inúmeros procedimentos atribuídos a ISO 9001:2015, porém a mesma não tem procedimentos mandatórios e sim necessidades de informação documentadas. Na empresa devemos ter uma estratégia consolidada, a qual demonstre que os responsáveis da empresa emprestam sua visão para a qualidade e que servem de exemplo para implementá-la. Também os recursos da empresa são abordados pela norma com foco em buscar o crescimento por direcionamento e definições de trabalho corretas, treinamentos eficientes e um ambiente de trabalho propício à execução das atividades da operação, como também uma grande habilidade para a avaliação de riscos e busca por oportunidades. A qualidade de um produto deve ter seu início ainda nas fases de projeto e, como a organização se posiciona para tal, não basta entregar os produtos, a empresa tem que se preocupar como os clientes serão atendidos no pós-venda. A organização precisa ter a menor variabilidade possível para diminuir os desperdícios e ser mais eficiente, tanto ao cliente como aos interessados na continuidade do negócio. Para tal, o trato com fornecedores na busca da melhor compra, os trabalhos na produção, seja de bens ou serviços, e no monitoramento acurado de processos. Por fim vamos estudar que devemos trabalhar no aprendizado e na melhoria dos processos, analisando, executando, melhorando e incrementando nossos processos continuamente. Tema 1: Conhecimento ISO 9001, Terminologia e Estrutura Histórica e prioritariamente, os países e as organizações preocuparam-se preliminarmente em estabelecer padrões para itens específicos, os quais se refletiam na qualidade do processo ou do produto produzido de forma individualizada e unitária. Evidentemente, os padrões de qualidade foram mais exigidos em épocas de confrontos militares internacionais. As duas grandes guerras mundiais foram situações que forçaram os países a pensar e repensar a qualidade. No Pós-Guerra de 1945, os EUA começaram a estabelecer normas para aquisição de produtos militares, e outros organismos passaram a exigir de seus fornecedores padrões para a aceitação de seus produtos. Na década de 1970, muitas organizações privadas e governamentais estabeleceram suas normas de gestão da qualidade, inclusive com a confecção de manuais. As Normas Série ISO 9000 se tornaram as mais conhecidas e utilizadas no mundo, servindo de referencial e padrão de qualidade para as organizações estabelecerem o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). A norma deixa claro que a implementação de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica e, como tal, deve ser adotada pela direção-geral da organização. Essa decisão, nos dias atuais, passa pelo fornecimento de bens ou serviços de alta qualidade; portanto, para uma organização alcançar esse objetivo, a qualidade deve ser constantemente melhorada, e a resolução de situações de insatisfação deve ser implementada, a fim de que, assim, a organização crie diferenciais competitivos. Além de atender a seus clientes e fornecedores, a organização deve atender também a seus funcionários, investidores e à sociedade, de maneira eficaz e eficiente, transferindo para estes os diferenciais obtidos em seu desempenho. Para cumprir o atendimento proposto, é preciso responder às seguintes perguntas: � Quais são os princípios de qualidade fundamentais para a organização? • � Por que devem ser seguidos? • � Os princípios dão uma direção às organizações naquilo que elas têm que cuidar de maneira especial? A partir da resposta para estas questões são levantados sete princípios norteadores da ISO 9001:2015: 1. Foco no cliente — o objetivo maior de qualquer organização. O cliente pode ter outras designações (consumidor, usuário, público), entretanto o bem ou o serviço é sempre prestado a ele, que, de forma direta ou indireta, é o motivo da existência das organizações. 2. Liderança — Pode ser interpretada como uma liderança no negócio ou como uma atuação por meio da liderança em qualidade. Esse mesmo princípio definirá o grau de engajamento das pessoas, o qual é decorrente do interesse delas pela organização e por seus processos, bem como daquilo que a organização pode oferecer em contrapartida. 3. Engajamento das pessoas — Representa o comprometimento das pessoas com os processos em que estão envolvidas. 4. Abordagem por processos — Este princípio, bem como o pensamento sistêmico, dá à qualidade a visão do todo. Isso se justifica uma vez que são os processos que determinarão os resultados obtidos pelas organizações. A abordagem sistêmica permite a análise das consequências dos processos adotados pela organização e do seu impacto em cada instante da produção e/ou fornecimento. 5. Melhoria contínua — O princípio relativo à melhoria contínua indica que a norma prevê a evolução da qualidade, não necessariamente mantendo o sistema de gestão da qualidade original, o que permite que as organizações se desenvolvam e aperfeiçoem seus produtos com o tempo. 6. Tomada de decisão baseada em evidência — Muito utilizado para a avaliação da qualidade, este princípio indica a utilização de dados como fundamento para sistemas de gestão da qualidade, em que a tomada de decisões deve se realizar com base em fatos e não em situações subjetivas. 7. Gestão de relacionamentos — Partem da lógica de que o fornecedor poderá ampliar o espectro da qualidade, oferecendo matéria-prima de qualidade, a qual, por sua vez, resultará em ganhos de mercado do produto principal e também em ganhos para o próprio fornecedor. Assim, são fomentadas as relações de qualidade com os fornecedores, o que redunda em benefícios mútuos. A Figura 1 abaixo representa a estrutura da ISO 9001:2015 no ciclo PDCA. Figura 1: Estrutura ISO 9001:2015. Disponível em: < http://www.qualiblog.com.br/abordagem-de-processos-na-nova- iso-9001/> A Figura 2, mostra com um pouco mais de detalhes aa representação de processo segundo a ISO 9001:2015. Figura 2: Representação de um Processo. Disponível em: < Consulta: http://www.qualiblog.com.br/abordagem-de- processos-na-nova-iso- 9001/>. A ISO 9001 indica os processos que devem ser executados pela organização. A norma é dividida em seções, sendo que as iniciais (de 0 a 3) têm abrangência geral, ou seja, são comuns a qualquer norma e introduzem o leitor nos temas. Mentalidade de risco A mentalidade de risco é essencial para se conseguir um sistema de gestão da qualidade eficaz. O conceito de mentalidade de risco estava implícito nas versões anteriores desta Norma (ISO 9001:2008), incluindo, por exemplo, realizar ações preventivas para eliminar não conformidades potenciais, analisar quaisquer não conformidades que ocorram e tornar ação para prevenir recorrências que sejam apropriadas aos efeitos da não conformidade. Para estar conforme com os requisitos desta Norma, uma organização precisa planejar e implementar ações para abordar riscos e oportunidades. Aabordagem de riscos e oportunidades estabelece uma base para aumentar a eficácia do sistema de gestão da qualidade e conseguir resultados melhorados e para a prevenção de efeitos negativos. Tema 2: Sistema de Gestão da Qualidade e Seus Processos Todas as organizações possuem um sistema de gestão da qualidade — alguns são precários e desestruturados; outros são sofisticados e estruturados. A ISO, por meio da ISO 9001, reuniu um conjunto de práticas organizacionais que norteiam a implementação e a manutenção de um sistema de gestão da qualidade com alicerces sólidos, de modo a garantir um caminho acessível à consolidação do referido sistema. Requisitos gerais ─ sistema de gestão da qualidade A partir desse requisito, a ISO 9001:2015 deve ser auditada de acordo com uma frequência definida. O auditor verificará a gestão da qualidade com base na ISO 9001:2008 e a conformidade do sistema de gestão da qualidade mediante os itens das normas. Como requisito geral, a ISO explicita que o sistema de gestão deve ser estabelecido, documentado, implementado, mantido e melhorado. Em outras palavras, o sistema de gestão da qualidade deve ser robusto e organizado, e seus processos passíveis de documentos, cabendo ainda dentro do sistema a necessidade de auditorias aos fornecedores em conformidade com os princípios da ISO 9001 A ISO 9001 estabelece duas classes distintas: documentos e registros. Entende-se por documentos o conjunto de evidências comprobatórias da execução de um determinado processo. Essas evidências sofrem revisões e apresentam aprovação e data da emissão. Seus registros são realizados por meio de fotografia da situação atual — esta, por sua vez, não pode sofrer alteração e/ou revisão. As anotações e os relatos compõem determinado documento e os procedimentos consistem em manuais de operações, manuais de manutenção de máquinas etc. Aqueles procedimentos antes descritos como obrigatórios na versão 2008, não o são na versão 2015, porém, onde a ISO 9001 cita a necessidade de informação documentada em diversos requisitos, pressupõe a necessidade de evidências. Como recomendação, seguem documentos anteriormente obrigatórios e que podem ser de grande valia na elaboração de um SGQ. • � Manual da qualidade; • � Controle de documentos; • � Controle de registros; • � Auditorias internas; • � Controle de produtos não conformes; • � Ações corretivas; • � Ações preventivas. Controle de informação documentada O controle de documentos é a tratativa dada aos documentos gerados durante os processos. Cada documento deve conter a regra que define e identifica como irá ocorrer seu respectivo armazenamento. Esse controle garante que as informações contidas sejam preservadas. Antes de ser disponibilizados para uso, os documentos devem ser aprovados sempre contendo os dispositivos de garantia que permitam, no momento em que se fizer necessária, a recuperação dos mesmos. As armazenagens dos documentos podem ser em formato físico ou digital. Consideram-se registros da qualidade os formulários devidamente preenchidos que evidenciem a prática de uma atividade. Como exemplo, um material recebido na empresa geralmente é submetido a um processo de inspeção de recebimento que, por meio de algum mecanismo, é comparado caso atenda aos requisitos de qualidade contratados. Essa inspeção é registrada em formulários específicos que assumem a condição de documento. Em um processo produtivo, durante uma operação, é realizada uma atividade de inspeção com o preenchimento de um protocolo, evidenciando que o produto fabricado está dentro da conformidade. Tema 3: Liderança, Planejamento e Apoio Liderança A ISO 9001:2015 orienta que a direção das empresas que desejem a implementação de um sistema de gestão da qualidade com sucesso deve demonstrar seu comprometimento com o desenvolvimento e a implementação em realizar tudo o que for necessário. Principalmente a formalização de uma política da qualidade, que deve ser comunicada e compreendida por todos os colaboradores, enfatizando que se trata do desejo da direção da empresa. A direção tem como responsabilidade definir um representante que deverá estruturar o sistema e que servirá de interface entre a direção e os demais processos, porém na versão 2015 este representante não precisa ser um “membro da gestão”, e sim ter requisitos funcionais atrelados. A responsabilidade da direção e do representante da qualidade é subdividida nos itens a seguir: • Comprometimento da direção; • Foco no cliente; • Política da qualidade; • Planejamento do sistema de gestão da qualidade; • Objetivos da qualidade e planejamento para alcançá-los; • Planejamento de mudanças; • Responsabilidade e autoridade; • Representante da direção; Em relação ao requisito apoio: • Comunicação interna; Em relação à Avaliação de desempenho: • Análise crítica pela direção; • Generalidades — análise crítica pela direção; • Entradas para a análise crítica; • Saídas da análise crítica. Requisito: apoio A organização tem a obrigação de prover os recursos necessários para o bom andamento do SGQ, fornecendo os recursos necessários para operação do referido sistema. São considerados recursos: as pessoas envolvidas, os treinamentos, a infraestrutura disponibilizada, os conhecimentos advindos das propriedades intelectuais, entre outros. Tais recursos são utilizados na implementação, manutenção e melhoria do sistema. Recursos humanos: todas as empresas precisam de pessoas competentes na fabricação dos produtos e realização dos serviços. A norma descreve esse grupo de pessoas como recursos humanos que determinam a qualidade alcançada pela organização. A ISO 9001:2015, no requisito, determina que a organização deve determinar e prover as pessoas necessárias para a implementação eficaz do seu sistema de gestão da qualidade e para a operação e controle de seus processos. A capacitação dos colaboradores da empresa é parte importante na ISO 9001:2015. Para tal a organização deve determinar a competência necessária, assegurar que essas pessoas sejam competentes, com base em educação, treinamento ou experiência apropriados; onde aplicável, tomar ações para adquirir a competência necessária e avaliar a eficácia das ações tomadas; reter informação documentada, apropriada como evidência de competência. Infraestrutura Considera-se infraestrutura o conjunto de máquinas, equipamentos, instalações, predial, estruturas, recursos de transporte, tecnologia de informação e de comunicação e outros itens que a organização disponibiliza para a realização das operações e o cumprimento dos requisitos do cliente. Esses recursos podem ser de uso direto — na realização das operações geradoras do produto — ou indireto — com ações de suporte. Ambiente de trabalho Entende-se como ambiente de trabalho em uma organização o conjunto de fatores ergonômicos e físicos, como temperatura, umidade, pressão, ruídos, radiações entre muitos outros fatores. A ISO 9001:2015 determina que a organização deve determinar, prover e manter um ambiente necessário para a operação de seus processos e para alcançar a conformidade de produtos e serviços. Alguns exemplos são expostos como recomendação nas notas deste requisito: a) social (por exemplo, não discriminatório, calmo, não confrontante); b) psicológico (por exemplo, redutor de estresse, preventivo quanto à exaustão, emocionalmente protetor); c) físico (por exemplo, temperatura, calor, umidade, luz, fluxo de ar, higiene, ruído). Riscos e oportunidades No planejamento do SGQ a organização deve determinar os riscos e oportunidades que precisam ser abordados para: � Assegurar que o sistema de gestão da qualidade possa alcançar seus resultados pretendidos; • � Aumentar efeitos desejáveis; • � Prevenir, ou reduzir, efeitos indesejáveis; • � Alcançar melhoria. A organização deve estabelecer açõespara análise de riscos, como recomendação. � Opções para abordar riscos podem incluir: evitar o risco; assumir o risco para perseguir uma oportunidade; eliminar a fonte de risco; mudar a probabilidade ou as consequências; compartilhar o risco ou decidir, com base em informação, reter o risco. Novas oportunidades conforme a ISO 9001:2015 podem levar à adoção de novas práticas, lançamento de novos produtos, abertura de novos mercados, abordagem de novos clientes, construção de parcerias, uso de novas tecnologias e outras possibilidades desejáveis e viáveis para abordar as necessidades de organização ou de seus clientes. Tema 4: Requisito de Operações, Recursos de Monitoramento e Medição Requisito de operações A ISO 9001:2015, em seu requisito de operações, divide e detalha as fases para realização de produto ou prestação de um serviço em seis grandes áreas: 1. Planejamento; 2. Requisitos para produtos e serviços; 3. Projeto e desenvolvimento de produtos e serviços; 4. Controle de Processos, Produtos e Serviços providos externamente; 5. Produção e provisão de serviço. Quando forem efetuadas exclusões, alegações de conformidade com esta norma não serão aceitáveis, a não ser que não afetem a capacidade ou responsabilidade da organização de fornecer produto que atenda aos requisitos do cliente e requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis. Processos relacionados ao cliente Os processos relacionados ao cliente são compostos pelos requisitos por ele especificados, descritos pela organização, incluindo os processos de entrega e pós-venda, requisitos de contrato ou pedido divergentes daqueles previamente expressos, além dos requisitos regulamentares e estatutários aplicáveis e necessários. Os requisitos do cliente devem ser confirmados pela organização antes da aceitação, quando o cliente não prover uma declaração documentada de seus requisitos. Determinação de requisitos relacionados ao produto Consideram-se requisitos declarados o conjunto de especificações que o cliente comunica no ato da compra do bem ou do serviço. Esse conjunto de requisitos é somente uma parte de todos os requisitos que a organização considera ao receber um pedido. Segundo a ISO 9001:2015, as organizações devem analisar todas as condições do produto/serviço para, então, formalizar o acordo comercial que irá reger a relação entre as partes. Além dos requisitos declarados já abordados, há aqueles de pós-vendas, que incluem garantias, revisões, seguros etc. A esse conjunto de requisitos juntam-se os não declarados, que são o conjunto de acessórios necessários ao funcionamento do produto ou à aplicação do serviço. Comunicação com o cliente A comunicação sempre foi um fator vital nas relações humanas, comerciais e organizacionais, sendo capaz de reforçar os laços ou gerar o rompimento de relações. A comunicação é composta pelos seguintes elementos: • � Emissor — agente gerador da mensagem. • � Mensagem — conteúdo que deseja enviar a terceiros, com o objetivo de informar sobre algum assunto. � Meio — conjunto de condições que permitem a transmissão da mensagem. � Receptor — recebe a mensagem. Portanto, as organizações necessitam de um canal de comunicação com o cliente para fornecer a ele a oportunidade de receber informações sobre o produto, tratativa dos contratos e acompanhamento de pedidos, e gerar reclamações e/ou sugestões. A comunicação com o cliente deve incluir: • � Prover informação relativa a produtos e serviços; • � Lidar com consultas, contratos ou pedidos, incluindo mudanças; � Obter retroalimentação do cliente relativa a produtos e serviços, incluindo reclamações do cliente; • � Lidar ou controlar propriedade do cliente; • � Estabelecer requisitos específicos para ações de contingência, quando pertinente. A norma ISO 9001:2015 inclui esse requisito para que as organizações estabeleçam processos para se comunicar com os clientes e garantir a tomada de providências eficazes para satisfazê-los. Controle de Processos, Produtos e Serviços providos externamente A organização deve determinar os controles a serem aplicados para os processos, produtos e serviços providos externamente quando: � Produtos e serviços de provedores externos forem destinados à incorporação nos produtos e serviços da própria organização; � Produtos e serviços forem providos diretamente para o(s) cliente(s) por provedores externos em nome da organização; � Um processo, ou parte de um processo, for provido por um provedor externo como um resultado de uma decisão da organização. O processo de aquisição consiste em: • Especificação — definição das características do produto. • Homologação — escolha de fornecedores devidamente capazes. • Qualificação — fase de avaliação da capacidade de fornecimento do bem ou serviço a que se propõe. • Inspeção de recebimento — conjunto de atividades que verificam se o produto/serviço entregue atende aos requisitos especificados. • Requalificação — reavaliação da capacidade de fornecimento do produto/serviço. Descredenciar — mediante avaliação, descredenciamento do • fornecedor. Produção e prestação de serviço A ISO 9001:2015 estabelece cinco grupos de atividades produtivas: • Controle de produção e provisão de serviço; • Identificação e rastreabilidade; • Propriedade pertencente a clientes ou provedores externos; • Preservação; • Atividades pós-entrega; • Controle de mudanças. Recursos de monitoramento e medição A ISO 9001:2015, neste item, exige que a organização para gerar evidências indique quais equipamentos de monitoramento e medição são utilizados na comprovação da conformidade dos produtos. Para o controle de equipamento de monitoramento e medição, a organização relaciona os instrumentos utilizados nos processos produtivos, indicando sua calibração e aferição evidenciadas por meio de registros e documentações pertinentes. São atividades pertinentes a este item a calibração e a verificação dos equipamentos em intervalos planejados ou quando se fizer necessário, antes do prazo planejado, utilizando-se de padrões normatizados com a geração dos devidos registros. Todo equipamento ou instrumento deve possuir uma identificação única, evitando que sejam confundidos no momento dos registros e salvaguardados contra ajustes, danos ou deterioração que invalidariam a situação de calibração e resultados de medições subsequentes. Tema 5: Requisitos de Avaliação de Desempenho e Melhoria. Requisito de avaliação de desempenho Este capítulo da ISO 9001:2015 é aplicado ao monitoramento e à medição do sistema de gestão da qualidade e gera dados para análise e por meio de registros de fatos importantes. Seu objetivo é a promoção da melhoria contínua de processos, produtos e serviços, na busca da satisfação do cliente. Neste item, a ISO 9001:2015 indica que a organização deve assegurar, visando à correta implementação de seus processos, a aplicação de três etapas para a manutenção do sistema de gestão da qualidade com foco na melhoria contínua e sustentável. São elas: • O que precisa ser monitorado e medido; • Os métodos para monitoramento, medição, análise e avaliação necessários para assegurar resultados válidos; • Quando o monitoramento e a medição devem ser realizados; • Quando os resultados de monitoramento e medição devem ser analisados e avaliados. A norma orienta a aplicação de técnicas estatísticas que podem ser incluídas na qualificação dos métodos de análise de dados Análise e avaliação Para a ISO 9001:2015, monitoramento e medição consistem em um processo obrigatório na organização, utilizado para gerar informações de fonte confiável para direcionamento das decisões da direção. Esse item é subdividido em: • Conformidade de produtos e serviços; • O grau de satisfação de cliente, • O desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade; • Se o planejamentofoi implementado eficazmente; • A eficácia das ações tornadas para abordar riscos e oportunidades; • O desempenho de provedores externos; • A necessidade de melhorias no sistema de gestão da qualidade. Análise de dados A análise de dados, segundo orientação da norma, deve determinar qual conjunto de dados será analisado, levando em conta o grau de relevância. Estabelecer um procedimento para coleta de dados cuja base seja confiável é algo que pode ser feito utilizando folhas de verificação ou sistemas virtuais. Em seguida, serão realizadas as análises. Analisar os dados consiste em transformar a coleta de dados em informações preciosas para a organização, as quais geralmente são discutidas na reunião da análise crítica, em que, para cada processo, deve haver um indicador que demonstra a eficácia do procedimento. Requisito de melhoria Costuma-se dizer que não se deve mexer em time que está ganhando. No mundo corporativo, no entanto, isso não se aplica, pois nada é tão bom que não possa ser melhorado. Nos processos organizacionais, essa prática é estimulada e o avanço por meio de melhorias é uma ferramenta bastante forte. Dentre os princípios básicos da ISO 9001:2015 está o de melhoria contínua, que é abordado nos seguintes subitens: • Não conformidade e ação corretiva; • Melhoria contínua. Síntese Apreendemos nesta aula diversos conceitos que desmistificam a máxima das normas serem somente bases de burocratização do sistema. Temos que propiciar um sistema de gestão da qualidade robusto, a direção da empresa deve estar em linha com a necessidade de qualidade, temos que propiciar a nossos recursos humanos o ambiente e as ferramentas para que sejam os mais efetivos possíveis. Vimos ainda a necessidade do foco no cliente e que também precisamos ter operações mais efetivas, trabalhando, por exemplo, com os fornecedores. Precisamos medir como nossos trabalhos estão sendo realizados, analisar e agir, corretiva e preventivamente, com foco na melhoria contínua. Referências SELEME, R.; STADLER, H. Controle da qualidade: as ferramentas essenciais. Curitiba: Editora InterSaberes, 2009. SHIH LU, L. Interpretação das normas ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001. Editora Pearson, 2015. RIGONI J. R. Abordagem de processos na nova ISO 9001. Qualiblog. Disponível em: <http://www.qualiblog.com.br/ abordagem-de-processos-na- nova-iso-9001/>. Acesso em: 23/06/2016. ABNT ─ Associação brasileira de normas técnicas. NBR ISO 9001: 2015. 3. ed. Quality management systems.
Compartilhar