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Aula2.2_TiposdeDietas_20240303114326

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Terapia Nutricional oral, enteral e 
parenteral: Indicações, 
contraindicações e vias de acesso.
AULA 2.2 – 2024.1
Docente responsável: Alex Oliveira da Camara
TIPOS DE FÓRMULA ENTERAL
➢ A escolha da fórmula a ser utilizada deve levar em consideração, inicialmente, o paciente.
➢ A prescrição deve comtemplar:
❑ Tipo e quantidade de nutrientes;
❑ Estado nutricional, Idade;
❑ Condições catabólicas, Necessidades nutricionais;
❑ Diagnóstico, Condição do TGI;
❑ Disponibilidade do produto
➢ Seleção da composição nutricional + adequada ao paciente deve contemplar:
❑ Fonte e complexidade dos nutrientes;
❑ Densidade calórica;
❑ Osmolaridada/Osmolalidade;
❑ Via de administração x complexidade da fórmula
QUAIS BENEFÍCIOS??
CATEGORIZAÇÃO DAS FÓRMULAS ENTERAIS
❖ Quanto à forma de preparo
❖ Quanto à indicação
❖ Quanto ao suprimento de calorias
❖ Quanto à complexidade dos nutrientes
❖ Quanto à presença de elemento específico
❖ Dietas Modulantes
FORMA DE PREPARO
Dieta Artesanal 
❖ À base de alimentos in natura 
❖Menor custo aparente 
❖ Instabilidade bromatológica, microbiológica e sensorial 
❖ Sem composição definida
❖ Fornecimento de micronutrientes
FORMA DE PREPARO
Dieta Industrializada - em pó para reconstituição
❖ Individualização com menor manipulação
❖ Estabilidade bromatológica e microbiológica
❖ Fornecimento de micronutrientes
❖ Especialização
FORMA DE PREPARO
Dieta Industrializada - Líquidas semi-prontas
❖ Mínima manipulação
❖ Alta estabilidade do produto final
❖ Não favorece individualização
Dieta Industrializada - Líquidas 
❖ Sistema Fechado
❖ Não há manipulação
❖ Alta estabilidade do produto final
❖ Não favorece individualização 
DIETAS – SISTEMA ABERTO E FECHADO
INDICAÇÃO - COMPLEXIDADE DA FÓRMULA
DIETA ENTERAL PADRÃO:
Objetivo de suprir as 
necessidades do paciente, 
manter ou melhorar o 
estado nutricional
DIETA ENTERAL 
ESPECIALIZADA:
Objetivo de melhorar o estado 
nutricional e com propósito de 
atuar ativamente no 
tratamento clínico – controle 
glicêmico, modulação de 
resposta imune.
SUPRIMENTO DE CALORIAS
➢ Nutricionalmente completa - Quantidade de nutrientes adequada para suprir as
necessidades do paciente
➢ Suplemento nutricional - Supre parte das necessidades nutricionais
DENSIDADE CALÓRICA
➢ Quantidade de calorias/mililitros da dieta pronta.
➢ Determinação desse valor depende:
❑ Necessidade do paciente;
❑ Volume da dieta enteral que deverá ser administrada durante o dia – relacionada a
capacidade de tolerar a quantidade a ser infundida.
Classificação Valores de densidade 
(kcal/ml)
Classificação da Fórmula
Muito baixa <0,6 Acentuadamente hipocalórica
Baixa 0,6 a 0,8 Hipocalórica
Padrão (Standard) 0,9 a 1,2 Normocalórica
Alta 1.3 a 1,5 Hipercalórica
Muito Alta >1,5 Acentuadamente hipercalórica
DENSIDADE CALÓRICA
➢ Quantidade de água veiculada nas fórmulas enterais – varia entre 690 a 860 ml/L.
➢ Dietas com densidade calórica maior, apresentam menor quantidade de água.
Densidade Calórica Conteúdo de água 
(ml/L de dieta)
Conteúdo de água (%)
0,9 a 1,2 800 a 860 80 a 86
1,5 760 a 780 76 a 78
2,0 690 a 710 69 a 71
COMPLEXIDADE DOS NUTRIENTES
Fórmulas Poliméricas:
Macronutrientes, em 
especial, as proteínas 
apresentam-se na forma 
intacta.
Fórmulas Semi elementares ou 
Oligoméricas:
Macronutrientes, em especial 
as proteínas, apresentam-se na 
forma parcialmente 
hidrolisados.
Fórmulas Elementares:
Macronutrientes, em 
especial, as proteínas 
apresentam-se na forma 
totalmente hidrolisados.
COMPLEXIDADE DOS NUTRIENTES
Complexidade da Proteína Indicação
Proteína intacta Pacientes com TGI íntegro
Proteína parcialmente 
hidrolisada
Capacidade digestiva e absortiva 
diminuída
Di e tripeptídeos Função do TGI comprometida e 
Hipoalbuminemia
AA cristalinos Reduzida capacidade digestiva, 
insuf. pancreática
OSMOLARIDADE E OSMOLALIDADE
➢ Osmolaridade – refere-se ao número de miliosmoles/litro de solução;
➢ Osmolalidade – refere-se ao número de miliosmoles/ Kg de água.
➢ Osmolalidade das dietas – varia entre 250 e 800 mOsm/Kg
Relacionada a 
tolerância da 
nutrição enteral 
pelo TGI
Classificação Valores de 
Osmolalidade
Hipotônica 280 a 300
Isotônica 300 a 350
Levemente hipertônica 350 a 550
Hipertônica 550 a 750
Acentuadamente 
hipertônica
>750
Reflete a concentração 
de solutos/água.
OSMOLARIDADE E OSMOLALIDADE
➢ Estômago - > tolerância;
➢ Partes distais do TGI - < tolerância;
➢ Nutrientes que afetam a osmolalidade:
❑ CHO simples (monossacarídeos e dissacarídeos) - > efeito osmótico
❑ Minerais e Eletrólitos – dissociação em partículas menores
❑ AAs cristalinos
❑ PTNs hidrolisadas
❑ TCM 
PRESENÇA DE NUTRIENTES ESPECÍFICOS
❖ Dietas Enterais Lácteas
❖ Dietas Enterais Isentas de Lactose
❖ Dietas Enterais com Fibras
❖ Dietas Enterais Isentas de Fibras 
DIETAS MODULARES
❖ Proteínas
❖ Carboidratos
❖ Lipídeos
❖ AA isolados
❖ Fibras
❖ Vitaminas
❖ Minerais
Algoritmo de 
critérios de seleção 
de dietas enterais
POLIMÉRICA X ELEMENTAR/SEMI-ELEMENTAR –
QUANDO UTILIZAR?
Fórmulas Poliméricas:
-Macronutrientes - forma intacta
- Concentração - entre 1 e 2 kcal/ml
- Pode ser utilizada em doenças 
específicas e pode conter pré e 
probiótico
- Recomendação principal: Pacientes 
sem problemas digestivos e absortivos.
Fórmulas Elementares/Semi 
elementares :
Macronutrientes - hidrolisados para 
maximizar a absorção
- Recomendação principal: 
Desordens de má absorção e
não deve ser de uso rotineiro
NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE
❖ Início em 24-48 horas, com paciente estável hemodinamicamente estável com TGI
funcionante (em geral após trauma, cirurgia ou internação).
Vantagens principais:
✓ Reduz a duração e gravidade da fase catabólica
✓ Diminui morbimortalidade
✓ Otimiza o tratamento de pacientes cirúrgicos e críticos
✓ Preservação da massa intestinal
✓ Diminuição da permeabilidade intestinal
✓ Manutenção do GALT
Vantagens principais:
✓ Reduz a duração e gravidade da fase catabólica
✓ Diminui morbimortalidade
✓ Otimiza o tratamento de pacientes cirúrgicos e críticos
✓ Preservação da massa intestinal
✓ Diminuição da permeabilidade intestinal
✓ Manutenção do GALT
NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE
Quando iniciar?
Avaliar anteriormente:
❖Funcionamento do Intestino (perfusão intestinal)
❖Estabilidade hemodinâmica e metabólica.
❑Após estabilidade hemodinâmica:
Início com volumes pequenos – 10 a 15 ml/hora, dieta hidrolisada nas primeiras 24 h.
Em casos pós cirurgia → Deve ser iniciada, tão logo haja estabilidade hemodinâmica.
FORMULAÇÃO PARENTERAL
Soluções podem ser manipuladas ou industrializadas.
Manipuladas – preparadas 
manualmente pelos farmacêuticos, de 
acordo com a prescrição, no ambiente 
hospitalar ou empresas terceirizadas, 
seguindo as normas de boas práticas –
Portaria 272/98
Vantagens – atender as necessidades 
individuais, todos os macro e 
micronutrientes em bolsa única e 
dispensa área de estocagem.
Industrializadas – bolsas bi ou 
tricompartimentalizadas, preparadas por 
indústrias farmacêuticas habilitadas, 
seguindo as normas de boas práticas –
Portaria 210/03.
Bolsas – macro e eletrólitos, em 
compartimentos distintos, misturados antes 
da infusão.
Vitaminas e oligoelementos –
administrados em solução própria, via 
paralela – fora da bolsa.
Vantagens – prontas para uso, validade de 
2 anos, otimização de tempo, estéril.
FORMULAÇÃO PARENTERAL
Formulação Manipulada Formulação Industrializada
Tri compartimentalizada
FORMULAÇÃO PARENTERAL
Todos os nutrientes fornecidos em quantidades adequadas
❖ Composta por:
❖ Carboidratos
❖ Proteínas
❖ Lipídios
❖ Vitaminas
❖ Eletrólitos
❖ Oligoelementos
FORMULAÇÃO PARENTERAL
Sistema Não Lipídico (2 em 1)
Associação dos micro com os 
macronutrientes.
Carboidratos +Proteínas +Lipídeos
Vitaminas, eletrólitos, elementos-traço
Sistema Lipídico (3 em 1)
Somente Proteínas + Glicídios
Vitaminas, eletrólitos,elementos-traço
FORMULAÇÃO PARENTERAL
Sistema Não Lipídico (2 em 1)
❖ Lipídios – 1 ou 2 vezes/semana;
❖ Desvantagem - > osmolaridade da solução, impedindo aplicação via periférica;
> risco de hiperglicemia – glicose infundida em maior concentração;
> necessidade de manipulação da enfermagem;
ambiente maior para estocagem;
> risco de infecção.
FORMULAÇÃO PARENTERAL
Sistema Lipídico (3 em 1)
❖ Desvantagem:
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e 
parenteral na prática clínica. 5ª ed. São 
Paulo: Atheneu, 2017. v. 1. e v.2 
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de 
terapia nutricional na atenção especializada 
hospitalar no âmbito do Sistema Único de 
Saúde – SUS [recurso eletrônico] /Brasília: 
Ministério da Saúde, 2016.
CASTRO, MG et al. Diretriz Brasileira de 
Terapia Nutricional no Paciente Grave. 1o 
Suplemento Diretrizes Brasileira de 
Nutrição Parenteral e Enteral - Volume 33 -
Páginas 2 a 36 – 2018.
	Slide 1
	Slide 2: tipos de fórmula enteral
	Slide 3: Quais benefícios??
	Slide 4: Categorização das fórmulas enterais
	Slide 5: Forma de preparo
	Slide 6: Forma de preparo
	Slide 7: Forma de preparo
	Slide 8: Dietas – sistema aberto e fechado
	Slide 9: Indicação - Complexidade da fórmula
	Slide 10: Suprimento de calorias
	Slide 11: Densidade calórica
	Slide 12: Densidade calórica
	Slide 13: Complexidade dos nutrientes
	Slide 14: Complexidade dos nutrientes
	Slide 15: Osmolaridade e osmolalidade
	Slide 16: Osmolaridade e osmolalidade
	Slide 17: Presença de nutrientes específicos
	Slide 18: Dietas modulares
	Slide 19
	Slide 20: Polimérica x elementar/semi-elementar – quando utilizar?
	Slide 21: Nutrição enteral precoce
	Slide 22: Nutrição enteral precoce
	Slide 23: Formulação parenteral
	Slide 24: Formulação parenteral
	Slide 25: Formulação parenteral
	Slide 26: Formulação parenteral
	Slide 27: Formulação parenteral
	Slide 28: Formulação parenteral
	Slide 29